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Modelos Práticos 
Guia Trabalhista 
Avançado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Defesa trabalhista dos bancários 
A prática do Novo Código de 
Processo Civil 
 
 
Usucapião no Novo CPC - 2ª edição 
 
Comentários às principais inovações 
do Direito Processual Civill 
 
 
 
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Modelos Práticos - Guia Trabalhista Avançado - 2ª Edição - William Epitácio Teodoro de Carvalho 
Sumário 
 
1. Ação Monitória 
2. Ação Rescisória 
3. Agravo de Instrumento 
4. Agravo de Petição 
5. Contraminuta de Agravo de Petição 
6. Agravo Regimental 
7. Apresentação de Cálculos 
8. Carta de Preposição 
9. Consignação em Pagamento 
10. Contestação (Modelo 1) 
11. Contestação (Modelo 2) 
12. Contestação (Modelo 3) 
13. Correição Parcial 
14. Dissídio Coletivo 
15. Embargos à Execução 
16. Embargos 
17. Embargos de Declaração 
18. Embargos de Terceiro 
19. Endereço dos Sócios 
20. Reclamação Trabalhista - Estabilidade por Doença do Trabalho 
21. Reclamação Trabalhista - Acidente de Trabalho - Estabilidade Provisória 
22. Reclamação Trabalhista - Estabilidade Provisória por Acidente de Trabalho 
23. Reclamação Trabalhista - Reintegração Estabilidade - Acidente do Trabalho 
24. Reclamação Trabalhista - Estabilidade do Funcionário Público Celetista 
25. Reclamação Trabalhista - Caracterização de Acidente de Trabalho 
26. Reclamação Trabalhista - Estabilidade Provisória da Gestante 
27. Reclamação Trabalhista – Empregada Gestante - Salário-Maternidade 
28. Reclamação Trabalhista - Despedida sem Justa Causa 
29. Reclamação Trabalhista - Despedida sem Justa Causa 
30. Reclamação Trabalhista - Despedida sem Justa Causa 
31. Reclamação Trabalhista - Conversão de Justa Causa 
32. Reclamação Trabalhista - Descaracterização de Contrato por Prazo Determinado 
33. Reclamação Trabalhista - Reconhecimento de Vinculo Empregatício e Outros 
34. Reclamação Trabalhista - Reconhecimento de Vinculo com Vários Pedidos 
35. Reclamação Trabalhista - Termo de Acordo 
36. Reclamação Trabalhista - Reconhecimento de Vinculo 
 
 
 
 
Modelos Práticos - Guia Trabalhista Avançado - 2ª Edição - William Epitácio Teodoro de Carvalho 
37. Reclamação Trabalhista - Reconhecimento de Vínculo de Várias Reclamações 
38. Reclamação Trabalhista - Reconhecimento de Vínculo de Várias Reclamações 
39. Reclamação Trabalhista - Tutela Antecipada 
40. Reclamação Trabalhista - Adicional de Insalubridade 
41. Reclamação Trabalhista - Adicional de Periculosidade 
42. Reclamação Trabalhista - Diferença de Multa 40% sobre Aposentadoria 
43. Reclamação Trabalhista - Enquadramento de Função de Vigilante 
44. Reclamação Trabalhista - Equiparação salarial 
45. Reclamação Trabalhista - Horas Extras que Sucederam a Jornada Contratual de 
Trabalho 
46. Reclamação Trabalhista - Média Salarial 
47. Reclamação Trabalhista - Pedido de Férias em dobro 
48. Reclamação Trabalhista - Pedido de Intervalo violado 
49. Reclamação Trabalhista - Responsabilidade subsidiária 
50. Exceção de Impedimento 
51. Exceção de Incompetência Ratione Personae 
52. Exceção de Incompetência Ratione Loci 
53. Exceção de Pré-executividade 
54. Exceção de Suspeição 
55. Execução de Acordo Não Cumprido 
56. Expedição de Ofício 
57. Habilitação de Crédito Trabalhista 
58. Habilitação Incidente 
59. Impugnação de Embargos à Execução 
60. Inquérito para apuração de falta grave 
61. Mandado de Segurança 
62. Produção antecipada de provas 
63. Reconvenção 
64. Recurso Adesivo 
65. Recurso de Revista 
66. Contrarrazões de Recurso de Revista 
67. Recurso Extraordinário 
68. Recurso Ordinário (Modelo 1) 
69. Recurso Ordinário (Modelo 2) 
70. Contrarrazões de Recurso Ordinário 
71. Restauração de autos 
72. Ação de Indenização por Danos Morais 
73. Ação de Indenização 
74. Alegações Finais 
 
 
 
 
Modelos Práticos - Guia Trabalhista Avançado - 2ª Edição - William Epitácio Teodoro de Carvalho 
 
 
1. AÇÃO MONITÓRIA 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DO TRABALHO DA ___ VARA DO TRABALHO DE 
_____________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FULANO DE TAL, brasileiro, casado, comerciário, filho de _________ e de _________, 
CIRG _________, CPF/MF _________, CTPS _________, série 12ª, residente e 
domiciliado na Rua___________, Nº________, Bairro____________ na cidade 
de___________, por seu paraclito signatário, bastante procurador, respeitosamente à 
presença de Vossa Excelência propor a presente 
 
AÇÃO MONITÓRIA 
com fundamento nos artigos 700 e 702 do Código de Processo Civil, em face de 
XXXXXXX, e Derivados Ltda., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ 
000.000/00-00, estabelecida na Rua _______, 0000, ____, CEP 0000-000, Cidade-UF, 
pelos fatos e fundamentos seguintes: 
 
O reclamante foi contratado na reclamada em XX/XX/XXXX, e foi injustamente 
dispensado em 00/00/0000, quando recebeu Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho, 
bem como cheque nº 0000, Conta 0000-0, Ag. 000 do Banco TAL, referente ao 
pagamento das verbas que lhe eram devidas no valor de R$ 5.700,00 (cinco mil e 
setecentos reais). 
 
Ocorre, entretanto, que o cheque emitido ao reclamante como forma de pagamento da 
rescisão, foi depositado em XX/XX/XXXX, e foi devolvido, posto que não havia fundos 
para o pagamento do valor, que a reclamada reconhece e confessa dever. 
 
O Código de Processo Civil, ao tratar da matéria, estabelece: 
 
Art. 700. A ação monitória pode ser proposta por aquele que afirmar, com base em prova 
escrita sem eficácia de título executivo, ter direito de exigir do devedor capaz: 
I - o pagamento de quantia em dinheiro; 
II - a entrega de coisa fungível ou infungível ou de bem móvel ou imóvel; 
III - o adimplemento de obrigação de fazer ou de não fazer. 
 
Assim, requer a expedição de mandado de pagamento no valor de R$ 12.605,00 (doze 
mil, seiscentos e cinco reais), referente ao pagamento da rescisão do contrato de 
trabalho, acrescido de juros e correção monetária, no prazo de 15 (quinze) dias. Se os 
 
 
 
 
Modelos Práticos - Guia Trabalhista Avançado - 2ª Edição - William Epitácio Teodoro de Carvalho 
embargos não forem opostos, que seja constituído o título executivo judicial, convertendo-
se o mandado inicial em mandado executivo, na forma dos artigos 824 a 869 do Código 
de Processo Civil. 
 
Requer ainda, seja a reclamada condenada na forma do pedido, bem como no 
pagamento das custas processuais. 
 
Protesta provar o alegado por todos os meios de provas em direito permitidos, 
especialmente pelo depoimento pessoal da reclamada, oitiva de testemunhas, 
documentos, e demais que se fizerem necessárias. 
 
Dá-se à causa o valor de R$ 12.605,00 (doze mil e seiscentos e cinco reais). 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
 
Ita speratur justitia. 
Local e data. 
 
 
ADVOGADO 
OAB/UF 
 
 
 
 
Modelos Práticos - Guia Trabalhista Avançado - 2ª Edição - William Epitácio Teodoro de Carvalho 
2. AÇÃO RESCISÓRIA 
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL 
DO TRABALHO DA ___ª REGIÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EMPRESA X, e outros Derivados Ltda., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no 
CNPJ 000.000/0000-00, estabelecida na Rua tal, 0000, Liberdade, CEP 000-004, 
CIDADE-UF, por seu advogado que ao final desta petição assina, vem, respeitosamente à 
presença de Vossa Excelência, propor a presente 
 
AÇÃO RESCISÓRIA 
 
com fundamento no artigo 836 da CLT, c/c artigo 966 do CPC, em face do Reclamante 
FULANO DE TAL, brasileiro, casado, comerciário,filho de FULANO, e SICRANA, CIRG 
0.000.000, CPF/MF 000.000.00, CTPS 00000, série 12ª, residente e domiciliado na Rua 
______, Cidade - CEP xxxxx-xxx-UF, pelos fatos e fundamentos a seguir expendidos: 
 
O réu ingressou com reclamação trabalhista em face do autor, pleiteando adicional de 
periculosidade, ocorre entretanto, que a reclamada, ora autora, deixou de comparecer 
perante a audiência UNA, designada perante a __ª Vara do Trabalho de ___, tendo sido a 
reclamada - ora autora considerada revel e confessa quanto a matéria de fato, tendo sido 
a ação julgada procedente para condenar a reclamada ao pagamento de adicional de 
periculosidade, nos termos do artigo 193, parágrafo 1º, da CLT. 
 
O Código de Processo Civil, em seu artigo 966, adverte que: 
 
Art. 966. A decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando: 
 
I - se verificar que foi proferida por força de prevaricação, concussão ou corrupção do juiz; 
 
II - for proferida por juiz impedido ou por juízo absolutamente incompetente; 
 
III - resultar de dolo ou coação da parte vencedora em detrimento da parte vencida ou, 
ainda, de simulação ou colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei; 
 
IV - ofender a coisa julgada; 
 
V - violar manifestamente norma jurídica; 
 
 
 
 
 
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VI - for fundada em prova cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou 
venha a ser demonstrada na própria ação rescisória; 
 
VII - obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em julgado, prova nova cuja existência 
ignorava ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar 
pronunciamento favorável; 
 
VIII - for fundada em erro de fato verificável do exame dos autos. 
 
Ocorre, entretanto, que embora tenha a autora, deixado de comparecer à audiência 
designada, para procedência do pedido, é imprescindível a realização de perícia, com 
apresentação de laudo pericial que comprove as atividades do réu em condições 
perigosas, conforme determina o artigo 195 da CLT, vejamos: 
 
Art. 195 - A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, 
segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo de 
Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho. 
(Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977) 
§ 1º - É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais interessadas 
requererem ao Ministério do Trabalho a realização de perícia em estabelecimento ou setor 
deste, com o objetivo de caracterizar e classificar ou delimitar as atividades insalubres ou 
perigosas. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977) 
§ 2º - Arguida em juízo insalubridade ou periculosidade, seja por empregado, seja por 
Sindicato em favor de grupo de associado, o juiz designará perito habilitado na forma 
deste artigo, e, onde não houver, requisitará perícia ao órgão competente do Ministério do 
Trabalho. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977) 
§ 3º - O disposto nos parágrafos anteriores não prejudica a ação fiscalizadora do 
Ministério do Trabalho, nem a realização ex officio da perícia. (Redação dada pela Lei nº 
6.514, de 22.12.1977) 
 
Assim, em face da violação do artigo 195 da CLT, requer seja a presente AÇÃO 
RESCISÓRIA julgada procedente, rescindindo-se a sentença do processo 0000-00, que 
tramitou perante a __ª Vara do Trabalho de ___. 
 
Requer a citação do réu, para que, dentro do prazo legal, querendo, conteste a presente 
ação, sob as penas de revelia e confissão quanto à matéria de fato, devendo a ação ser 
julgada procedente, rescindindo a sentença mencionada. 
 
Protesta provar o alegado por todos os meios de provas em direito permitido, 
especialmente pelo depoimento pessoal do réu, oitiva de testemunhas, juntada de novos 
documentos e demais provas que se fizerem necessárias à instrução do feito. 
 
Dá-se à causa o valor de R$ ____ (valor por extenso) 
 
Nestes termos. 
Pede deferimento. 
 
Local e data. 
 
 
ADVOGADO 
OAB/UF 
 
 
 
 
Modelos Práticos - Guia Trabalhista Avançado - 2ª Edição - William Epitácio Teodoro de Carvalho 
3. AGRAVO DE INSTRUMENTO 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DO TRABALHO DA __VARA DO TRABALHO DA 
CIDADE-UF 
 
 
 
 
 
 
 
 
Processo: 
 
 
 
 
FULANO DE TAL, por seu paraclito signatário, bastante procurador, respeitosamente à 
presença de Vossa Excelência, nos autos da Reclamação Trabalhista, objeto do processo 
em epígrafe, que move contra Empresa X, vem, com o fim de interpor 
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO 
 
com fundamento na alínea “a” do artigo 897 da CLT, cujas razões seguem anexo e ficam 
fazendo parte integrante desta petição para todos os efeitos de direito, para que sejam 
acolhidas e devidamente remetidas ao Tribunal “ad quem”, juntando nesta oportunidade 
cópias das peças obrigatórias e facultativas, nos termos do parágrafo 5º do artigo 897, da 
CLT (relacionar peças). 
 
- decisão agravada 
- certidão da respectiva intimação 
- procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado 
- petição inicial 
- contestação 
- decisão originária 
- depósito recursal referente ao recurso 
- comprovação do recolhimento das custas 
- depósito recursal a que se refere o § 7º do art. 899 desta Consolidação 
 
Nestes termos. 
Pede deferimento. 
 
Local e data. 
 
ADVOGADO 
OAB/UF 
 
 
 
 
 
 
 
 
Modelos Práticos - Guia Trabalhista Avançado - 2ª Edição - William Epitácio Teodoro de Carvalho 
MINUTA DE AGRAVO DE INSTRUMENTO 
 
AGRAVANTE: FULANO DE TAL 
 
AGRAVADO: Empresa X 
PROCESSO: 22072-08 
ORIGEM: ____ Vara do Trabalho de ___ 
 
 
Egrégio Tribunal 
 
Colenda Turma 
 
Ínclitos Julgadores 
 
Em que pese o saber jurídico e cultural do MM Juiz de primeiro grau, a decisão que negou 
seguimento do Recurso Ordinário interposto, sob o fundamento de ser o mesmo 
intempestivo, não merece prosperar. 
 
DA TEMPESTIVIDADE DO RECURSO 
 
Houve por bem o juízo em negar processamento ao recurso, entretanto, equivocou-se 
neste sentido, uma vez que, conforme se verifica através do documento de fls.___, a 
agravante foi notificada para ciência da decisão apenas em __/__/__, logo, o prazo de oito 
dias para interposição do recurso findou-se em __/__/__. 
 
Assim, há manifesto equívoco, eis que o recurso foi interposto no dia __/__/__, razão pela 
qual não há que se falar em intempestividade. 
 
CONCLUSÃO 
 
Pelo exposto e de tudo mais que dos autos consta, requer seja acolhido e conhecido o 
presente recurso, com provimento ao agravo, determinando-se o regular processamento 
do recurso ordinário, como medida de inteira Justiça. 
 
Local e data. 
 
ADVOGADO 
OAB/UF 
 
 
 
 
 
Modelos Práticos - Guia Trabalhista Avançado - 2ª Edição - William Epitácio Teodoro de Carvalho 
4. AGRAVO DE PETIÇÃO 
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DO TRABALHO DA __VARA DO TRABALHO DA 
CIDADE-UF 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Processo 
 
FULANO DE TAL, Reclamante nos autos em epígrafe, por seu advogado que ao final 
assina, que move contra Empresa X, vem respeitosamente à presença de Vossa 
Excelência, com o fim de interpor 
AGRAVO DE PETIÇÃO 
com fundamento no artigo 897 da CLT, alínea “a”, da CLT, consoante minuta em anexo. 
 
Requer acolhimento e a remessa ao Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da __ª 
Região, sendo certo que a delimitação da matéria agravada é a seguinte: mora no 
pagamento da primeira e única parcela do acordo, consequentemente o pagamento da 
multa de 100% (cem por cento) firmada nos termos do acordo. 
 
 
Nestes termos. 
Pede deferimento. 
 
Local e data. 
ADVOGADO 
OAB/UF 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Modelos Práticos - Guia Trabalhista Avançado - 2ª Edição - William Epitácio Teodoro de Carvalho 
RAZÕESDE AGRAVO DE PETIÇÃO 
 
AGRAVANTE: FULANO DE TAL 
 
AGRAVADA: Empresa X 
 
ORIGEM: __ª VARA DO TRABALHO DE___ 
 
PROCESSO: 0000000000 
 
Nobres Julgadores! 
 
Em que pese a indiscutível autoridade jurídica do MM Juiz de Primeiro Grau, impõe-se a 
reforma da respeitável decisão que julgou procedentes os embargos à execução 
interpostos pelo agravado, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas: 
 
Em cumprimento ao artigo 897, § 1º, da CLT, o agravante limita a matéria impugnada 
justificando a interposição do presente recurso, considerando que o pagamento na 
primeira e única parcela do acordo firmado foi paga em atraso, devendo ser paga a multa 
de 100% firmada em acordo. 
 
Alegou o agravado que em __/__/__, tentou efetuar depósito na conta corrente número 
____ do Banco ___, conforme constava do termo de audiência, e não foi possível, pois 
houve informação no sistema bancário que tal conta corrente não existia, tendo obtido 
posteriormente informações com a patrona do agravante de que se tratava de uma conta 
poupança, quando em __/__/__, conseguiu efetuar depósito. 
 
Inverídica a afirmação de que a agravada na data convencionada para depósito dos 
valores referente ao acordo, um funcionário tentou fazer o depósito e não obteve êxito por 
se tratar de uma conta poupança, e não conta corrente, e ainda ter após insistências 
logrou obter informação desta subscritora de que realmente tratava-se de conta 
poupança. 
 
A bem da verdade a reclamada agravante, tenta se esquivar de suas obrigações, com 
manobras desleais e protelatórias para burlar o pagamento que realmente é devido ao 
reclamante. 
 
Verifica-se pelo extrato juntado em fls. ___, que a conta corrente da patrona do agravante 
informada no Termo de Audiência está com número correto, ou seja, Banco ___, agência 
___, conta corrente ____, conta corrente esta que no dia __/__/__, a agravada conseguiu 
efetuar depósito sem aos menos entrar em contato com a patrona do agravante para 
maiores informações de número de conta corrente. 
 
Nesta oportunidade, o agravante requer a juntada de extrato de conta corrente nº ___, 
agência ___ do Banco ____, dos dias __/__/__ a __/__/__, ressaltando as 
movimentações, bem como o número da conta corrente, que consta igual ao fornecido em 
Termo de Audiência. 
 
Através do extrato de conta corrente de fls. ___, e novo extrato juntado nesta 
oportunidade, verifica-se as movimentações bancárias são evidentes de uma conta 
corrente, seja através de cheques compensados, depósitos de cheques, transferências, 
compras eletrônicas, pagamento de títulos, e docs., o que deixa patente a infundada 
 
 
 
 
Modelos Práticos - Guia Trabalhista Avançado - 2ª Edição - William Epitácio Teodoro de Carvalho 
alegação de trata-se de uma conta poupança. 
 
Apenas à título de argumentação, esclarece o agravante que em extrato de fls. __, o 
número de conta corrente é igual ao fornecido em Termo de Audiência, ressaltando que o 
limite de crédito pessoal, limites rotativos, bem como poupança plus, são investimentos e 
liberações de transações disponíveis em conta corrente, disponíveis ao cliente através de 
limites bancários, como por exemplo, limite de cheque especial, e com o numero para 
movimentação interna que não tem relação com o numero da conta corrente fornecida 
para depósito em audiência. 
 
Mostra-se clara a intenção da agravada de procrastinar o feito e até mesmo deixar de 
pagar o valor da multa de 100% do acordo ao agravante, visto que através de extrato 
juntado, consta até o depósito no valor de R$ _______ (valor por extenso), em conta 
corrente da patrona do agravante, referente ao acordo trabalhista. 
 
Através de extrato de conta corrente de fls. __, e extrato juntado nesta oportunidade, com 
número de conta corrente igual ao fornecido no Termo de Audiência, comprova-se a mora 
no pagamento da única parcela do acordo. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Diante do exposto e de tudo mais que dos autos consta, aguarda-se a criteriosa decisão 
de Vossas Excelências, que por certo, conhecerão deste recurso para ao final dar-lhe 
provimento, modificando a decisão recorrida, como medida de inteira JUSTIÇA !!! 
 
Local e data. 
ADVOGADO 
OAB/UF 
 
 
 
 
Modelos Práticos - Guia Trabalhista Avançado - 2ª Edição - William Epitácio Teodoro de Carvalho 
5. CONTRAMINUTA DE AGRAVO DE PETIÇÃO 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA.... ª VARA DO TRABALHO DA 
COMARCA DE.... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
...., já devidamente qualificado, neste ato por seu advogado e procurador infra-assinado, 
nos autos da RECLAMAÇÃO TRABALHISTA que move em face de.... e...., vem mui 
respeitosamente à presença de V. Exa., em tempo hábil, apresentar 
 
 
CONTRAMINUTA DE AGRAVO DE PETIÇÃO 
 
o que faz pelas razões de fato e de direito, acostadas à presente. 
 
Requer, após tomadas todas as formalidades de estilo, sejam as mesmas encaminhadas 
ao E. Tribunal Regional do Trabalho da.... Região - Estado do...., para nova apreciação. 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
 
Local e data. 
 
 
 
ADVOGADO 
OAB/UF 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Modelos Práticos - Guia Trabalhista Avançado - 2ª Edição - William Epitácio Teodoro de Carvalho 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ PRESIDENTE DO E. TRIBUNAL REGIONAL DO 
TRABALHO DA.... REGIÃO DO ESTADO DO.... 
 
 
 
CONTRAMINUTA DE AGRAVO DE PETIÇÃO 
 
PROC. Nº.... -.... JCJ/... - ESTADO DO.... 
 
 
AGRAVANTE:.... 
AGRAVADO:.... 
 
 
PELO AGRAVADO. 
 
 
E. JULGADORES. 
 
 
Inconformada com a decisão de fls....., dos autos em questão, que acolheu em parte os 
Embargos à Execução de fls., a agravante ingressou com a medida judicial denominada 
AGRAVO DE PETIÇÃO, vide fls....., sob o fundamento de que não foi aplicada a 
verdadeira e esperada Justiça que pretendia obter por intermédio dos embargos. 
 
O agravado não concorda com tais afirmações, senão vejamos: 
 
 
PRELIMINARMENTE 
 
DO NÃO CONHECIMENTO DO AGRAVO DE PETIÇÃO 
 
O parágrafo 1º do artigo 897 da Consolidação das Leis do Trabalho, diz exatamente o 
seguinte: 
 
"O agravo de petição só será recebido quando o agravante delimitar, justificadamente, as 
matérias e os valores impugnados, permitida a execução imediata da parte remanescente 
até o final, nos próprios autos ou por carta de sentença." 
 
A agravante, ao apresentar o agravo de petição de fls..... dos autos em questão, deixou 
de delimitar, justificadamente, as matérias e os valores impugnados, somente fazendo a 
indicação de itens, contrariando, desta forma, o dispositivo legal acima mencionado. 
 
E, diante de tais ponderações, não resta a menor dúvida de que essa C. Turma Julgadora 
não hesitará em negar conhecimento ao agravo de petição de fls., eis que, contrariou as 
disposições legais contidas no parágrafo 1º do artigo 897 da Consolidação das Leis do 
Trabalho, por questão de Justiça. 
 
 
DO MÉRITO 
 
Caso essa C. Turma Julgadora haja por bem em não acolher a preliminar exposta, o que 
 
 
 
 
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não acredita o agravado, haja visto as razões supramencionadas, no mérito, deverá ser 
negado provimento ao mesmo, senão vejamos: 
 
 
DIFERENÇAS SALARIAIS 
 
A insurgência por parte da agravante, a respeito das diferenças salariais encontradas pelo 
Sr. Perito, por intermédio do cálculo de fls..... que foi objeto de homologação por V. Exa., 
vide despacho de fls..... dos autos, não pode e nem deve prosperar, senão vejamos: 
 
Insta esclarecer inicialmente, que a r. sentença que prevaleceu no caso em tela, foi 
aquela prolatada pela MM. Junta "a quo", constante das fls..... dos autos, que diz o 
seguinte: 
 
"2- Presente o que supra se discorreu e decidiu, faz jus o Autor as diferenças salariais, 
considerando o salário/hora fixado pelaempresa...., nos termos do Contrato.... e Anexo.... 
A remuneração alcançada pela segunda Ré à primeira era calculada de acordo com a 
fórmula própria, estando destacados o valor/hora de cada homem e os demais encargos, 
devendo aquela remuneração (salário/hora) ser paga integralmente ao autor. As 
diferenças salariais terão reflexos em todas as verbas decorrentes da contratualidade que 
tenham no salário a base de sua fixação. 
 
A retenção de verbas pela primeira Ré, devidas ao Autor e repassadas pela empresa...., 
emerge cabalmente juntados pela segunda Ré em atendimento a determinação judicial. 
Veja-se, juntada às fls..... A primeira Ré recebeu, para repasse ao Autor, a importância de 
R$.... Todavia, naquele mês o demandante recebeu o valor de R$.... a título de salário, o 
que representa apropriação indevida, de parte da primeira Ré, de....% dos valores que 
deveriam ser pagos ao trabalhador, etc. 
 
Portanto, na r. decisão que prevaleceu no caso em tela, não resta a menor dúvida de que 
as diferenças salariais que o agravado tem direito são as resultantes do salário/hora 
fixado pela.... e reflexos, inclusive as demais verbas deferidas na r. decisão de fls..... dos 
autos em questão. E, para tanto, basta em ligeiro exame na mesma para chegar-se à tal 
conclusão. 
 
Assim, sabendo-se especificamente o parâmetro de condenação em relação as 
diferenças salariais, resta saber se o critério mediante o qual a.... fixa o salário/hora, e, 
quanto a isto não existe a menor dúvida, que é através do Contrato nº...., Anexo.... e 
demais anexos que compõem o contrato referido, conforme ficou dito na r. decisão que 
prevaleceu no caso em tela. Nenhuma dúvida existe a esse respeito. A pretensão da 
agravante nesta fase é eivada de vícios, eis que, tenta dar interpretação diferente do que 
transitar em julgado, o que não é permitido em nosso ordenamento jurídico. 
 
Diante do que ficou dito, não existe melhor comprovante da fixação do salário/hora devido 
ao agravado, as faturas emitidas pela.... contra a...., cobrando a quantia de horas 
laboradas pelo embargado com base no salário/hora fixado pelo Contrato nº...., sendo 
que, no corpo de cada Nota Fiscal consta expressamente que a cobrança é realizada com 
fundamento no contrato referido, logicamente, incluso o Anexo.... e outros que compõem 
o documento referido, (docs. de fls.....,....,.... e....) dos autos em questão. 
 
E, para demonstrar que os cálculos ofertados pelo Sr. Perito, vide fls..... dos autos em 
questão, foram elaborados em conformidade com a decisão que prevaleceu no caso em 
 
 
 
 
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tela, ou seja, foi utilizado o salário/hora fixado pela...., constantes das faturas emitidas 
pela.... contra a...., basta verificar o exemplo citado na r. decisão de fls..... dos autos em 
questão, que prevaleceu os fatos em tela. Nenhuma diferença existe a favor da 
agravante. 
 
A fórmula encontrada pela agravante, constante no demonstrativo de fls....., não encontra 
nenhum tipo de respaldo, quer de ordem fática, quer de ordem jurídica. 
 
Por tudo o que ficou exposto, não resta a menor dúvida de que a pretensão da agravante, 
não encontra nenhum tipo de guarida, quer de ordem fática, quer de ordem jurídica, razão 
pela qual, deve ser rejeitada, por questão de Justiça. 
 
 
DESCONTOS FISCAIS E PREVIDENCIÁRIOS 
 
Nenhuma razão assiste à agravante neste particular, senão vejamos: 
 
Em primeiro lugar, cumpre esclarecer que a pretensão da agravante, sequer foi objeto de 
pedido em sua defesa de fls..... e, muito menos, da decisão de fls..... dos autos em 
questão. 
 
Em segundo lugar, cumpre esclarecer que pelo fato da agravante não ter requerido tais 
descontos quando da apresentação de sua defesa de fls., tornou-se preclusa tal 
pretensão, principalmente nesta fase processual, "execução". 
 
Ora, E. Julgadores, como ficou dito anteriormente, não há determinação no título 
executivo judicial de que seria efetuado desconto relativo a imposto de renda e 
previdência social: no crédito do agravado. 
 
Desta forma, cumpre ressaltar que, após o trânsito em julgado, a sentença passa a ter 
eficácia de coisa julgada material, tornando-a imutável e indiscutível, nos termos do artigo 
502 do Código de Processo Civil. 
 
Ora, E. Julgador, se não consta do título executivo qualquer tipo de determinação 
autorizada de que seja efetuado desconto fiscal no crédito do agravado, haveria manifesta 
ofensa à coisa julgada determiná-lo em liquidação de sentença. 
 
Em terceiro lugar, cumpre esclarecer que, foge completamente à competência desta 
Justiça Especializada, verificar o fato gerador, a base de cálculo e a alíquota aplicada. O 
provimento 01/93 da Egrégia Corregedoria Geral da Justiça do Trabalho, constitui-se em 
norma administrativa orientadora e não vinculativa, como pretende a agravante, donde 
resulta a sua livre aplicabilidade pelo julgador. 
 
É patente que não possui esta Justiça Laboral, poder coercitivo algum de obrigar, que 
este ou aquele contribuinte realize as contribuições previdenciárias ou tributárias. 
 
"IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS. CABIMENTO NO 
PROCESSO TRABALHISTA. A Justiça do Trabalho não tem competência para determinar 
ou não, nem para autorizar ou não, que se faça a retenção na fonte do imposto sobre 
renda, ainda que se trate de rendimentos pagos em ações trabalhistas. As deduções são 
compulsórias, previstas em normas legais (inclusive na Lei nº 8.541/92, art. 46), portanto 
lícitas, e por isso, devem ser toleradas. Igualmente não lhe compete decidir sobre a 
 
 
 
 
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exatidão ou não do 'quantum' deduzido do beneficiário, cabendo a este agertar-se com o 
fisco pela via e no momento próprio. Com relação a contribuições devidas à seguridade 
social, é ônus atribuído ao empregador, inclusive quando incidentes sobre valores pagos 
em ações trabalhistas, falecendo a Justiça do Trabalho competência para apreciar tal 
matéria e conferir a exatidão dos recolhimentos, cabendo ao magistrado tão somente dar 
ciência dos fatos ao INSS e determinar ao empregador que observe a lei quanto aos 
recolhimentos. Inteligência dos arts. 33, § 5º, 43 e 44 da Lei nº 8.212/91." (TRT-PR-AP-
906/92 - 3ª T. Relator Juiz Zeno Simm, julgado em 20/01/93). 
 
"As sentenças trabalhistas não devem imiscuir nas relações obrigacionais entre 
empregadores inadimplentes e os órgãos arrecadadores de contribuições do fisco e da 
previdência. O reclamante vitorioso deve receber integralmente o débito. Cabe ao 
empregador - se convocado - satisfazer o débito fiscal." (Rel. Tobias de Macedo Filho - 
DJPR 20/03/90 - pág. 130 - Ac. 2.254/92 - 1ª T. do E. TRT da 9ª Região). 
 
"IMPOSTO DE RENDA NA FONTE E DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS. 
São ilegais os descontos tributários e previdenciários sobre os créditos do reclamante na 
execução, se não houve qualquer mandamento nesse sentido na sentença exequenda. 
Ainda que com superveniência de lei que obrigue tais descontos aos créditos apurados 
nesta Justiça Especializada, isto somente poderia ser feito se assim determinado na fase 
cognitiva, com trânsito em julgado." (TRT-PR-AP-0884/91 - Ac. 3ª T. 4.209/92 - DJPR de 
12/06/92 - pág. 19). 
 
"DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS E FISCAIS. REQUERIMENTO EM EXECUÇÃO. 
Não apreciado pela sentença exequenda o pedido de deduções de encargos 
previdenciários e tributários, preclui ao reclamado a oportunidade de requere-los, sob 
pena de ofensa à imutabilidade da coisa julgada." (TRT-PR-AP-1.135/92 - Ac. 3ª T. 
5.834/94 - DJP de 15/04/94) 
 
Logo, a pretensão da agravante, neste aspecto, não merece nenhum tipo de guarida, quer 
de ordem fática e muito menos de ordem jurídica. 
 
Nada a ser reformado, por questão de Justiça. Todavia, "ad cautelam",caso assim não 
entenda essa C. Turma Julgadora, no que tange ao imposto de renda, requer, para que 
seja obtida a base de cálculo da tributação, bem como a alíquota incidente, os valores 
devidos devem ser situados nos meses aos quais se referem, bem como adicionados 
aqueles efetivamente auferidos, igualmente situados mês a mês. A partir daí, aplica-se a 
alíquota cabível, deduzindo-se eventual imposto já recolhido, eis que não é razoável que 
se determine o abatimento do Imposto de Renda sobre a totalidade do crédito, apurado 
de uma só vez, somente sobre os juros moratórios. 
 
 
CONCLUSÃO 
 
Por tudo o que ficou exposto, observando-se a emissão que prevaleceu nos autos em 
questão, espera o agravo dessa que essa C. Turma Julgadora, haja por bem em acolher a 
preliminar exposta, negando conhecimento ao agravo de petição e/ou caso assim não 
entenda, no mérito, deverá ser negado provimento ao mesmo, por questão de Justiça. 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
 
 
 
 
 
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Local e data. 
 
 
ADVOGADO 
OAB/UF 
 
 
 
 
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6. AGRAVO REGIMENTAL 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO DA __ª TURMA DO TRIBUNAL SUPERIOR DO 
TRABALHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Processo: 
 
 
FULANO DE TAL, brasileiro, casado, comerciário, filho de FULANO, e SICRANA, CIRG 
0.000.000, CPF/MF 000.000.00, CTPS 00000, série 12ª, residente e domiciliado na Rua 
______, Cidade - CEP xxxxx-xxx-UF, por seu advogado que ao final assina, nos autos da 
Reclamação Trabalhista, processo supra epigrafado, que move em face de Empresa X, 
pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ 00000/0000-00, estabelecida na Rua 
_______, nº ___, CEP 00000-000, Cidade-UF, vem respeitosamente à presença de Vossa 
Excelência, com o fim de interpor 
 
AGRAVO REGIMENTAL 
 
com fundamento no artigo 338 e seguintes do Regimento Interno do Tribunal Superior do 
Trabalho, cujas razões seguem em anexo e ficam fazendo parte integrante desta petição 
para todos os efeitos de direito. 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
 
Local e data. 
 
ADVOGADO 
OAB/UF 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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RAZÕES DE AGRAVO REGIMENTAL 
 
 
AGRAVANTE: FULANO DE TAL 
 
AGRAVADO: Empresa X 
 
PROCESSO: 102945-09 
ORIGEM: ____ Vara do Trabalho de ___ 
 
 
Egrégio Tribunal, 
 
Colenda Seção de Dissídios Individuais do TST, 
 
Insignes Julgadores, 
 
 
Em que pese o notório saber jurídico e cultural do MM Juiz Presidente da __a Turma do 
TST, a decisão proferida não merece prosperar, visto que foi negado seguimento ao 
recurso de embargos com fundamento de que não houve violação literal de dispositivo da 
Constituição Federal. 
 
(desenvolver argumentação, comprovando a violação do dispositivo Constitucional). 
 
Constatando-se que há violação na Constituição Federal, especificamente no artigo 
_____, é de se conhecer e prover o presente agravo, determinando-se o processamento 
do recurso de embargos, por ser medida de direito e de Justiça! 
 
Local e data. 
 
ADVOGADO 
OAB/UF 
 
 
 
 
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7. APRESENTAÇÃO DE CÁLCULOS 
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DO TRABALHO DA __VARA DO TRABALHO DA 
CIDADE-UF 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Processo: 
 
FULANO DE TAL, brasileiro, casado, comerciante, filho de FULANO, e SICRANA, CIRG 
0.000.000, CPF/MF 000.000.00, CTPS 00000, série 12ª, residente e domiciliado na Rua 
______, Cidade - CEP xxxxx-xxx-UF, por seu advogado que a esta subscreve, nos autos 
da Reclamação Trabalhista, objeto do processo em epígrafe que move em face de 
Empresa X, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ 00000/0000-00, 
estabelecida na Rua _______, nº ___, CEP 00000-000, Cidade-UF, vem respeitosamente 
à presença de Vossa Excelência, com o fim de apresentar cálculos de liquidação, nos 
termos da sentença, (ou v. acórdão se sentença modificada no Tribunal), conforme segue: 
 
(acrescentar o cálculo elaborado) 
Nesta oportunidade o reclamante apresenta os cálculos líquidos no valor de R$ 
_________, já deduzidos os descontos fiscais e previdenciários (se isento de IR e INSS 
não é necessário colocar), nos termos da sentença. (ou v. acórdão) 
 
Requer a notificação da reclamada, para querendo, apresentar a impugnação, com 
indicação dos itens e valores, objeto da discordância, sob pena de preclusão, a teor do 
que dispõe o § 2º, do artigo 79, do Texto Consolidado. 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
 
Local e data 
 
 
ADVOGADO 
OAB/UF 
 
 
 
 
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8. CARTA DE PREPOSIÇÃO 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DO TRABALHO DA __VARA DO TRABALHO DE 
__________ 
 
 
 
Processo: 
 
 
 
Apresentamos nosso funcionário FULANO, brasileiro, casado, comerciário, CIRG XXXX, 
CPF/MF XXX-XX, CTPS 0000, série 12ª, que funcionará como PREPOSTO de nossa 
empresa, em audiência designada para o dia __/__/___, às 13h40, na ação proposta por 
FULANO DE TAL. 
 
Atenciosamente, 
Local e data. 
 
 
 
FULANO DE TAL 
Titular da empresa 
 
 
 
 
 
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9. CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DO TRABALHO DA __VARA DO TRABALHO DA 
CIDADE-UF 
 
 
 
 
 
 
Empresa X, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ 00000/0000-00, 
estabelecida na Rua _______, nº ___, CEP 00000-000, Cidade-UF, por seu advogado que 
ao final, vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com o fim de propor a 
presente 
 
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO 
 
com fundamento no artigo 539, e seguintes do CPC, em face de FULANO DE TAL, 
brasileiro, casado, comerciário, filho de FULANO, e SICRANA, CIRG 0.000.000, CPF/MF 
000.000.00, CTPS 00000, série 12ª, residente e domiciliado na Rua ______, Cidade - 
CEP xxxxx-xxx-UF, pelos fatos e fundamentos a seguir expendidos: 
 
O ora demandado foi contratado pelo autor consignante em __/__/___, para exercer a 
função de caminhoneiro, função que desempenhou até __/__/___, ocasião em que foi 
demitido sem justo motivo. 
 
Na data da dispensa imotivada o autor condicionou data para o pagamento das verbas 
rescisórias, bem como a homologação da Rescisão do Contrato de Trabalho e, no 
entanto, o demandado não compareceu no local, data e horário marcados para a devida 
quitação. 
 
Visando evitar possível alegação, por parte do réu, que possa dar azo ao pagamento da 
multa prevista no artigo 477, parágrafo 8º da Consolidação das Leis do Trabalho, ou 
qualquer outra alegação em prejuízo do autor, requer a citação do consignado para 
responder a presente, sob pena de revelia, e o depósito da quantia, a ser efetivado no 
prazo de 05 (cinco) dias contados do deferimento, e ainda a procedência da ação, e 
consequente extinção da obrigação atinente ao pagamento das verbas rescisórias, no 
valor de R$ 2.843,00 (dois mil e oitocentos e quarenta e três reais), referente às verbas 
rescisórias. 
 
Protesta, bem como requer, provar o alegado por todos os meios de provas em direito 
permitido, especialmente pelo depoimento pessoal da ré, oitiva de testemunhas, juntada 
de novos documentos e demais provas que se fizerem necessárias à instrução do feito. 
 
Dá-se à causa o valor de R$ 2.843,00 (dois mil e oitocentos e quarenta e três reais). 
 
Nestes termos. 
Pede deferimento. 
 
Local e data. 
ADVOGADO 
OAB/UF 
 
 
 
 
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10. CONTESTAÇÃO (Modelo 1) 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA __VARA DO 
TRABALHO DA CIDADE-UF 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Processo: 
 
 
FULANO DE TAL, brasileiro, casado, comerciante, filho de FULANO, e SICRANA, CIRG 
0.000.000, CPF/MF 000.000.00, CTPS 00000, série 12ª, residente e domiciliado na Rua 
______, Cidade - CEP xxxxx-xxx-UF, por seu advogado que ao final assina, vem, 
respeitosamente à presença de Vossa Excelência com o fim de apresentar sua 
CONTESTAÇÃO 
aos termos da Reclamação Trabalhista que lhe move FULANA DE TAL, com fundamento 
no artigo 847, do texto consolidado, pelos fatos e fundamentos seguintes: 
 
DOS FATOS 
 
Em resumo, alega a reclamante que foi contratada pelo reclamado para exercer a função 
de empregada doméstica em __/__/____, e pediu demissão em __/__/____, e pleiteia 
diversas verbas que se julga com direito, dando a causa o valor de R$ 7.500,00 (sete mil 
e quinhentos reais), para fins e efeito de alçada. 
 
DA ADMISSÃO - DAS DIFERENÇAS DE SALÁRIO 
 
A reclamante foi contratada na referida data, porém, para exercer a função de diarista, 
recebendo o valor de R$ 50,00 (cinquenta reais) por dia laborado (tarefa), que resultava a 
média de R$ 400,00 (quatrocentos reais) por mês. 
 
Como se vê, a reclamante laborava apenas 02 (dois) dias por semana, podendo, 
inclusive, escolher os dias que iria trabalhar, posto que também prestava serviços em 
outras residências, inclusive às vizinhas da reclamada, e assim, se fazia necessário o 
prévio agendamento para esta poder atender todas as clientes. 
 
Os contratos de trabalho possuem elementos comuns e indispensáveis para o 
reconhecimento do vínculo empregatício, que são: a pessoalidade, a onerosidade, a não 
eventualidade e a subordinação, e o presente contrato, celebrado entre as partes não 
preenchia todos os requisitos dos artigos 2º e 3º da CLT. 
 
 
 
 
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No caso em tela, a reclamante não se submetia às condições de trabalho impostas pelo 
empregador, sujeitando-se a receber ordens decorrentes do poder hierárquico que o 
empregador exerce sobre o empregado, mas sim, desde o início do contrato de trabalho 
pactuaram que a reclamante iria laborar 02 (duas) vezes por semana, de maneira que não 
fosse interferir em seu trabalho nas outras residências. 
 
Destaque-se que, inicialmente, a própria reclamante confirma a alegação da reclamada 
de que trabalhou apenas 02 (duas) vezes por semana, fazendo necessário destacar, que 
o pacto perdurou durante todo o contrato de trabalho. 
 
Assim, face à ausência de elementos constitutivos do contrato de trabalho, não há que ser 
reconhecido o vínculo empregatício da Reclamante, devendo ser julgada improcedente a 
ação neste sentido. 
 
Vejamos o pensamento jurisprudencial: 
“Empregado doméstico é aquele que presta serviços mediante exclusividade para um 
único patrão, confessando a reclamante a prestação laboral em apenas um dia por 
semana, não pode ser enquadrada nesta categoria dos servidores” (TRT/PB, RO 395/93, 
Paulo Montenegro, Ac., 12.998). 
 
“Relação de emprego. O elemento qualificador por excelência da relação de emprego é a 
subordinação, a qual encontra-se presente ao caso em tela face à prestação de labor com 
exclusividade ao reclamado, com sujeição a horário e submissão a ordens do 
empregador” (TRT /RS, RO 286/88, José Cordenonsi, Ac. 3ª T.). 
 
Requer ainda a improcedência do pedido de diferenças de salário mínimo, visto que a 
reclamante foi contratada como diarista, recebendo valores apenas nos dias efetivamente 
laborados, e não valor mensal. 
 
QUANTO AO VÍNCULO 
 
Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os 
riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. 
 
Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não 
eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. 
 
DA DATA DE PEDIDO DE DEMISSÃO DAS FÉRIAS / DOS 13º SALÁRIOS 
 
A reclamada impugna a data de pedido de demissão da reclamante, posto que a bem da 
verdade em __/__/____, a Reclamante informou à Reclamada que não iria mais prestar 
serviços em sua residência por motivos de foro íntimo, restando impugnado data posterior 
a __/__/____. 
 
Face à ausência de elementos para constituição de vínculo empregatício, improcede o 
pleito da reclamante referente ao pagamento das verbas rescisórias descritas no item “c” 
do pedido da inicial, quais sejam, 13º salário integral de __/__/____ a __/__/___, 13º 
salário proporcional de __/__/___ a __/__/___, ou seja, 4/12 (quatro doze avos), férias 
vencidas em dobro de __/__/___ a __/__/___, férias vencidas simples de __/__/___ a 
__/__/___, férias proporcionais de __/__/___ a __/__/___. 
 
 
 
 
 
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DA MULTA DO ARTIGO 467 DA CLT 
 
Improcede o pedido de pagamento de verbas incontroversas, por inexistentes. 
 
DA RETENÇÃO DAS VERBAS PREVIDENCIÁRIAS E FISCAIS 
Na eventualidade de uma condenação, o que se admite apenas a título de argumento, 
requer a reclamada as retenções das verbas referentes à Previdência Social e do Imposto 
de Renda, consoante o artigo 46, da Lei nº 8.541/92 e os Provimentos nos 01 e 02 da 
Corregedoria Geral da Justiça do Trabalho, visando assim evitar o “bis in idem” e o 
enriquecimento ilícito do reclamante. 
 
Senão Vejamos: 
 
TRT – 2ª REGIÃO – DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS SOBRE CRÉDITOS 
TRABALHISTAS – O artigo 33, § 5º da Lei nº 8.212/91 não confere isenção ou imunidade 
tributária ao empregado sobre créditos resultantes de ações trabalhistas. Antes do efetivo 
reconhecimento judicial do direito postulado, não se pode falar em omissão do 
empregador em sua obrigação de efetuar o desconto legal da contribuição previdenciária, 
pois tal exigibilidade não recai sobre créditos ou direitos controvertidos, mas sobre 
créditos reais ou pagamentos efetivos. 
 
DESCONTOS DO IMPOSTO DE RENDA SOBRE CRÉDITOS TRABALHISTAS O 
desconto do Imposto de Renda, nos termos do artigo 46, da Lei nº 8.541/91, incide sobre 
os rendimentos do trabalho assalariado pagos em cumprimento da decisão judicial. O fato 
gerador do IR não se configura nos meses em que partes dos rendimentos seriam 
devidos, pois somente exsurge no ato do pagamento ou, como explica a lei, “no momento 
em que, por qualquer forma, o rendimento se torna dispensável para o benefício” (TRT – 
2ª Região – 8º T., Rec. Ord. Nº 02970062113 – São Paulo; Rel. Juiz Raimundo Cerqueira 
Ally; J. 02.02.1998; maioria de votos). Fonte: Boletim da Associação dos Advogados de 
São Paulo nº 2061 – 29.06 a 05.07.98, p. 617. 
 
TRT – TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO – DESCONTO NO SALÁRIO FISCAL E 
PREVIDENCIÁRIO – LICITUDE – DETERMINAÇÃO PARA DEDUÇÃO – COMPETÊNCIA 
– JUSTIÇA DO TRABALHO. “Descontos previdenciários e fiscais – conforme os 
provimentos nos 03/84 e 01/93, da Corregedoria Geral da Justiça do Trabalho, os 
descontos providenciarias e fiscais são lícitos e decorrem de lei, sendo a Justiça do 
Trabalho competente para determinar que o valor a ser recebido pelo reclamante sofra os 
referidos descontos. Embargos Declaratórios acolhidos.” (Ac un da 1ª T do TST – Edcl em 
RR 220.754/95.1 – 8º R. Rel. Min. Ursulino Santos – J. 22.04.98 – Embte.: Banco 
Nacional S/A.; Embdo.: Everaldo José Costa Barbosa – DJU 1 29.05.98, p 280 – ementa 
oficial)”. Fonte: Repertório IOB de Jurisprudência – 2ª quinzena de Julho de 1998 – nº 
14/98 – caderno 02 – página 278 – ementa 2/13769. 
 
DO TERMO INICIAL DA CORREÇÃO MONETÁRIA 
 
É público e notório que o salário é uma contraprestação do serviço prestado. 
 
Em outras palavras o salário é devido depoisque o serviço é feito. 
 
Por esse fato, que o artigo 459, parágrafo único da Consolidação das Leis do Trabalho 
prescreve que o pagamento do salário poderá ser efetuado até o quinto dia útil do mês 
subsequente ao vencido. 
 
 
 
 
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Ora! Mês subsequente ao vencido é o mês imediatamente posterior ao mês trabalhado. 
 
Diante desses fatos, conclui-se que a empregadora, ora reclamada, torna-se inadimplente 
e constituída em mora a partir do vencimento da obrigação de pagar o salário, no caso em 
exame, mês imediatamente posterior ao mês trabalhado. 
 
Assim sendo, a época própria de que trata o artigo 39, “caput” da Lei nº 8.177/91 para a 
aplicação da correção monetária é a partir do 5º (quinto) dia útil do mês subsequente ao 
vencimento, isto é, o dia do pagamento do salário. 
 
Urge ressaltar, que o entendimento diverso contraria o disposto no artigo supracitado “in 
verbis”: “Lei nº 8.177/91 – Artigo 39 – “caput”- Os débitos trabalhistas de qualquer 
natureza, quando não satisfeitos pelo empregador nas épocas próprias assim definidas 
em lei, acordo ou convenção coletiva, sentença normativa ou cláusula contratual sofrerão 
juros de mora equivalentes à TRD acumulada no período compreendido entre a data de 
vencimento da obrigação e o seu efetivo pagamento”. 
 
Consoante se infere da leitura do artigo acima mencionado época própria assim definida 
em lei e data de vencimento é o que prescreve artigo 459, parágrafo único do texto 
Consolidado, ou seja, vencimento da obrigação de pagar o salário até o quinto dia útil do 
mês subsequente ao vencido. 
 
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS 
 
Não preenche o reclamante os requisitos do artigo 14, da Lei nº 5.584/70, ou seja, 
perceber salário inferior do mínimo legal e assistência do órgão sindical (Enunciado nº 
219 e 329 do Colendo TST). 
 
DA COMPENSAÇÃO 
 
Na hipótese de uma condenação, requer a reclamada a compensação com os valores já 
pagos (artigo 767 da CLT). 
 
DA EXPEDIÇÃO DE OFÍCIOS 
 
Indevidos a expedição de ofícios, uma vez que, em momento algum infringiu a reclamada 
preceitos legais e administrativos. 
 
Art. 767 - A compensação, ou retenção, só poderá ser arguida como matéria de defesa. 
 
DOS VALORES DOS PEDIDOS 
 
Ficam expressamente impugnados os valores atribuídos aos pedidos, pois lançados a 
esmo, sem nenhum fundamento. 
 
Não especifica o reclamante o método de apuração. 
 
Na remota hipótese de uma condenação, as verbas eventualmente deferidas deverão ser 
apuradas em regular execução de sentença, observando-se o número de dias e horas 
efetivamente trabalhados, aplicando-se a evolução salarial da época do pagamento das 
verbas. 
 
 
 
 
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DAS PUBLICAÇÕES / INTIMAÇÕES 
 
Requer ainda, que as intimações relativas a este processo sejam efetuadas em nome do 
patrono da reclamada a saber: Dr. ____ – OAB/___, endereço: _____. 
 
DAS PROVAS 
 
Protesta a reclamada pela produção de todas as provas em direito admitidas, 
especialmente pelo depoimento pessoal do reclamante, oitiva de testemunhas, juntada de 
documentos, e tantas mais que se façam necessárias para a prova do alegado. 
 
DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA 
 
Requer os benefícios da assistência judiciária gratuita, nos termos da Lei nº 1.060/50, art. 
98 do NCPC e artigo 5º, inciso LXXIV, da Constituição Federal, por ser a reclamada pobre 
na acepção jurídica do termo e não ter condições de arcar com custas e despesas 
processuais. 
 
CONCLUSÃO 
 
Pelo exposto e de tudo mais que dos autos consta, requer seja a presente Reclamação 
Trabalhista julgada improcedente, condenando-se a reclamante no pagamento das custas 
processuais, como forma da costumeira e indispensável... JUSTIÇA 
 
Nestes termos. 
Pede deferimento. 
 
Local e data. 
 
ADVOGADO 
OAB/UF 
 
 
 
 
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11. Contestação (Modelo 2) 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA ____ ª VARA DO TRABALHO DA 
COMARCA DE ______________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Autos nº ________ 
 
 
 
________________, pessoa jurídica de direito privado, com sede na Rua ________ nº 
____, na Comarca de _________, devidamente inscrita no CGC/MF sob o nº ____, vem 
por suas advogadas ao final firmadas, (Instrumento Procuratório incluso), com sede na 
Rua _____________, nº ________, na Comarca de ________________, onde recebem 
intimações, notificações, respeitosamente a presença de Vossa Excelência, face à RT 
contra si proposta por __________, já qualificado, apresentar sua 
 
CONTESTAÇÃO 
 
pelas razões de fato e de direito que passa a aduzir: 
 
Primeiramente a Reclamada quer impugnar todos os documentos que estão acostados à 
inicial e que não preencham as formalidades ditadas pelo artigo 830 da CLT. Outrossim, 
se contrapõe a tudo quanto consta da maliciosa, insegura e confusa Inicial, pois não 
condiz com o que realmente aconteceu. Na verdade, e isto é preciso que o Reclamante 
reconheça, os fatos ocorreram conforme a seguir e serão contestados item por item na 
exata sequência em que foram arrolados. 
 
 
I - DEFESA INDIRETA 
AUSÊNCIA DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO - CHAPA 
CARÊNCIA DE AÇÃO 
 
O Reclamante alega que laborou para a Reclamada na função de descarregador de 
caminhão e na forma do art. 3º da CLT, razão pela qual pleiteia declaração de vínculo 
empregatício, anotação na CTPS, pagamento de aviso prévio, gratificações natalinas, 
férias + 1/3 constitucional, horas extras + adicional + reflexos, FGTS + multa de 40%, 
seguro-desemprego, multa do art. 477 da CLT e honorários advocatícios. 
 
O Autor falta com a verdade. Jamais foi empregado da Reclamada, mas sim e sempre, 
CHAPA, prestando serviços como trabalhador autônomo que sempre foi. 
 
Contrário ao que forçosamente quer nos fazer crer o Autor, ausentes os requisitos do 
 
 
 
 
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artigo 3º da CLT. 
 
Entre o Reclamante e a Reclamada jamais aconteceu qualquer relação jurídica de 
emprego, face à inexistência de continuidade e subordinação. 
 
Diligenciando a respeito do autor, a Reclamada, foi informada de que o mesmo, eventual, 
ocasional e esporadicamente era utilizado para o carregamento dos caminhões das 
mercadorias de seu depósito. 
 
A Reclamada possui o seu quadro próprio de empregados registrados, para o mister a 
que o Autor foi, em raras vezes, chamado, ocasiões estas em que havia excesso de 
trabalho. 
 
Sobre o caso em tela, a r. decisão do E. TRT, da 1ª Região: 
 
"Não é empregado quem presta serviço quando há excedente de trabalho." Ac. (Unânime) 
TRT 1ª Reg., 1ª T. (RO 4545/90) Rel. Juiz José Maria da Cunha, "Boletim de Jurisp.", 
março/abril 92, p. 29. 
 
E ainda: 
 
"Relação de emprego. Chapa. Inexiste vínculo empregatício quando caracterizada a 
atividade de chapa, trabalhando os autores na carga e descarga de veículos, somente 
quando existiam estes serviços, sem obrigação de comparecimento ou de permanecer à 
disposição da empresa." (TRT - 12ª Reg. - RO-V-006205/93 - 2ª JCJ de Tubarão - Ac. 3ª 
T. - 007193/95 - unân. - Rel.: Juíza Ângela M. Almeida Ribeiro - Rectes: João Ferreira e 
outro - Recdo.: Nelci Chaves Zanichelli - Advs.: Carlota Feuerschuette Silveira e outro; 
Alexandre D'Alessandro Filho e outro - Fonte: DJSC, 28.09.95, pág. 45). 
 
Como exposto acima, em raras ocasiões o Autor efetuou trabalho de descarregamento de 
caminhão para a Reclamada, inexistindo, portanto, um dos requisitos essenciais à relação 
de emprego, qual seja, a não eventualidade. 
 
Quanto à alegada subordinação sofrida pelo Autor, resta totalmente impugnada, visto que 
completamenteinverídica ao seu pedido. Na realidade, como será provado por ocasião da 
instrução processual, o Reclamante sempre foi o "responsável" (líder) de um grupo de 3 
pessoas, as quais, face a localização da Reclamada, região de várias transportadoras e 
saída da cidade, a qual sempre atraiu a presença de vários "chapas, oferecendo seus 
serviços a quem desejasse, especialmente na carga e descarga de mercadorias, em 
atividade promíscua, prestada a vários tomadores em um mesmo dia, conforme sua 
vontade e conveniência financeira. 
 
Sobre o caso em tela a jurisprudência abaixo: 
 
"Chapa. Inexistência da relação empregatícia. Eventual o trabalhador denominado 
'chapa', que presta serviços de carga e de descarga de caminhões para mais de uma 
empresa, sem fixação jurídica nem subordinação, elemento nuclear da relação de 
emprego, que não pode ser meramente presumida. (TRT - 3ª Reg. - RO-15112/94 - 10ª 
JCJ de Belo Horizonte - Ac. 1ª T. - maioria - Rel.: Antonio Fernando Guimarães - Fonte: 
DJMG II, 27.01.95, pág. 26). 
 
O Autor e as pessoas escolhidas e comandadas por ele, como já dito acima, em algumas 
 
 
 
 
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poucas ocasiões (excesso de trabalho, quando os empregados da Reclamada não 
conseguiam dar cabo ao trabalho) prestaram serviços para a Reclamada, mais sempre 
sem qualquer subordinação, estando os demais chapas subordinados ao Autor que era 
quem acertava o valor do serviço com a empresa, recebia em nome de todos, pelo 
serviço realizado e depois, pagava pessoalmente seus camaradas. As RPAs juntadas pelo 
Autor só vem confirmar o acima descrito pois, o valor ali consignado, por óbvio não é o 
relativo a um mês de trabalho na função de chapa, quanto menos a um dia, sendo por 
conseguinte, a prova de que o Autor contratava outras pessoa, as quais sob sua direção, 
prestavam serviços a inúmeras empresas, tendo os respectivos salários pagos pelo 
próprio Autor. 
 
Pelo exposto, inexistente na relação de trabalho havida com o Autor qualquer indício de 
subordinação, exclusividade e, até mesmo, salário, pois como dito acima, a remuneração 
paga ao Autor e seus "camaradas" era mutuamente combinada. 
 
Inexistente qualquer um dos requisitos elencados no art. 3º celetário não há que se falar 
em vínculo empregatício. 
 
Neste sentido: 
 
"Relação de emprego. Para que se verifique a relação empregatícia faz-se necessária a 
reunião dos três requisitos ínsitos no art. 3º da CLT (serviço de natureza permanente, 
subordinado e salário). A ausência de qualquer um desses torna evidente a possibilidade 
de reconhecimento de vínculo empregatício entre as partes." Ac. TRT, 10ª Reg., 1ª T. (RO 
1567/91), Rel. (designado) Juiz Franklin de Oliveira, DJU 21/10/92, p. 3367. "(Dicionário 
de Decisões Trabalhistas, B. C. Bonfim e Silvério dos Santos, 24ª edição, ET. p. 649, 
verbete 4539)" 
 
"Ex positis", pela ausência de vínculo de emprego, cabem rejeitados todos os pedidos 
formulados na exordial. 
 
Em homenagem ao princípio da eventualidade, contesta, a Reclamada, um a um, todos 
os pedidos do Autor. 
 
 
DEFESA DIRETA 
 
I - DO ALEGADO CONTRATO DE TRABALHO 
 
A - DATA DE ADMISSÃO E DEMISSÃO 
 
O Reclamante falta com a verdade, quando alega que foi admitido em.../.../... para exercer 
a função de descarregador de caminhão e, que foi demitido em.../.../... 
 
Como já afirmado acima, o Autor nunca foi admitido pela Reclamada. A empresa, nas 
poucas ocasiões em que necessitou do serviço de chapas, contratou o Autor e seus 
colegas, comandados pelo primeiro, para prestação de serviço específico. Os mesmos 
residiam na localidade e, quando viam algum container no pátio da Reclamada se 
aproximavam do portão e ofereciam seus serviços ou, em outras oportunidades, quando 
necessitasse do serviço de chapas, um representante da empresa se dirigia até um bar 
(ponto dos chapas), onde permanecem todos os chapas a espera de algum serviço e, lá 
contratava o Autor e sua equipe para descarregamento do(s) container. 
 
 
 
 
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As ocasiões em que o Autor prestou serviços para a Reclamada estão abaixo descritas e 
se comprovam pelas RPAs ora juntadas: 
 
a).../.../... - refere-se a descarga de 05 containers - de 40 pés e 01 de 20 pés; 
 
b).../.../... - refere-se a descarga de 05 containers 40 pés e 01 de 20 pés; 
 
c).../.../... - refere-se a descarga de 02 containers 40 pés; 
 
d).../.../... - refere-se a descarga de 03 containers 40 pés e 01 de 20 pés; 
 
e).../.../... - refere-se a descarga de 02 containers 40 pés e 01 de 20 pés; 
 
f).../.../... - refere-se a descarga de 02 containers 40 pés; 
 
g).../.../... - refere-se a descarga de 04 containers 40 pés; 
 
h).../.../... - refere-se a descarga de 04 containers 40 pés; 
 
i).../.../... - refere-se a descarga de 04 containers 40 pés e empilhamento de 480 caixas de 
fósforo; 
 
j).../.../... - refere-se a descarga de 01 containers 40 pés; 
 
k).../.../... - refere-se a descarga de 03 containers 40 pés; e 
 
l).../.../... - descarga de containers 40 pés. 
 
Pelo exposto, conclui-se que durante o período alegado pelo Autor, como de trabalho para 
a Reclamada, o mesmo trabalhou somente em 14 oportunidades, totalmente esporádicas, 
sem qualquer relação de continuidade e, juntamente com seus "camaradas" realizou o 
trabalho sem qualquer subordinação, da forma como sempre fez na função de "chapa" 
autônomo, com a maior agilidade possível para poder efetuar novos trabalhos a outras 
empresas. 
 
 
B - DA SUBORDINAÇÃO 
 
A visão moderna do instituto se consubstancia na obra de Paulo Emílio de Vilhena, onde a 
subordinação é conceituada "como a participação integrativa da atividade do trabalhador 
na atividade do credor do trabalho". Tal conceituação se explica numa visão dinâmica do 
vínculo subordinante que mantém o trabalhador junto à empresa, como um dos 
componentes do seu giro total em movimento, compondo todo o processo produtivista ou 
de fornecimento de bens. Desse encontro de energias e, em especial, da certeza e da 
garantia de que tal encontro venha a ocorrer permanentemente, através da atividade 
vinculada surge a noção de trabalho subordinado. 
 
Como descrito no item anterior, o Autor nunca teve qualquer expectatividade em relação a 
compor o processo produtivista da Reclamada, pois nos mais de 02 anos alegados pelo 
Autor como de trabalho para a Reclamada, trabalhou somente em 14 oportunidades. 
Inexistente subordinação, não há que se falar em vínculo de emprego. 
 
 
 
 
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Confirmando a tese acima esposada a jurisprudência abaixo do E. TRT, 10ª Reg.: 
 
"Relação de emprego. Autônomo. Não constitui relação de emprego a atividade de 
pessoa física visando prestação de serviços específicos, cujo resultado decorra de seu 
empenho profissional, equidistante e sem total controle subordinativo por parte do 
contratante. Tal atuação pressupõe autonomia, apesar da não-eventualidade, 
essencialidade, onerosidade e pessoalidade, elementos ínsitos na prestação de serviços 
autônomos ou como empregado. Apenas a subordinação, ou seja, a inserção da pessoa 
nos mecanismos dirigidos de produção da empresa, representa meio seguro para 
constatação do vínculo. Esta inexiste se há liberdade na execução dos serviços." (TRT- 
10ª Reg. - RO-5616/94 - 6ª JCJ de Brasília - Ac. 1ª T.-2895/95 - Rel.: Juíza Terezinha 
Célia Kineipp Oliveira - j. em 17.10.95 - Fonte: DJU III, 03.11.95, pág. 16.299). 
 
 
C - DA REMUNERAÇÃO 
 
O Autor mais uma vez falta com a verdade, agindo com inegável má-fé, quando sustenta 
que a média do seu salário mensal era de R$.... (....) com fundamento nas RPAs que 
junta. 
 
Como já retro afirmado,o Reclamante prestava serviço com mais três colegas. O valor 
ajustado entre o Autor (representante dos outros três colegas) e a Reclamada para 
descarregamento de containers era de R$.... (....) para o container com 40 pés e, de R$.... 
(....) para o container com 20 pés. 
 
O item de letra "A", acima descrito, demonstra todas as vezes em que o Autor e seus 
camaradas prestaram serviço de descarregamento de containers. Pois bem, a título de 
exemplo, verifica-se que no dia.... ocorreu o descarregamento de.... containers, sendo 
que.... com.... pés e.... com.... pés. Pelo trabalho o Autor e seus colegas receberam o 
valor total de R$.... (....) conforme documento em anexo, RPA datada de...., emitida em 
nome do Autor, líder do grupo, que rateava o valor com os outros três chapas, donde se 
concluiu que o mesmo recebeu por este descarregamento a importância de R$.... (....) e 
assim ocorreu nos demais meses. 
 
Ora Excelência, é óbvio que nenhuma empresa paga a importância de R$.... (....) mensais 
para alguém que desempenhe a função do Reclamante, como o mesmo pretende fazer 
crer nas razões da inicial. 
 
Pelo exposto, se conclui que o Autor não recebia remuneração, mas sim pagamento pelos 
serviços prestados eventualmente. Caso não seja este o entendimento de Vossa 
Excelência, o que se admite somente em prol do argumento, requer seja feita uma média, 
de acordo com as RPAs em anexo, cujos respectivos valores deverão ser divididos por 
quatro para então se obter o valor efetivamente recebido pelo Autor nos seis meses 
anteriores, o que dará uma média de R$.... (....), nunca o valor apontado na exordial. 
 
 
II - DO REGISTRO NA CTPS 
 
Conforme já descrito acima, descabe o reconhecimento de vínculo empregatício, visto 
que sempre desenvolveu a função de chapa, sendo totalmente eventual a atividade. 
 
 
 
 
 
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Inverídico, ademais, o período apontado na exordial. Conforme as RPAs em anexo, o 
Autor prestou serviços na Ré, tão somente por quatorze oportunidades, durante quase.... 
anos, conforme já mencionado, sem qualquer regularidade, prestando serviços há várias 
outras empresas no mesmo período, sem qualquer exclusividade para com a Reclamada. 
 
Isto posto, resta totalmente improcedente pleito de nº 04 letra "a" da exordial. 
 
 
III - VERBAS RESCISÓRIAS, FÉRIAS, GRATIFICAÇÃO NATALINA E FGTS (8 e 40%) 
 
Ausente liame empregatício, improcede pedido de férias e gratificação de natal. Além 
disto, ocasional o trabalho, sem a continuidade capaz de autorizar a aquisição desses 
direitos. 
 
Indevido, ainda, aviso prévio, natalinas e férias proporcionais, mais FGTS e multa ao 
tempo da "rescisão" e só porque a ré não demitiu o Autor. Esse último, como próprio da 
relação mantida, não mais compareceu à Reclamada em busca de serviços esporádicos, 
simplesmente auferiu, como de hábito, salário dia em última data da prestação de serviço, 
e buscou a Reclamada somente agora e por esta via. 
 
Em reconhecida eventual relação de emprego, fatal a caracterização de ruptura contratual 
por justo motivo, por abandono de emprego, o que a toda evidência lhe retira qualquer 
direito em buscar aviso prévio, férias com mais terço constitucional, gratificação de natal e 
FGTS mais 40%. 
 
 
IV - DOBRA DO ARTIGO CELETÁRIO 
 
Conforme exposto, a Reclamada contesta todos os pedidos pleiteados na exordial, 
existindo dúvidas acerca da legitimidade do pedido articulado pelo Autor. Vê-se que há 
polêmica, discussão, enfim, controvérsia. Logo as razões apresentadas são suficientes 
para configurar pela improcedência do pleiteado. 
 
Existente controvérsia, inaplicável a dobra salarial, previsto no artigo 467 da CLT. 
 
Ademais, cumpre ressaltar que a dobra salarial de que trata o artigo 467, da CLT, só é 
aplicável aos salários em sentido restrito. Além de que o pedido da parcela não é líquido e 
certo, logo inaplicável a dobra do artigo 467, da CLT. 
 
Aliás, nesse sentido é que tem decidido nosso tribunal, in verbis: 
 
"A dobra salarial prevista no artigo 467, da CLT, refere-se unicamente a salários 'strictu 
senso', nela não se compreendendo o aviso prévio, 13º salários e férias, ou mesmo horas 
extras. A aplicação do dispositivo legal pressupõe ainda, a natureza incontroversa da 
verba salarial. Qualquer controvérsia razoável, afasta a dobra salarial." (TRT-PR-RO 
3670/89 - Ac. 3ª T. 5402/90, Rel. Juiz Euclides Alcides Rocha). Em face da controvérsia 
estabelecida, descabe a aplicação da dobra. Rejeite-se "in totum". 
 
 
V - MULTA DO ART. 477 CELETÁRIO 
 
Descabe o pedido de multa por atraso no pagamento de verbas rescisórias, seja pela 
 
 
 
 
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espécie de relação de fato mantida, seja pelo abandono de emprego caracterizada e até a 
ausência de atraso para pagamento de qualquer verba rescisória. 
 
Neste sentido, a r. decisão do E. TRT 9ª Região: 
 
"CLT. Verbas rescisórias. Atraso. Multa. Art. 477. Controvertido o vínculo empregatício, 
ainda que posteriormente judicialmente reconhecido como tal, descabe a condenação à 
multa do art. 477 da CLT porque inexigível a carga de verbas rescisórias do trabalhador 
reclamante anteriormente ao decreto judicial que assim deferiu a natureza da prestação 
de serviços." (TRT - 9ª Reg. - RO-04495/95 - 1ª JCJ de Foz do Iguaçu - Ac. 4ª T. - 
08278/96 - maioria - Rel.: Juiz Roberto Dala Barba - Recte: Cooperativa Agropecuária 
Três Fronteiras Ltda. - Recdo: Dirceu Silveira de Souza - Advs.: Pedro Antonio Coelho de 
Souza Furlan e Marcos Apollini Neumann - Fonte: DJPR, 26.04.96, pág. 279). 
 
 
VI - DO HORÁRIO DE TRABALHO 
 
Como acima descrito, ausente labor contínuo, habitual, pelo Autor na Reclamada. Ausente 
mesmo, o mais mínimo controle de jornada, sem qualquer fixação de horário a cumprir. 
Entretanto, jamais laborou nos dias e horários consignados na exordial. 
 
Eventualmente, quando prestou serviços para a Reclamada, sempre o fez durante a 
jornada normal de trabalho dos empregados da empresa, qual seja, das.... horas às.... 
horas, de segunda a sexta-feira, com uma hora e meia de intervalo e aos sábados das.... 
horas às.... horas, mesmo porque, a Reclamada não permitiria que uma pessoa estranha 
ao seu quadro pessoal permanecesse nas suas dependências após o expediente normal. 
 
"Ex positis" ausente jornada suplementar além de oito horas dia, restam indevidos 
pedidos de letras "d" e "e" da exordial. 
 
 
VII – SEGURO-DESEMPREGO 
 
Indevida a pretensão descrita no item de letra "I" da exordial, por absoluta falta de 
respaldo legal. Além disso, a Justiça do Trabalho é incompetente para processar e julgar a 
matéria, eis que de ordem previdenciária. 
 
Demais disto, a ruptura contratual tal como alegada no item de nº III (das verbas 
rescisórias) não confere ao Autor direito à percepção de seguro-desemprego. Em prol do 
eventual, cabe alegar que o recebimento do benefício está sujeito a cumprimentos de 
requisitos administrativos não comprovados pelo Autor, como por exemplo, estar 
desempregado, ter trabalhado mais que seis meses para a Reclamada, o que de fato, 
como já mencionado acima, não ocorreu. 
 
Sobre o caso em tela, a jurisprudência abaixo: 
 
"Tendo sido judicial a declaração do vínculo empregatício, não há se falar em indenização 
de seguro desemprego." (TRT - 3ª Reg. - RO-11188/95 - JCJ de Curvelo - Ac. 3ª T. - 
maioria - Rel.: Sergio Aroeira Braga - Fonte: DJMG II, 23.01.96, pág. 11). 
 
Pelo exposto improcede pleito de letra "I" da exordial. 
 
 
 
 
 
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VIII - JUSTIÇA GRATUITA 
 
O Reclamante requer o benefício da justiça gratuita, mas em nenhuma oportunidade 
prova não ter condiçõesde arcar com as custas do processo, conforme lhe incumbia nos 
exatos termos da legislação vigente: 
 
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS 
 
Incabíveis vez que a presente RT não se enquadra a Lei nº 5.584/70. 
 
Incabíveis ainda, de acordo com o Enunciado de nº 2191, do C. TST, mormente ante a 
edição do Enunciado de nº 329, do C. TST, e da suspensão, em caráter cautelar do art. 
1º, da Lei nº 8.906/94, pelo Excelso STF, na ADIN de nº 1.127-8. 
 
Neste sentido temos que: 
 
"Honorários Advocatícios. Cabimento. Os honorários advocatícios somente são devidos 
no processo do trabalho quando o trabalhador seja beneficiário de assistência judiciário 
sindical nos termos da Lei nº 5.584/70 (art. 14), e no percentual fixado no Enunciado nº 
219/TST, por quanto o próprio Supremo Tribunal Federal deixou certo na ADIN resultante 
da Lei nº 8.906/94, que resta preservado o 'jus postulandi' na justiça do Trabalho." (TRT, 
9ª Reg., RO-10922/94 - 1ª JCJ de Maringá - Ac. 3ª T. 14349/95 - maioria - Rel. Juiz 
Euclides Alcides Rocha - DJPR - suplemento -, 09.03.95, pág. 40). 
 
DA MÁ-FÉ DO LITIGANTE 
 
Preceitua o artigo 1.531 do Código Civil: 
 
"Aquele que demandar por dívida já paga, no todo ou em parte, sem ressaltar as quantias 
recebidas, ou pedir mais do que for devido, ficará obrigado a pagar ao devedor, no 
primeiro caso, o dobro do que houver cobrado e, no segundo, o equivalente do que dele 
exigir, salvo se, por lhe estar prescrito, decair da ação." 
 
Alega o Autor, inúmeras inverdades, algumas devidamente comprovadas nos autos e 
outras que se provarão na fase oportuna. 
 
 
1
 Súmula Nº 219 do TST. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. CABIMENTO (alterada a redação do item I e 
acrescidos os itens IV a VI em decorrência do CPC de 2015) - Res. 204/2016, DEJT divulgado em 17, 18 e 
21.03.2016. I - Na Justiça do Trabalho, a condenação ao pagamento de honorários advocatícios não 
decorre pura e simplesmente da sucumbência, devendo a parte, concomitantemente: a) estar assistida por 
sindicato da categoria profissional; b) comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do salário mínimo 
ou encontrar-se em situação econômica que não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio sustento ou 
da respectiva família. (art.14,§1º, da Lei nº 5.584/1970). (ex-OJ nº 305da SBDI-I). II - É cabível a 
condenação ao pagamento de honorários advocatícios em ação rescisória no processo trabalhista. III – São 
devidos os honorários advocatícios nas causas em que o ente sindical figure como substituto processual e 
nas lides que não derivem da relação de emprego. IV – Na ação rescisória e nas lides que não derivem de 
relação de emprego, a responsabilidade pelo pagamento dos honorários advocatícios da sucumbência 
submete-se à disciplina do Código de Processo Civil (arts. 85, 86, 87 e 90). V – Em caso de assistência 
judiciária sindical, revogado o art. 11 da Lei nº 1060/50 (CPC de 2015, art. 1072, inc. III), os honorários 
advocatícios assistenciais são devidos entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre o valor 
da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado 
da causa (CPC de 2015, art. 85, § 2º). VI - Nas causas em que a Fazenda Pública for parte, aplicar-se-ão os 
percentuais específicos de honorários advocatícios contemplados no Código de Processo Civil. 
 
 
 
 
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Conforme a documentação inclusa a Reclamada prova que o Reclamante vem faltando 
com a verdade dos fatos. Atualmente, é comum muitos ex-empregados irem a Justiça 
reclamar valores que já receberam do desligamento da empresa. Através da 
documentação anexa, comprova-se que o pedido do Autor é descabido, coercitivo e de 
má-fé. Isso não deixa de ser extorsão. 
 
Esse tipo de conduta não honra a dignidade do Poder Judiciário e expõe a Justiça sobre 
larga margem de erro, mormente quando se considera o que pode suceder em situações 
análogas envolvendo empresas consideradas a revelia. Não se pode dar ensanchas para 
atitudes assim reprováveis, deturpando o regular exercício do direito de ação e opondo-
lhes a trapaça, o oportunismo de se arriscar no processo para pleitear o que não tem 
direito, o que já foi pago, o que a lei não contempla, e o mais das vezes, de maneira tão 
sorrateira e maliciosa, que só lembra a má-fé. 
 
Tem o Autor a ciência do mal, certeza do engano, e, mesmo assim pleiteou pedido 
inexistente em contravenção aos preceitos legais. 
 
Diante do acima exposto, requer-se que o Reclamante seja declarado como incurso nos 
artigos 1.531 do Código Civil, artigos 80 e 81 do Código de Processo Civil e condenado 
ao pagamento a Reclamada, do equivalente ao preceituado nos supra artigos, com juros 
e correção monetária legal, bem como demais despesas efetuadas. Tal encargo por 
constituir responsabilidade por ato ilícito, não se afastam com suposta alegação de 
pobreza e declarações sacadas de ocasião. 
 
E para corroborar a posição da ora contestante e fulminar de vez as postulações, vejamos 
o seguinte julgado, o qual serve como uma luva no caso em tela: 
 
"EMENTA: ARTIGO 1.531 DO CÓDIGO CIVIL. APLICABILIDADE NA JUSTIÇA DO 
TRABALHO. É aplicável nesta Justiça Especializada o art. 1.531 do CC, por força do 
disposto no art. 8º, parágrafo único, da CLT: aplicação subsidiária do direito comum ao 
direito do trabalho. Não se diga que, com isso, há incompatibilidade com os princípios 
fundamentais que norteiam o direito trabalhista, posto que a proteção do hipossuficiente, 
o maior dos princípios deste ramo jurídico, só existe enquanto existir a relação de 
emprego. No momento que esta se desfaz e que o ex-empregado ingressa em juízo, ele 
se equipara, processualmente, a parte passiva, ainda que estejam em discussão direitos 
relativos ao contrato de trabalho. Isto porque, a solução do litígio, meritoriamente, e que 
se dará em face dos preceitos protetivos ao empregado, relativamente ao tempo em que 
detinha esta qualidade, aí, sim, se aplicando os princípios fundamentais do trabalho." 
(TRT - PR - RO - 4289/91, Ac. 1ª T. 3907/92 - Rel.: Juiz Tobias de Macedo Filho). 
 
COMPENSAÇÃO: 
 
"Ad cautelam", advindo condenação ao pagamento de quaisquer das verbas pleiteadas, o 
que se admite apenas por argumentar, requer-se a compensação de todos os valores 
comprovadamente pagos a qualquer título, durante o período laborativo conforme o artigo 
767 da CLT. 
 
JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA 
 
Em caso de eventual condenação, o que se admite apenas como argumento, os juros e 
correção monetária devem seguir os ditames da Legislação pertinentes em vigor. 
 
 
 
 
 
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RECOLHIMENTOS FISCAIS E PREVIDENCIÁRIOS 
 
Em caso de eventual condenação deve a sentença discriminar as verbas sob as quais 
incidem contribuição previdenciária, nos termos do art. 43 da Lei nº 8.212/91 alterada pela 
Lei nº 8.620/93. 
 
Ainda, no total da condenação deve ser abatido o valor correspondente à parcela do 
empregado para a Previdência Social, pois constitui obrigação do empregado tal 
recolhimento. 
 
Ora, havendo obrigação legal do recolhimento por parte do empregado, não se justifica 
que a empresa deva arcar sozinha com as contribuições, devendo ser deduzida do total 
do crédito do Autor o valor da parte que lhe cabe para a Previdência Social. 
 
O mesmo ocorre com o Imposto de Renda, que é encargo do Reclamante, devendo o 
valor correspondente, ser deduzido do total de seus créditos e recolhido aos cofres 
públicos, segundo orientação do Provimento nº 01/93 da Corregedoria Geral da Justiça 
que estabelece em seus artigos 1º e 2º. 
 
Assim, na oportunidade do pagamento, se a ação não for julgada improcedente, deve ser 
abatido o valor do

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