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OFICINA PEDAGÓGICA 
 
 
 
 
Oficina na prática pedagógica e algo que suscita, quase sempre, reações de 
surpresa. 
A primeira questão que se coloca refere-se ao seu significado. 
O que é oficina pedagógica? 
Para responder a essa questão pode-se recorrer ás referências a cerca das 
experiências de práticas de oficinas pedagógicas. 
 
 
As primeiras experiências remontam ao início do século. O termo é 
utilizado por Celestin FREINET. 
Preocupado com o destino da escolaridade das crianças oriundas da classe 
operária e do campesinato francês, esse pedagogo procurou desenvolver uma 
prática pedagógica que favorecesse a aprendizagem dessas crianças, de um 
modo geral, destinadas ao fracasso escolar. 
Para reduzir esse fracasso, propôs formas alternativas de se efetivar a 
aprendizagem em sala de aula que tornassem o ato de aprender interessante e 
prazeroso. 
Entre outras, utilizou-se à oficina pedagógica, designando como tal, 
situações de ensino/aprendizagem que envolvesse professor e alunos num 
trabalho motivante e participativo. 
No Brasil, Oficina como Prática Pedagógica surge na década de 80. É 
utilizado como uma estratégia de gestão descentralizada pela Secretaria do 
Estado de São Paulo, objetivando a capacitação em serviço dos professores da 
rede de ensino público estadual. 
Teve como propósito norteador a melhoria da qualidade do ensino, no 
sentido de superar o baixo desempenho das escolas públicas daquele Estado. 
Entre outros fatores, para esse baixo desempenho, destaca-se como relevante o 
preparo do professor para adequar a ação educativa às características do alunado 
que freqüenta a rede pública. 
Pelas suas peculiaridades, a oficina pedagógica representava, para os 
dirigentes, uma inovação nos padrões de gestão pedagógica da secretaria do 
estado de São Paulo. 
O caráter dinâmico dessa estratégia pedagógica possibilitou suas 
utilizações em situações diferenciadas capacitação de professores, produção de 
recursos pedagógicos, eventos e outras. 
A ampliação do seu uso impõe a necessidade de se precisar o que se 
constitui uma Oficina pedagógica. 
Na tentativa de configurar o que se costuma chamar de Oficina Pedagógica 
pareceu útil iniciar pelo termo OFICINA. 
Esse se origina do latim officina, e significa lugar de trabalho. O sentido 
mais usual, comumente associado a trabalho manual, a palavra sugere idéias, 
tais com: 
 
Lugar onde se faz consertos 
Lugar onde se fabrica objetos... onde se produzem coisas. 
Espaço de invenção, criação e descoberta 
Concertar...fabricar...inventar...produzir...criar. 
É esse sentido que se infere da situação pedagógica denominada como 
Oficina Pedagógica. 
 
Fabricar conhecimentos a partir de situações vivenciadas por cada um dos 
participantes. Produzir coletivamente conhecimentos que possibilitem 
aprofundar a reflexão sobre a educação, a escola e a prática que nela se efetiva. 
 
Descobrir alternativas de solução para os impasses, fundamentadas na 
necessidade de transformar a realidade educacional atualmente tão adversa. 
Confrontar experiências...criar estratégias. 
 
Cômo afirma FREINET (1975) é importante um ambiente apropriado ao 
trabalho para que este se efetive produtivamente. 
Para isso, é necessário constituir-se uma atmosfera propiciadora de 
reflexão, troca e do processo de criação. Nesse sentido, todos os momentos 
devem ser marcados pelo exercício do pensar e do criar, pelo incentivo à 
descoberta de novas facetas do conhecido e a ousadia da reelaboração e 
construção do novo. 
 
Referindo-se à oficina pedagógica, MARTIM afirma: 
“Procuramos através desse espaço, criar uma atmosfera facilitadora, para 
que a elaboração, o discernimento e a construção pudessem ser uma constante 
no fazer coletivo”. 
E acrescenta: 
“Pode-se bem perceber quão importante é este espaço, que proporciona o 
estímulo ao desafio, à interação como o novo, à revisão do conhecimento já 
absorvido, ao uso do potencial interno de cada um, à construção do não 
acadêmico, ao fazer coletivo”. 
As referências à prática da Oficina Pedagógica permitem identificar alguns 
elementos que caracterizam enquanto uma prática peculiar. 
 
Entre esses elementos destacam-se: 
Reflexão e troca de experiências. Isso implica num repensar, num 
confronto de diferentes realidades e teorização sobre o vivencial, ou seja, 
confrontar a prática com a teoria e avançar na construção coletiva do saber; 
Atuação efetiva dos participantes. Para se efetuar essa atuação é 
fundamental participar com responsabilidade e compromisso na execução do 
trabalho coletivo; 
Produção coletiva. A Oficina pressupõe criar coletivamente. Nesse sentido 
exige soma de esforços comprometimento e competência, como também 
empenho na realização das tarefas particulares para que se possa obter 
resultados consistentes. 
Nesse sentido, pode-se afirmar que um componente indispensável para a 
consecução de uma oficina é a participação responsável para a produção de um 
trabalho coletivo. 
Numa tentativa de síntese pode-se dizer que Oficina Pedagógica pode ser 
entendida como um espaço de trabalho que se caracteriza pela participação 
responsável de cada sujeito na execução de uma tarefa coletiva 
A síntese é idéia central. Idéia que permite arriscar-se na aventura de viver 
a oficina.

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