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06) AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C.C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA.

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE CONCÓRDIA/SC
Processo nº xxxxxxxxxx
TRANSPORTES CAPPELLESSO LTDA, autuação completa, por seu advogado infra-assinado, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, a fim de propor a presente 
AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA 
em face de TIM CELULAR S/A, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ nº. 23.445.676/9998-00, autuação completa, pelos fatos e fundamentos que passa a expor:
 DOS FATOS
	A Requerente ao tempo dos fatos, possuía com a empresa Tim Celular S/A plano empresarial de telefonia com 14(Quatorze) linhas telefônicas disponíveis, com o valor mensal para estas de R$ 1.400,00 (um mil e quatrocentos reais), e para a surpresa da Requerente, a partir do mês de fevereiro de 2015 esta constatou que as faturas passaram a um valor exorbitante e em desacordo com o pactuado anteriormente.
	No mês de fevereiro o valor cobrado foi de R$ 3.522,74 (três mil quinhentos e vinte e dois reais e setenta e quatro centavos), já a fatura do mês de março, o valor cobrado foi de R$ 3.490,53 (três mil quatrocentos e noventa reais e cinquenta e três centavos). 
	Em abril o valor foi de R$ 2.782,27 (dois mil setecentos e oitenta e dois reais e vinte e sete centavos) e assim sucessivamente.
	Notadamente que a fatura do mês de março corresponde a 28(vinte e oito) linhas telefônicas, sendo que a Requerente afirma veemente jamais ter contratado e/ou utilizado outras linhas além das 14(catorze) pactuadas no plano empresarial de telefonia com a empresa Tim Celular S/A.
	Por este motivo, a Requerente entrou em contato com a Requerida para esclarecer o motivo das cobranças acima do valor pactuado, efetuando inclusive um parcelamento das contas, por não possuir condições para o pagamento das mesmas.
	No dia 10/04/2015 através do protocolo 2015189625197 a Requerente fez reclamações do sinal, devido a dificuldade em utilizar os serviços, bem como de pagar os valores onerosos que lhe foram cobrados, e também solicitou a informação com a atendente concernente a existência de fidelidade contratual, a qual informou-lhe que não havia qualquer fidelidade e que seu contrato poderia ser encerrado a qualquer momento.
	Diante disso, em virtude da persistência na onerosidade das cobranças e na falta de sinal por diversas vezes, no mês de Maio de 2015, a Requerente efetuou a portabilidade das 14(catorze) linhas telefônicas para outra empresa.
	 Entretanto, para sua surpresa, no mês de Junho de 2015 a Requerente recebeu uma fatura no valor de R$ 9.080,44 ( nove mil e oitenta reais e quarenta e quatro centavos) correspondente a multa rescisória pelas linhas em que foi efetuada a portabilidade.
	Em razão disso, a Requerente efetuou uma reclamação junto a ANATEL através do protocolo 464798798765 em 18/06/2015, por sua vez a Requerida efetuou um recálculo da multa através do protocolo 2015326985365, continuando a enviar cobranças nos meses subsequentes, alagando serem de linhas contratadas pela Requerente, mas que estariam supostamente suspensas. 
	A Requerente efetuou uma nova reclamação junto a ANATEL no dia 11/09/2015 através do protocolo 40800000011010, bem como efetuando o cancelamento das linhas que estavam suspensas através do protocolo 31000891009100105, a Requerida mesmo com a reclamação, continuou a enviar os boletos referentes as faturas que consideravam estar em aberto todas com vencimento em 20/092015.
	A Requerente concorda parcialmente com a existência de débitos mas não com sua integralidade, pois os valores que estão sendo cobrados são exorbitantes, e por sua vez fez nova reclamação, não obtendo êxito pois a requerida confirmou os débitos. 
	Diante dos acontecimentos a Requerente encontra-se incluída no Rol de inadimplentes do SPC/SERASA em virtude da inscrição efetuada pela requerida.
DA APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA CONSUMIDOR
	No caso em apreço é indiscutível a aplicação do CDC, sendo a parte autora parte hipossuficiente no que se refere à técnica do tipo de serviço prestado pela ré.
	Apesar de o CDC ser favorável aos consumidores, em face da outorga da hipossuficiência técnica e econômica, o que se percebe do caso é que todas as provas estão nos autos, restando apenas a este nobre julgador analisá-las, determinar o procedimento de praxe e dar total procedência à ação.
	Assim, considerando os fatos e provas existentes nos autos, requer-se a aplicação do Código de Defesa do Consumidor ao presente caso, mais precisamente dos Arts. 2º, 3º, 6º IV V, 14º, dentre outros.
 Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.
                Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
      Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
       IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços;
        V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas;
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
Ainda conforme vastamente comentado aplica-se o Código de Defesa do Consumidor e exalta-se um direito básico do consumidor, exposto no artigo 6º VIII, concernente a inversão do ônus da prova.
VIII – a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências.
Neste sentido, requer-se pela aplicação do CDC e consequente inversão do ônus da prova. 
INEXISTÊNCIA DO DÉBITO
	Relativamente a esse título, a Requerente insurge-se contra o ato praticado pela Requerida no sentido de que a mesma disponibilizou serviços sem a anuência ou aceitação desta, conforme os documentos juntados aos autos, resultando em cobrança indevida pela Requerida, em afronta ao direito do consumidor.
	Em face da inexistência do contrato referente as linhas telefônicas excedentes ora disponibilizadas de do débito presume-se a cobrança indevida dos valores devendo, portanto ser declarados nulos e inexistente por Vossa Excelência.
DA RESPONSABILIDADE CIVIL E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS
 
	Em decorrência deste incidente a Requerente encontra-se em situação constrangedora, face à indevida inscrição de seu nome no cadastro de inadimplentes refletindo negativamente em sua seara comercial, sendo suficiente a ensejar danos morais, pelo fato de que foi aludida uma relação contratual abstrata auferida pela Requerida dando origem a este incidente de proporção considerável.
	A Requerida atualmente está agindo com manifesta negligência e fica evidente o descaso com a Requerente e sua conduta, causou danos à imagem e a honra da mesma, pois, seu nome permanece indevidamente no rol de inadimplentes.
	Dessa forma, o dano moral se caracteriza pela afetação da reputação no meio social e moral atribuídas a Requerente e encontra amparo legal na Carta Magna em seu artigo 5º, inciso V e X, com cunho de preceito fundamental assegurando o direito de indenização à vítima.
“Art. 5º 
V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem.
X –são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito de indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.”.
	Neste contexto, a jurisprudência é imparcial no sentido de que uma vez caracterizado o dano, deve ser indenizado, independentemente de comprovação do prejuízo.
Conforme decisão já proferida pelo Tribunal de Justiça:
 “Caracterizada a ilicitude no procedimento, nasce para o réu a responsabilidade de indenizar” (ACV n. 39.892, de Blumenau, rel. Des. Wilson Guarany).
	
	Dessa forma, fica evidente que a empresa Requerida, ao cometer imprudente ato, afrontou confessada e conscientemente o texto constitucional transcrito acima, em razão da cobrança indevida por serviços e produtos não contratados, devendo, por isso, ser condenada à respectiva indenização pelo dano moral sofrido pela Requerente.
	Desta forma, não tendo providenciado a retirada do nome da autora dos cadastros dos serviços de proteção ao crédito, não pode a empresa Requerida se eximir da responsabilidade pela reparação do dano causado, pelo qual responde.
	Sobre o tema, assim já decidiram os egrégios Tribunais de Justiça:
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS TELEFONIA - AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE CUMULADA COM INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS LANÇAMENTO DO NOME DA AUTORA NO CADASTRO DOS DEVEDORES DANO MORAL PRESUMÍVEL EXISTÊNCIA DE CULPA DA RÉ INDENIZAÇÃO DEVIDA E BEM DOSADA MONOCRATICAMENTE INCIDÊNCIA DE CORREÇÃO MONETÁRIA A PARTIR DO ARBITRAMENTO DA INDENIZAÇÃO (SÚMULA 362 DO STJ) E DOS JUROS MORATÓRIOS DESDE A CITAÇÃO (ARTIGO 405, DO CÓDIGO CIVIL) SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA. Recurso parcialmente provido. (TJ-SP - APL: 00103564920098260322 SP 0010356-49.2009.8.26.0322, Relator: Cristina Zucchi, Data de Julgamento: 01/07/2013, 34ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 06/07/2013)
	Assim, também, por exemplo:
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS TELEFÔNICOS AÇÃO DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C. C. INDENIZATÓRIA POR DANOS MORAIS LANÇAMENTO DO NOME DO AUTOR NO CADASTRO DOS DEVEDORES DANO MORAL PRESUMÍVEL EXISTÊNCIA DE CULPA DA RÉ INDENIZAÇÃO DEVIDA FIXAÇÃO DA INDENIZAÇÃO EM R$ 3.000,00 NÃO ATINGE O CARATER PEDAGÓGICO DA MEDIDA PRETENSÃO DE MAJORAÇÃO DA INDENIZAÇÃO FIXAÇÃO EM R$ 8.000,00 QUE SE MOSTRA COMPATÍVEL E RAZOÁVEL SENTENÇA REFORMADA PARCIALMENTE. Apelação da ré desprovida. Apelação do autor provida. (TJ-SP - APL: 00021413220098260695 SP 0002141-32.2009.8.26.0695, Relator: Cristina Zucchi, Data de Julgamento: 01/07/2013, 34ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 06/07/2013)
	Quanto a responsabilidade presumida da ré:
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS TELEFONIA - AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXIGIBILIDADE DE DÉBITO CUMULADA COM INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS LANÇAMENTO DO NOME DO AUTOR NO CADASTRO DOS DEVEDORES DANO MORAL PRESUMÍVEL EXISTÊNCIA DE CULPA DA RÉ INDENIZAÇÃO DEVIDA E BEM DOSADA MONOCRATICAMENTE SENTENÇA MANTIDA. Apelação improvida. (TJ-SP - APL: 01878680620098260100 SP 0187868-06.2009.8.26.0100, Relator: Cristina Zucchi, Data de Julgamento: 01/07/2013, 34ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 06/07/2013)
	
	Por fim, comprovado o nexo de causalidade entre a conduta da Ré e os danos que são presumíveis, requer-se a condenação da Requerida ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 2,000.00 (dois mil reais), a fim de reparar o Requerente e desestimular práticas semelhantes, conforme preconizam as leis.
5 . DA TUTELA DE URGÊNCIA 
	
	Como mencionado, a inexistência dos débitos, concernentes aos serviços não pactuados no plano empresarial de telefonia cobrada pela Requerida, compreendidos as 14(catorze) linhas telefônicas excedentes disponibilizadas pela mesma, as quais não condizem com o termo do contrato pactuado, bem como, a imediata exclusão de seu nome juntos aos órgãos competentes, é o que se busca com a presente ação.
	Destaca-se que a Requerente nunca sequer solicitou os serviços a mais ora pretendidos pela Requerida correspondentes as 28 (vinte e oito) linhas telefônicas, sendo a origem da dívida inscrita no cadastro de inadimplentes SPC/SERASA, fato que por si só representa lesão concreta e imediata.
	Neste âmbito, por estarem preenchidos os requisitos para a concessão da tutela de urgência com base no artigo 303 CPC, consoante os requisitos estabelecidos no Código de Processo Civil, vem requerer a Vossa Excelência a sua concessão, por ser legítimo direito.
DOS PEDIDOS
Diante de todo o exposto, requer:
A) A citação da Ré VIA AR, no endereço citado no preâmbulo desta petição, para, querendo, conteste os termos da presente ação, sob pena de confissão e revelia, sendo, ao final, proferida sentença julgando totalmente procedente o pedido da Requerente, para o fim de declarar a inexistência do debito que está sendo cobrado indevidamente, tornando definitiva a decisão liminar;
B) Antecipação da tutela de urgência prevista no artigo 303 do CPC, determinando que a Requerida se abstenha de cobrar os valores indevidos, bem como proceda a imediata exclusão do nome da Requerente do cadastro de inadimplentes, sob pena de multa diária a ser estabelecida por Vossa Excelência;
C) A condenação da ré na indenização por danos morais no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais).
D) Deferir a produção de todos os meios de provas em direito admitidas, notadamente a documental inclusa, testemunhal cujo rol apresentará oportunamente, depoimento pessoal do representante legal da Requerida, sob pena de confesso, além de outras que se fizerem necessárias, com a Inversão do Ônus da Prova;
E) A garantia do benefício da inversão do ônus da prova, pelo que reza o inciso VIII, do artigo 6º do CDC;
f) A condenação da Ré, ao pagamento das custas processuais, honorários advocatícios e demais cominações de estilo.
Dá-se à causa o valor mais danos morais de R$ 6.200,00 (seis mil e duzentos reais).
Termos em que,
Pede deferimento.
Concórdia, 03 de maio de 2017.
 
.
 Jone Moraes Filipe V. Pellizzaro
 OAB/60.000 OAB/59.000

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