Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 José Alberto Ramos Duarte Gabinete de Biologia do Desporto, Faculdade de Ciências do Desporto, Universidade do Porto DIABETES MELLITUS Diabetes Agente etiológico Factores genéticos Factores nutricionais Factores imunológicosFactores ambientais Factores sociais Diabetes Inactividade Física Dieta Predisposição à doença Diabetes mellitus 1.1. Definição 1.2. Fisiopatologia 1.3. Critérios de diagnóstico 1.4. Classificação 1.5. Estádios clínicos 1.6. Complicações Diabetes mellitus 1.1. Definição 1.2. Fisiopatologia 1.3. Critérios de diagnóstico 1.4. Classificação 1.5. Estádios clínicos 1.6. Complicações 2 DIABETES MELLITUS Metabolismo glicídico Metabolismo proteico Metabolismo lipídico Etiologia 1 Etiologia 2 Etiologia 3 Etiologia 4 Hiperglicemia crónica Complicações crónicas Deficiente secreção de insulina Deficiente acção de insulina Manifestações clínicas: • Assintomático • Polidipsia • Poliúria • Infecções recorrentes • Perda de peso inexplicável • Sonolência • Coma Glicosúria Diurese osmótica Diabetes mellitus 1.1. Definição 1.2. Fisiopatologia 1.3. Critérios de diagnóstico 1.4. Classificação 1.5. Estádios clínicos 1.6. Complicações Parassimpático Simpático 3 Homeostasia Orgânica e Sistema Nervoso Autónomo Parassimpático Simp ático Controlo neuro-endócrino Controlo glicémico 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Glicemia (mmol/L) Hipoglicemia Hiperglicemia Controlo hormonal da glicemia Insulina Glicagina Cortisol, GH Catecolaminas + + Ingestão de alimentos 8am 1pm 8pm Libertação de insulina Glicemia Libertação de glicagina Controlo hormonal da glicemia 4 0 20 40 60 80 100 Tempo (min) In su lin a P la sm át ic a Libertação de Insulina 1ª fase 2ª fase In ge st ão d e gl ic os e Mecanismo de libertação de insulina Estímulos para a libertação de insulina Acção da insulina nas células alvo Receptores de insulina e transportadores de glicose Hepatócito G-6-P F-1-6-PP Ácidos gordos Glicogénio Síntese proteica Glicose Lipoproteínas Glicose Aminoácidos Aminoácidos Glicose AminoácidosÁcidos gordos Energia Acção da insulina 5 Hepatócito G-6-P F-1-6-PP Ácidos gordos Glicogénio Proteínas Glicose Ácidos gordos Glicose Aminoácidos Aminoácidos Glicose Aminoácidos Ácidos gordos Triglicerídeos Acção da glicagina Lactato Glicerol Glicerol Lactato Fibra muscular G-6-P F-1-6-PP Ácidos gordos Glicogénio Síntese proteica Glicose Lipoproteínas Glicose Aminoácidos Aminoácidos Glicose AminoácidosÁcidos gordos Energia Acção da insulina Fibra muscular Proteínas Aminoácidos Aminoácidos Aminoácidos Acção da glicagina Ácidos gordos Lipoproteínas Ácidos gordos Energia Adipócito G-6-P F-1-6-PP α-Glicerofosfato Ácidos gordos Triglicerídeos Síntese proteica Glicose Lipoproteínas Glicose Aminoácidos Aminoácidos Glicose AminoácidosÁcidos gordos Acção da insulina Adipócito Glicerol Ácidos gordos Triglicerídeos Síntese proteica Glicerol Aminoácidos Aminoácidos AminoácidosÁcidos gordos Acção da glicagina Ácidos gordos livres Diabetes mellitus 1.1. Definição 1.2. Fisiopatologia 1.3. Critérios de diagnóstico 1.4. Classificação 1.5. Estádios clínicos 1.6. Complicações 6 Curvas de tolerância à ingestão de glicose Perturbações metabólicas > 11.1 mmol/L > 200 mg/dl > 7.0 mmol/L > 126 mg/dl Diabetes > 7.8 e < 11.1 mmol/L > 140 e < 200 mg/dl > 6.1 e < 7.0 mmol/L > 110 e < 126 mg/dl Intolerância < 7.8 mmol/L < 140 mg/dl < 6.1mmol/L < 110 mg/dl Normal Teste tolerância **Jejum * Critérios de diagnóstico * Após 12 horas de jejum ** Após 2 horas a ingestão de 75g/(300ml de água) de glicose Mal definido• Deficiente transportador • Número reduzido Transportador Local mais frequente na diabetes tipo 2 • Deficiente transdução sinalPós-receptor Sem importância• Redução do número • Perda de afinidade Receptor Raro• Atc anti células β • Insulina anormal Pré-receptor Papel na diabetesCausasLocais Resistência periférica à insulina Diabetes mellitus 1.1. Definição 1.2. Fisiopatologia 1.3. Critérios de diagnóstico 1.4. Classificação 1.5. Estádios clínicos 1.6. Complicações Qualquer grau de intolerância à glicose durante a gavidez Gestacional Defeitos genéticos das células β Defeitos genéticos na acção da insulina Doenças do pâncreas exócrino Endocrinopatias Farmacológica ou química Infecciosa Síndromes genéticos Outros tipos Falha das células β ou resistência à insulinaTipo 2 Autodestruição das células βTipo 1 CaracterísticasSíndrome C la ss ifi ca çã o da d ia be te s PossívelSimCetoacidose ComumIncomumObesidade NãoSimAtc anti-células β PoligénicaHLASuscept genética ou = ouou 0[Insulina] plasma PresenteAusenteSíntese Insulina > 40 anos< 20 anosAparecimento Tipo 2 (90%)Tipo 1 (10%) Diabetes mellitus - tipo 1 vs. tipo 2 7 Insulina Células β Diabetes mellitus 1.1. Definição 1.2. Fisiopatologia 1.3. Critérios de diagnóstico 1.4. Classificação 1.5. Estádios clínicos 1.6. Complicações Sobrevida com Insulina Controlo com insulina Controlo sem insulina Diabetes méllitusIntolerância à glicose Tolerância normal à glicose HiperglicemiaNormoglicemia Estádios clínicos Diabetes mellitus 1.1. Definição 1.2. Fisiopatologia 1.3. Critérios de diagnóstico 1.4. Classificação 1.5. Estádios clínicos 1.6. Complicações Cetogénese Insulina ou 0 neoglicogénese transporte de glicose lipólise glicosúria cetogénese acidose cetonémia cetonúria Diurese osmótica desidratação hiperventilação hiperglicemia Diabetes tipo 1 8 Complicações crónicas: Micro-angiopatia - retinopatia - nefropatia Macro-angiopatia - aterosclerose Neuropatia - neuropatia autonómica - neuropatia assimétrica - neuropatia simétrica Nefropatia diabética Retinopatia diabética Insuficiência renal Hipertensão Redução da acuidade Cegueira Aterosclerose Acidentes vasculares Acidentes vasculares 9 Acidentes vasculares Desregulação Térmica Tensional Gastro-intestinal Hídro-electrolítica Sexual Vesical Neuropatia autonómica Neuropatia (as)simétrica Sensoriais Motoras Complicações crónicas Actividade física e diabetes ? ? ? ? ? ? ? ? ? Actividade física regular S a ú d e 10 Homeostasia da glicose com o exercício físico Distribuição da glicose ingerida C on tr ac çã o m us cu la r Captação muscular de glicose na ausência de insulina Efeito Insulinémico da Actividade Física 0 20 40 60 80 100 0 -25 -50 -75 Percentagem de VO2 máx (%) P er ce nt ag em d e al te ra çã o (% ) Insulina plasmática e exercício físico 0 20 40 60 80 100 0 -25 -50 -75 Tempo de exercício (minutos) P er ce nt ag em d e al te ra çã o (% ) Insulina plasmática e exercício físico Treinados Sedentários 11 0 20 40 60 80 100 0 -25 -50 -75 Tempo (minutos) P er ce nt ag em d e al te ra çã o (% ) Glicagina plasmática e exercício físico Treinados Sedentários RecuperaçãoExercício Alterações crónicas com o treino físico 0 5 10 15 20 25 200 150 120 100 Tempo de treino(semanas) P er ce nt ag em d e al te ra çã o (% ) Sensibilidade à insulina Dieta ExercícioFármacos Níveis Glicemia Complicações Crónicas Terapêutica da Diabetes Mellitus Int J Sports Med, 4:77-88, 1983 Diabéticos tipo I Não controlados Hiperglicemia Hipoglicemia Cetoacidose Exercício Diabetes Care, 13: 804-805, 1990 Variações da Glicemia com o Exercício Físico Diabetologia, 13: 355-365, 1977 12 Concentrações Sanguíneas de Corpos Cetónicos Durante o Exercício Físico Diabetologia, 13: 355-365, 1977 DietaInsulina Terapêutica da Diabetes Mellitus tipo I Sedentários vs. Activos Controlados Doses menores de insulina Menor incidência de complicações crónicas Exercício em Diabéticos do tipo I Controlo glicémico Exame médico Prova de esforço Sub-máximo Se e só se Obrigatório > 30 anos Nefropatia Diabetes há + 10 anos CONDIÇÕES Percepção Subjectiva de Esforço Frequência Cardíaca Tensões Arteriais Monitorização glicémica Resposta do SNA Insulina + Dieta Neuropatia Nefropatia Retinopatia Vasculopatia Actividade adequada Andar Bicicleta Actividades aquáticas Exercício em Diabéticos do tipo I RECOMENDAÇÕES Monitorização da glicemia 15’/15’, Final 4 a 5 horas após Interdito nos picos de insulina Glicemia entre 80 e 250mg/dl Se e só se Tipo e intensidade adequados Neuropatia Nefropatia Retinopatia Vasculopatia >60% F.C. máxima Contacto físico Alto impacto Levantar pesos Manobra de Valsalva Localizados Isométricos Ajuste de insulina e dieta Locais de injecção 0 25 50 75 100 125 -7.5 -5.0 -2.5 0.0 Tempo (min) % V ar ia çã o do v ol um e pl as m át ic o com sem * * * Reposição hídrica e exercício 13 0 25 50 75 100 125 135 140 145 150 155 160 Tempo (min) Fr eq . C ar dí ac a (b at s. m in -1 ) Com Sem * * Reposição hídrica e exercício 0 25 50 75 100 125 37.5 38.0 38.5 39.0 39.5 Com Sem Tempo (min) Te m pe ra tu ra R ec ta l ( C ) * * * Reposição hídrica e exercício Desidratação induz: • Elevação da frequência cardíaca • Diminuição do vulome sistólico • Diminuição do débito cardíaco • Aumento da temperatura corporal • Deplecção de glicogénio muscular e hepático • Redução de performance Stress térmico e metabolismo glicolítico em exercício 0 2 4 6 8 0 10 20 30 40 20º C 40º C 2 4 6 Glicemia (mmol/L) Libertação de Glicose hepática (umoles/kg/min) Taxa de remoção Plasmática de glicose (ml/kg/min) * * 14 3 20 40 0 50 100 150 * *+ Temperatura ambiente (ºC) Te m po d e ex er cí ci o (m in ) Temperatura ambiente e Fadiga muscular esquelética 0 10 20 30 40 50 0 1 2 3 Tempo (min) A dr en al in a (n m ol .l-1 ) controlo calor * * Resposta hormonal com o stress térmico Free Radic Biol Med 11:239-246, 1991 Elevação térmica tecidual, desacopulação da fosforilação oxidativa e produção de radicais livres de oxigénio • Não fazer exercício sem consentimento médico • Nunca fazer exercício sozinho • Não fazer exercício em locais ermos • Possuir um pacote de açúcar de absorção rápida DietaExercício Terapêutica da Diabetes Mellitus tipo II 70 a 85% Freq. Cardíaca Máxima (40 anos - 126 bpm a 150 bpm) 30 a 60 minutos 3 a 5 vezes por semana (Diabetes Care, 13: 785-789, 1990; Exerc Clin Manag Diabetes, 1994; Sports Med, 19: 44-53, 1995) A dose faz o veneno... 15 Exercício Exercício em Dose Única 30 a 60 minutos 75 a 85% Freq. Cardíaca Máxima 3 a 5 vezes por semana (Diabetes Care, 13: 785-789, 1990; Exerc Clin Manag Diabetes, 1994; Sports Med, 19: 44-53, 1995) ExercícioExercício ExercícioExercício Exercício Terapêutica da Diabetes Mellitus tipo II Mais intenso Mais duradouro Mais frequente Gasto calórico OBESIDADE Exercício em Dose Única Grande intensidade Grande duração Grande frequência MAIOR RISCO MAIOR ABANDONO Igual melhoria da sensibilidade à insulina Terapêutica da Diabetes Mellitus tipo II Exercício 70% VO2 máx. 50% VO2 máx. 30 anos - 135 bpm 40 anos - 130 bpm 50 anos - 120 bpm 60 anos - 115 bpm 30 anos - 95 bpm 40 anos - 90 bpm 50 anos - 85 bpm 60 anos - 80 bpm (J Appl Physiol, 78: 300-306, 1995) Grupo controloGrupo experimental Exercício na Diabetes Mellitus tipo II Projecto Cuiabá: 60 diabéticos tipo II 40 a 60 anos, M e F, antidiabéticos orais Actividade Física (marcha, 50% FCM) (3x/semana) Sedentários 90 d ia s 60 diabéticos tipo II 40 a 60 anos, M e F, antidiabéticos orais Glicemia antes e após exercício Glicemia pós-prandial Hemoglobina glicosilada Ureia, Creatinina Perfil lipídico, àcido úrico Clereance creatinina Fundo de olho Sensibilidade exteroceptiva Sensibilidade proprioceptiva Tensões arteriais antes e após Frequência cardíaca, ECG Testes ergométricos Pregas corporais Peso Actividade Física em Diabéticos tipo II Redução de dosagem de antidiabéticos orais Resultados não publicados 16 Actividade FísicaDoença Terapia Prevenção + ++++ ++ Qualquer actividade física, ainda que ligeira, é sempre melhor do que nenhuma Bouchard, C.; Shephard, R.J.; Stephens, T. (Eds.): Physical Activity, Fitness, and Health. Consensus Statement. Human Kinetics Publishers, 1993. Andreoli, T.E. ; Carpenter, C.C.J. ; Plum, F. ; Smith Jr., L.H. (Eds.): CECIL. Essentials of Medicine. W.B. Saunders Company, Philadelphia, 1986. Wilmore, J.H.; Costill, D.L.: Physiology of Sport and Exercise. Human Kinetics, 1994 Baynes, J.; Dominiczak, M.H.: Medical Biochemistry. Louise Crowe (Ed.), Mosby, London, 1999. Bibliografia aconselhada:
Compartilhar