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Racismo

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Racismo e homofobia 
 Arouca
Pelo fim da impunidade
Em jogo do Santos contra o Mogi Morim pelo Campeonato Paulista, o volante santista marcou um golaço na vitória por 5 a 2. Mas a alegria foi substituída pela indignação. Torcedores do time rival o chamaram de macaco e um outro lhe disse que deveria procurar uma seleção africana para jogar. Arouca, no dia seguinte, clamou por punição exemplar. "A impunidade e a conivência das autoridades com as pessoas que fazem esse tipo de coisa são tão graves quanto os próprios atos em si. Somente discursos e promessas não resolvem a falta de educação e de humanidade de alguns", escreveu.
Boateng
Foi num amistoso do Milan, onde jogava, com o pequeno Pro Patria, da terceira divisão italiana. A torcida rival começou a entoar cantos racistas contra o meia Kevin Prince-Boateng. Revoltado, o jogador alemão, de origem ganesa, chutou a bola em direção aos torcedores, tirou a camisa e voltou para o vestiário, recusando-se a continuar jogando. Os demais jogadores do Milan foram solidários ao colega e também abandonaram a partida, que foi paralisada. Indignado, Boateng desabafou no Twitter: "É uma vergonha que essas coisas ainda aconteçam. O racismo tem que acabar, para sempre".
Daniel Alves
Numa das edições do clássico entre Real Madrid e Barcelona, no Santiago Bernabeu, o lateral da seleção brasileira ouviu, nos minutos finais do jogo, sons de imitações de macacos vindos das arquibancadas. A situação não foi inédita para o jogador. Ele chegara a afirmar, em outro episódio, que era uma "luta perdida".
Baloteli 
Durante a Euro 2012, em jogo da Croácia contra a Itália, em Poznan, o alvo foi o atacante italiano, de origem ganesa. Uma banana foi arremessada para o campo por torcedores croatas. A rede Futebol Contra o Racismo na Europa, que trabalha junto da Uefa e tem dois "monitores internacionais" em cada partida, escreveu em sua página no Twitter que seus membros apontaram "entre 300 e 500 torcedores croatas" envolvidos em ataques raciais a Balotelli.
Mário Chagas da Silva 
acistas e violentos
O árbitro Márcio Chagas da Silva, que apitou o jogo entre Esportivo e Veranópolis, em Bento Gonçalves, encontrou seu carro danificado e com bananas no capô e no cano de descarga após a partida, válida pelo Campeonato Gaúcho. "Um grupo de torcedores se manifestou de forma racista desde o início, com gritos de ‘macaco’, ‘teu lugar é na selva’, ‘volta pro circo’ e coisas desse tipo", contou. Dez anos antes ele já tinha sido vítima de preconceito no mesmo estádio, na Serra gaúcha.
Tinga
Vergonha na Libertadores
Durante jogo do Cruzeiro no Peru, contra o Real Garcilaso, o volante brasileiro foi hostilizado por uma parte do estádio, que reproduzia chiados de macacos sempre que ele pegava na bola. O caso repercutiu. A presidente Dilma Rousseff comentou no Twitter e deu todo apoio ao jogador. "Ao sair do jogo, Tinga disse que trocaria seus títulos por um mundo com igualdade entre as raças. Por isso, hoje, o Brasil inteiro está fechado com o Tinga. Acertei com a ONU e com a Fifa que a nossa Copa das Copas também será a Copa contra o racismo. Porque o esporte não deve ser jamais palco para o preconceito", escreveu a presidente, fazendo da expressão “fech
Gremistas chamam goleiro do Santos de ‘macaco’ em mais um caso de racismo no Sul
Torcedores do time gaúcho gritaram ofensas ao jogador na derrota da equipe por 2 a 0 pela Copa do Brasil, na Arena do Grêmio. Visivelmente transtornado, o atleta santista disse ter sido chamado de “preto fedido”
Manaus (AM), 29 de Agosto de 2014
ACRITICA.COM
 Aranha foi chamado de "macaco" e de "preto fedido" por torcedores do Grêmio.
Aranha foi chamado de "macaco" e de "preto fedido" por torcedores do Grêmio. (Reprodução/internet)
Mais um caso de racismo envolvendo torcedores do Grêmio ocorreu na noite desta quinta-feira (28), no estádio do clube gaúcho. Durante jogo de ida da Copa do Brasil, o goleiro Aranha, do Santos, sofreu discriminação racial, sendo chamado de “macaco”. Uma moça foi flagrada por uma câmera de TV no momento em que ofendia o jogador. Caso isso se repita, o time do Sul pode sofrer punição com perda de pontos e multa de R$ 100 mil.
Parte da torcida do Tricolor Gaúcho que estava atrás do gol defendido pelo camisa 1 do Santos, começaram a xingar o jogador, entre outras ofensas, de “preto fedido”. O goleiro se irritou e chamou a atenção da arbitragem, que pediu para a segurança do estádio reforçar aquele setor. Bastante indignado, Aranha afirmou que essa não é a primeira vez que isso ocorre na Arena do Grêmio.
“Da outra vez que viemos jogar aqui pela Copa do Brasil (em 2013), tinha campanha contra racismo acontecendo. Não é à toa. Sei que torcida pegar no pé é normal, mas começaram a me chamar de 'preto fedido', a gritar 'cambada de preto'. Fiquei nervoso, mas me segurei. Mas aí começou coro de 'macaco', eles ficaram imitando o animao. Fizeram rapidinho, para não dar tempo de filmar. Fico nervoso com essas coisas”, disse o goleiro
Alguns torcedores se defenderam da acusação dizendo que o arqueiro santista havia os ofendido antes. Aranha negou e disse que apenas respondeu ao ato racista vindo da arquibancada. “Vieram falar que eu estava insultando a torcida. Quando me chamaram de preto, de macaco, essas coisas, eu virei para eles, bati no braço e disse: Sou preto, sim. Sou negão sim. Se isso é insultar, eu não sei. Todo mundo que vem jogar aqui sabe. Não são todos, mas sempre tem alguns racistas aí no meio”, explicou o camisa 1.
Flagrante e possível punição
Uma câmera de TV do canal Espn Brasil flagou o momento exato em que uma torcedora do Grêmio xinga o goleiro do Peixe (como é conhecido o Santos) de macaco. A diretoria do santista isentou o Grêmio de qualquer punição, mas disse que vai acionar a Justiça para punir os torcedores racistas
“É um bando de torcedores e uma torcedora, aparece uma leitura labial perfeita, do termo macaco. Tivemos uma conversa com o pessoal da comunicação. Vamos falar com o pessoal do jurídico. Vamos pedir manifestação dos tribunais. E que busquem a punição dessas pessoas", disse Odílio Rodrigues, presidente do clube paulista.
Outro que se manifestou com tristeza e repúdio sobre o episódio foi o gerente de futebol do Santos, Zinho. “Dentro do vestiário estávamos muito tristes, indignados com a atitude dessa torcedora, que não cabe mais no futebol, no mundo ou na vida. Está detectada a pessoa, vi as imagens, eu mesmo assisti, e acho que essa pessoa vai ter que responder sobre essa atitude racista dela”, disse o ex-jogador.
O Grêmio poderá sofrer punição prevista no Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). O que varia de uma simples multa até a exclusão do campeonato, o que é quase impossível. Dependerá de quanto a agremiação do Sul se desvincular dos torcedores envolvidos no caso.
O código prevê a punição por atos discriminatórios pelo artigo 243-G. Pela leitura do texto, fica claro que punição prevista para atos racistas de torcedores é a multa entre R$ 100,00 e R$ 100 mil. Perda de pontos e exclusão do campeonato são usados quando pessoas vinculadas a uma entidade esportiva são responsáveis pela discriminação. Em geral, isso se aplicaria a jogadores, comissão técnica e dirigentes.
Caso se repete na Arena do Grêmio
Como o goleiro Aranha afirmou assim que deixava o gramado do estádio gremista, o ato de racismo que sofreu, não é o primeiro que acontece no local. Em um Grenal (maior clássico gaúcho) disputado este ano na Arena do Grêmio, o zagueiro Paulão do Internacional sofreu discriminação racial de um torcedor do Tricolor.
Ao deixar o campo da Arena do Grêmio após a vitória do Inter por 2 a 1 na primeira partida da final do Gauchão de 2014, o defensor viu um torcedor imitar um macaco, fazendo ofensas racistas das cadeiras do estádio. Prontamente, o zagueiro partiu pra briga com o aficionado rival, que fugiu evitando “encarar” o jogador. Paulão não registrou queixa e o caso gerou multa de R$ 80 mil ao Grêmio.

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