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o paradoxo da felicidade4

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O Paradoxo da Felicidade
A todo momento, e por várias fontes, somos instigados a ser felizes. A vontade de felicidade é uma constante na vida dos humanos, desde tempos imemoriais.
No entanto, a busca desenfreada por felicidade (a própria felicidade, e não a de outrem), pode reforçar traços de autorreferência e afastar o sujeito da felicidade. Clóvis de Barros
Visões sobre a Felicidade
	“Viver é acalentar sonhos e esperanças, fazendo da fé a nossa inspiração maior .É buscar nas pequenas coisas, um grande motivo para ser feliz!” - Mário Quintana
	
						“O sábio não se 						senta para lamentar-				se, mas se põe alegremente 				em sua tarefa de consertar 				o dano feito.” - William 						Shakespeare
	“Diante da vastidão do tempo e da imensidão do espaço é uma alegria para mim compartilhar uma época e um planeta com você.” - Carl Sagan
						“Fácil é sair com 					várias pessoas ao 					longo da vida. 					Difícil é entender que 					poucas vão te aceitar com 					és e, te fazer feliz...” - 			Carlos Drummond de Andrade
	“Não devemos permitir que alguém saia de nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz.” - Madre Teresa de Calcutá
O prazer não é um mal em si, mas certos prazeres trazem mais sofrimento do que felicidade, pois corrompem a razão, sem a qual o homem se soterra.
Felicidade não é simplesmente satisfazer um desejo, porque o desejo decorre da falta que, para muitos, é considerada um impedimento de vida feliz. Portanto, pode-se dizer que feliz não é quem tem mais, mas quem se compraz com aquilo que já tem.
FELICIDADE ≠ PRAZER
	FELICIDADE É DIFERENTE DE NIILISMO
Felicidade não está relacionada com falta de ambição, embora o excesso de ambição possa gerar uma ilusão de grandeza capaz de transformar os mais bem afortunados em esbanjadores imprudentes, infelizes pelo que fazem com seu destino.
	Para tantos, felicidade é proporcional àquilo que se conquista; possuir o máximo de coisas que se possa ter, sem deixar de querer. Mas apoia-se em bases frágeis quem depende de coisas externas para ser feliz; essa alegria que vem tão logo se vai.
Bertrand Russell, filósofo britânico, afirmava que “não possuir algumas das coisas que desejamos é parte indispensável da felicidade”.
NOVAMENTE, EXCESSO DE AUTORREFERÊNCIA AFASTA A FELICIDADE
	Ao desejar possuir, muitos esquecem-se de usufruir, agindo assim como caçadores de ilusões. Para estes, não existem novas recompensas que supram seu vazio. Anton Tchekov, escritor e dramaturgo russo, disse que “a felicidade é uma recompensa para quem não a procura”.
	Clóvis de Barros Filho afirma que a felicidade é normalmente associada a um momento da vida que dura certo tempo, em que há um apogeu de qualidade e, consequentemente, certa intensidade, como o orgasmo, por exemplo. Mas, como lembra ele, essa experiência emocional é passageira. Se não fosse, seu valor percebido seria reduzido.
Substituímos o campo da utopia sociopolítica para o campo pessoal, este que continua sendo incapaz de responder ao desejo de felicidade (bases dos conflitos está na família).
	Segundo Karnal, o conceito de felicidade, de tão difundido, esvaziou-se como signo; é algo projetado, em vez de vivido. Há, aqui, o sentido de Felicidade Condicionada.
	À medida em que precisamos de mais coisas para sermos felizes, diminui a probabilidade de felicidade; seus momentos se tornam ainda mais raros, porque sempre desejamos mais do que ela nos permite. 
	A busca desenfreada é duplamente traiçoeira: ela se torna inócua ao ser alcançada, e gera as bases para uma nova busca.
	A ideia de felicidade atrelada ao apego materialista é progressivamente difundida no mundo moderno. Esta idealização massiva infere que associemos felicidade à possibilidade de ter mais do que temos, ou, é claro, de desejar algo que não temos, mas achamos que podemos ter. A realidade contraria esse desejo persistente: mais escolhas parecem ofuscar a felicidade.
	No livro “Felicidade ou Morte”, Karnal cita a felicidade como um elemento comparativo. Ou seja, só saberemos ser felizes em comparação a quem não é, ou vice-versa. Sabe quando está feliz aquele que já esteve infeliz.
	Para que a vida seja boa, ou menos sofrível, é necessária uma certa reconciliação com o mundo: aceitá-lo como ele é.
Uma palavra grosseira, uma expressão bizarra, ensinou-me por vezes mais do que dez belas frases. - Denis Diderot
Pessoas sem liberdade podem ser felizes? Sim, pois o aprisionamento ainda permite que elas conservem um sentido, uma razão para viver, apesar da abstenção de sua liberdade.
A vida é feita de escolhas e, como disse Sartre, “o homem é condenado a ser livre”. Assim, a liberdade de agir acompanha uma vertigem, visto que o homem liberto entende que pode tomar todo o tipo de decisões, inclusive as mais terríveis, o que põe à prova de fogo seu senso de responsabilidade.
	“Sempre que alguém lhe disser, com entusiasmo, que não existe felicidade quando se é escravo, sorria. Porque, afinal, todos nós acabamos nos deixando escravizar aqui e acolá […] Sofre o escravo, que não é livre, e sofre o livre, que não é escravo.” (Karnal)
Felicidade como ato Teleológico
	“Toda sociedade é um espaço de definição de troféus legítimos, isto é, aquilo que podemos buscar e pelo que seremos aplaudidos.”
	Dessa forma, a nossa energia vai sendo canalizada para a conquista de pequenas vitórias que, juntas, vão construindo um legado que nos faz sentir significativos, úteis, produtivos e, a maior nível, merecedores de uma felicidade que justificou todas essas disputas.
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