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Pressupostos processuais e condições da ação

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http://oprocessocivil.blogspot.com.br 
Condições da Ação e Pressupostos Processuais 
 
4ª Encontro do Grupo de Estudos de Processo Civil - 70ª Subseção OAB-SP 
Tema debatido dia 10/06/2014 - 19h30 
 
Coordenação: 
Diego da Mota Borges 
Lucas Pereira Araujo 
 
Principais pontos debatidos 
 
CONDIÇÕES DA AÇÃO (Art. 3º e 267, VI, do CPC e Projeto de NCPC – art. 496/499) 
 
- Considerações iniciais 
A Lei impõe algumas condições para o pleno exercício do direito de Ação. Isso ocorre por 
razões de ordem ética ou econômica, de modo a legitimar certas limitações impostas ao direito 
ao provimento de mérito. 
Isso se justifica em fato de que mesmo que o processo tenha-se formado, não é possível o 
julgamento de mérito, sendo dever do juiz extingui-lo. 
Do contrário, estando presentes todas essas condições da ação, diz-se que o sujeito 
tem direito de ação. 
 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos 
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, 
à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito 
 
- Carência da ação 
Carece de ação aquele que não estiver amparado por todas as 
condições, genéricas ou específicas, da ação. 
 
CAPÍTULO III 
DA EXTINÇÃO DO PROCESSO 
Art. 267. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: (Redação dada pela Lei nº 11.232, 
de 2005) 
I - quando o juiz indeferir a petição inicial; 
Il - quando ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes; 
III - quando, por não promover os atos e diligências que Ihe competir, o autor abandonar a 
causa por mais de 30 (trinta) dias; 
IV - quando se verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento 
válido e regular do processo; 
V - quando o juiz acolher a alegação de perempção, litispendência ou de coisa julgada; 
Vl - quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade 
jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual; 
 
Pelo que extrai do art. 267, VI, do CPC, não há só as condições genéricas da ação 
(possibilidade jurídica do pedido, legitimidade ad causam e interesse de agir). Isso porque, o 
palavra "qualquer" permite concluir pela existência de outras condições. 
Assim, é de se entender que há, em verdade, três condições de ação genéricas e algumas 
condições próprias para determinadas situações específicas. 
 
- Condições genéricas 
Legitimidade de partes (legitimidade ad causam) 
Interesse processual (necessidade-adequação) 
Possibilidade jurídica do pedido (aspecto positivo e negativo) 
 
- Condições específicas 
120 dias contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado (art. 23, da Lei nº 
12.016/09). 
Na Ação Rescisória, o depósito de 5% sobre o valor da causa (art. 488, II, do CPC), além do 
prazo de 02 anos do trânsito em julgado da decisão (art. 495, CPC). 
Indicação de lesão ao patrimônio público e a outros bens 
 
Genéricas 
Legitimidade de partes 
 
Art. 3º Para propor ou contestar ação é necessário ter interesse e legitimidade. 
 
Art. 6º Ninguém poderá pleitear, em nome próprio, direito alheio, salvo quando autorizado por 
lei. 
 
É uma relação necessária entre o sujeito e a causa 
Será parte legítima sempre que a procedência da demanda for apta a melhorar o patrimônio ou 
a vida do autor. 
 
Legitimidade ordinária 
 
O titular o direito material discutido 
Ex: o filho, na investigação de paternidade e na ação de alimentos. 
O credor na execução contra o devedor etc. 
 
 
Legitimidade extraordinária (ou substituição processual) 
 
Segundo estabelece o Código de Processo Civil, ninguém pode pleitear em nome próprio 
direito alheio, salvo se a lei o autorizar. 
Quando isso ocorrer, ou seja, quando haver previsão legal de "pleitear em nome próprio direito 
alheio" se estará diante da legitimidade extraordinária (substituição processual). 
 
Significa dizer, pois, que a legitimidade ordinária ocorre quando o próprio titular do direito 
material pleiteia em juízo, ao passo que na extraordinária, mesmo não sendo titular do direito 
material em discussão, há permissão legal para estar em juízo. Isso é uma exceção à norma 
contida no art. 6º, do CPC. 
 
É importante anotar que o legitimado extraordinário não é representante, pois ele atua em 
nome próprio, quando o representante atua em nome alheio. O legitimado extraordinário é 
parte do processo, enquanto o representante não o é. 
 
O exemplo clássico disso, que, como dito, advém de permissivo legal, é a legitimidade do 
Ministério Público na defesa de direitos e interesses difusos, coletivos ou individuais 
homogêneos. 
 
Veja que no exemplo o Ministério Público não é o titular do direito material discutido (p. ex. 
Meio Ambiente), mas por autorização de lei é legitimado extraordinário (substituto processual) 
a pleitear em juízo. 
 
Interesse de agir (ou interesse processual) 
 
A tutela jurisdicional é o objeto do interesse de agir, não o bem da vida (o bem da vida é 
questão de direito material) 
 
É utilidade, o processo, nessa perspectiva, deve ser útil. 
 
 Capaz de lhe operar uma melhor na vida comum 
 Capaz de lhe trazer uma tutela 
 
Ex: Carece de ação, na modalidade falta de interesse de agir, o credor que executado quando 
este já lhe pôs a disposição o valor devido. 
 
Possibilidade jurídica do pedido 
 
Positivo – permitido pedir tudo aquilo que esteja previsto em lei. 
Negativo – permitido pedir tudo que não seja vedado em lei. 
 
- A possibilidade jurídica do pedido se afere pela exclusão, pois, a princípio, todas as 
pretensões serão apreciadas pelo juiz. 
 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos 
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, 
à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito 
 
 O NCPC não enumera a possibilidade jurídica do pedido como uma condição da ação. 
Portanto, para o NCPC só há duas condições da ação: 
o Legitimidade de partes 
o Interesse de agir (dentro deste conterá a possibilidade jurídica do pedido) 
 
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS DE EXISTÊNCIA E VALIDADE 
 
- Pressupostos de existência 
 
Provocação inicial: 
Em razão da inércia da jurisdição, é necessário que haja uma provocação inicial para que o 
Estado atue no caso concreto. Esta provocação se realiza por meio do direito de ação, o qual é 
exteriorizado pela petição inicial (demanda). Sem que haja a exteriorização do direito de ação, 
não se pode admitir a atuação do Estado (exemplo, ex officio), razão pela qual o processo não 
pode existir; 
Jurisdição: 
Para que exista juridicamente o processo, é preciso que ele se desenvolva perante um 
daqueles órgãos que a Constituição Federal criou e admite como sendo jurisdicionais. “A 
‘jurisdição’ pode ser entendida como a função do Estado destinada à solução imperativa, 
substitutiva e com ânimo de definitividade de conflitos intersubjetivos e exercida mediante 
atuação do direito em casos concretos.” (Características da jurisdição: Substitutividade, 
imperatividade, Imutabilidade, Inafastabilidade, Indelegabilidade e Inércia); 
 Citação: 
 
- Pressupostos processuais de validade 
 
Aptidão da provocação inicial: 
No processo civil brasileiro, o ato que provoca a jurisdição é a petição inicial, devendo, 
portanto, ser apta para que o processo possa se desenvolver regularmente, precisando, com 
isso, obedecer às exigências legais; 
Competência do Juízo: 
A competência aqui trabalhada é absoluta, ou seja, aquela em que a Constituição Federal ou 
as leis de organização judiciária nãodeixam margens para escolha dos litigantes. No caso de 
incompetência absoluta, não há extinção do processo sem julgamento do mérito, pois os autos 
são remetidos ao juízo competente, sendo declarados nulos os atos decisórios praticados pelo 
juízo incompetente; 
Imparcialidade do juiz: 
A imparcialidade constata através da análise de duas grandes categorias, quais sejam: 
impedimento e suspeição do juiz. Os atos decisórios praticados por um juiz parcial são nulos, 
não podendo surtir nenhum efeito jurídico; 
 
Capacidade de ser parte e capacidade de estar em juízo (legitimidade processual): 
A capacidade de ser parte corresponde à capacidade de ter direitos e obrigações na ordem 
civil. Só aquele, por força de lei civil, pode contrair obrigações (assumir direitos e ter deveres), 
isto é, sujeito de direitos, pode ser considerado titular de uma relação jurídica a ser levada ao 
Estado-Juiz por meio do processo. 
Quanto à capacidade de estar em juízo, esta corresponde à capacidade de exercício do direito 
civil, vale dizer, à verificação sobre em que condições o titular de direitos no plano material 
pode, validamente, exercê-los; 
Capacidade postulatória: 
É a autorização para atuar em juízo, sendo imanente aos profissionais (advogados, 
defensores, membros do MP), não se confundindo com o mandato (que é o contrato pelo qual 
alguém autoriza um advogado atuar profissionalmente em seu nome); 
Citação Válida: 
Deve ser realizada de acordo com os ditames previstos em lei para que o processo possa 
desenvolver validamente. O comparecimento espontâneo do réu supre a citação, ainda que 
esta seja fora das determinações legais. 
 
PRESSUPOSTOS NEGATIVOS: 
Litispendência; 
Coisa julgada; 
Perempção; 
Convenção de arbitragem; 
Falta de caução ou outra prestação exigida por lei. 
 
 
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