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Organização e Administrativa Poderes Administrativos

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1 
 
 
 
CURSO – Delegado da Polícia Civil Nº 24 
 DATA – 22/03/2017 
 DISCIPLINA – Direito Administrativo 
 PROFESSOR – Flávia Campos 
 MONITOR – Guilherme Augusto 
EMENTA: 
 
Autarquias 
Empresas Estatais 
Fundações Públicas 
Poderes Administrativos 
 
Considerações Iniciais: 
Na aula passada foi estudado sobre administração pública no sentido, subjetivo, objetivo, 
amplo e restrito. A organização administrativa desconcentração: criando órgãos públicos, 
contratos e descentralização: analisando as autarquias, seu conceito sendo esta pessoa de direito 
público criada para exercer as funções típicas de estado. 
 
AUTARQUIAS 
 
Regime de Pessoal 
Tem o mesmo regime da administração direta (regime estatutário) Art. 39 da CR/88, 
Regime Jurídico Único. 
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua 
competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração 
pública direta, das autarquias e das fundações públicas. (Vide ADIN nº 2.135-4) 
 
Regime de bens 
2 
 
Art. 98 do Código Civil: 
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito 
público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem. 
 É bem público aquele que pertence à pessoa jurídica de direito público. A autarquia sendo 
pessoa jurídica pública seus bens serão todos de direito público aplicando todas as suas 
características, como: 
 
 Alienabilidade condicionada (inalienabilidade) – o bem público pode ser alienado desde 
que respeite algumas condições previstas nos artigos 100 e 101 do Código Civil e artigo 17 
da Lei n° 8.666/93: 
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, 
enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. 
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei. 
 
E artigo 17 da Lei n° 8.666/93: 
Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de interesse 
público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes 
normas: 
I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração direta e 
entidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades paraestatais, 
dependerá de avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrência, dispensada esta 
nos seguintes casos: 
a) dação em pagamento; 
b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou entidade da administração pública, de 
qualquer esfera de governo, ressalvado o disposto nas alíneas f, h e i; (Redação dada pela 
Lei nº 11.952, de 2009) 
c) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos constantes do inciso X do art. 24 desta 
Lei; 
d) investidura; 
e) venda a outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de governo; 
(Incluída pela Lei nº 8.883, de 1994) 
f) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação ou 
permissão de uso de bens imóveis residenciais construídos, destinados ou efetivamente 
utilizados no âmbito de programas habitacionais ou de regularização fundiária de interesse 
social desenvolvidos por órgãos ou entidades da administração pública; (Redação dada 
pela Lei nº 11.481, de 2007) 
3 
 
g) procedimentos de legitimação de posse de que trata o art. 29 da Lei no 6.383, de 7 de 
dezembro de 1976, mediante iniciativa e deliberação dos órgãos da Administração Pública em 
cuja competência legal inclua-se tal atribuição; (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005) 
h) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação ou 
permissão de uso de bens imóveis de uso comercial de âmbito local com área de até 250 m² 
(duzentos e cinqüenta metros quadrados) e inseridos no âmbito de programas de regularização 
fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da administração pública; 
(Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007) 
i) alienação e concessão de direito real de uso, gratuita ou onerosa, de terras públicas rurais da 
União e do Incra, onde incidam ocupações até o limite de quinze módulos fiscais e não 
superiores a 1.500ha (mil e quinhentos hectares), para fins de regularização fundiária, 
atendidos os requisitos legais; e (Redação dada pela Medida Provisória nº 759, de 2016) 
II - quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de licitação, dispensada esta nos 
seguintes casos: 
a) doação, permitida exclusivamente para fins e uso de interesse social, após avaliação de sua 
oportunidade e conveniência sócio-econômica, relativamente à escolha de outra forma de 
alienação; 
b) permuta, permitida exclusivamente entre órgãos ou entidades da Administração Pública; 
c) venda de ações, que poderão ser negociadas em bolsa, observada a legislação específica; 
d) venda de títulos, na forma da legislação pertinente; 
e) venda de bens produzidos ou comercializados por órgãos ou entidades da Administração 
Pública, em virtude de suas finalidades; 
f) venda de materiais e equipamentos para outros órgãos ou entidades da Administração 
Pública, sem utilização previsível por quem deles dispõe. 
§ 1o Os imóveis doados com base na alínea "b" do inciso I deste artigo, cessadas as razões 
que justificaram a sua doação, reverterão ao patrimônio da pessoa jurídica doadora, vedada a 
sua alienação pelo beneficiário. 
§ 2o A Administração também poderá conceder título de propriedade ou de direito real de uso 
de imóveis, dispensada licitação, quando o uso destinar-se: (Redação dada pela Lei nº 
11.196, de 2005) 
I - a outro órgão ou entidade da Administração Pública, qualquer que seja a localização do 
imóvel; (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005) 
II - a pessoa natural que, nos termos da lei, de regulamento ou de ato normativo do órgão 
competente, haja implementado os requisitos mínimos de cultura, ocupação mansa e pacífica e 
exploração direta sobre área rural limitada a quinze módulos fiscais, desde que não exceda a 
1.500ha (mil e quinhentos hectares); (Redação dada pela Medida Provisória nº 759, de 
2016) 
§ 2º-A. As hipóteses do inciso II do § 2o ficam dispensadas de autorização legislativa, porém 
submetem-se aos seguintes condicionamentos: (Redação dada pela Lei nº 11.952, de 2009) 
I - aplicação exclusivamente às áreas em que a detenção por particular seja comprovadamente 
anterior a 1o de dezembro de 2004; (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005) 
II - submissão aos demais requisitos e impedimentos do regime legal e administrativo da 
destinação e da regularização fundiária de terras públicas; (Incluído pela Lei n] 11.196, de 
2005) 
4 
 
III - vedação de concessões para hipóteses de exploração não-contempladas na lei agrária, 
nas leis de destinação de terras públicas, ou nas normas legais ou administrativas de 
zoneamento ecológico-econômico; e (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005) 
IV - previsão de rescisão automática da concessão, dispensada notificação, em caso de 
declaração de utilidade, ou necessidade pública ou interesse social. (Incluído pela Lei nº 
11.196, de 2005) 
§ 2o-B. A hipótese do inciso II do § 2o deste artigo: (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005) 
I - só se aplica a imóvel situado em zona rural, não sujeito a vedação, impedimento ou 
inconveniente a sua exploração mediante atividades agropecuárias; (Incluído pela Lei nº 
11.196, de 2005) 
II – fica limitada a áreas de até quinze módulos fiscais, desde que não exceda mil e quinhentos 
hectares, vedada adispensa de licitação para áreas superiores a esse limite; (Redação 
dada pela Lei nº 11.763, de 2008) 
III - pode ser cumulada com o quantitativo de área decorrente da figura prevista na alínea g do 
inciso I do caput deste artigo, até o limite previsto no inciso II deste parágrafo. (Incluído pela Lei 
nº 11.196, de 2005) 
IV – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.763, de 2008) 
§ 3o Entende-se por investidura, para os fins desta lei: (Redação dada pela Lei nº 9.648, 
de 1998) 
I - a alienação aos proprietários de imóveis lindeiros de área remanescente ou resultante de 
obra pública, área esta que se tornar inaproveitável isoladamente, por preço nunca inferior ao 
da avaliação e desde que esse não ultrapasse a 50% (cinquenta por cento) do valor constante 
da alínea "a" do inciso II do art. 23 desta lei; (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998) 
II - a alienação, aos legítimos possuidores diretos ou, na falta destes, ao Poder Público, de 
imóveis para fins residenciais construídos em núcleos urbanos anexos a usinas hidrelétricas, 
desde que considerados dispensáveis na fase de operação dessas unidades e não integrem a 
categoria de bens reversíveis ao final da concessão. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998) 
§ 4o A doação com encargo será licitada e de seu instrumento constarão, obrigatoriamente os 
encargos, o prazo de seu cumprimento e cláusula de reversão, sob pena de nulidade do ato, 
sendo dispensada a licitação no caso de interesse público devidamente justificado; 
(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) 
§ 5o Na hipótese do parágrafo anterior, caso o donatário necessite oferecer o imóvel em 
garantia de financiamento, a cláusula de reversão e demais obrigações serão garantidas por 
hipoteca em segundo grau em favor do doador. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) 
§ 6o Para a venda de bens móveis avaliados, isolada ou globalmente, em quantia não superior 
ao limite previsto no art. 23, inciso II, alínea "b" desta Lei, a Administração poderá permitir o 
leilão. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) 
§ 7o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007) 
 
 Impenhorabilidade – o bem público não pode ser penhorado; 
 
5 
 
 Imprescritibilidades – o bem público não pode ser objeto de usucapião. Pois no direito 
civil a usucapião é uma forma de prescrição aquisitiva. 
 
 Não onerabilidade - o bem da autarquia não pode ser dado em garantia real: hipoteca, 
penhor ou anticrese. 
 
Responsabilidade Civil 
Responsabilidade objetiva – é aquele que não depende da comprovação de dolo ou 
culpa. 
Ex. motorista do Banco Central sofreu acidente e quebra o braço. Maria vai ajuizar ação 
em face da autarquia. Pode ser que a autarquia tenha que indenizar. Art. § 6° da CR/88: 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
... 
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços 
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, 
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. 
 Quando há o regresso é necessária à comprovação do dolo ou da culpa. 
 Obs. Quando a autarquia não tem como arcar com a indenização surge e 
responsabilidade subsidiária da administração direta. 
 
Imunidade Tributária 
 Art. 150, inciso VI da CR/88: 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
... 
VI - instituir impostos sobre: 
a) Patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; 
 
A autarquia se submente a imunidade reciproca dos entes federados? 
Art. 150, § 2° da CR/88: 
6 
 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
... 
§ 2º A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e 
mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, 
vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes. 
 
A imunidade se estende a autarquia, mas somente se o serviço ou bens ligados as suas 
finalidades essenciais. É uma imunidade condicionada. 
Ainda que o bem esteja alugado para um terceiro, há que se falar em imunidade se a 
renda do aluguel for revertida às finalidades da autarquia. Resp. 726.326/MG 
 
Prerrogativas processuais 
 Art. 183 e 496 do Código de Processo Civil 
Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e 
fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações 
processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal. 
§ 1
o
 A intimação pessoal far-se-á por carga, remessa ou meio eletrônico. 
§ 2
o
 Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma 
expressa, prazo próprio para o ente público. 
 
Art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de 
confirmada pelo tribunal, a sentença: 
I - proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas 
autarquias e fundações de direito público; 
II - que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução fiscal. 
§ 1
o
 Nos casos previstos neste artigo, não interposta a apelação no prazo legal, o juiz ordenará 
a remessa dos autos ao tribunal, e, se não o fizer, o presidente do respectivo tribunal avocá-
los-á. 
§ 2
o
 Em qualquer dos casos referidos no § 1
o
, o tribunal julgará a remessa necessária. 
§ 3
o
 Não se aplica o disposto neste artigo quando a condenação ou o proveito econômico 
obtido na causa for de valor certo e líquido inferior a: 
I - 1.000 (mil) salários-mínimos para a União e as respectivas autarquias e fundações de direito 
público; 
II - 500 (quinhentos) salários-mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as respectivas 
autarquias e fundações de direito público e os Municípios que constituam capitais dos Estados; 
7 
 
III - 100 (cem) salários-mínimos para todos os demais Municípios e respectivas autarquias e 
fundações de direito público. 
§ 4
o
 Também não se aplica o disposto neste artigo quando a sentença estiver fundada em: 
I - súmula de tribunal superior; 
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em 
julgamento de recursos repetitivos; 
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção 
de competência; 
IV - entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo do 
próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa. 
 
ESPÉCIES DE AUTARQUIAS 
 
 Agência Reguladora 
 
É chamada de autarquia em regime especial que tem a função de regular a prestação de 
certos serviços e ou atividades. Ex. Anatel, ANVISA, ANS, entre outras. 
Dirigentes – o dirigente, presidentes de uma autarquia comum é nomeado pelo Presidente 
da República. Já na agência reguladora o dirigente é nomeado pelo Presidente da República 
necessitando a aprovação pelo Senado Federal, exercendo: 
 Mandato fixo (investidura a termo); 
 Independência política; 
 Quarentena, durante certo tempo não poderá trabalhar na mesma área. 
 
Art. 5° e 9° da Lei n° 9.986/2000: 
 
Art. 5
o
 O Presidente ou o Diretor-Geral ou o Diretor-Presidente (CD I) e os demais membros do 
Conselho Diretor ou da Diretoria (CD II) serão brasileiros, de reputação ilibada, formaçãouniversitária e elevado conceito no campo de especialidade dos cargos para os quais serão 
nomeados, devendo ser escolhidos pelo Presidente da República e por ele nomeados, após 
aprovação pelo Senado Federal, nos termos da alínea f do inciso III do art. 52 da Constituição 
Federal. 
Parágrafo único. O Presidente ou o Diretor-Geral ou o Diretor-Presidente será nomeado pelo 
Presidente da República dentre os integrantes do Conselho Diretor ou da Diretoria, 
respectivamente, e investido na função pelo prazo fixado no ato de nomeação. 
Art. 9
o
 Os Conselheiros e os Diretores somente perderão o mandato em caso de renúncia, de 
condenação judicial transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar. 
8 
 
Parágrafo único. A lei de criação da Agência poderá prever outras condições para a perda do 
mandato. 
 
 Agência Executiva 
 
É autarquia ou a fundação pública que firmou um contrato de gestão com a administração 
direta. Art. 37, § 8° da CR/88: 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
... 
§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração 
direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus 
administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho 
para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 
19, de 1998) 
I - o prazo de duração do contrato; 
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e 
responsabilidade dos dirigentes; 
III - a remuneração do pessoal." 
 
Essa agência deve alcançar metas e desempenho fiscalizados pela Administração Direta. 
Art. 24, § 1 ° da Lei n° 8.666/93: 
Art. 24. É dispensável a licitação: 
... 
§ 1
o
 Os percentuais referidos nos incisos I e II do caput deste artigo serão 20% (vinte por 
cento) para compras, obras e serviços contratados por consórcios públicos, sociedade de 
economia mista, empresa pública e por autarquia ou fundação qualificadas, na forma da lei, 
como Agências Executivas. (Incluído pela Lei nº 12.715, de 2012) 
 
O Art. 24, da Lei n° 8.666/93, trata das hipóteses de licitação dispensável, nos incisos I e II, 
dispensável pelo valor 10% por convite. O § 1° do mesmo Art. aumenta o para a agência 
executiva para 20% na modalidade convite. 
 
 Conselhos Profissionais (Autarquias Profissionais) 
 
9 
 
STF, ADI 1717I 
Como exerce poder de polícia, e somente pessoa jurídica de direto público, todos os 
conselhos profissionais são espécies de autarquia. 
Obs. a OAB não é autarquia, ADI 3026 II, de acordo com o STF é uma entidade Sui 
Generis, ímpar, este limbo, pois além de regular profissão ele exerce função constitucional. 
 
EMPRESAS ESTATAIS 
 
São pessoas jurídicas de direito privado autorizadas por lei, para exercer atividade 
econômica ou prestar serviço público. 
 São pessoas de direito privado; 
 Autorizadas por Lei (art. 37 XIX CR/88); 
 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de 
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei 
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
 
 Registro (art. 45 Código Civil); 
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do 
ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou 
aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o 
ato constitutivo. 
 
Podem ter dois tipos de atividades: 
Atividade econômica; 
Prestação de serviços públicos. 
Ex. Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil (atividade econômica). Correio é uma 
prestadora de serviço público. 
 
10 
 
Art. 173 da CR/88 apresenta duas situações sobre a criação de empresa pública para 
exploração de atividade econômica por: 
 Imperativos de segurança nacional 
 
 Relevante interesse coletivo. 
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade 
econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança 
nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. 
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista 
e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de 
bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 19, de 1998) 
I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e 
obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 
19, de 1998) 
III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios 
da administração pública; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
IV - a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a 
participação de acionistas minoritários; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
V - os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos 
administradores.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
§ 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de 
privilégios fiscais não extensivos às do setor privado. 
§ 3º A lei regulamentará as relações da empresa pública com o Estado e a sociedade. 
§ 4º - lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à 
eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros. 
§ 5º A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa jurídica, 
estabelecerá a responsabilidade desta, sujeitando-a às punições compatíveis com sua 
natureza, nos atos praticados contra a ordem econômica e financeira e contra a economia 
popular. 
 
Esse artigo limita a criação da sociedade de economia mista e empresa pública para 
exploração de atividade econômica. 
A Lei nº 13.303/2016 refere-se ao §1° do Art. 173 da CR/88, trazendo pontos importantes 
das empresas públicas e sociedades de economia mista as que exploram atividade econômica e 
das que prestam serviço público. 
 
11 
 
Diferenças entre empresas públicas e sociedade de economia mista: 
 Formação do capital 
 
Empresa pública tem como regra o seu capital vindo da administração direta. É possível 
o capital da administração indireta desde que o controle fique com a administração direta. 
 
Sociedade de Economia Mista, o capital é misto. Poderá ter capital público e também 
capital de particulares, desde que o controle societário permaneça com a administração pública. 
(Art. 3° e 4° da Lei n° 13.303 /2016) 
 
Art. 3
o
 Empresa pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com 
criação autorizada por lei e com patrimônio próprio, cujo capital social é integralmente detido 
pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios. 
Parágrafo único. Desde que amaioria do capital votante permaneça em propriedade da União, 
do Estado, do Distrito Federal ou do Município, será admitida, no capital da empresa pública, a 
participação de outras pessoas jurídicas de direito público interno, bem como de entidades da 
administração indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
 
 Forma Societária 
 
A Sociedade de Economia Mista sempre será Sociedade Anônima. Ex. Bando do Brasil 
S/A. A Empresa Pública, pode se formar através de outras modalidades, inclusive sociedade 
anônima fechada. 
Art. 4
o
 Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito 
privado, com criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com 
direito a voto pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos 
Municípios ou a entidade da administração indireta. 
 
 Foro Processual 
 
Ajuizamento de ação em face de empresa pública federal Art. 109, I da CR/88). 
 
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: 
 
I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem 
interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as 
de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho; 
 
 
Ajuizamento de ação de empresa pública estadual, distrital ou municipal, a competência é 
da Justiça Estadual. 
 
 Ajuizamento de ação de Sociedade De Economia Mista seja ela: federal, estadual, distrital 
ou municipal, a competência é da Justiça Estadual, mesmo que seja federal. Ex. Petrobrás. 
12 
 
 
Súmulas 517 e 556 do STF 
SÚMULA 517 - As sociedades de economia mista só têm fôro na Justiça Federal, quando a 
União intervém como assistente ou opoente. 
SÚMULA 556 - É competente a Justiça comum para julgar as causas em que é parte 
sociedade de economia mista. 
 
E Súmula 42 do STJ 
SÚMULA 42 - compete à justiça comum estadual processar e julgar as causas cíveis em que e 
parte sociedade de economia mista e os crimes praticados em seu detrimento. 
 
Obs. 1- Súmula 517 STF, se a união por algum motivo resolve intervir numa ação, a 
competência passa a ser da Justiça Federal. Ex. Petrobrás. 
Obs. 2- Art. 109 CR/88, inciso VIII, os Mandados de Segurança e o Habeas Data em face 
de ato de autoridade de Sociedade de Economia Mista Federal é de competência da Justiça 
Federal. 
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: 
VIII - os mandados de segurança e os habeas data contra ato de autoridade federal, 
excetuados os casos de competência dos tribunais federais; 
 
Em um ato de gestão não cabível mandado de segurança. Ex. negativa de empréstimo. 
 
Características comuns da Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista 
 Regime de Pessoal 
Empresas Públicas e Sociedade de Economia Mista o regime é celetista, pois se 
submetem a CLT, é o empregado público. Seguem normas de direito público. 
Alguns autores denominam esse regime como híbrido. Uma das normas de direito 
público é o concurso público (Art. 37, inciso II CR/88). 
 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
13 
 
... 
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso 
público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo 
ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão 
declarado em lei de livre nomeação e exoneração; (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 19, de 1998) 
 
O empregado público não adquire estabilidade, ou seja, pode ser dispensado a qualquer 
momento. Mas para o STF, essa dispensa deve ser motivada. RE 589.998 PI. 
 
 Teto Remuneratório 
Art. 37, inciso XI e § 9° da CR/88. 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
... 
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da 
administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e 
dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, 
percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra 
natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo 
Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos 
Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, 
o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsidio 
dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco 
centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal 
Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério 
Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 41, 19.12.2003) 
... 
§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia 
mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal 
ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
 
O teto remuneratório é aquele limite máximo que os subsídios dos servidores se 
submetem. Sociedade de Economia Mista e as Empresas Públicas, que dependam da 
administração direta para pagarem as contas estão subordinas às regras do Art. 37, inciso 
XI, da CR/88. Não dependente, não submetem ao teto remuneratório. 
 
 Não acumulação 
14 
 
 
Art. 37, inciso XVI e XVII da CR/88. 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
... 
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver 
compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
a) a de dois cargos de professor; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998) 
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões 
regulamentadas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 34, de 2001) 
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, 
fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades 
controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998) 
 
 
Em princípio é proibido acumulação de cargos, função e emprego público. Ele entra no 
conceito de agente público e se submete ao Código Penal e a Lei De Improbidade Administrativa. 
Art. 2º, Lei n° 8.429/92. 
 
Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que 
transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ouqualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas 
entidades mencionadas no artigo anterior. 
 
 Regime de bens 
Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista possuem bens privados. 
 
Art. 98 do Código Civil: 
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito 
público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem. 
 
Alienabilidade Condicionada (Art. 100 e 101 Código Civil; Art. 17 Lei n° 8.666/93) 
abarca as Empresas Públicas e Sociedade de Economia Mista. 
Impenhorabilidade não é a qualquer bem, e sim aos bens afetados ao serviço público. 
Responsabilidade civil (Art. 37, § 6º CR/88) 
15 
 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
... 
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços 
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, 
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.·. 
 
Empresas estatais prestadoras de serviço público, sua responsabilidade é objetiva. Ex. 
Empresa de Correios e Telégrafos. 
No entanto, é possível que a empresa estatal explore atividade econômica, neste caso ela 
não se enquadra no Art. 37, § 6 CR/88 sua responsabilidade é subjetiva. Ex. Bando do Brasil. 
Independente da atividade se as empresas estatais não tiverem condições de arcar com as 
indenizações, surge à responsabilidade subsidiária da Administração Direta. 
 
Imunidade tributária para o STF se as empresas públicas ou sociedade de economia 
mista exploram atividade econômica em: 
 Concorrência com outras pessoas não é constitucional a imunidade tributária, não se 
pode dar tratamento diferente para essas empresas. 
 Monopólio é possível à imunidade tributária. 
As que prestam serviço público podem ter imunidade tributária. 
Obs. Informativos 443, 475 e 597 do STF. 
Obs. A Sociedade de Economia Mista e Empresa Pública devem prestar de contas para o 
Tribunal de Conta. Informativo 408 e 411 STF. 
 
FUNDAÇÕES PÚBLICAS 
Pessoa jurídica da administração indireta criada para exercer algum tipo de função social. 
STF entende que pode existir: 
 Fundação pública de direito público; 
 Fundação pública de direito privado. 
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A fundação pública de direito público recebe tratamento semelhante ao de uma autarquia, 
por isso, também é chamada de fundação autárquica. A fundação pública de direito privado terá 
tratamento semelhante a uma empresa que presta serviço público. Art. 37, inciso XIX, CR/88) 
 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
... 
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de 
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, 
neste último caso, definir as áreas de sua atuação; (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 19, de 1998) 
 
Fundação pública de direito público tem a mesma criação que a autarquia, ou seja, é 
criada por lei especifica. 
Fundação pública de direito privado é autorizada por lei. 
 
PODERES ADMINISTRATIVOS 
Podemos classificar a administração pública: 
 No sentido objetivo que são as pessoas jurídicas, órgãos públicos e agentes públicos; 
 
 No sentido subjetivo é o exercício da função administrativa. Os poderes administrativos 
são prerrogativas ou instrumentos dados à administração para o exercício da função 
administrativa. 
 
1 – Abuso de poder 
 
 Excesso de poder é uma conduta do agente público que tem um vício na competência. O 
agente público atuou fora da sua competência mesmo dentro do interesse público. 
Ex. Agente de vigilância sanitária aplicar multa em trânsito;·. 
 Desvio de poder pode ser chamado também de desvio de finalidade. É um ato que tem 
desvio de finalidade. 
Ex. Remoção de servidor por motivos pessoais; 
 
ESPÉCIES DE PODER ADMINISTRATIVO 
 Poder normativo/regulamentar 
 Poder hierárquico 
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 Poder disciplinar 
 Poder de polícia 
 Poder vinculado é o mesmo que vinculação 
 Poder discricionário é o mesmo que discricionariedade 
 
a) Vinculação atuação da administração pública sem nenhuma margem de liberdade. Todos 
os elementos do ato administrativo estão previstos em Lei. Ex. licença para dirigir, para 
construir... 
 
Discricionariedade há uma margem de liberdade para analisar conveniência e 
oportunidade daquele ato administrativo no interesse público. Ex. autorização para porte 
de arma de fogo. 
Obs. discricionariedade não é arbitrariedade segundo STF. 
Arbitrariedade da ideia de liberdade total, isso nunca pode acontecer. A discricionariedade 
é diferente da arbitrariedade, sendo assim a administração pública nunca terá liberdade total de 
atuação, mas apenas uma margem de liberdade. (Mérito Administrativo) 
Ex. Surgimento de novas vagas não traz direito subjetivo a nomeação para quem está 
aprovado. Mas se administração não nomear estes servidores que estavam aprovados de 
maneira arbitrária porque ela que simplesmente abrir novo concurso público. Dessa forma o 
candidato aprovado passa a ter direito subjetivo. Informativo 811 STF. 
 
I
 STF, ADI 1717 
EMENTA: - DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 58 E SEUS PARÁGRAFOS DA LEI FEDERAL Nº 9.649, DE 
27.05.1998, QUE TRATAM DOS SERVIÇOS DE FISCALIZAÇÃO DE PROFISSÕES REGULAMENTADAS. 
1. Está prejudicada a Ação, no ponto em que impugna o parágrafo 3o do art. 58 da Lei nº 9.649, de 
27.05.1988, em face do texto originário do art. 39 da C.F. de 1988. É que esse texto originário foi 
inteiramente modificado pelo novo art. 39 da Constituição, com a redação que lhe foi dada pela E.C. nº 19, 
de 04.06.1988. E, segundo a jurisprudência da Corte, o controle concentrado de constitucionalidade, 
mediante a Ação Direta, é feito em face do texto constitucional em vigor e não do que vigorava 
anteriormente. 2. Quanto ao restante alegado na inicial, nos aditamentos e nas informações, a Ação não 
está prejudicada e por isso o requerimento de medida cautelar é examinado. 3. No que concerne à alegada 
falta dos requisitos da relevância e da urgência da Medida Provisória (que deu origem à Lei em questão), 
exigidos no art. 62 da Constituição, o Supremo Tribunal Federal somente a tem por caracterizada quando 
neste objetivamente evidenciada. E não quando dependa de uma avaliação subjetiva, estritamente política, 
mediante critérios de oportunidade e conveniência, esta confiada aos Poderes Executivo e Legislativo, que 
têm melhores condições que o Judiciário para uma conclusão a respeito. 4. Quanto ao mais, porém, as 
considerações da inicial e do aditamento de fls. 123/125 levam ao reconhecimento da plausibilidade jurídica 
18da Ação, satisfeito, assim, o primeiro requisito para a concessão da medida cautelar ("fumus boni iuris"). 
Com efeito, não parece possível, a um primeiro exame, em face do ordenamento constitucional, mediante a 
interpretação conjugada dos artigos 5o, XIII, 22, XVI, 21, XXIV, 70, parágrafo único, 149 e 175 da C.F., a 
delegação, a uma entidade privada, de atividade típica de Estado, que abrange até poder de polícia, de 
tributar e de punir, no que tange ao exercício de atividades profissionais. 5. Precedente: M.S. nº 22.643. 6. 
Também está presente o requisito do "periculum in mora", pois a ruptura do sistema atual e a implantação 
do novo, trazido pela Lei impugnada, pode acarretar graves transtornos à Administração Pública e ao 
próprio exercício das profissões regulamentadas, em face do ordenamento constitucional em vigor. 7. Ação 
prejudicada, quanto ao parágrafo 3o do art. 58 da Lei nº 9.649, de 27.05.1998. 8. Medida Cautelar deferida, 
por maioria de votos, para suspensão da eficácia do "caput" e demais parágrafos do mesmo artigo, até o 
julgamento final da Ação. 
 
II , ADI 3026 
EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. § 1º DO ARTIGO 79 DA LEI N. 8.906, 
2ª PARTE. "SERVIDORES" DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL. PRECEITO QUE 
POSSIBILITA A OPÇÃO PELO REGIME CELESTISTA. COMPENSAÇÃO PELA ESCOLHA DO 
REGIME JURÍDICO NO MOMENTO DA APOSENTADORIA. INDENIZAÇÃO. IMPOSIÇÃO DOS 
DITAMES INERENTES À ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA E INDIRETA. CONCURSO 
PÚBLICO (ART. 37, II DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL). INEXIGÊNCIA DE CONCURSO 
PÚBLICO PARA A ADMISSÃO DOS CONTRATADOS PELA OAB. AUTARQUIAS ESPECIAIS E 
AGÊNCIAS. CARÁTER JURÍDICO DA OAB. ENTIDADE PRESTADORA DE SERVIÇO PÚBLICO 
INDEPENDENTE. CATEGORIA ÍMPAR NO ELENCO DAS PERSONALIDADES JURÍDICAS 
EXISTENTES NO DIREITO BRASILEIRO. AUTONOMIA E INDEPENDÊNCIA DA ENTIDADE. 
PRINCÍPIO DA MORALIDADE. VIOLAÇÃO DO ARTIGO 37, CAPUT, DA CONSTITUIÇÃO DO 
BRASIL. NÃO OCORRÊNCIA. 1. A Lei n. 8.906, artigo 79, § 1º, possibilitou aos "servidores" da 
OAB, cujo regime outrora era estatutário, a opção pelo regime celetista. Compensação pela 
escolha: indenização a ser paga à época da aposentadoria. 2. Não procede a alegação de que a 
OAB sujeita-se aos ditames impostos à Administração Pública Direta e Indireta. 3. A OAB não é 
uma entidade da Administração Indireta da União. A Ordem é um serviço público independente, 
categoria ímpar no elenco das personalidades jurídicas existentes no direito brasileiro. 4. A OAB 
não está incluída na categoria na qual se inserem essas que se tem referido como "autarquias 
especiais" para pretender-se afirmar equivocada independência das hoje chamadas "agências". 5. 
Por não consubstanciar uma entidade da Administração Indireta, a OAB não está sujeita a 
controle da Administração, nem a qualquer das suas partes está vinculada. Essa não-vinculação é 
formal e materialmente necessária. 6. A OAB ocupa-se de atividades atinentes aos advogados, 
que exercem função constitucionalmente privilegiada, na medida em que são indispensáveis à 
administração da Justiça [artigo 133 da CB/88]. É entidade cuja finalidade é afeita a atribuições, 
interesses e seleção de advogados. Não há ordem de relação ou dependência entre a OAB e 
19 
 
 
qualquer órgão público. 7. A Ordem dos Advogados do Brasil, cujas características são autonomia 
e independência, não pode ser tida como congênere dos demais órgãos de fiscalização 
profissional. A OAB não está voltada exclusivamente a finalidades corporativas. Possui finalidade 
institucional. 8. Embora decorra de determinação legal, o regime estatutário imposto aos 
empregados da OAB não é compatível com a entidade, que é autônoma e independente. 9. 
Improcede o pedido do requerente no sentido de que se dê interpretação conforme o artigo 37, 
inciso II, da Constituição do Brasil ao caput do artigo 79 da Lei n. 8.906, que determina a 
aplicação do regime trabalhista aos servidores da OAB. 10. Incabível a exigência de concurso 
público para admissão dos contratados sob o regime trabalhista pela OAB. 11. Princípio da 
moralidade. Ética da legalidade e moralidade. Confinamento do princípio da moralidade ao âmbito 
da ética da legalidade, que não pode ser ultrapassada, sob pena de dissolução do próprio 
sistema. Desvio de poder ou de finalidade. 12. Julgo improcedente o pedido.

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