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Raphael Simões Vieira – Medicina Veterinária 5º período
Aula 21 – 22/01/15
Metronidazol
Ele é tanto antiparasitário quanto antibacteriano. Vamos falar sobre efeito antimicrobiano. Atua em bactérias anaeróbias. Essa droga penetra na bactéria sensível, o próprio metabolismo da bactéria ativa ele. Essa droga rouba elétrons da bactéria (radical nitro ativo). Esses elétrons são usados contra a própria bactéria para matá-la. Só vai atuar em anaeróbios obrigatórios. Microaeróbios também pode ter atuação. Bactérias que atua: Prevotella, Fusobacterium, Estreptococcus, Actinomyces (fungo), Clostridium. Quando se mata a microbiota intestinal, quem normalmente “assume”, é o Clostridium dificille, pode levar a morte. Metronidazol é utilizado nesses casos. Doença de Khron (?): é um tipo de colite que só dá em cavalos e humanos, metronidazol é utilizado. Flagil = nome comercial do metronidazol, é utilizado como vermífugo para giardíase. 
Tem biodisponibilidade oral de 100%. Difusão rápida para SNC, pelve e vagina (excelente para tricomoníase). Atua em abscessos cerebrais e hepáticos. Abscessos cerebrais são comuns em amebíase. Metabolização hepática. 
Efeitos adversos: náusea, epigastralgia (dor), vômito, diarreia, xerostomia (boca seca), glossite e estomatite (gosto metálico), disúria (dor para urinar), coloração escura na urina, leucopenia, hepatite, tromboflebite, doença do soro (alergia), anemia aplástica, candidíase. Podem ter sinais clínicos de neurotoxicidade, exigindo retirada do medicamento: tontura, perda de equilíbrio. Neurotoxicidade: convulsões, ataxia, confusão, sonolência, insônia, neuropatia sensitivo-motora. Esse problema vai ocorrer não quando tomado como oral, vai ser na veia, para infecções graves como por H. pilorum. Em algumas espécies é comprovado a carcinogênese.
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ANTIFÚNGICOS
A membrana celular do fungo tem uma diferença muito grande em relação a nossa. Nós mamíferos temos colesterol, os fungos têm colesterol. A estrutura parece, mas são diferentes. 
Podemos ter encefalites por fungo, que são muito mais graves quando comparadas com encefalites causadas por bactérias e vírus. Os antifúngicos usados são extremamente tóxicos. A micose superficial é mais tranquila, mas toda vez que a micose for sistêmica, é extremamente grave, e o tratamento é com droga altamente tóxica. 
Antibióticos poliênicos
Anfotericina B e Nistatina: são antibióticos que são utilizados como antifúngico. Nistatina é só tópico, pois é muito tóxico. São ionóforos que conjugam com ergosterol, acarretando na perda de cátions (potássio, hidrogênio, sódio). Isso não acontece no hospedeiro, ou acontece pouco, pois temos o colesterol e não o ergosterol. 
Anfotericina B
É fungistática. Não pode se usar em dose fungicida. Não é absorvida por via oral. Uma dose aplicada IV armazena nos tecidos por até 48h. não atravessa barreira hematoencefálica. Resistência fúngica é rara. Pode ocorrer recorrência após interrupção do tratamento. Indicada em micose sistêmica grave disseminada de rápida expansão. 
Nomes comerciais: fungizone, ambisome, etc.
Toxicidade: aguda. Uma parte é direta, outra é por liberação de citocinas. É potencial nefrotóxica, hematotóxica e cardiotóxica. Quanto mais hidratado o animal estiver, menor a toxicidade. Uso de diurético de alça reduz a toxicidade renal (furosemida por exemplo). 
Nistatina
É tópico, exclusivamente. Também é fungistático. Indicada em micoses muco cutâneas: candidíase e malasseziose. 
Alilaminas
É inibidora da esqualeno epoxidase, que é uma enzima fúngica. 
Terbinafina: de uso tópico e oral. Nefrotóxico e hepatotóxico. Síndrome de Stevens-Jonhson (autoimune). Butenafina é outra droga.
Flucitosina: é muito comum associar com anfotericina B IV, enquanto a flucitosina é tópica. Anfotericina sozinha pode ser usada, flucitosina sozinha não pode ser usada pois induz resistência. Tem excelente penetração no SNC. Espectro: Criptococcus, etc.
Griseofulvina: fungistático. Tem que avisar ao proprietário que, se for dar oral, dar com gordura tipo margarina. Só absorve na presença de lipídeo. Em pomadas já vem associada com lipídeos como glicerina. Deve ser usado em felinos. Fungos: Microsporum, trychophytom, Candida, Malassezia pachydermatis. 
Derivados azólicos
São de amplo espectro, uso tópico e sistêmico, fungistáticos ou fungicidas. Após a cura clínica tem que usar mais 2 semanas nas micoses superficiais. 8 a 12 semanas em micose profundas. Há classificações.
Imidazólicos: cetoconazol, miconazol, clotrimazol e enilconazol. Imidocarb é derivado daqui, é potencialmente neutrotóxico.
Triazólicos: itraconazol, fluconazol, iconazol, tioconazol, sertaconazol.
Cetoconazol (Nizoral®)
Oral e tópico. Tem que administrar com estômago cheio, precisa de HCl para ser absorvido. Não tem nada a ver com pH e sim com a presença da molécula de HCl.inibe enzima P450 hepáticas, por isso mal estar. Inibe a síntese de esteróis no hospedeiro , pode causar ginecomastia, oligospermia impotência (tudo isso é temporário). Efeito máximo em 5 a 10 dias. pode associar com anfotericina B se for micose grave, para dar dose menor de anfotericina B. 
Itraconazol (Sporanox®)
Oral e IV. Pequena biodisponibilidade oral, mesmo com estômago cheio. Intensa distribuição tecidual. Concentra até 10X mais na pele e folículo piloso. Permanece em tecido queratinizado por 2 a 4 semanas. 
Fluconazol (Zoltec®)
Oral e IV. Excelente disponibilidade oral. Difusão livre para LCR, urina e saliva. Absorção oral não sofre interferência do HCl. Potencializa os efeitos de diuréticos tiazídicos, antibacteriano rifampicina, ciclosporina, anti-histamínicos e teofilina.

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