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INTEGRAIS INDEFINIDAS: De�nição: Dada uma função f de�nida no intervalo I ⊂ R, Dizemos que a função F é uma primitiva de f em I se, e somente se, F ′(x) = f(x), ∀x ∈ I. Exemplos: 1. Se f(x) = 2x temos que F (x) = x2 é primitiva de f em I = R. Pois: [ x2 ]′ = 2x. 2. Se f(x) = cos(x) temos que F (x) = sen (x) é primitiva de f em I = R. Pois: [ sen (x) ]′ = cos(x). 3. Se f(x) = 1 x temos que F (x) = ln(x) é primitiva de f em I =] 0 , +∞ [. Pois: [ ln(x) ]′ = 1 x . 4. Se f(x) = 1 x temos que F (x) = ln(x) + 3 é primitiva de f em I =] 0 , +∞ [. Pois: [ ln(x) + 3 ]′ = 1 x . 5. Se f(x) = 1 x temos que F (x) = ln(x) +K, ( om K uma onstante) é primitiva de f em I =] 0 , +∞ [. Pois: [ ln(x) +K ]′ = 1 x . 6. Se f(x) = 1 x temos que F (x) = − ln(−x) +K, ( om K uma onstante) é primitiva de f em I =]−∞ , 0 [. Pois: [− ln(−x) +K ]′ = 1−x ( − x )′ = 1−x ( − 1 ) = 1 x . Teorema: Dada uma função f de�nida no intervalo I ⊂ R, Se F e G são primitivas de f em I então, existe uma onstante K tal que F (x) = G(x) +K, ∀k ∈ I. Exemplo: Seja f(x) = 1 x , temos que F (x) = ln(x) e G(x) = ln(2x) são primitivas de f em I =] 0 , +∞ [. Pois: [ ln(x) ]′ = 1 x e [ ln(2x) ]′ = 1 2x (2x)′ = 1 2x (2) = 1 x . Pelo teorema anterior, existe uma onstante K tal que F (x) = G(x) +K, ∀x ∈ I =] 0 , +∞ [. Ou seja, existe uma onstante K tal que ln(x) = ln(2x) +K, ∀x ∈ I =] 0 , +∞ [. Observando que, ln(a b) = ln(a) + ln(b) a, b ∈ I =] 0 , +∞ [, temos: ln(2x) = ln(2) + ln(x)⇒ F (x) = ln(x) = ln(2x)− ln(2) = G(x) +K, K = − ln(2). Assim, omo F (x) = ln(x) e G(x) = ln(2x) são primitivas de f(x) = 1 x existe uma onstante (no aso K = − ln(2) tal que F (x) = G(x) +K. Exatamente omo a�rma o teorema! 1 O exemplo a ima é apenas uma uriosidade. Em geral não estamos interessados em en ontrar a onstante que diferen ia duas primitivas. Em geral estamos interessados em en ontar o onjunto de todas as primitivas de uma função em um dado intervalo. Isto nos leva a próxima de�nição. De�nição: O onjunto de todas as primitivas de uma dada função f (na variável x) é hamada integral inde�nida de f . A integral de f na variável x é denotada por: ∫ f(x) dx. Onde • ∫ é o símbolo de integral. • A função f é o integrando da integral. • x é a variável de integração. Como duas primitivas diferem por uma onstante, quando al ulamos uma integral inde�nida, es olhemos uma primitiva em parti ular e somamos uma onstante. Exemplos: 1. Podemos es rever:∫ 1 x dx = ln(x) +K ou ∫ 1 x dx = ln(2x) +K ou ∫ 1 x dx = ln(x) + 3 +K Mas, em geral, por simpli idade, es revemos: ∫ 1 x dx = ln(x) +K 2. Podemos es rever: ∫ et dt = et +K 3. Podemos es rever: ∫ senu du = − osu+K A notação para integral pode pare er estranha! Mas, quando apresentarmos a integral de�nida e sua relação om áreas de �guras planas os símbolos ∫ ("que é um S esti ado") e o dx � arão mais intuitivos. Agora, vamos apresentar algumas propriedades. Assim omo a operação derivação a operação integração tem algumas propriedades, mas CUIDADO, as integrais tem pou as propriedades! Propriedades das Integrais: Sejam f e g funções tais que ∫ f(x) dx = F (x) + C1 e ∫ g(x) dx = G(x) + C1 no intervalo I, e seja k uma onstante, temos: 1. ∫ [ f(x) + g(x) ] dx = ∫ f(x) dx + ∫ g(x) dx , em I. A integral da soma é a soma das integrais. 2. ∫ [ f(x) − g(x) ] dx = ∫ f(x) dx− ∫ g(x) dx , em I. A integral da subtração é a subtração das integrais. 2 3. ∫ [ k f(x) ] dx = k ∫ f(x) dx , em I. A integral de um número vezes uma função é o número vezes a integral da função. CUIDADO não temos propriedades (análogas a estas) para o produto ou a divisão de funções! Exemplos: 1. ∫ ( 1 x + 1 ) dx = ∫ ( 1 x ) dx+ ∫ (1) dx = lnx+ x+ C 2. ∫ ( 2 cosx+ 5 7x − 3ex ) dx = 2 ∫ (cosx) + 5 7 ∫ ( 1 x ) dx− 3 ∫ (ex) dx = 2 senx+ 5 7 lnx− 3ex + C Em geral, es revemos a integral sem os parenteses, ou seja, onsideramos que o integrando é tudo que está entre o símbolo ∫ e o símbolo dx. Assim, es revemos ∫ x2 − cosx+ 1 3x dx, no lugar de ∫ ( x2 − cosx + 1 3x ) dx Agora, omo para derivadas, vamos onstruir uma tabela de integrais. Começaremos om ada linha da nossa tabela de derivadas gerando uma linha de nossa tabela de integrais. Como f(x) = k⇒ f ′(x) = 0, temos: ∫ 0 dx = C . Como f(x) = x⇒ f ′(x) = 1, temos: ∫ 1 dx = x+ C . Vamos deixar esta linha de nossa tabela mais interessante:∫ k dx = k ∫ 1 dx = k ( x+ C ) = kx+ kC, hamando kC de C˜, temos: ∫ k dx = kx+ C˜ Como f(x) = xk ⇒ f ′(x) = k xk−1, temos: ∫ k xk−1 dx = xk + C. Mas, esta linha de nossa tabela de integrais está feia! Vamos usar as propriedades de integrais para melhorar.∫ k xk−1 dx = xk + C ⇒ k ∫ xk−1 dx = xk + C ⇒ ∫ xk−1 dx = 1 k ( xk + C )⇒ ∫ xk−1 dx = 1 k xk + C k ⇒ Chamando C k = C˜, e k de r temos: ⇒ ∫ xr−1 dx = 1 r xr + C˜, Agora, para linha da nossa tabela � ar ainda mais interessante, vamos fazer r − 1 = k ⇒ r = k + 1, ⇒ ∫ xk dx = 1 k + 1 xk+1 + C˜ . Como f(x) = senx⇒ f ′(x) = cosx, temos: ∫ cosx dx = senx+ C . Como f(x) = cosx⇒ f ′(x) = −senx, temos: ∫ (− senx) dx = cosx+ C ⇒ − ∫ senx dx = cosx+ C ⇒ ∫ senx dx = − cosx− C ⇒, hamando −C de C˜, temos: ∫ senx dx = − cosx+ C˜ . Como f(x) = ex ⇒ f ′(x) = ex, temos: ∫ ex dx = ex + C . Como f(x) = lnx⇒ f ′(x) = 1 x , temos: ∫ 1 x dx = lnx+ C . 3 Já temos uma tabela de integrais interessante, mas omo integrar é mais difí il que derivar (isto � ará bem laro nas próximas aulas), vamos abusar de nossos onhe imentos de derivadas e fazer uma tabela de integrais mais ompleta! Como f(x) = ax ⇒ f ′(x) = ax ln a, temos: ∫ ax dx = ax ln a + C . Como f(x) = tgx⇒ f ′(x) = sec2 x, temos: ∫ sec2x dx = tgx+ C . Como f(x) = otgx⇒ f ′(x) = − osse 2x, temos: ∫ osse 2x dx = − otgx+ C . Como f(x) = se x⇒ f ′(x) = secx tgx, temos: ∫ secx tgx dx = se x+ C . Como f(x) = osse x⇒ f ′(x) = − osse x otgx, temos: ∫ osse x otgx dx = − osse x+ C . Como f(x) = ar senx⇒ f ′(x) = 1√ 1− x2 , temos: ∫ 1√ 1− x2 dx = ar senx+ C = sen −1x+ C . Como f(x) = ar osx⇒ f ′(x) = − 1√ 1− x2 , temos: ∫ − 1√ 1− x2 dx = ar osx+ C = os −1x+ C. Então, omo ∫ − 1√ 1− x2 = − ∫ 1√ 1− x2 , ou seja, [−ar senx] ′ = [−ar osx]′ = − 1√ 1− x2 podemos on luir que existe uma onstante C tal que [ ar senx ]− [ ar osx ] = C. Como sen (x) = os (90o − x), ou seja, sen (x) = os ( pi 2 − x ) C = pi 2 é esta onstante. 1 Como f(x) = ar tgx⇒ f ′(x) = 1 x2 + 1 , temos: ∫ 1 x2 + 1 dx = ar tgx+ C = tg−1x+ C . Como f(x) = ar se x⇒ f ′(x) = 1 x √ 1− x2 , temos: ∫ 1 x √ 1− x2 dx = ar se x+ C = se −1x+ C . Pronto (ou quase), já temos uma bela tabela de integrais! Na prova será forne ida uma tabela de integrais ainda mais ompleta. Para hegar a tabela da prova só falta estudar as funções hiperbóli as, mas vamos deixar isto para outra aula! Vamos agora rees rever nossa tabela, nossas três propriedades (já apresentadas) das integrais e fazer vários exemplos e exer í ios para �xar as propriedades e a própria tabela de integrais. Observamos que é indiferente es rever C, C˜, ou K na tabela, pois é uma onstante. Na nossa tabela abaixo, optamos por usar C. Vamos à tabela: 1 De qualquer forma não pre isamos olo ar os dois (∫ 1 √ 1− x2 = ar sen x e ∫ − 1 √ 1− x2 = aros x ) na tabela, basta um deles. 4 Tabela de Integrais: 1. ∫ 0 dx = C. 2. ∫ 1 dx = x+ C. 3. ∫ k dx = kx+ C. 4. ∫ xn dx = xn+1 n+ 1 + C. 5. ∫ senx dx = − cosx+ C. 6. ∫ cosx dx = senx+ C. 7. ∫ ex dx = ex + C. 8. ∫ 1 x dx = lnx+ C. 9. ∫ ax dx = ax ln a + C. 10. ∫ se 2 x dx = tgx+ C. 11. ∫ osse 2 x dx = − otgx+ C. 12. ∫ se x tgx dx = se x+ C. 13. ∫ osse x otgx dx = − osse x+ C. 14. ∫ 1√ 1− x2 dx = ar senx+ C = sen −1x+ C. 15. ∫ 1 x2 + 1 dx = ar tgx+ C = tg−1x+ C. 16. ∫ 1 x √ 1− x2 dx = ar se x+ C = se −1x+ C. Nesta tabela: C, k, n, a são onstante reais, om n 6= −1, a > 0 e a 6= 1. Observe que mesmo om esta tabela de integrais em um erto sentido grande, ainda não sabemos integrar funções bem elementares tais omo f(x) = (2x+ 5)10 ou f(x) = lnx, ou seja, ∫ (2x+ 5)10 =?, ∫ lnx dx =? Para a primeira integral usaremos uma té ni a de integração hamada de substituição e para a segunda uma té ni a de integração hamada integração por partes. Como vo ê pode presumir ainda vai ter muita integral! 5 Exer í ios (Integrais Imediatas): 1. Cal ular as integrais: (a) ∫ x √ x dx (b) ∫ s2 + √ s s3 ds ( ) ∫ x3 + 1 x dx (d) ∫ 3u5 − 2u3 − 7u2 + 8 du (e) ∫ 1 x2 + 1 dx (f) ∫ x dt (g) ∫ 2x+ t dt (h) ∫ 1√ 1− x2 dx (i) ∫ se 2 x dx (j) ∫ tg 2 x dx (k) ∫ 3 dx (l) ∫ √ x dx (m) ∫ x−4 dx (n) ∫ 3 x5 dx (o) ∫ 3 x + 1 x2 dx (p) ∫ −8x2 + 3 x dx (q) ∫ 7ex + 4 dx (r) ∫ 6 senx− 2 cosx dx (s) ∫ sen 2 x+ cos2 x dx 6 Respostas dos Exer í ios (Integrais Imediatas): 1. Cal ular as integrais: (a) ∫ x √ x dx = 2 x 5 2 5 + C = 2 x √ x 5 + C (b) ∫ s2 + √ s s3 ds = ln s+ 2 3 s− 3 2 + C = ln s− 2 3 s √ s + C ( ) ∫ x3 + 1 x dx = x3 3 + lnx+ C (d) ∫ 3u5 − 2u3 − 7u2 + 8 du = u 6 2 − u 4 2 − 7u 3 3 + 8u+ C (e) ∫ 1 x2 + 1 dx = ar tgx+ C = tg−1x+ C (f) ∫ x dt = x ∫ dt = x ∫ 1dt = xt+ C (g) ∫ 2x+ t dt = ∫ 2x dt+ ∫ t dt = 2x ∫ dt+ ∫ t dt = 2xt+ t2 2 + C (h) ∫ 1√ 1− x2 dx = ar senx+ C = sen −1 x+ C (i) ∫ se 2 x dx = tgx+ C (j) ∫ tg 2 x dx =∗ ∫ se 2 x− 1 dx = ∫ se 2 x dx− ∫ 1 dx = tgx− x+ C (k) ∫ 3 dx = 3x+ C (l) ∫ √ x dx = 2 3 x 3 2 + C = 2 3 x √ x+ C (m) ∫ x−4 dx = − x −3 3 + C (n) ∫ 3 x5 dx = ∫ 3x−5 dx = 3 x−4 −4 + C = − 3 4x4 + C (o) ∫ 3 x + 1 x2 dx = ∫ 3 x + x−2 dx = 3 lnx+ x−1 −1 + C = 3 lnx− 1 x + C (p) ∫ −8x2 + 3 x dx = −8 3 x3 + 3 lnx+ C (q) ∫ 7ex + 4 dx = 7 ex + 4x+ C (r) ∫ 6 senx− 2 cosx dx = −6 cosx− 2 senx+ C (s) ∫ sen 2 x+ cos2 x dx = ∫ 1 dx = x+ C 7
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