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02/05/2016
1
Ana Paula Corrêa Oliveira Bahia
COMPRIMIDOS
COMPRIMIDOS
CONCEITO
“Comprimidos são preparações sólidas, contendo uma
dose única de um ou mais componentes ativos, obtidas
pela compressão de volumes uniformes de particulas. São
destinados a administraçao oral. Alguns comprimidos sao
deglutidos intactos, outros, após mastigação, alguns são
dissolvidos ou dispersos em água antes de serem
administrados, e há os que são mantidos na boca, onde os
ingredientes ativos são liberados”. (Farmacopéia
Européia).
COMPRIMIDOS
• Via oral: mais comumente utilizada para administraçao de
fármacos.
• 1843: primeira patente de de maquina de comprimir de
acionamento manual.
•Grande variedade de comprimidos e adjuvantes.
• Podem variar em forma, tamanho, peso, dureza, espessura, em
características de desintegração e dissolução, e em outros aspectos
dependendo da finalidade de uso e do método de fabricação.
02/05/2016
2
COMPRIMIDOS
• São empregados para:
• administraçao sistêmica de fármacos: o fármaco é
dissolvido nos fluidos da boca, estomago ou intestino
antes de ser absorvido para a circulação sistemica.
• fornecimento local de fármacos na boca ou no trato
gastrointestinal ou usados para aumentar o pH do
estomago.
Vantagens dos comprimidos
• São destinados principalmente à administração oral,
sendo a via oral, uma rota conveniente e segura para
administração de medicamentos.
• Comparativamente às formas farmacêuticas líquidas,
os comprimidos possuem a vantagem em termos da
estabilidade química e física da forma farmacêutica.
•Os procedimentos de obtenção permitem maior
precisão da concentração do fármaco.
Vantagens dos comprimidos
• São de fácil manuseio e transporte.
• Podem ser obtidos de modo versátil, no que se refere
aos seus modos de uso e de cedência do fármaco.
• Podem ser produzidos em ampla escala por meio de
procedimentos de produção robustos e inseridos em
um sistema de controle de qualidade, resultando em
uma preparação de qualidade consistente e, em termos
relativos, de baixo custo.
Desvantagens dos comprimidos
•Dificuldade de deglutição por alguns pacientes.
•Alguns fármacos pode causar irritação local ou danos na
mucosa gastrointestinal.
• A principal desvantagem de comprimidos como forma
farmacêutica está ligada à biodisponibilidade de
fármacos pouco solúveis em água ou de baixa taxa de
absorção.
02/05/2016
3
Critérios de qualidade dos comprimidos
•O comprimido deve conter a concentraçao correta do
fármaco.
•A aparencia deve ser elegante, e seu peso, dimensoes e
aparencia devem ser constantes.
•O fármaco deve ser liberao de modo contolado e
reprodutivel.
•O comprimido deve ser biocompatível, isto é, não
incluir adjuvants, contaminantes e microorganismos
que possam causar danos aos pacientes.
Critérios de qualidade dos comprimidos
•O comprimido deve permanecer estável química, física
e microbiologicamente durante a vida util do produto.
•O comprimido deve possuir resistencia mecanica
suficiente para resistir à fratura e à erosão no seu
manuseio.
•O comprimido deve ser planejado como um produto de
facil aceitação pelo paciente.
•O comprimido deve ser acondicionado de maneira
segura.
ADJUVANTES PARA COMPRIMIDOS
•Além da substância ativa, os comprimidos contêm um
grande número de adjuvantes, cujo papel é permitir
que a operação de compressão ocorra
satisfatoriamente e assegurar que os comprimidos
sejam obtidos com a qualidade especificada.
• Dependendo da função principal pretendida, os
adjuvantes a serem empregados nos comprimidos
podem ser classificados em diferentes grupos.
DILUENTES
• Usados com a finalidade de obter comprimidos com tamanho e
volume adequados.
• Aumentam o volume e o peso da formulação para a preparação
de comprimidos de tamanho adequado.
• Baixa concentração de fármaco: requer adiçao de substancia que
aumente a densidade bruta do material e o tamanho do
comprimido.
• Alta concentração do fármaco: não é necessário usar diluente.
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4
Diluentes
Pré-requisitos dos diluentes:
• Ser quimicamente inerte
•Nao ser higroscópico
• Ser biocompatível
• Possuir boas propriedades farmaceuticas: ser
hidrossoluvel
• Possuir boas propriedades técnicas: compactabilidade
e capacidade de dissolução
• Ter gosto aceitável
• Ser de baixo custo
Diluentes
Lactose:
• Material de enchimento mais utilizado.
• Vantagens:
• Dissolve-se rapidamente na água
• Sabor agradavel
• Nao é higroscópica
• Baixa reatividade
• Boa compatibilidade
• Desvantagens: pacientes com tolerancia a lactose
• Alternativa: glicose, sacarose, sorbitol e manitol:
principalmente em pastilhas e comprimidos mastigáveis
Diluentes
Celulose em pó:
• Material de enchimento muito utilizado.
• Vantagens:
• Biocompatível
• Quimicamente inerte
• Possui boas propriedades na formação de comprimidos e de
desintegração: sao usadas como diluentes, aglutinantes e
desagregantes.
• Desvantagens:
• são higroscópicas: cuidado com fármaco hidrossolúvel.
• Celulose microcristalina: tipo de cellulose em pó mais
utilizado
Diluentes
Fosfato dicálcico diidratado:
•Material de enchimento bastante utilizado.
• Vantagens:
• Solúvel em água
• Não é higroscópico, mas é hidrofílico, isto é, facilmente
molhavel com água.
• Possui boa fluidez.
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5
Desintegrantes
São incluídos em uma formulação com o objetivo
de assegurar que o comprimido desintegre-se em
fragmentos menores, quando em contato com um
líquido, os quais promovem uma rápida dissolução
do fármaco.
Processo de desintegração:
• O líquido molha o sólido e 
penetra nos poros do 
comprimido.
• O comprimido se rompe e 
fragmentos menores:
• O comprimido se desintegra
em agregados de particulas
secundarias
• As particulas secundarias se 
desintegram em particulas
primarias , desencadeando
as condiçoes para a 
dissoluçao do fármaco
Desintegrantes
Tipos de desintegrantes
• Desintegrantes que facilitam a penetração de água: agem
facilitando o transporte de líquidos através dos poros do
comprimido, produzindo, como conseqüência, o desmonte dos
comprimidos em fragmentos.
• Exemplo: agentes tensoativos – agentes molhantes
• Desintegrantes que promovem a ruptura do comprimido: as
partículas dos desintegrantes intumescem em contato com o
líquido causando a ruptura dos comprimidos durante a absorção de
água.
• Sao os desintegrantes mais comuns e efetivos, com maior
capacidade de absorver água e desmontar o comprimido de
maneira rápida e eficaz.
Desintegrantes
Exemplos de desintegrantes que agem pelo mecanismo de
intumescimento:
• Amido de milho, amido de batata, amido glicolato de sódio,
• Desintegrantes mais usado.
• Concentraçao: pode chegar até 10%.
• As particulas do amido intumescem em contato com a água e
promovem a ruptura do comprimido.
• Celulose modificada:
• Croscarmelose sódica, crospovidona.
• Concentraçao: 1 a 5%.
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6
Adição dos desintegrantes
• Os desintegrantes podem ser misturados aos demais
componentes antes da granulação, sendo incorporados dentro
do granulado (adição intragranular)
• podem ser misturados ao granulado seco, antes da
compactação da mistura (adição extragranular) → desintegração
mais efetiva em fragmentos menores
• podem ser misturados concomitantemente nas fases
intragranulares e extragranulares.
Agentes molhantes
• Os tensoativos são freqüentemente utilizados em formas
farmacêuticas como agentes molhantes.
• O efeito molhante pode tornar as superfícies das partículas
do fármaco mais hidrofílicas e, assim, promover a
molhabilidade do sólido e a penetração do líquido nos poros
do comprimido, ocasionando então o seu rompimento em
fragmentos menores.
Aglutinantes
• São adicionados àmistura fármaco-adjuvantes para
assegurar que os grânulos e os comprimidos sejam formados
com a resistência mecânica desejada.
• Concentração usual: 2% a 10%.
Aglutinantes
Os aglutinantes podem ser adicionados a um material particulado
de 3 maneiras:
• Como um pó seco, misturado aos demais componentes antes da
granulação por via úmida.
• Durante o procedimento de aglomeração, o aglutinante pode
dissolver-se parcial ou completamente no líquido de granulação.
• Exemplo: amido pré-gelatinizado.
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Aglutinantes
• Como uma solução, que é empregada como líquido de
aglomeração durante a granulação úmida.
• O aglutinante é chamado de aglutinante úmido.
• Sao considerados mais efetivos.
• Exemplos: amido de milho, gelatina, Polivinilpirrolidona (PVPK 30),
hidroxipropilmetilcelulose, sacarose.
• Como um pó seco, adicionado aos demais componentes antes da
compactação.
• O aglutinante é chamado de aglutinante seco.
• Exemplos: celulose microcristalina, povidona de ligações cruzadas
(copovidona), metilcelulose.
Deslizantes
• A função dos deslizantes é melhorar o fluxo de materiais
particulados, o que é essencial durante o processo de compressão
em máquinas de alta velocidade de produção, mediante a
redução da fricção(atrito) entre as partículas.
• Exemplos:
• talco: concentração usual de 1 a 2%
• dióxido de silício coloidal: concentração usual: 0,2% em peso
• Possuem particulas muito pequenas que podem aderir na
superficie dos outros componentes, aumentando o fluxo pela
redução da fricçao interparticular.
• Estearato de magnésio: empregado como lubrificante, mas também
melhora o fluxo de materiais.
• Usado em baixa concentração - <0,1% em peso
Lubrificantes
• A função dos lubrificantes é assegurar que a formação e a
ejeção do comprimido ocorram com baixa fricção entre o
sólido e as paredes da matriz.
• Reduz o atrito entre o pó e as superfícies metálicas: elevado
atrito na compressão pode levar a qualidade inadequada do
comprimido (laminação, ranhuras ou fragmentação).
• Os lubrificantes conferem brilho aos comprimidos.
• Estao presentes em quase todas as formulaçoes de
comprimidos.
Lubrificantes
•Mecanismo de açao: lubrificação interfacial
• As superficies de contato são separadas entre si unicamente
por um filme muito fino de lubrificante.
• Exemplos: ácido esteárico, estearato de magnésio, estearato
de cálcio, estearil fumarato de sódio, berrenato de glicerila,
polietilenoglicol.
• Concentraçao usual: < 1% em peso.
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Lubrificantes
Problemas dos lubrificantes:
• Reduz a resistencia mecanica dos comprimidos.
• Retarda a desintegraçao e a liberaçao do fármaco.
Alternativas:
• Concentraçao usual: < 1% em peso.
• Adiçao de substancias hidrofílicas – agentes
tensoativos
Antiaderentes
• Sua função é reduzir a adesão entre as partículas da mistura e
as faces dos punções, prevenindo assim, a sua aderência às
ferramentas de compressão.
• Várias partículas tendem a aderir nas punçoes, afetado pela
umidade residual dos pós ou da característica da partícula,
resultando em comprimidos com superficie irregulares e
opacas.
• Vários lubrificantes possuem propriedades antiaderentes.
• Exemplos: estearato de magnésio, talco, amido.
Aromatizantes
• São incorporados à formulação para conferir um sabor mais
agradável ao comprimido ou mascarar um gosto ruim.
• Alternativa ao revestimento.
• Geralmente são termolábeis, devendo ser adicionados após
as operaçoes que envolvam calor.
• São adicionados aos granulados sob a forma de soluções
alcóolicas.
Corantes
• São utilizados para auxiliar a identificação e para aumentar a
aderência terapêutica.
• A coloraçao geralmente é realizada durante o revestimento,
mas o corante pode ser incluido na formulaçao.
• Pode ser adicionado como pó insolúvel ou dissolvido no
liquido de granulaçao.
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Adsorventes
• São substâncias capazes de absorver a umidade presentes
nos excipientes farmacêuticos.
• Exemplo: dióxido de sílicio coloidal (sílica) e celulose
microcristalina
Tipos de comprimidos
Com base nas características de cedencia, os comprimidos podem ser classificados
em 3 tipos:
• Liberaçao imediata:
• o fármaco é liberado de modo rápido após a administraçao ou o comprimido é
dissolvido e administrado em soluçao.
• Tipo mais comum de comprimidos.
• Tipos: desintegráveis, mastigáveis, efervescentes, sublinguais e bucais.
• Liberaçao modificada:
• Liberação prolongada:
• o fármaco é liberado de forma lenta e em velocidade constante.
• Liberaçao retardada:
• o fármaco é liberado do comprimido um tempo após a administraçao.
• Tipo mais comum: comprimido entérico, na qual o fármaco é liberado no
intestino delgado, apos passagem pelo estomago.
Tipos de comprimidos
• Comprimidos de liberação 
convencional (imediata):
• Comprimidos desintegráveis
• Comprimidos mastigáveis
• Comprimidos efervescentes
• Comprimidos sublinguais e bucais
• Comprimidos de liberação modificada: 
• Comprimidos de liberação prolongada
• Comprimidos de liberação retardada
Comprimidos desintegráveis
• São os comprimidos convencionais.
• São desenvolvidos para ser ingerido e liberar o fármaco em um
espaço curto de tempo por desintegraçao e dissolução, com
objetivo de ceder o fármaco de forma rápida e completa.
• Adjuvantes:
• Diluentes: se a dose do fármaco for baixa
• Desintegrante
• Aglutinante
• Deslizante
• Antiaderente
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Comprimidos mastigáveis
• São desintegrados mecanicamente pela mastigação, porém o
fármaco não é dissolvido na boca, mas engolido e dissolve-se
no estomago ou intestino.
• Vantagens:
• Desintegração rápida e completa
• Ingestão facilitada
• Possibilidade de administracao na ausencia de água
• Adjuvantes:
• Geralmente nao apresentam desnitegrantes na formulaçao.
• Adiçao de flavorizantes e corantes: sorbitol e manitol.
Comprimidos efervescentes
• São colocados em um copo dágua antes da administração,
havendo liberação de CO2, facilitando a desintegração e
dissolução do fármaco.
• Liberação de CO2: resultado da reação entre bicarbonato e
um ácido fraco (ácido cítrico e tartárico).
• São usados para produzir rápida ação dos fármacos ou
facilitar a ingestão.
Comprimidos efervescentes
• Apresentam biodisponibilidade alta:
• Apos dissolução do comprimido, é obtido uma soluçao tamponada
e o pH do estomago aumenta.
• Com isso aumenta o esvaziamento gástrico – tempo de residencia
no estomago é reduzido.
• Sao absorvidos com mais efetividade no intestine delgado.
• Adjuvantes:
• Bicarbonato de sódio em quantidade elevada – cerca de 1 gr
• Aromatizante
• Corante
• Lubrificantes hidrossoluveis
• Aglutinante: nem sempre é incorporado
Pastilhas
• São comprimidos de dissolução bucal lenta, liberando o fármaco
dissolvido na saliva.
• São usados para poduzir efeitos locais na boca ou garganta, como
anestesia local ou anti-sépticos.
• São comprimidos de cedência lenta para tratamento local.
• Adjuvantes:
• Não contém desintegrantes na formulação.
• Diluente e aglutinante: devem ser soluveis em água e possuir sabor
aceitável: manitol, glicose e sorbitol.
• Corante e aromatizante: importante para sabor e sensaçao agradáveis.
• Preparo: compressao a altas forças para obter comprimidos de alta
resistencia mecanica e baixa porosidade – dissolução lenta na boca.
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Comprimidos sublinguais e bucais
• São empregados para a cedencia do fármaco na
cavidade oral, porem com absorção sistêmica.
• São comprimidos pequenos e porosos, para facilitar a
rápida desintegração do fármaco.
Comprimidos de liberação modificada
• Qualquer tipo de liberação, diferente da convencional
(imediata).
• Modula a liberação do ativo emlocal e tempo diferentes do
convencional.
• Modula a liberação do ativo para que a mesma ocorra de
modo lento e gradual, propiciando ação terapêutica de longa
duração.
Comprimidos de liberação modificada
• O objetivo é aumentar o período de tempo durante o qual a
concentração do fármaco no sangue é mantida.
• Contem uma dose de fármaco que será liberada por 12 ou 24
horas.
• Padrao de liberaçao:
• Contínuo
• Pulsativo: rápida liberaçao do fármaco ou combinaçao da rápida
liberaçao de uma parte do farmaco seguida de de liberaçao lenta
da segunda parte.
Comprimidos de liberação modificada
Liberação convencional
• Administração de doses unitárias ⇒
absorção rápida.
• Eficácia do tratamento ⇒
concentração do fármaco acima da 
CME e abaixo da CMS.
• Velocidade de liberação 
Velocidade de dissolução
Liberação modificada
• Objetivo principal ⇒manutenção ou 
 do nível de segurança e 
sustentação da ação.
• Liberação lenta e gradual ⇒ longa 
duração.
• Velocidade de liberação < 
Velocidade de dissolução
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Liberação prolongada vs liberação convencional
• Liberação convencional: o fármaco é liberado da formulação, absorvido pelo
organismo, caracterizado pela formação de um pico plasmático. São representados
pelos comprimidos mais comuns, como os desintegráveis, mastigáveis,
efervescentes, sublinguais e bucais.
• Liberação controlada: as administrações do medicamento são menos frequentes
que as formas convencionais. Os pacientes ingerem uma ou duas unidades de dose
por dia, porém o medicamento proporciona uma cobertura durante todo o dia. São
representados pelos comprimidos de liberação retardada, repetida, prolongada,
sustentada, controlada e modificada.
Liberação prolongada vs liberação convencional
Comprimidos de liberação modificada
Terminologias:
• Liberação retardada: atrasam a liberação do seu ingrediente ativo, de tal
modo que seja absorvido pelo corpo ao longo de um determinado período
de tempo.
• Liberação prolongada ou estendida: mantém a liberação do fármaco por um
período maior de tempo, sendo possível estender o intervalo entre as doses.
• Liberação sustentada: permite uma rápida liberação de uma fração do
princípio ativo seguida de uma liberação gradual da dose restante por um
período de tempo prolongado.
• Liberação repetida: inicialmente ocorre a liberação de uma dose individual
logo após a sua administração (camada mais externa do comprimido), e
outras doses são liberadas com o tempo, possibilitando a manutenção do
efeito terapêutico por um maior período de tempo em relação a forma
convencional.
Perfis plasmáticos em diferentes
condiçoes de administração
1. Liberação convencional
2. Liberaçao sustentada
3. Liberação retardada
4. Liberação repetida
5. Liberação prolongada
Veiga, 1988
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Perfis plasmáticos em diferentes
condiçoes de administração Liberação retardada
Vantagens dos sistemas de liberação
modificada
• Diminuição das oscilações dos níveis de fármaco no plasma,
resultando em diminuição da toxicidade e manutenção da
eficácia terapêutica.
• Redução da freqüência de doses: cobertura durante todo o
dia (terapia continuada), diminuindo a necessidade do
paciente interromper o sono durante a madrugada.
• Diminuição ou supressão dos efeitos colaterais: evita
oscilações do fármaco na corrente sanguínea.
Vantagens dos sistemas de liberação
modificada
•Aumento das concentrações plasmáticas de fármacos
com meia-vida biológica relativamente curta.
• Mais econômicas a longo prazo, pois há redução do
custo da dose diária do medicamento.
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Vantagens dos sistemas de liberação modificada
• Necessidade de tempo maior para alcançar a CME em sistemas
onde não há liberação de dose inicial.
• Possibilidade de redução da biodisponibilidade: eficácia fraca ou
nula, caso o fármaco seja pouco absorvido no TGI.
• Riscos de acúmulo.
• Cinética de liberação dependerá da integridade da forma
farmacêutica ⇒ falhas no controle da liberação do fármaco.
• Superdosagem: os fármacos de liberação controlada possuem
uma quantidade maior do fármaco em comparação à dose
administrada na forma convencional.
Desvantagens dos sistemas de liberação
modificada
Propriedades dos fármacos
candidatos a liberação modificada
• As velocidades de absorção e excreção não devem ser muito lentas
ou excessivamente rápidas. Tempo de meia-vida de 4 a 6horas.
• Meia-vida inferior a a 2 horas: necessidade de aumentar a
concentração na formulação para garantir os níveis plasmáticos
desejados → liberação de quantidades excessivas do fármaco
• Meia-vida longa: não há necessidade da implantação de um sistema
de liberação controlada
• A absorção deve ser uniforme e eficiente ao longo do TGI.
• Deve apresentar boa estabilidade frente aos diferentes pHs do TGI
e enzimas: para garantir a absorção das quantidades corretas.
• O volume de distribuição não pode ser muito alto, caso contrário, a
velocidade de eliminação também será.
Principais componentes de um sistema
de liberação modificada de fármacos
• Fármaco
•Agentes controladores da liberação
•Modificadores de matriz ou membrana
• Solubilizantes, modificadores de pH e
densidade (se necessário)
• Lubrificantes e promotores de fluxo
• Revestimentos complementares
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Principais componentes de um sistema
de liberação modificada de fármacos
Mecanismo de liberação modificada do 
fármaco
• Sistemas de liberação controlada por difusão:
• Sistemas de reservatorio
• Sistemas matriciais
• Sistemas de liberação controlada por erosão
• Sistemas de liberação controlada por osmose
Mecanismo de liberação do fármaco
Sistemas de liberação controlada por difusão:
•O processo de liberaçao do fármaco é feito pela difusão
através dos poros preenchidos por suco gástrico ou
intestinal em uma fase solida (comprimidos ou
granulados).
•A unidade de liberação permanence intacta durante o
processo de liberaçao.
Mecanismo de liberação do fármaco
Sistemas de liberação controlada por difusão:
• O liquido envolve a forma forma farmaceutica, penetra na unidade de liberação
e dissolve o fármaco.
• Cria-se um gradiente de concentração do farmaco entre o interior e o exterior
da unidade de liberaçao.
• O fármaco dissolvido difunde-se nos poros da unidade de liberaçao ou na
membrana.
• O fármaco dissolvido é particionado entre a membrana circundada da unidade e
se difunde nela.
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16
Mecanismo de liberação do fármaco
Sistemas de liberação controlada por difusão:
Passo determinante da velocidade de liberaçao → fase da difusão.
• Difusão através da membrana (J):1ª lei de Fick
• Fatores que afetam a difusão:
• Gradiente de concentração
• Área e distancia que ocorre a difusao
• Coeficiente de difusão do fármaco no meio
x
C
DAJ



J=fluxo de moles de soluto por unidade de tempo
D=coeficiente de difusão do soluto na membrana
A=área da membrana
C=diferença de concentração entre os lados da 
membrana
x=espessura da membrana 
Mecanismo de liberação do fármaco
Sistemas de liberação controlada por difusão:
Dois tipos de sistemas controlados por difusão:
Mecanismo de liberação do fármaco
Sistemas de liberação controlada por difusão:
• Sistemas de Reservatorio:
• A difusao ocorre por um fino filme ou membrana, insolúvel em água,
que circunda a unidade de liberaçao
• O revestimento deve ser insolúvel nos fluidos gástricos, ser
permeável à água e o fármaco ser resistente para possibilitar e
facilitar a expansão do núcleo.
Mecanismo de liberação do fármaco
Sistemas de liberação controlada por difusão:
• Sistemas de Reservatorio:
• Materiais mais utilizados para o revestimento:
• Polímeros plásticos insolúveis: podem ser de origem natural,
derivados decelulose (metil ou etilcelulose, hidroxipropilcelulose),
copolímeros do ácido metacrílico (Eudragit®) e álcool polivinílico.
• Agentes modificadores de filme: lactose, trietanolamina,
polivinilpirrolidona, polietilenoglicois sólidos e citrato de
magnésio.
• Plastificantes: dão maior flexibilidade ao revestimento e garantem
uma camada mais lisa e uniforme. Exemplo: citrato de trietila,
triacetina e derivados da celulose de baixa viscosidade.
• Corantes
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Mecanismo de liberação do fármaco
Sistemas de liberação controlada por difusão:
• Sistemas Matriciais:
• O fármaco encontra-se disperso, como particulas sólidas, no
interior de uma matriz porosa formada por polímeros insolúveis
em água.
• É um dos sistemas mais usados para liberação modificada, o
diversas vantagens: versatilidade, eficácia, baixo custo,
produção com equipamentos e técnicas convencionais.
• Permite a incorporação de quantidades relativamente elevadas
de fármacos.
Mecanismo de liberação do fármaco
Sistemas de liberação controlada por difusão:
• Sistemas Matriciais:
• A difusao acontece por finos poroso localizados dentro do nucleo da
unidade de liberaçao.
• As particulas do fármaco localizadas na superficie serão dissolvidas e ocorre
rápida cedência do fármaco.
• Depois as partículas serao dissolvidas a distâncias sucessivamente maiores
da superficie de liberacao.
Mecanismo de liberação do fármaco
Sistemas de liberação controlada por difusão:
• Sistemas Matriciais:
• Materiais utilizados para a formulação de comprimidos matriciais:
• Matrizes hidrofílicas: hidroxipropilmetilcelulose (HPMC),
carboximetilcelulose, alginatos, goma xantana, combinações de
goma xantana e goma de alfarroba e carbopol
• Matrizes lipofílicas: mistura de cera de carnaúba, álcool estearílico,
polietilenoglicol, óleo de rícino hidrogenado, monoestearato de
polietilenoglicol, carboximetilcelulose sódica,
hidroxipropilmetilcelulose, metil e etilcelulose e triglicérides. São
materiais insolúveis em água e susceptíveis a erosão.
Mecanismo de liberação do fármaco
Sistemas de liberação controlada por dissolução:
• A liberação prolongada nesse sistema é alcançado pela
dissoluçao do fármaco incorporado em um carreador de
dissolução lenta.
• O fármaco é revestido com material de dissolução lenta,
resultando em uma dissolução lenta e prolongada.
• Liberação em pulsos:
• O comprimido é planejado para liberar o fármaco em pulsos.
• A liberação do fármaco é obtida através de pequenas unidades de
liberação, consistuidas por grânulos esféricos, que são revestidas de tal
maneira que o tempo de dissolução possa variar.
• A variação no tempo de dissolução do revestimento deve-se a espessura
ou a solubilidade dos revestimentos.
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Mecanismo de liberação do fármaco
Sistemas de liberação controlada por dissolução:
Liberação do fármaco a partir de um produto de cedencia pulsátil, baseado na
dissolução, devido a diferenças na espessura do revestimento.
Mecanismo de liberação do fármaco
Sistemas de liberação controlada por erosão:
• A velocidade de cedência do fármaco é regulada pela erosão de
uma matriz na qual o fármaco se encontra inserido.
• É descrito como a liberação contínua do material formado da
matriz (fármacos + adjuvantes), resultando em diminuição do
peso do comprimido.
Mecanismo de liberação do fármaco
Processo de difusão (A) e erosão (B) em uma matriz polimérica
Mecanismo de liberação do fármaco
Sistemas de liberação controlada por osmose:
Osmose: fluxo do solvente de um local de baixa concentração para um
com alta concentração.
• Ocorre fluxo do liquido para a unidade
de liberação, provocado pela diferenca
de pressao osmotica entre o interior e o 
exterior da unidade.
• O líquido no interior da unidade de 
liberação leva à dissolução do fármaco. 
• A solução saturada do fármaco sai por
um orificio ou por poros na membrana
semipermeavel.
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Mecanismo de liberação do fármaco
Sistemas de liberação controlada por osmose:
• O fármaco é revestido por uma membrana semipermeável que contém um
pequeno orifício para a difusão da água.
• Esta água dissolve o fármaco, resultando numa diferença de pressão osmótica.
• Com a entrada da água e a dissolução do fármaco, a pressão osmótica força a
saída da solução pelo orifício.

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