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01/12/2017 1 Avaliação Econômica de Empreendimentos Dados do professor: BRUNO NEGRI CARLESSO Formação Profissional: Professor (Cândido Mendes, Unesc, Estácio e UFES) Auditor Independente (Trevisan Grant Thornton) Controller (Vila Porto International Business) Formação Acadêmica: Ciências Contábeis (Graduação/UFES) Gestão Empresarial (MBA/UFES) Contato: carlessobruno@yahoo.com Qual o propósito dessa disciplina? 01/12/2017 2 Qual o propósito dessa disciplina? (outro exemplo) Uma empresa está avaliando a possibilidade de adquirir uma máquina para um novo negócio. O valor do investimento é de $ 300.000. A vida útil da máquina é de 5 anos. A empresa pretende utilizar recursos próprios até o limite de 40% do valor do investimento. O saldo remanescente do investimento será obtido por meio de financiamento que só será pago ao final do 5º ano. As receitas previstas para o primeiro ano são de $ 300.000, esperando-se um crescimento constante de 5% a.a. Os custos de produção e as despesas operacionais estimadas para o primeiro ano são de $ 75.000 e $ 93.000, respectivamente. Espera-se que os custos de produção cresçam a partir do primeiro ano a taxa de 6 % a.a. e as despesas operacionais em 8% a.a. O índice beta é de 0,9 para o projeto. A taxa livre de risco de 5,5% e o prêmio pelo risco de mercado de 12%. A taxa de juros da dívida é de 13%, pagos anualmente. Determine a viabilidade do projeto, através do NPV, admitindo o benefício fiscal da depreciação. O investimento será depreciado de forma linear em cinco anos, e não está previsto valor residual. Admita IR=34%. A dinâmica da análise de viabilidade econômica. Definição dos projetos (1)/ Execução (6) Análise de viabilidade econômica (2) Confronto com o planejado (3) Análise de viabilidade econômica (4) Confronto com o planejado (5) Variáveis a serem estimadas para mensuração do valor do projeto: 01/12/2017 3 O 1º passo da análise de viabilidade econômica. O primeiro passo para a realização da avaliação econômica é estimar o fluxo de caixa, isto é, definir o fluxo de entradas e saídas de dinheiro do projeto sob análise. O 1º passo da análise de viabilidade econômica. Componentes do fluxo de caixa: Investimento no produto (sinal -/↓); Receitas da venda do produto (sinal +/↑); e Custos da produção (sinal -/↓). Exemplo de diagrama de fluxo de caixa de um projeto: Os componentes de um Fluxo de Caixa Investimento no produto (sinal -/↓): representa a quantidade estimada de dinheiro gasta para o desenvolvimento das especificações e preparação para a produção do produto: o pessoas, máquinas, equipamentos, veículos, utensílios, computadores etc.; o patentes, tecnologias e licenças; o gastos com estudos, pesquisas de mercado, projetos e capacitação de profissionais; e o necessidade de possuir um capital de giro, inclusive para eventuais imprevistos. 01/12/2017 4 Os componentes de um Fluxo de Caixa Receita (sinal +/↑): deriva da venda do produto. Corresponde às estimativas de vendas de produtos gerados pela produção (projeções de mercado consumidor, economia, concorrência etc.). Expertise do fundador da empresa e área de vendas. Apoio do setor financeiro. Custos da produção (sinal -/↓) do produto: correspondem aos valores estimados de gastos na produção, tais como: matéria-prima, mão de obra, energia elétrica, seguro, aluguel etc. Expertise da área de engenharia de produção. Apoio do setor financeiro. Métodos de análise de viabilidade econômica. A seguir demonstraremos os métodos que são empregados para realizar a avaliação de projetos: Payback 01/12/2017 5 Payback Payback é uma técnica muito utilizada nas empresas para análise do prazo de retorno do investimento em um projeto. Payback EXEMPLO: Uma indústria de plásticos está analisando a aquisição de uma linha de produção com tecnologia mais moderna. Toda linha de produção (silos de estocagem do polímero, equipamento de aquecimento do polímero, cortadoras e rebobinadeiras) custarão R$ 35.000,00. Os fluxos de caixa projetados em função da utilização dessa nova tecnologia podem ser discriminados como segue: Ano 1 10.000,00 Ano 2 12.000,00 Ano 3 12.000,00 Ano 4 8.000,00 Ano 5 6.000,00 A vida econômica do equipamento é de 5 anos, sendo seu valor de mercado ao final do 5º ano estimado em R$3.000,00. Quanto tempo é necessário para pagar o investimento que será feito nessa nova linha de produção? Payback 01/12/2017 6 Payback O que vem a ser “ignorar o valor do dinheiro no tempo”... Payback 01/12/2017 7 Payback R$100,00 em 1998 ≠ R$100,00 em 2015. Quanto R$100,00 em 01/01/1998 valeriam em 31/12/2015? Payback Payback O que fez com que o dinheiro tenha perdido valor com o passar do tempo? Ou seja, o que fez com que o consumidor tenha enchido cada vez menos o carrinho de supermercado com o passar do tempo? Inflação! Para os R$100,00 em 31/12/2015 terem o mesmo poder aquisitivo dos R$100,00 de 01/01/1998, eles deveriam estar valendo, em 31/12/2015: R$423,47. 01/12/2017 8 Payback Conclusão? O dinheiro tem valor no tempo (não só por conta da inflação, mas também por conta do juros, conforme veremos adiante). Payback Payback Como? Dada uma taxa de juros, todos os valores distribuídos ao longo do tempo no diagrama de fluxos de caixa deverão ser trazidos ou levados para uma data especifica no presente ou no futuro; respectivamente. Só depois dessa “padronização”, é que, de fato, números poderão ser comparados e analisados. 01/12/2017 9 Breve revisão de conceitos básicos de matemática financeira: oValores presente e futuro em regimes de capitalização simples e composto. oTaxa de juros equivalente. oTaxa de juros nominal e efetiva. oTaxa de juros aparente e real. Juros Simples Matemática Financeira Juros Simples 01/12/2017 10 Como calcular, se capitalização for simples? (ou) intuição: Como calcular, se capitalização for simples? (ou) intuição: Como calcular, se capitalização for simples? (ou) intuição: 01/12/2017 11 Como calcular, se capitalização for simples? (ou) intuição: Juros Compostos Matemática Financeira Juros Compostos 01/12/2017 12 Como calcular, se capitalização for composta? Como calcular, se capitalização for composta? Como calcular, se capitalização for composta? 01/12/2017 13 Como calcular, se capitalização for composta? Taxas Equivalentes Matemática Financeira Taxas Equivalentes 01/12/2017 14 Taxas Equivalentes Taxas Equivalentes Taxas Equivalentes 01/12/2017 15 Taxas Equivalentes Taxas Nominal e Efetiva Matemática Financeira Taxas nominal e efetiva 01/12/2017 16 Taxas nominal e efetiva Taxas Aparente e Real Matemática Financeira Taxas aparente e real 01/12/2017 17 Retorno ao tema central do curso Depois dessa revisão de matemática financeira, retornemos aos métodos que são empregados para se realizar a gestão de projetos... Payback DescontadoPayback Descontado 01/12/2017 18 Payback Descontado IMPORTANTE: 12% é a taxa de desconto, também denominada de custo de oportunidade ou custo do capital ou, ainda, Taxa Mínima de Atratividade (TMA), conforme veremos adiante. Valor Presente Líquido (VPL) 01/12/2017 19 Valor Presente Líquido (VPL) Reflete a riqueza em valores monetários do investimento, medida pela diferença entre o valor presente das entradas e saídas de caixa, a uma determinada taxa, frequentemente chamada de Taxa Mínima de Atratividade (TMA), taxa de desconto, custo de oportunidade, custo do capital da empresa ou, ainda, Custo Médio Ponderado de Capital (WACC). Veremos mais adiante como calcular TMA. Aguardem! Valor Presente Líquido (VPL) O VPL é expresso por meio da seguinte fórmula: Onde: •FCj: fluxos de caixa gerados pelo investimento. •i: taxa interna de retorno (TIR) do projeto. Se TIR > TMA, devemos aceitar o projeto! •J: tempo. •FC0: fluxo de caixa do investimento. TIR, TMA!!! Como calcular essas taxas? Aguardem!!! 01/12/2017 20 Valor Presente Líquido (VPL) Valor Presente Líquido (VPL) Valor Presente Líquido (VPL) – Outro exemplo A empresa Alpha está avaliando fazer um investimento no valor de $ 75.000,00 do qual esperam-se benefícios anuais de caixa de $ 25.000,00 no primeiro ano, $ 32.000,00 no segundo ano, $ 38.000,00 no terceiro ano e $ 28.000,00 no quarto, conforme demonstrado abaixo. Com base nesses dados calcule o VPL. 01/12/2017 21 Valor Presente Líquido (VPL) – Outro exemplo Valor Presente Líquido (VPL) – Outro exemplo Valor Presente Líquido (VPL) – Outro exemplo 01/12/2017 22 Valor Presente Líquido (VPL) – Outro exemplo Valor Presente Líquido (VPL) Taxa Interna de Retorno (TIR) 01/12/2017 23 Taxa Interna de Retorno (TIR) Taxa Interna de Retorno (TIR) 01/12/2017 24 Taxa Interna de Retorno (TIR) Taxa Interna de Retorno (TIR) Novamente: veremos mais adiante como estimar a TMA, também denominada de custo de capital da empresa ou custo de oportunidade ou taxa de desconto ou, ainda, Custo Médio Ponderado de Capital (WACC). Aguarde mais um pouco!!! 01/12/2017 25 01/12/2017 26 Taxa Interna de Retorno Modificada (TIRM) 01/12/2017 27 01/12/2017 28 01/12/2017 29 Taxa Mínima de Atratividade (TMA) – 1ª parte 01/12/2017 30 Taxa Mínima de Atratividade (TMA) Finalmente... Como calcular a Taxa Mínima de Atratividade (TMA), também chamada de taxa de desconto ou custo de capital da empresa ou custo de oportunidade ou, ainda, Custo Médio Ponderado de Capital (WACC)? Taxa Mínima de Atratividade (TMA) Como vimos anteriormente, para calcular o VPL usamos a seguinte fórmula: • Tanto as premissas relacionadas ao montante do investimento inicial (FC0), quanto aquelas relativas aos fluxos de receitas e custos proporcionados pelo investimento (FCj ) precisam, obviamente, ser realistas (premissas: páginas 8 e 9). Se tais premissas estiverem corretas, estará também a TIR, pois, conforme já vimos, a TIR deriva do VPL (TIR é a taxa que zera o VPL). • Devemos ser realistas também ao definir a TMA, pois é a partir da comparação da TIR com a TMA que teremos condições de concluir se determinado projeto é viável (ou não). Taxa Mínima de Atratividade (TMA) A falta de diligência na definição da TMA, pode prejudicar qualquer gestão de projetos, independentemente de quão bem administradas estejam as demais fases. Enfim, como calcular a TMA... 01/12/2017 31 Taxa Mínima de Atratividade (TMA) Onde: -WACC (ou TMA): custo médio ponderado de capital -E: montante do capital próprio; -D: montante do capital de terceiros; -RE: custo do capital próprio; -RD x (1 – TC): custo do capital de terceiros já descontado o beneficio do IRPJ; -TC: Alíquota do IRPJ + CSLL da empresa. Taxa Mínima de Atratividade (TMA) Mas como calcular o custo de capital de terceiros e o custo de capital próprio? Custo do Capital de Terceiros Custo de Capital (de terceiros e próprio) 01/12/2017 32 01/12/2017 33 01/12/2017 34 Custo do Capital Próprio Custo de Capital (de terceiros e próprio) 01/12/2017 35 Capital próprio ALERTA! Os próximos slides podem parecer por demais teóricos ou algo que só é estudado nos bancos de faculdades... Cuidado, ao final de toda explicação que estar por vir, disponibilizamos três exemplos de laudos de avaliação em empresas (Tam, Net e Cremer), onde os conceitos que serão aqui apresentados, foram aplicados (slides: 131, 132 e 133). Capital próprio Todo investimento (projeto) carrega um tipo de risco denominado de risco sistemático (inflação, política, petróleo, guerras, ambiente regulatório, riscos naturais etc). O risco sistemático é o risco que todo e qualquer projeto, de qualquer empresa está exposto. Existirão projetos que serão executados por empresas de um dado setor da economia altamente suscetível a algum tipo de risco sistemático, ao passo que poderão existir projetos executados por outras empresas, de outros setores, que não sofrerão tanto com tal risco. Reflita: “Será que o risco sistemático dos projetos a que a Petrobras está exposta é o mesmo risco que corre os projetos do seu ‘Zé da Padaria’?” Capital próprio O risco sistemático é também denominado de “beta”. Toda empresa tem um “beta”, seja ela uma empresa pública ou privada; seja uma empresa grande, média ou de pequeno porte. Como medir o risco sistemático de um projeto? 01/12/2017 36 Capital próprio O beta é calculado da forma descrita abaixo, porém há várias bases de dados disponíveis na internet com betas das empresas e setores. Capital próprio O que pode fazer com que certas empresas sejam mais ou menos suscetíveis ao risco sistemático? Ou seja, tenham maior ou menor “beta”? Capital próprio 01/12/2017 37 Capital próprio Mas: maior ou menor “beta” em relação a quê??? Qual o parâmetro para avaliar se determinada empresa tem um “beta” alto ou não? Resposta: o “beta” do mercado, ou seja, o “beta” conjunto de todas as empresas. No caso do Brasil: ibovespa. Capital próprio Por definição, o beta do ibovespa é igual a 1. (Teoria Moderna do Portfólio, não entraremos em detalhes de Finanças nesse curso - MARKOWITZ, H. Portfolio selection. The Journal of Finance, v. 7, n. 1, p. 77-91, 1952.). Empresas com “betas” superiores a 1, são consideradas mais arriscadas, mas são também as que oferecem maiores retornos (↑risco gera ↑retorno); e vice-versa. Empresas com maiores “betas” sujeitam-se a TMA ou custo de capital, custo de oportunidade, taxa de desconto ou, ainda, a maior WACC; e vice-versa. Que relação econométrica há entre o “beta” e a TMA? CAPM! Capital próprio O CAPM é um modelo que postula uma relação linear simples entre a TMA e o risco sistemático a que o ativo esta exposto: TMA = RF + β.(Rm - RF) Onde: RF é uma taxa livre de risco (títulos do tesouro), β é o “beta” da empresa que executará o projeto e Rm é o retorno do ibovespa. 01/12/2017 38 Capital próprio Veremos o que é isso adiante!Capital próprio CAPM: Capital próprio – Contexto brasileiro 01/12/2017 39 Capital próprio – Contexto brasileiro 63974-Exemplo_WACC_av_Emp.xlsx Capital próprio – Contexto brasileiro EXEMPLO: Capital próprio – Contexto brasileiro 01/12/2017 40 Capital próprio – Contexto brasileiro Capital próprio – Contexto brasileiro Capital próprio – Contexto brasileiro 01/12/2017 41 Capital próprio – Contexto brasileiro Capital próprio – Contexto brasileiro Capital próprio – Contexto brasileiro 01/12/2017 42 Capital próprio – Contexto brasileiro Capital próprio – Contexto brasileiro Capital próprio – Contexto brasileiro 01/12/2017 43 Taxa Mínima de Atratividade (TMA) – 2ª parte Taxa Mínima de Atratividade (TMA) Calculando WACC = TMA... Taxa Mínima de Atratividade (TMA) 01/12/2017 44 Aplicação do CAPM (Casos no Contexto de Empresas Brasileiras) CAPM – CASO: CREMER CAPM – CASO: NET 01/12/2017 45 CAPM – CASO: TAM Análise de Sensibilidade Avaliação Crítica das Estimativas dos Fluxos de Caixa Análise de Sensibilidade 01/12/2017 46 Análise de Sensibilidade 01/12/2017 47 Análise de Sensibilidade Análise de Sensibilidade Análise de Cenários Avaliação Crítica das Estimativas dos Fluxos de Caixa 01/12/2017 48 Análise de Cenários Análise de Cenários – Variáveis Macroeconômicas Análise de Cenários 01/12/2017 49 Análise de Cenários: prováveis fluxos de caixa Análise de Cenários 01/12/2017 50 Análise de Cenários
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