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Questionário bioquímica veterinária

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
DEPARTAMENTO DE BIOFUNÇÃO	
  
 
 1 
ICS055- Bioquímica Veterinária I - Semestre 2017.1 
Questionário para estudo sobre os assuntos da 2a Avaliação - 03/07/2015 
 
Aluno: _______________________________________________________Turma Prática: ________ 
 
 
1. Defina ligação hemicetal demonstrando um exemplo através de uma cetose e uma aldose (ciclo 
hexose). 
Resposta: 
Todo carboidrato possui um grupo carbonila, ou seja, apresenta uma dupla ligação de um átomo de 
carbono a um átomo de oxigênio (C=O). Retomando a química orgânica, quando temos uma carbonila 
em uma das extremidades da molécula, nós temos um aldeído 
 
Hemiacetais e hemiacetonas são compostos derivados respectivamente de aldeídos e cetonas. A 
palavra grega hèmi significa meio. Esses compostos são formados pela reação entre um álcool e um 
grupo carbonila. 
 
 
Glicólise: 
Fase Preparatória: há a preparação para a transferência de elétrons e a fosforilação do ADP, 
utilizando a energia da hidrólise de ATP. 
 
 4ª etapa (reação reversível): 
 
- Ocorre a divisão (clivagem) da frutose-1,6-bisfosfato em dois fragmentos de 3 carbonos, formando 
diidroxiacetona-fostato e gliceraldeído-3-fosfato. A enzima que catalisa esta reação é a aldolase. 
 
 
 
 
 
2. A molécula de D-b- glicose difere em que de uma molécula de D- a-glicose? 
 
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DEPARTAMENTO DE BIOFUNÇÃO	
  
 
 2 
Resposta: A forma cíclica, ela pode se encontrar como α-glicose, em que a hidroxila (OH) do carbono 
à direita do heteroátomo de oxigênio está ligada para baixo. 
 
A forma cíclica da β -glicose: a hidroxila (OH) do carbono à direita do heteroátomo de oxigênio está 
ligada para cima (trata-se da estrutura β). 
 
 
 
 
3. Escreva as fórmulas de: sacarose, maltose, lactose e celobiose. 
Resposta: 
 
Sacarose (C12H22O11), também conhecida como açúcar de mesa, é um tipo de glicídio formado por uma 
molécula de glicose, produzida pela planta ao realizar o processo de fotossíntese, e uma de frutose. 
 
Maltose (C12H22O11) Maltose é a principal substância de reserva da célula vegetal, é também a junção de 
duas moléculas de glicose. Ao realizar a digestão o amido passa a ser primeiramente maltose e 
depois glicose. 
A Maltose é encontrada em vegetais, e tem função energética. É também chamada de açúcar de malte 
de cereais. 
A maltose é formada por duas moléculas de glicose, sendo encontrada em grande quantidade de malte 
nos cereais, principalmente no malte (matéria prima da cerveja). É o produto imediato da hidrólise do 
amido pela alfa-amilase. 
 
A lactose (C12H22O11) é o açúcar presente no leite e seus derivados. É um hidrato de carbono, mais 
especificamente um dissacarídeo, que é composto por dois monossacarídeos a glicose e a galactose. 
É o único hidrato de carbono do leite e é exclusiva desse alimento porque apenas é produzida nas 
glândulas mamárias dos mamíferos: no leite humano representa cerca de 7,2% e no leite de vaca cerca de 
4,7%. Seu sabor é levemente doce e as leveduras não a fermentam, mas podem ser adaptadas para fazê-
lo Lactobacilos a transformam numa função mista de ácido carboxílico e álcool, que formam o ácido 
lático. 
 
Celobiose (C12H22O11) é um dissacarídeo de fórmula [HOCH2CHO(CHOH)3]2O, composto por duas 
moléculas de glicose produto da hidrólise incompleta da celulose. 
 
 
 
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 4 
4. O que são ligações glicosídicas dos tipos a ( a 1,4) e a (b 1,4)? 
Resposta: 
 
 
 
 
5. Diferencie os polissacarídeos amido, glicogênio e celulose quanto às suas respectivas ligações 
glicosídicas. Esquematize as três macromoléculas e fale de suas funções. 
Resposta: 
 
 
 
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 5 
 
 
 
6. Como se dividem os polissacarídeos? Dê exemplos. 
Resposta: 
 
Existem dois tipos: 
• Homopolissacarídeos: Uma molécula composta por monômeros da mesma espécie. Exemplo: 
celulose, composta por unidades de glicose. 
• Heteropolissacarídeos: Uma molécula de carboidrato composta por diferentes tipos de 
monossacarídeos. Exemplo: peptidoglicano. 
 
 
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 6 
 
 
Nos organismos, os polissacarídeos são classificados em dois grupos dependendo da função biológica 
que cumprem: 
• polissacarídeos de reserva energética: a molécula provedora de energia para os seres vivos é 
principalmente a glicose (monossacarídeo). Quando esta não participa do metabolismo energético, é 
armazenada na forma de um polissacarídeo que nas plantas é conhecido como amido, nos animais e 
nos fungos como glicogênio. 
• polissacarídeos estruturais: estes carboidratos participam na formação de estruturas orgânicas, estando 
entre os mais importantes a celulose, que participa na estrutura de sustentação dos vegetais. 
 
7. Qual papel da celulose nas células vegetais? 
Resposta: Celulose (polissacarídeo) é o carboidrato mais abundante da natureza, presente em células 
vegetais, conferindo rigidez e resistência. Formada por moléculas de glicose, não é digerida pelos 
animais, já que estes não possuem a celulase – sua enzima específica. A celulose é o principal 
componente da madeira e, consequentemente, do papel. 
 
8. O que são N-glicosídeos, o-metílicos, açúcares-álcoois e amino-açúcares. 
Resposta: Glicosídeos 
 • Compostos de grande importância para os seres vivos 
 • Muitos glicosídeos utilizados como fármacos são encontrados na natureza 
como metabólitos secundários de plantas 
 Glicosídeo é definido por uma molécula de acetal de açúcar 
 • Constituído por glicona e aglicona 
 
 
 
 
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 7 
Estrutura 
•  Glicosídeo é definido por uma molécula de acetal de açúcar 
•  Constituído por glicona e aglicona 
 
 
 
Os álcoois polihídricos, polióis ou açúcares álcoois, conhecidos também como edulcorantes de corpo, 
diferenciam-se de outros sacarídeos devido à redução das funções cetona ou aldeído. Constituem uma 
classe especial de carboidratos, podendo ser monossacarídeos (sorbitol, manitol, xilitol, eritritol), 
dissacarídeos (maltitol, lactitol, isomalte) e mistura de sacarídeos e polissacarídeos hidrogenados (xarope 
de glucose hidrogena- do). 
36
A
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POLIÓIS
PROPRIEDADES 
ESTRUTURAIS
Os álcoois polihídricos, polióis ou 
açúcares álcoois, conhecidos tam-
bém como edulcorantes de corpo, 
diferenciam-se de outros sacarídeos 
devido à redução das funções cetona 
ou aldeído. Constituem uma classe 
especial de carboidratos, podendo ser 
monossacarídicos (sorbitol, manitol, 
xilitol, eritritol), dissacarídicos (mal-
titol, lactitol, isomalte) e mistura de 
sacarídeos e polissacarídeos hidroge-
nados (xarope de glucose hidrogena-
do). Alguns destes polióis são mais 
comumente conhecidos através do 
nome comercial, como é o caso do 
isomalte ou Palatinit, e do xarope de 
glucose hidrogenado ou Lycasin. Os 
polióis monossacarídicos são encon-
trados naturalmente em frutas e ver-
duras e como produto intermediário 
no metabolismo de carboidratos de 
animais, incluindo o homem. 
Os polióis resultam da hidroge-
nação catalítica do grupo redutor de 
um sacarídeo específico facilmente 
acessível (sacarose, açúcar invertido, 
frutose, glucose, xarope de glucose, 
xarope demaltose, lactose, xilose 
etc.). Os polióis podem ser obtidos 
industrialmente, como mostra o 
Quadro 1.
A conversão do grupo carbonílico 
(aldeído ou cetona) de açúcares em 
álcool, com conseqüente trans-
formação de estruturas cíclicas 
a lineares, confere aos polióis 
importantes propriedades, como 
resistência ao escurecimento, 
diminuição da susceptibilidade à 
fermentação, maior resistência à cris-
talização, maior estabilidade química 
e maior afinidade por água. 
Uma das principais utilizações dos 
polióis está relacionada à propriedade 
destes compostos de conferir corpo 
aos alimentos. Na indústria alimentí-
cia, são empregados misturados com 
edulcorantes intensos, quando há a 
necessidade de restrição de açúcar. 
Tais misturas muitas vezes não pro-
movem redução do valor calórico do 
alimento, mas oferecem resultados 
satisfatórios em termos de sabor e 
textura. 
O poliol que apresenta maior doçu-
ra é o xilitol, geralmente considerada 
igual a da sacarose, os demais são 
menos doces (veja Quadro 2). 
Quando dissolvidos na boca na for-
ma cristalina, os polióis contribuem 
para uma sensação refrescante agra-
dável, devido ao calor de dissolução 
negativo. O poliol com maior ação 
refrescante é o xilitol, sendo seguido 
pelo manitol, sorbitol, maltitol, lacti-
tol e isomalte.
O sorbitol, xilitol, maltitol e lactitol 
têm solubilidade próxima a da sa-
carose (195g/100g H2O a 20°C). A 
solubilidade do isomalte e do manitol 
é cerca de 40% e 20% a da sacarose, 
respectivamente. 
A atividade de água de um produto 
é a relação entre a pressão de vapor 
do produto e a pressão de vapor da 
água pura nas mesmas condições. A 
atividade de água afeta a atividade en-
zimática, reação de Maillard, oxidação 
de lipídios, estabilidade microbiana 
e a textura, sendo que estes fatores 
associados influem na conservação 
do produto. Os polióis são excelentes 
agentes redutores de atividade de 
água. O manitol apresenta maior ati-
vidade de água entre todos os polióis, 
seguido pelo lactitol, maltitol, xilitol, 
Lycasin 80/55 e sorbitol. 
A higroscopicidade caracteriza a 
capacidade de um produto reter ou 
absorver água. É expressa através do 
conhecimento da atividade de água. 
Não há relação entre a higroscopici-
dade de um produto em solução e a 
do seu estado cristalino. Em solução, 
a higroscopicidade é função da massa 
molecular, sendo que a higroscopi-
cidade aumenta (e a atividade de 
água diminui) à medida que o peso 
molecular diminui. Na forma crista-
lina, o manitol e o lactitol podem ser 
considerados não higroscópicos; o 
isomalte e o maltitol são levemente 
higroscópicos; o xilitol é moderada-
mente higroscópico; e o sorbitol é 
altamente higroscópico. 
QUADRO 1 - PRODUÇÃO INDUSTRIAL DE POLIÓIS
Origem Resíduos Milho, batata, Açúcar de cana, Madeira, 
 celulósicos arroz, etc açúcar de beterraba leite (soro) pericarpo de milho
Polissacarídeos amido hemicelulose
Di e oligossacarídeos xarope de (hidrólise) sacarose (isomerização)
 glucose xarope de lactose lactulose
 maltose
 (isomerização)
 isomaltulose
 (isomerização-inversão)
 isoglucose invertido
Monossacarídeos
 (separação) (hidrólise) (hidrólise)
 glucose frutose galactose glucose xilose
Açúcares álcoois 
lycasin Maltitol Sorbitol Manito Isomalte Galactitol Lactitol Xilitolhidrogenados
 
Um amino açúcar é um monossacarídeo em que um dos grupos hidroxila (normalmente, mas não 
necessariamente, o da posição 2) é substituído por um grupo amina. 
 
Sua nomenclatura sistemática, a partir do nome do monossacarídeo, é x-amino-x-desoxi-monossacarídeo, 
por exemplo, a D-glicosamina tem o nome sistemático de 2-amino-2-desoxi-D-glucopiranose. 
 
A 2'-O-metilação é uma modificação de nucleosídeos comum que se dá no ARN, na qual se acresce 
um grupo metilo ao grupo hidroxilo em posição 2' do açúcar ribose de um nucleósideo. 
 
 
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2'-O-metil-adenosina, uma adenosina modificada. 
 
 
9. Quais os passos irreversíveis que aparecem no mapa da via glicolítica? 
Resposta: 
 
1ª etapa (primeiro gasto de energia e reação irreversível) 
Imagine que a glicose é uma molécula um tanto quanto rebelde, e se alguém não a prender dentro da 
célula, ela acaba escapando. Por isso, ocorre um processo de fosforilação da glicose, pela 
enzima Hexoquinase, para que glicose permaneça na célula. O ATP doa um fosfato ao carbono 6 (C-6) 
da molécula de glicose e, portanto, o produto desta reação será glicose-6-fosfato. 
 
3ª etapa (segundo gasto de energia e reação irreversível) 
A frutose-6-fosfato é fosforilada, produzindo frutose-1,6-bisfosfato. Esta reação é acoplada à hidrólise 
de ATP, constituindo então o segundo gasto de energia. A G6P e a F6P podem desempenhar papéis em 
outras vias, mas a frutose-1,6-bisfosfato não, por isso este é um ponto irreversível da glicólise. A enzima 
que catalisa esta reação é a fosfofrutoquinase-1 (principal enzima reguladora da glicóse). A atividade da 
PFK-1 é aumentada através de uma modulação alostérica sempre que o ATP estiver em baixo nível ou 
quando existir um excesso de produtos da hidrólise do ATP, ADP e AMP (principalmente este último). O 
 
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contrário ocorre quando há muito ATP ou outro combustível como os ácidos graxos na célula, e a mesma 
não precisa metabolizar glicose para obter energia, e então a PFK-1 é inibida. 
 
10a etapa: Piruvato Quinase 
A reação 10, última desta via metabólica, catalisada pela enzima piruvato quinase, há transferência do 
grupo fosfato do fosfoenolpiruvato para uma molécula de ADP, formando-se então uma molécula de 
ATP e piruvato. Tendo em conta que por cada molécula de gliceraldeído-3-fosfato produz-se duas 
moléculas de ATP, na glicólise são produzidos ao todo 4 ATPs e gastos 2. O saldo energético é de 2 
moléculas de ATP e 2 NADH por molécula de glicose. 
 
10. Quantas moléculas de piruvato se formam a partir de uma molécula de glicose? 
Resposta: Uma molécula de Glicose é oxidada produzindo 02 moléculas de piruvato, duas moléculas 
de ATP e dois equivalentes reduzidos de NADH+, que serão introduzidos na cadeia respiratória ou na 
fermentação. 
 
11. Que hexose dá origem a trioses? 
Resposta: Glicose. 
A glicólise é uma via catabólica central que ocorre no citosol. Em algumas células, como nervosas e 
hemácias, é (juntamente com o Ciclo de Krebs na sequência nas células nervosas mas não nas hemácias) 
a principal fonte de energia. Células nervosas utilizam também corpos cetônicos como fonte de energia. O 
processo de degradação da glicose é dividido em duas fases - Fase preparatória da glicose & Fase de 
produção de energia: 
 
Fase preparatória da glicólise - de Glicose a Gliceraldeído-3-P + Dihidroxicetona: 
Nesta fase, a glicose é ativada para que possa haver posterior quebra. Nesta ativação são gastos alguns 
ATPs. É como um investimento por parte do organismo para formar compostos com maior energia livre de 
hidrólise. São realizadas duas fosforilações, a primeira já na primeira reação da via. Isto é importante para 
que a célula não perca nenhum intermediário do ciclo após já ter investido energia na glicose, pois os 
compostos fosforilados (como o são todos os intermediários da glicólise) não atravessam as membranas 
livremente. Esta fase termina com a quebra da hexose em duas trioses. 
 
Fase de produção de energia - de Gliceraldeído-3-P a Piruvato: 
Inicia com a primeira reação que fornece energia ao organismo (a recuperação do “investimento” tem mais 
de 60% de eficiência). Na verdade, a primeira etapa dessa fase (transformação de gliceraldeído-3-P em 
1,3-bifosfoglicerato) não produz nenhum ATP, mas nos organismos aeróbios,o NADH produzido 
representa ganho de 3ATPs, na cadeia transportadora de elétrons. 
Ocorrem duas reações de fosforilação em nível de substrato, assim denominadas porque a reação 
transfere não só energia livre ao ADP, mas também o próprio fosfato necessário à síntese de 1ATP. 
É importante notar que apenas 5,2% da energia de oxidação da glicose foram liberados ao fim da glicólise, 
permanecendo todo o restante na forma de piruvato. Este por sua vez poderá ser completamente 
degradado para utilização desta energia pelo Ciclo do Ácido Cítrico, ou, quando não há disposição de 
oxigênio, ser encaminhado à fermentação. 
 
 
12. Indicar as reações de óxido redução que aparecem no mapa da via glicolítica. 
Resposta: 
Fase de Investimento 
 
5ª Etapa: Oxidação do gliceraldeído-3-fosfato: 
 
Fase de Pagamento: 
 
6ª Etapa : Oxidação do gliceraldeído-3-fosfato em 1,3-difosfoglicerato. 
 
Na 6ª etapa (redução do NAD+ a NADH e reação reversível): ocorre a oxidação do gliceraldeído-3-
fosfato a 1,3-bisfosfoglicerato, pela enzima gliceraldeído-3-fosfato-desidrogenase. 
 
Na 10ª etapa (no último passo da glicólise), há a transferência de fosfato do fosfoenolpiruvato para 
o ADP, pela enzima piruvato-quinase, formando o piruvato (inicialmente na forma enólica) e ATP. 
 
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Depois, há uma tautomerização (ação não enzimática), e o piruvato alcança a forma cetônica, que 
predomina em pH 7,0. A reação enzimática inicial requer K+ e Mg2+ ou Mn2+ pela enzima. Como você 
mesmo lembra, tudo está acontecendo em dobro, e por isso, há 2 moléculas de piruvato e 2 ATP. 
 
Passo da via glicolítica 
 
Passo da via glicolítica 
Glicose 
2 
1 
3 
Frutose 1,6 
bisfosfato 
4 5 
Gliceraldeído 
3 fosfato 
Piruvato 
6 
7 
8 
9 
10 ATP 
ATP 
ADP 
ADP 
ADP 
ADP 
ATP 
ATP 
NADH NAD+ + H + 
Energia 
investida 
Glicose 
quebrada 
Energia 
liberada 
 
 
OBS: 7ª etapa (pagamento dos 2 ATPs gastos e reação reversível): Há a produção de ATP pela 
fosforilação do ADP. A enzima que catalisa a reação de conversão do 1,3-bisfosfoglicerato a 3-
fosfoglicerato é a fosfoglicertato-quinase. Temos então, o pagamento dos 2 ATPs gastos (lembrando 
que há 2 ATPs porque essa fase está ocorrendo em dobro). Diferentemente da etapa 6, a fosforilação não 
é oxidativa, pois não há transferência de elétrons, e sim de fosfato, em nível de substrato. 
 
Rendimento da glicólise: 2 Piruvatos, 2 ATPs e 2 NADH. 
 
Oxirredução: toda reação de oxirredução está relacionada com uma transferência de elétrons entre 
átomos e/ou íons das substâncias reagentes. 
 
Oxidar glicose para gerar ATP e fornecimento de blocos de construção para reações de síntese, como a 
formação de ácidos graxos. 
 
13. Se o organismo não necessitar urgentemente de energia, as vias podem ser "desativadas", para que 
haja economia de energia. Na glicólise, há então 3 pontos de controle da via. Quais são eles? 
Resposta: Se o organismo não necessitar urgentemente de energia, as vias podem ser "desativadas", 
para que haja economia de energia. Na glicólise, há então 3 pontos de controle da via: 
 
1º - glicose para glicose-6-fosfato; 
2º - frutose-6-fosfato para frutose-1,6-bisfosfato (inibição da fosfofrutoquinase pelo excesso de 
ATP); 
3º - fosfoenolpiruvato a piruvato (inibição da piruvato quinase por ATP). 
 
O piruvato formado segue um dos seus três destinos: formação do etanol ou lactato (ambas são vias 
anaeróbicas) ou a formação da Acetil-CoA (via aeróbica - do Ciclo de Krebs). Os organismos mais 
desenvolvidos como o homem, transformam o piruvato em Acetil-CoA. As células musculares podem 
seguir a via do Acetil-CoA ou do Lactato, sendo que esta não há um grande saldo de ATP, por isso é uma 
via utilizada em situações de emergência, como exercícios físicos sem preparação. 
 
 
 
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14. Considerando o número de moléculas de ATP consumidas e formadas, estabelecer o saldo final de 
ATP na oxidação de uma molécula de glicose pela via glicolítica. 
Resposta: Rendimento da glicólise: 2 Piruvatos, 2 ATPs e 2 NADH. 
 
15. O que é um Prébiótico? 
Resposta: Prebióticos - na maioria carboidratos. 
O termo Prebiótico foi empregado por Gibson & Roberfroid em 1995 (J. Nut.) para designar "Ingredientes 
nutricionais não digeríveis que afetam beneficamente o hospedeiro estimulando seletivamente o 
crescimento e atividade de uma ou mais bactérias benéficas do cólon, melhorando a saúde do seu 
hospedeiro". 
 
16. Quais as duas fases da glicólise? As diferencie. 
Resposta: 
1a Fase - Preparação, regulação e gasto de energia: 
Reação 1: Fosforilação da glicose – hexoquinase (é irreversível); 
Reação 2: Isomerização da glicose - fosfoexose-isomerase; 
Reação 3: Fosforilação da frutose-6-fosfato - fosfofruto-2-quinase (é irreversível); 
Reação 4: quebra da frutose 1,6 - difosfato em duas trioses – aldolase (é reversível); 
Reação 5: Oxidação do gliceraldeído-3-fosfato - triosefosfato isomerase (é reversível); 
 
2a Fase - Produção de ATP e oxidação: 
Reação 6: Hidrólise do ácido difosfoglicérido - Gliceraldeído 3-fosfato desidrogenase; 
Reação 7: 1,3 bifosfoglicerato é convertido em 3 fosfoglicerato pela enzima Fosfoglicerocinase (é 
irreversível); 
Reação 8: A enzima fosfoglicerato mutase vai transferir o fosfato que estava no carbono 3, para o carbono 
2, produzindo uma molécula de 2 fosfoglicerato (é reversível); 
Reação 9: 2-fosfoglicerato retira uma molécula de H2O produzindo fosfoenolpiruvato (é reversível) - 
enolase; 
 
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Reação 10: O fosfato vai sair do fosfoenolpiruvato será transferido para ADP que será convertido em ATP. 
O que sobra é a molécula de piruvato (é irreversível). 
 
17. Descreva tudo o que você sabe sobre amido. 
Resposta: 
Amido é um carboidrato constituído principalmente de glicose com ligações glicosídicas. 
Amido: Armazenado no amiloplasto de raízes do tipo tuberosa (mandioca, batata doce, cará), caules do 
tipo tubérculo (batatinha), frutos e sementes. Principal reserva energética dos vegetais. 
 
18. O catabolismo ocorre em 3 estágios. Descreva sucintamente o que ocorre em cada um deles. 
Resposta: 
 
Os 3 estágios do Catabolismo: 
 
ESTÁGIO I: ocorre no tubo digestório; os polímeros são quebrados em moléculas fundamentais são 
absorvidos e levados às células; 
 
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ESTÁGIO II: ocorre no interior das células. As moléculas fundamentais são degradadas em produtos 
menores; produtos comuns: Piruvato e Acetil Co- A; 
ESTÁGIO III: ocorre no interior das mitocôndrias; converge para o ciclo de Krebs; produtos finais: CO2 e 
H2O; nesta fase ocorre formação de ATP; ocorre liberação de NH3 pela degradação de aminoácidos, 
sendo convertida em ureia para a excreção. 
 
19. Existem dois mecanismos de transporte de glicose através da membrana celular: transporte facilitado, 
mediado por transportadores de membrana específicos (GLUT) e o co-transporte com o íon Sódio (SGLT). 
Descreva em que tecido está localizada a GLUT 4. 
Resposta: As proteínas carreadoras são aquelas inseridas na bicamada lipídica (proteínas integrais) que 
fornecem um caminho passivo, isto é, sem custo energético, para que as moléculas se movimentem 
através da membrana. Esse tipo de transporte ocorre em solutos de alto peso molecular, com carga 
elétrica e não lipossolúveis, como é o caso da glicose, íons, água, entre outros. 
 
• Uniportadores (ou transportadores uniport): transportam um único tipo de substrato, seguindo o 
gradiente deconcentração. Um exemplo disso é a proteína de transporte para a glicose (carreador GLUT); 
 
• Simportadores (ou transportadores simport): fazem a translocação de dois substratos diferentes 
na mesma direção, usando o gradiente de concentração de um deles para impulsionar o outro contra o 
seu gradiente químico. Um exemplo disso é o carreador Na+/Glicose no intestino (carreador SGLT1) o qual 
deixa entrar sódio em função do gradiente químico, e impulsiona a entrada também de glicose (contra o 
gradiente químico). 
 
Transportador de glicose tipo 4 (GLUT4): é uma proteína que nos humanos é codificada pelo gene 
GLUT4. GLUT4 é o transportador de glicose regulado por insulina encontrado principalmente em 
tecidos adiposos e em músculo estriado (esquelético e cardíaco). A primeira evidência para esta 
distinta proteína transportadora de glicose foi providenciada por David James em 1988. 
 
20. O piruvato pode ser oxidado de três formas diferentes, dependendo do metabolismo celular. Quais 
são os três produtos da sua oxidação? 
Resposta: Quando prevalece a anerobiose, gera lactato, quando prevalece a aerobiose, gera Acetil 
Coenzima A, e em leveduras, gera-se Etanol. 
 
21. Quando a concentração de O2 é baixa, nas células prevalecerá anaerobiose (como nas hemácias). 
Qual o produto formado na glicólise? Qual o problema desse produto? 
Resposta: Forma-se Lactato a partir do piruvato. Porem, o Lactato é toxico, e não pode permanecer 
no meio intracelular, pois acidifica o citoplasma, desnaturando as enzimas. Em contraponto, a 
exportação de lactato também é maléfica, porque gera acidose metabólica. 
 
 
 
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Sem O2 Com O2
| |
Glicose Glicose
| |
Forma 2 ATP Forma 2 ATP
| |
Forma 2 Ac. Pirúvico Forma 2 Ac. Pirúvico
| |
Sem O2 Com O2
| |
Ac. Láctico Ciclo de Krebs - na Matriz Mitocondrial
Metabolismo Glicolítico
2 ATP
|
Forma 36 ATP + H2O + CO2
Metabolismo Oxidativo
38 ATP
VIA ANAERÓBICA LÁCTICA VIA AERÓBICA
GLICÓLISE
 
 
22. Quais são as 3 enzimas alostéricas presentes na glicólise? 
Resposta: 
Hexokinase, fosfofrutoquinase 1 (PFK-1) e piruvato quinase (PKD). 
 
A glicólise possui 10 reações, sendo que 3 delas são pontos de regulação (reações irreversíveis). As 
enzimas que as catalizam são a hexocinase (reação 1), PFK-1 (reação 3) e piruvato quinase (reação 
10). Como estas reações são os passos limitantes da glicólise, alterações na velocidade de atuação das 
respectivas enzimas vão alterar a velocidade global da via glicolítica. 
 
Das 3 enzimas regulatórias, a principal é a PFK-1. 
A hexocinase é uma enzima comum também a outros processos metabólicos (síntese de glicogénio e 
via das pentoses fosfato) - apesar de ser uma enzima regulatória, não é exclusiva da glicólise. Sendo 
assim, o principal ponto de regulação da glicólise terá que ser o segundo, ou seja, a reação catalisada 
pela PFK-1. 
 
OBS.: Enzima alostérica: as enzimas reguladas por modificações não-covalentes são chamadas de 
alostéricas. Elas contêm uma região separada daquela em que se liga o substrato, na qual pequenas 
moléculas regulatórias (efetores) podem ligar-se e modificar a atividade catalítica destas enzimas. 
 
 
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23. Se o lactato causa acidose citoplasmática e metabólica, como ele é metabolizado? 
Resposta: O fígado, e uma pequena porção dos rins, são responsáveis pelo metabolismo do lactato 
(SILVA et al., 2001; NEL, 2005; ALBIERO, 1998). 
Segundo RABELO & CROWE (2005) e SWENSON & REECE (1996), a fonte de lactato no corpo é a 
quebra de carboidratos, mais especificamente da glicose. A glicose, por sua vez, pode ser armazenada 
no fígado e nos tecidos musculares sob forma de glicogênio conforme GUYTON & HALL (2002). A 
quebra do glicogênio resulta na formação do piruvato, que poderá seguir cinco caminhos diferentes: 
lipogênese, oxidação via ciclo de Krebs, formação de alanina, gliconeogênese ou pode ser 
convertido em lactato (SWENSON & REECE, 1996; NEL,2005; ALBIERO, 1998). 
Por sua vez, o lactato formado em outros tecidos, poderá ser utilizado pelo fígado como substrato na 
própria gliconeogênese, resultando na formação da glicose, que será utilizada pelos tecidos. É 
importante afirmar que essa reação só acontecerá se o oxigênio estiver disponível (NEL 2005).Nessa 
reação, segundo SILVA et al. (2001), o lactato gerado pelos tecidos pode ser captado pelo fígado e 
reconvertido em glicose (via gliconeogênese) ou pode ser utilizado como substrato primário como 
fonte de energia (anaeróbica). 
 
 
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15/02/2017 
6 
Regulação da Glicólise 
PFK-1 
¾ Enzima principal no controle pois catalisa a 
reação específica da Glicólise, chamada de 
“etapa comprometida”; 
Regulação da Glicólise 
Piruvato quinase 
¾ Inibição: ATP, alanina; 
Regulação da Glicólise 
Fermentação 
Fermentação 
¾ O NAD+ está presente em quantidades catalíticas nas células; 
¾ Cofator essencial; 
¾ É preciso um mecanismo de regeneração para o NAD+ ser 
reutilizado; 
 
¾ Sob condições anaeróbicas: 
9 Pela lactato desidrogenase (Fermentação láctica); 
9 Pela álcool desidrogenase (Fermentação alcoólica); 
 
¾ Sob condições aeróbicas: 
9 Cadeia de transporte de elétrons; 
Fermentação 
 
 
24. Como deve reagir um fármaco para o tratamento da diabetes pelo balanceamento do Glucagon? 
Resposta: O medicamento deverá diminuir o glucagon, uma vez que ele estimula o fígado a produzir 
glicose 6-fosfatse, que vai transformar a G6P (armazenada no fígado) em glicose livre, que se 
direciona para a corrente sanguínea. 
 
O adulto ingere carboidratos (CHO) na dieta. As enzimas salivares e gastrointestinais começam o 
processo de desintegração liberando monossacarídeos (glicose, frutose, galactose). Estes serão 
absorvidos no intestino delgado. A glicose existe em maior %; ela segue para o fígado, onde se transforma 
em G6P. Esta, dependendo da necessidade do organismo pode se transformar por 5 vias diferentes: 
 
1) no fígado existe a glicose-6-fosfatase que hidrolisa a G-6P em glicose e fosfato. A glicose vai para 
a circulação com a finalidade de alimentar outras células; 
 
2) queimado no fígado para fornecer energia; 
 
3) degradado pela via das pentoses-P com a finalidade de fornecer nucleotídeos para a síntese de 
colesterol e ácidos graxos; 
 
4) armazenado no fígado na forma de glicogênio; 
 
5) quando as vias estão saturadas de glicose, através de Acetil-CoA se converte em lipídeo; 
 
A circulação da glicose do fígado para outros órgãos é permanente. O fígado é o único órgão que 
permite a passagem da glicose, porque em todas as células, quando a glicose entra, é imediatamente 
transformada em G-6P que não atravessa a membrana plasmática. Somente as células hepáticas 
contém a G-6-fosfatase, capaz de liberar a glicose. 
 
Durante a contração muscular, ocorre a quebra do glicogênio, fornecendo glicose, que será catabolizada 
até ácido lático. Este sai do músculo e retorna para o fígado para formar glicose. 
 
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Entre as refeições, a reserva hepática de glicogênio diminui, porque é degradada liberando glicose, a fim 
de suprir necessidades do cérebro, glóbulos vermelhos e medula adrenal, que não podem ficar sem 
glicose. Se a degradação do glicogênio for insuficiente, o fígado produz neoglicogênese (produção de 
glicose a partir de ácido lático, alanina e outros aminoácidos). São removidas as reservas lipídicas 
(lipólise). 
 
http://antonini.psc.br/home/?p=7494 
 
25. Quais são os produtos obtidosa partir da ação da aldolase sob a Frutose-1-6 bifosfato? 
Resposta: 4 - Clivagem da frutose 1-6-difosfato: Nesta etapa a enzima frutose difosfato aldolase ou 
simplesmente aldolase catalisa uma reação de condensação aldólica reversível. A frutose 1,6-difosfato é 
clivada em duas trioses fosfato diferentes, gliceraldeído 3-fosfato, uma aldolase, e diidroxiacetona 
fosfato, uma cetose. A aldolase dos tecidos animais não requer Mg2+, no entanto, em alguns 
microrganismos a aldolase necessita do Zn2+. Embora a energia livre padrão desta reação seja fortemente 
positiva (deltaG= + 5,73 Kcal/mol), nas condições de pH e concentrações existentes nas células ela pode 
ocorrer facilmente nas duas direções. 
 
 
 
 
A frutose-bisfosfato aldolase (ou frutose-1,6-bisfosfato aldolase) - ou simplesmente aldolase (ainda que há 
outros tipos de aldolase), é um enzima que catalisa uma reação reversível que divide o composto aldol, 
frutose 1,6-bisfosfato, nas triosas fosfato dihidroxiacetona fosfato (DHAP) e gliceraldehido 3-fosfato (GAP). 
 
Aldolase é uma enzima que participa do processo de conversão da glicose em energia. É encontrada em 
todo o corpo, mas os níveis mais altos ocorrem nos músculos. A quantidade no sangue se eleva quando 
há lesão muscular ou hepática. 
 
Antigamente, a dosagem de aldolase no sangue era usada para monitorar e acompanhar doenças 
musculares e hepáticas. Foi em grande parte substituída por outras enzimas, como CK (creatina quinase); 
ALT (alanina aminotransferase) e AST (aspartato aminotransferase), que são indicadores mais específicos 
de lesão muscular ou hepática. Mas esse exame ainda tem algum uso no acompanhamento de pacientes 
com distrofia muscular e outras doenças raras dos músculos esqueléticos. 
 
 
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26. Sob qual forma a glicose é armazenada em nosso corpo? 
Resposta: A glicose é armazenada sob a forma de Glicose-6-fosfato (G6P), porque quando a glicose 
passa pela GLUT (transportador de membrana), transitando entre o sangue o meio intracelular. Quando 
fosforilada, a G6P não é capaz de passar para o sangue através da GLUT, ficando armazenada na 
célula, disponível para o metabolismo celular. A G6P é o substrato da oxidação (glicólise). 
 
27. Qual resposta do corpo frente a hiperglicemia e a hipoglicemia? 
Resposta: Na hiperglicemia, ele tem que baixar a glicemia, aumentando a captação de glicose, 
fazendo mais G6P, e formar mais glicogênio. O hormônio orientador desse processo (sintetizar glicogênio 
– glicogênese) é a insulina. Sintetizar glicogênio querer que a célula tenha alto estoque de ATP. A 
insulina age no fígado e músculo. 
Na hipoglicemia, a resposta depende da célula (muscular ou hepática). A glicogenólise acontece quando 
o corpo precisa de glicose ou de ATP (p. ex.: músculo fazendo exercício), em cada célula a resposta é 
diferente porque são estimulados por hormônios diferentes. Somente o fígado responde a baixa de 
glicemia (porque além de ter receptores para adrenalina, tem receptor para glucagon, que é o 
hormônio que responde a essa baixa). O músculo não é capaz de mandar seu glicogênio para o 
sangue, pois só tem receptor de adrenalina, entretanto armazena por possuir o receptor de insulina. 
 
 
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28. Qual o papel do pâncreas na regulação da glicemia? 
Resposta: Ele é o sensor de glicose no sangue. Quando ela está alta, libera insulina, que vai até as 
células alvo (músculo e fígado) e estimula a captação de glicose até que a glicemia volte ao normal. 
No músculo ocorre síntese de glicogênio e ele pode usar essa glicose para fazer a contração, gerando 
ATP. O glucagon estimula a quebra de glicose para liberar na corrente, e também estimula a 
gliconêogenese. O glucagon não tem efeito sob o músculo. 
 
29. Explique o Ciclo de Cori (ou via glicose-lactato glicose) de maneira. 
Resposta: Ciclo de Cori (ou via glicose-lactato-glicose) consiste na conversão da glicose em lactato, 
produzido em tecidos musculares durante um período de privação de oxigênio, seguida da conversão 
do lactato em glicose, no fígado. 
 
OBS.: O ciclo de Cori ocorre no músculo esquelético e nas hemácias e consiste na oxidação de 
glicose em lactato, com posterior transporte desse produto para o fígado. 
 
Cooperação metabólica entre músculos e fígado; 
Evita o acúmulo de lactato na corrente sanguínea èacidose láctica 
 
 
 
 
Esquema geral do ciclo de Cori. As setas a vermelho (tracejado) mostram a direção das reações 
metabólicas envolvidas no ciclo numa situação de esforço físico. A verde (setas a pontilhado), as 
reações que ocorrem no período de re-oxigenação (descanso). 
 
O ciclo de Cori é uma cooperação metabólica entre músculos e fígado. Com um trabalho muscular 
intenso, o músculo usa o glicogénio de reserva como fonte de energia, via glicólise. Ao contrario do que 
muitos pensam não é o acumulo de lactato no músculo que causa dor e fadiga muscular. Os músculos são 
capazes de manter a carga de trabalho na presença de lactato se o pH for mantido constante. 
Para obtenção de energia sob a forma de trifosfato de adenosina (ATP), a glicose é convertida a piruvato 
através da glicólise. Durante o metabolismo aeróbio normal, o piruvato é então oxidado pelo oxigénio 
molecular a CO2 e H2O. 
Durante um curto período de intenso esforço físico, a distribuição de oxigênio aos tecidos musculares 
pode não ser suficiente para oxidar totalmente o piruvato. Nestes casos, a glicose é convertida a piruvato 
e depois a lactato, através da via da fermentação láctica, obtendo os músculos ATP, sem recorrer ao 
oxigénio. 
 
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Este lactato acumula-se no tecido muscular e difunde-se posteriormente para a corrente sanguínea. 
Quando o esforço físico termina, o lactato é convertido a glicose através da gliconeogênese, no fígado. O 
indivíduo continua a ter uma respiração acelerada por algum tempo: o O2 extra consumido neste período 
promove a fosforilação oxidativa no fígado e, consequentemente, uma produção elevada de ATP. O ATP é 
necessário para a gliconeogênese, formando-se então a glicose a partir do lactato, e esta glicose é 
transportada de volta aos músculos para armazenamento sob a forma de glicogénio. 
O ciclo evita que o lactato se acumule na corrente sanguínea, o que poderia provocar acidose láctica. 
Embora o sangue se comporte como uma solução tampão, o seu pH poderia diminuir (tornar-se-ia mais 
ácido) com um excesso de lactato acumulado. O ciclo é muito importante para manter a glicemia 
constante durante o período de elevada atividade física. 
 
30. Qual o destino da Acetilcoenzima A? 
Resposta: Qualquer que seja a origem do Acetilcoenzima A, este será totalmente oxidado a CO2 pelo 
Ciclo de Krebs cm a concomitante produção de coenzimas, que por sua vez são oxidadas na cadeia 
respiratória, para a síntese de ATP. 
Os ácidos graxos podem ser provenientes da dieta ou sintetizados a partir de carboidratos e proteínas. A 
sua síntese ocorre no citosol, para onde deve ser transportado a Acetilcoenzima A formado na 
mitocôndria. 
Quando uma carga energética atinge níveis muito altos (alta concentração de ATP), o citrato não pode ser 
oxidado no Ciclo de Krebs em virtude de inibição, sendo transportado para o citosol é cindido em 
oxaloacetato e Acetilcoenzima A, com consumo de ATP. 
A síntese de ácidos graxos consiste na união sequencial de unidades de dois carbonos, a primeira 
unidade é proveniente de Acetilcoenzima A e todas as outras de Melonil-CoA, formado assim por 
carboxilação de Acetilcoenzima A.

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