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SDE0173 - RECURSOS TERAPÊUTICOS MANUAIS Prof.ª Ma Célia M J Corrêa celiacorrea@live.estacio.br Proposta da disciplina: Introduzir o aluno em uma das práticas mais consolidadas entre os recursos terapêuticos: as técnicas manuais. Oportunizará estudar e praticar a massoterapia, a drenagem linfática, variadas técnicas de intervenção manuais diretas. Ementa Toque terapêutico - efeitos fisiológicos Massoterapia Drenagem linfática Manobras miofasciais (pompages) Técnicas de destivação de pontos gatilhos Mobilização passiva Tração espinhal Apresentar os diversos recursos terapêuticos manuais e seus efeitos fisiológicos, preparando o acadêmico para a utilização da mesma como técnica fisioterapêutica Capacitando o aluno à: tomar decisões para obter uma ação manual objetiva e eficaz. prescrever, contra indicar e dominar a execução e aplicação dos diferentes recursos manuais terapêuticos Objetivo geral: - Capacitá-lo para planejar e executar a aplicação do recurso terapêutico manual entendendo a relação entre as estruturas e suas funções. - Capacitá-lo para identificar o melhor recurso terapêutico manual a ser aplicada em cada disfunção fisiológica. - Capacitá-lo para reconhecer as indicações e contra indicações da aplicação de cada recurso terapêutico manual apresentado Objetivos específicos Laboratório de Recursos Terapêuticos Manuais, ou Laboratório de Cinesioterapia - Macas suficientes para atender a todas as duplas de alunos formadas na turma; - óleo de massagem, vaselina líquida; - bandagens elásticas; - ataduras; - bolinhas de tênis; - tatames; Recursos para aula As AV2 e AV3 abrangerão todo o conteúdo da disciplina, de forma teórica e prática, incluindo o das atividades estruturadas. Para aprovação na disciplina o aluno deverá: 1. Atingir resultado igual ou superior a 6,0, calculado a partir da média aritmética entre os graus das avaliações, sendo consideradas apenas as duas maiores notas obtidas dentre as três etapas de avaliação (AV1, AV2 e AV3). A média aritmética obtida será o grau final do aluno na disciplina. 2. Obter grau igual ou superior a 4,0 em, pelo menos, duas das três avaliações. 3. Frequentar, no mínimo, 75% das aulas ministradas. Procedimento avaliação DOMENICO, Giovanni. Técnicas de Massagem de Beard. 5.ed: Rio de Janeiro: Elsevier, 2008 KISNER, Caroline e COLBY, Lynn Allen. Exercícios terapêuticos: fundamentos e técnicas. 5. ed: Rio de Janeiro. Manole, 2009 GREEN,Philip.E. Princípios da Medicina Manual. Ed.Manole, 2. ed: São Paulo, Manole, 2001 Bibliografia Básica: BIENFAIT, Marcel. Fáscia e pompages. Estudo e tratamento do esqueleto fibroso. São Paulo:Summus. 1999. KISNER, Caroline e COLBY, Lynn Allen. Exercícios terapêuticos: fundamentos e técnicas. 5. ed: Rio de Janeiro. Manole, 2009. KOSTOPOULOS, Dimitrios; RIZOPOULOS, Konstantine. Pontos-gatilho miofasciais: teoria ,diagnóstico, tratamento. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. SIMONS, David G.; TRAVELL, Janet G.; SIMONS, Lois S. Dor e disfunção miofascial: manual dos pontos-gatilho. Porto Alegre: ARTMED, 2005. v.1,2. Bibliografia Complementar DOMENICO, Giovanni. Técnicas de Massagem de Beard. Ed.Elsevier. Capítulo V: Efeitos Mecânicos Fisiológicos, Psicológicos e Terapêuticos da Manipulação do Tecido Mole. Capítulo III: Requisitos Essências para Manipulação do Tecido Mole. CAMERON, Michelle H. Agentes Fiscos na Reabilitação. Ed.Elsevier. Capítulo X : Tração - 30 páginas FOLDI, Michael e STROBENREUTHER, Roman. Princípios de Drenagem Linfática. Ed.Manole. p.1 a p.45 - 44 páginas KISNER, Caroline e COLBY, Lynn Allen. Exercícios terapêuticos: fundamentos e técnicas. 5°ed: Rio de Janeiro. Manole, 2009.Capítulo 5 . p.115 a 151 - 36 páginas Indicação do Material Didático Histórico da massagem terapêutica Evolução da massagem terapêutica Definição Terminologia Descrição dos movimentos Componentes da massagem terapêutica UNIDADE I Referências - aula inaugural DOMENICO, Giovanni. Técnicas de Massagem de Beard. 5. ed: Rio de Janeiro: Elsevier, 2008 Leitura obrigatória: Capítulo I: Perspectivas Históricas Capítulo III: Requisitos Essências para Manipulação do Tecido Mole. Capítulo V: Efeitos Mecânicos Fisiológicos, Psicológicos e Terapêuticos da Manipulação do Tecido Mole.; Origem - França: masser - verbo / massage – substantivo Hebraico (mashesh) / Árabe (mass) / Grega (massin) 1780 massage - Índia 1800 - Europa Pré história: poucas evidências, provável ocorrência Culturas antigas: poucos registros, mas afirma-se que a massagem fazia parte da “cultura médica” China: Tratado Médico Chinês – Nei Chang (2760 a. C.) Dinastia Tang (619 -907 d.C.) práticas da medicina: médicos, acupunturistas, massagistas e exorcistas Dinastia Sung (960-1279 d. C.) declínio significativo da prática História 1ª Sui, que no ano de 580: consegui unificar os reinos. Em 618 substituída pela Tang: desenvolvimento cultural do povo chinês. A dinastia Tang entra em declínio após ser derrotada pelos árabes no ano de 751 907 substituída pela dinastia Sung: crescimento econômico e estimulou o desenvolvimento da cultura. Invenção da pólvora. Entre 907 e 960: fragmentação política. Esta época ficou conhecida como o Período das Cinco Dinastias e Dez Reinos. Nesta fase, a China se transformou num conjunto de vários estados. A partir da linha de pensamento do filósofo Confúcio, que defendia a idéia de que a natureza humana é boa, porém, é corrompida pelo uso indevido do poder, a política foi influenciada de tal forma que contribuiu com a unificação cultural da China. Dinastias Chinesas – cultura geral Índia antiga: livros Ayur-Veda da sabedoria (1800 a. C.) Massagem e banhos Egito, Pérsia e Japão Grécia: Homero (460-360 a. C.) escreveu em Odisséia como os soldados eram massageados após a guerra Hipócrates: descrições da massagem na prática médica “[...] a fricção pode fixar uma articulação que esteja demasiadamente frouxa e pode afrouxar um articulação que esteja demasiadamente enrijecida. [...] deve ser friccionado com mãos macias e, sobretudo com suavidade; [...]mobilizada, não violentamente, mas até o ponto em que possa ser feito sem acarretar dor” Hipócrates (460 a.C.-377 a.C.) FISIOTERAPIA: ciência da Saúde que estuda, previne e trata os distúrbios cinéticos funcionais intercorrentes em órgãos e sistemas do corpo humano, gerados por alterações genéticas, por traumas e por doenças adquiridas. Fundamenta suas ações em mecanismos terapêuticos próprios, sistematizados pelos estudos da Biologia, das ciências morfológicas, das ciências fisiológicas, das patologias, da bioquímica, da biofísica, da biomecânica, da cinesia, da sinergia funcional, e da cinesia patologia de órgãos e sistemas do corpo humano e as disciplinas comportamentais e sociais. (COFFITO, 2012) Como recurso da Fisioterapia Casas de banho e massagem Gregos: uso da massagem para manter a saúde e assegurar a beleza – deu-nos como herança a aceitação social – banhos, práticas de exercícios e massagem Romanos: herdaram dos gregos, massagem + banhos quentes O médico Galeno escreveu amplamente sobre massagem Idade Média ( inicia com a desintegração do Império Romano do Ocidente e que finda no séc. XV.) – perdas das tradições antigas médicas e científicas Séc XVI – volta de práticas e métodos antigos Aceitação da massagem: Avanços da anatomia, fisiologia Harvey (1628) – descoberta da circulação sanguínea História moderna da massagem Massagem moderna: início do séc XIX Tese de Estradere (1886) Henrik Ling ( 1776-1839) – Massagens e Exercícios MedicinaisSuecos, influenciou a fisioterapia como profissão Johann Mezger ( 1839-1909) – Holanda Chartered Society of Massage and Medical Gymnastics (IIGGM- surgimento de nova profissão)** Chartered Society of Physioterapy Massagem sueca Per Henrik Ling (1776-1839), o fundador da massagem sueca e da educação física moderna, viu o corpo humano como parte da grandeza humana. A ginástica, para ele, era totalmente anticompetitiva. A finalidade da ginástica, para Ling, era formar as características de um atleta e criar pessoas bonitas. Massagem como recurso fisioterapêutico Fisioterapia ramificou-se pelo mundo Massagem não é o único recurso de tratamento Parte de um plano terapêutico Evolui com técnicas de mobilização Requer habilidades manuais Diferenças culturais determinam elegibilidade do recurso Massagem recreacional Diversas técnicas Objetiva: aliviar estresse, promover relaxamento e bem-estar geral Clientela: sem problemas de saúde. Massagem terapêutica Diversas técnicas Objetiva: aliviar estresse promovendo relaxamento, mobilizar estruturas, analgesia, reduzir edema, prevenir deformidades e promover independência Clientela: tem problema de saúde específico Massagem terapêutica Toque terapêutico Não ocorre contato [...}“equilibra os campos de energia.” – (Feltham, 1991) Princípios mecânicos – aceitação científica Grego: amassar, ato de pressionar Suécia: Exercício difere de massagem ( Kleen, 1847-1923) Inglaterra - Londres –Murrel (1853-1912) “modo científico de tratamento de certas formas de doença por meio de manipulações sistemáticas” Boston Douglas Graham (1884 – 1918) vários procedimentos utilizando as mãos: “[...]fricção, amassamento, manipulação, rolamento, percussão[...] objetivo curativo, paliativo ou higiênico” Kleen acrescentou aparelhos auxiliares além das mãos Massagem ‘[...] grande número de manipulações dos tecidos e órgãos do corpo, com finalidades terapêuticas” Coulter, 1932 “[...]certas manipulações dos tecidos moles do corpo [...] efetuadas com maior eficiência com as mãos[...] com a finalidade de produzir efeitos sobre os sistemas nervoso, muscular e respiratório e sobre a circulação sanguínea e linfática local e geral” Beard, 1952 Massagem Evolução ao longo da história Início do Séc. XIX – mudança explícita na terminologia Influência de Ling (fundador da massagem sueca) por ter incorporado os termos franceses: effleurage, pétrissage, massage à friction e tapotamente. Ling acrescentou: rolamento, palmada, beliscamento, agitação, vibração e mobilização articular Outros: malaxação – italiano, aperto, pressão, percussão, atritamento com os dedos, inunção Ling também deixou a descrição dos movimentos Terminologia Pétrissage (pressão, amassar) Pressões em forma de amassamento Toda a mão, dedos, polegar Uma ou ambas as mãos – simultaneamente reforçando a pressão Movimento é de rolamento e a pele movimenta-se com os dedos Músculos, grupos musculares ou parte de um músculo (vários autores) Pele, tecido subcutâneo e músculos (Ling) Direções: centrípeta (maioria) e centrífuga Descrição dos Movimentos Pétrissage Amassamento (similar a pétrissagem) Divergências na direção e formas de contato Divisão em superficial (pele e tecidos subjacentes) e profundo (músculos) Superfície palmar, ambas as mãos trabalhando em direções opostas e pressão suave Amassamento Fricção Divergências na quantidade de pressão ( leve, moderada e intensa..) Divergência no tipo de movimento ( longos e circulares pequenos para maioria) Ling: “massage à friction” - similar às fricções modernas Atualidade: Cyriax ( 1959, 1977, 1978) e Dicke 91978) Pequenas áreas, parte da mão deve ser mantida em contato com a pela, tecidos superficiais são mobilizados sobre os profundos Fricção Alisamento e Effleurage Movimentos similares Alisamento superficial e profundo (Mennel) Direção centrípeta ou da corrente sanguínea Toque firme e leve – permitindo a manutenção do contato Alisamento profundo: direção do fluxo venoso e linfático Áreas extensas Uso da palma da mão Acompanhar o contorno da área Alisamento e Effleurage Direção Pressão Velocidade e Ritmo Meios Posição do terapeuta e paciente Duração Frequência Componentes da massagem
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