Prévia do material em texto
1 Prof. Estefânio Gama – Ética e Filosofia EXERCÍCIOS – ÉTICA E FILOSOFIA 1. (UFMT 2015 – Detran) As normas morais e as normas jurídicas são estabelecidas pelos membros da sociedade, e ambas se destinam a regulamentar as relações nesse grupo de pessoas. Há, então, vários aspectos comuns entre as normas morais e jurídicas. (COTRIM, G. Fundamentos da filosofia: história e grandes temas. São Paulo: Saraiva, 2013.) Sobre os aspectos comuns entre as normas morais e as normas jurídicas, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. ( ) Ambas apresentam caráter histórico. ( ) Ambas se apoiam em valores culturais. ( ) Ambas contam com a coerção legal do Estado. ( ) Ambas visam à convivência entre as pessoas. Assinale a sequência correta. (A) V, V, F, V (B) F, V, F, V (C) F, F, V, F (D) V, F, V, F 2. (UFMT 2015 – Detran) Sobre como a ética pode ser compreendida, considere: I - Reflexão sobre as ações e as práticas relacionadas com a vida em sociedade. II - Reflexão sobre a determinação natural sem a ação humana em comunidade. III - Reflexão sobre a conduta social de cada pessoa. Está correto o que se afirma em (A) II e III, apenas. (B) I, II e III. (C) I e II, apenas. (D) I e III, apenas. 3. Em meados do século IV a.C., Alexandre Magno assumiu o trono da Macedônia e iniciou uma série de conquistas e, a partir daí, construiu um vasto império que incluía, entre outros territórios, a Grécia. Essa dominação só teve fim com o desenvolvimento de outro império, o romano. Esse período ficou conhecido como helenístico e representou uma transformação radical na cultura grega. Nessa época, um pensador nascido em Élis, chamado Pirro, defendia os fundamentos do ceticismo. Ele fundou uma escola filosófica que pregava a ideia de que: a) seria impossível conhecer a verdade. b) seria inadmissível permanecer na mera opinião. c) os princípios morais devem ser inferidos da natureza. d) os princípios morais devem basear-se na busca pelo prazer. 4. (UEMA- adaptada) “Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da natureza”. Essa máxima kantiana afirma que: a) a universalidade da conduta ética é aquilo que todo e qualquer ser humano racional deve fazer como se fosse uma lei inquestionável e válida para todo o tempo e lugar. b) a dignidade dos seres humanos como pessoas é, portanto, a exigência de que sejam tratadas como fim da ação e jamais como meio. c) o agir moral se funda exclusivamente na subjetividade. d) o motivo moral da vontade má é agir por dever. e) a ação por dever é uma lei amoral para o agente. 5. (UFMT 2015 - Detran) A ética aplicada é um ramo contemporâneo da filosofia que nos coloca diante do desafio de deliberar sobre problemas práticos que exigem a justificação racional. Esse novo tipo de reflexão ligada à ação surgiu a partir de acontecimentos inéditos que marcaram o século XX: as duas guerras mundiais e os totalitarismos trouxeram o espectro do uso de armas de destruição em massa, de massacres e genocídios; desde a década de 1960 grandes questões estimularam as discussões sobre a extensão de direitos civis e minorias excluídas da sociedade, bem como presenciaram-se reivindicações de uma nova ética sexual. A esse novo estado de coisas veio juntar-se o risco de manipulação genética, decorrente dos avanços da biologia. Outros problemas, como a degradação ambiental, a pobreza, a injustiça social e a exploração do trabalho, também estimularam o debate público entre conservadores e radicais. (ARANHA, M. L. de A., MARTINS, M. H. P. Filosofando: introdução à filosofia. São Paulo: Moderna, 2013.) Sobre a ética aplicada, analise as afirmativas. I - A bioética é um campo da ética aplicada. II - A ética ambiental é um campo da ética aplicada. III - A ética da degradação é um campo da ética aplicada. Está correto o que se afirma em (A) I e III, apenas. (B) II e III, apenas. (C) I e II, apenas. (D) I, II e III. EXERCÍCIOS - FILOSOFIA POLITICA 6. “Em Atenas [...] o povo exercia o poder, diretamente, na praça pública [...]. Todos os homens adultos podiam tomar parte nas decisões. Hoje elegemos quem decidirá por nós. A democracia antiga é vista, geralmente, como superior à moderna. Mas a democracia moderna não é uma degradação da antiga: ela traz uma novidade importante – os direitos humanos. A questão crucial dos direitos humanos é limitar o poder do governante. Eles protegem os governados dos caprichos e desmandos de quem está em cima, no poder.” JANINE, Renato. A democracia, São Paulo, Publifolha, 2001, p. 8-10, texto adaptado. A superioridade da democracia antiga com relação à moderna pode ser atribuída ao (à) a) poder dado aos homens mais velhos, dotados de virtude e sabedoria, para decidirem sobre os destinos da cidade. b) condução, de forma justa, da vida em sociedade e garantia do direito de todos os habitantes da cidade de participarem das assembleias. c) poder dado aos homens que se destacaram como os mais corajosos nas guerras e aos mais capazes nas ciências e nas artes, para estes tomarem as decisões nas assembleias realizadas em praça pública. d) fato de o povo eleger seus representantes políticos para tomar decisões sobre os destinos da cidade e definir os seus direitos, em praça pública, de modo a evitar atitudes arbitrárias e injustas dos governantes. e) participação direta dos cidadãos nas decisões de interesse do todo no âmbito do espaço público. 7. Nesse tipo de democracia o povo participa diretamente, propondo, aprovando ou autorizando a elaboração de uma lei ou a tomada de uma decisão relevante pelo Estado. A atuação do povo não é exclusiva, pois age em conjunto com os 2 representantes eleitos, que vão discutir, elaborar ou aprovar a lei. O texto faz referências a: a) Democracia Direta. b) Democracia Representativa. c) Democracia Semidireta. d) Democracia Moderna. e) Democracia Pura. 08. Em relação à Formação dos Estados Nacionais Modernos, é correto afirmar. a) Os Estados se formam sob bases democráticas e não sob as absolutistas. b) O poder descentralizado foi uma das marcas da Instituição Estado Nacional Moderno. c) O absolutismo e o poder centralizado no monarca foram as bases iniciais para a formação do Estado Nacional Moderno. d) A forte mobilidade social fez com que os burgueses produzissem a Instituição do Estado Nacional Moderno. e) Os burgueses controlavam o exército e cobravam impostos do povo para as cortes. 09. (UFMT 2015 - Detran) Montesquieu (1689 – 1755), na obra O espírito das Leis, afirma: “Quando os poderes legislativo e executivo ficam reunidos numa mesma pessoa ou instituição do Estado, a liberdade desaparece [...] Não haveria também liberdade se o poder judiciário se unisse ao executivo, o juiz poderia ter a força de um opressor. E tudo estaria perdido se uma mesma pessoa ou instituição do Estado exercesse os três poderes: o de fazer leis, o de ordenar a sua execução e o de julgar os conflitos entre os cidadãos.”. A partir dessas informações sobre a filosofia política de Montesquieu e a divisão que propõe do poder, é correto afirmar: (A) O poder judiciário aplica as leis; o poder legislativo cria e aprova as leis; o poder executivo executa normatizações e deliberações referentes à administração do Estado. (B) O poder judiciário tem força para administrar o executivo; o poder executivo tem força para conduzir o judiciário; o poder legislativo tem força para tutelar o judiciário. (C) O poder legislativo aplica as leis; o poder executivo gerencia as normatizações e deliberações relacionadas à administraçãodo Estado; o poder judiciário aprova as leis. (D) O poder executivo cria as leis; o poder judiciário sanciona as leis; o poder legislativo efetiva as leis na administração do Estado. 10. (UFSM 2013) Sem leis e sem Estado, você poderia fazer o que quisesse. Os outros também poderiam fazer com você o que quisessem. Esse é o “estado de natureza” descrito por Thomas Hobbes, que, vivendo durante as guerras civis britânicas (1640-60), aprendeu em primeira mão como esse cenário poderia ser assustador. Sem uma autoridade soberana não pode haver nenhuma segurança, nenhuma paz. Fonte: LAW, Stephen. Guia Ilustrado Zahar: Filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 2008. Considere as afirmações: I. A argumentação hobbesiana em favor de uma autoridade soberana, instituída por um pacto, representa inequivocamente a defesa de um regime político monarquista. II. Dois dos grandes teóricos sobre o estado de natureza”, Hobbes e Rousseau, partilham a convicção de que o afeto predominante nesse “estado” é o medo. III. Um traço comum da filosofia política moderna é a idealização de um pacto que estabeleceria a passagem do estado de natureza para o estado de sociedade. Está(ão) correta(s) a) apenas I. b) apenas II. c) apenas III. d) apenas I e II. e) apenas II e III. 11. (UERJ 2015) “Meu romance, 1984, foi concebido como uma mostra das perversões que regimes políticos já realizaram parcialmente ou podem realizar.” George Orwell. O romance 1984, de George Orwell, publicado em 1948, apresenta um mundo de impérios em conflito e uma sociedade em que todos são observados pelo poder central − o Big Brother. No contexto internacional da época dessa publicação, o escritor britânico direcionou uma crítica ao seguinte sistema: a) socialismo b) capitalismo c) anarquismo d) totalitarismo 12. (UFMT 2015–Tribunal de Justiça) Sobre as características dos regimes totalitários, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. ( ) Abuso da autoridade e repressão no exercício do poder. ( ) Monopolização das mídias de comunicação de massa. ( ) Valorização da pluralidade e fortalecimento político das minorias. ( ) Culto ao líder e à nação. Assinale a sequência correta. (A) V, V, F, V (B) F, V, F, V (C) F, F, V, F (D) V, F, V, F EXERCÍCIOS EXTRAS 01- Sobre a moral, são verdadeiras as seguintes afirmações: ( ) Ela corresponde ao conjunto de normas socialmente aceitas, segundo os valores de uma cultura, e que determinam a conduta dos seus membros; ( ) Ela constitui um objeto de estudo e reflexão para a Filosofia; ( ) Na mesma sociedade, somente alguns devem obedecer as normas morais; ( ) A moral pode variar muito de uma cultura para a outra; ( ) O desrespeito às normas morais é severamente punido pelas autoridades; ( ) Uma norma moral jamais poderá assumir um caráter jurídico; 3 02 – Considerando o significado de Ética, são verdadeiras as seguintes afirmações: ( ) sua origem é o termo grego éthos, que significa hábito, uso ou costume; ( ) ela corresponde à área da Filosofia que se ocupa da reflexão sobre a moral, as condutas humanas e os valores que as fundamentam; ( ) o termo pode ser utilizado sem restrições como sinônimo de norma moral e de norma jurídica; ( ) popularmente, esse termo designa a conduta desejável de profissionais, políticos e cidadãos no exercício de suas funções na sociedade; ( ) ela corresponde sempre a uma opinião negativa sobre as normas morais e jurídicas de uma cultura; 3- O brasileiro tem noção clara dos comportamentos éticos e morais adequados, mas vive sob o espectro da corrupção, revela pesquisa. Se o país fosse resultado dos padrões morais que as pessoas dizem aprovar, pareceria mais com a Escandinávia do que com Bruzundanga (corrompida nação fictícia de Lima Barreto). FRAGA, P. Ninguém é inocente. Folha de S. Paulo, 4 out. 2009 (adaptado). O distanciamento entre “reconhecer” e “cumprir” efetivamente o que é moral constitui uma ambiguidade inerente ao humano, porque as normas morais são A) decorrentes da vontade divina e, por esse motivo, utópicas. B) parâmetros idealizados, cujo cumprimento é destituído de obrigação. C) amplas e vão além da capacidade de o indivíduo conseguir cumpri-las integralmente. D) criadas pelo homem, que concede a si mesmo a lei à qual deve se submeter. E) cumpridas por aqueles que se dedicam inteiramente a observar as normas jurídicas. 4. (UFMT 2015 – Detran) A moral é solitária (ela só vale na primeira pessoa); toda política é coletiva. É por isso que a moral não poderia fazer as vezes de política, do mesmo modo que a política não poderia fazer as vezes de moral: precisamos das duas, e da diferença entre as duas! Uma eleição, salvo excepcionalmente, não opõe bons e maus, mas opõe campos, grupos sociais ou ideológicos, partidos, alianças, interesses, opiniões, prioridades, opções, programas... Que a moral também tenha uma palavra a dizer é bom lembrar (há votos moralmente condenáveis). Mas isso não nos poderia fazer esquecer que ela não faz as vezes nem de projeto nem de estratégia. O que a moral propõe contra o desemprego, contra a guerra, contra a barbárie? Ela nos diz que é preciso combatê-los, claro, mas não como temos maiores oportunidades de derrotá-los. Ora, politicamente, é o como que importa. (COMTE-SPONVILLE, A. Apresentação da filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2002.) A partir do texto acima, analise as afirmativas. I - Moral e política constituem diferentes campos de ação do ser humano. II - Existem aspectos morais na política. III - Política e moral são idênticas. Está correto o que se afirma em (A) I e II, apenas. (B) II e III, apenas. (C) I e III, apenas. (D) I, II e III. 5. A sabedoria de Sócrates, filósofo ateniense que viveu no século V a.C., encontra o seu ponto de partida na afirmação “sei que nada sei”, registrada na obra Apologia de Sócrates. A frase foi uma resposta aos que afirmavam que ele era o mais sábio dos homens. Após interrogar artesãos, políticos e poetas, Sócrates chegou à conclusão de que ele se diferenciava dos demais por reconhecer a sua própria ignorância. O “sei que nada sei” é um ponto de partida para a Filosofia, pois (A) aquele que se reconhece como ignorante torna-se mais sábio por querer adquirir conhecimentos. (B) é um exercício de humildade diante da cultura dos sábios do passado, uma vez que a função da Filosofia era reproduzir os ensinamentos dos filósofos gregos. (C) a dúvida é uma condição para o aprendizado e a Filosofia é o saber que estabelece verdades dogmáticas a partir de métodos rigorosos. (D) é uma forma de declarar ignorância e permanecer distante dos problemas concretos, preocupando-se apenas com causas abstratas. 6. (UEL 2015) As leis morais juntamente com seus princípios não só se distinguem essencialmente, em todo o conhecimento prático, de tudo o mais onde haja um elemento empírico qualquer, mas toda a Filosofia moral repousa inteiramente sobre a sua parte pura e, aplicada ao homem, não toma emprestado o mínimo que seja ao conhecimento do mesmo. KANT, I. Fundamentação da Metafísica dos Costumes. Trad. de Guido A. de Almeida. São Paulo: Discurso Editorial, 2009. p.73. Com base no texto e na questão da liberdade e autonomia em Immanuel Kant, assinale a alternativa correta. a) A fonte das ações morais pode ser encontrada através da análise psicológica da consciência moral, na qual se pesquisa mais o que o homem é, do que o que ele deveria ser. b) O elemento determinante do caráter moral de uma ação está na inclinação da qual se origina, sendo as inclinações serenasmoralmente mais perfeitas do que as passionais. c) O sentimento é o elemento determinante para a ação moral, e a razão, por sua vez, somente pode dar uma direção à presente inclinação, na medida em que fornece o meio para alcançar o que é desejado. d) O ponto de partida dos juízos morais encontra-se nos “propulsores” humanos naturais, os quais se direcionam ao bem próprio e ao bem do outro. e) O princípio supremo da moralidade deve assentar-se na razão prática pura, e as leis morais devem ser independentes de qualquer condição subjetiva da natureza humana. 7. (UFSM 2015) A necessidade de conviver em grupo fez o homem desenvolver estratégias adaptativas diversas. Darwin, num estudo sobre a evolução e as emoções, mostrou que o reconhecimento de emoções primárias, como raiva e medo, teve um papel central na sobrevivência. Estudos antigos e recentes têm mostrado que a moralidade ou comportamento moral está associado a outros tipos de emoções, como a vergonha, a culpa, a compaixão e a empatia. Há, no entanto, teorias éticas que afirmam que as ações boas devem ser motivadas exclusivamente pelo dever e não por impulsos ou emoções. Essa teoria é a ética a) kantiana. b) das virtudes. c) utilitarista. d) contratualista. e) teológica. 8. (UFMT 2015 – Detran) A ética ambiental trata das relações do ser humano com a natureza, a fim de garantir sua sustentabilidade. Por sua vez, também se ocupa com as consequências nefastas dessa relação, como a poluição industrial e agrícola, o esgotamento de recursos naturais, agressões que provocam o desequilíbrio do ecossistema [...] e colocam em risco o destino do planeta. Também entra na discussão sobre ecologia e má distribuição de renda, que 4 obriga grande parcela da população mundial a viver em estado de fome e de miséria. (ARANHA, M. L. de A., MARTINS, M. H. P. Filosofando: introdução à filosofia. São Paulo: Moderna, 2013.) Sobre a ética ambiental, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. ( ) Diz respeito exclusivamente às relações entre seres humanos. ( ) Discute problemas relacionados aos ecossistemas naturais e à ação humana. ( ) Participa de questões alusivas à poluição industrial e às consequências que ocasiona na natureza e no ser humano. ( ) Está envolvida com temas da educação ambiental. Assinale a sequência correta. (A) F, V, F, V (B) V, F, V, F (C) F, V, V, V (D) V, F, F, V 9. (UFMT 2015 – Detran) Pode-se considerar que os assuntos que dizem respeito à responsabilidade social das empresas com seus funcionários, com os consumidores de seus produtos e serviços, e com os órgãos do governo constituem o campo da ética aplicada relacionada à (A) ética impositiva. (B) ética utópica. (C) ética da repressão. (D) ética dos negócios. 10. A democracia ateniense antiga (dos séculos V e IV a. C.) possui algumas características que a torna diferente das democracias modernas, ainda que estas se inspirem nela para se constituírem. São características da democracia ateniense, referentes ao período acima relacionado, as seguintes assertivas: I. Na democracia ateniense, nem todos são cidadãos. Mulheres, criança, escravos e estrangeiros são excluídos da cidadania. II. É uma democracia representativa, como as modernas. Um cidadão? Mais sábio? É escolhido para representar o povo, garantindo, portanto, o poder de um sobre os outros. III. É uma democracia direta ou participativa, e não uma democracia representativa, como as modernas. Na democracia ateniense, os cidadãos participam diretamente das discussões e da tomada de decisões, pelo voto. IV. A democracia ateniense não exclui da política a ideia de competência: em política uns são mais sábios e competentes que outros (os cidadãos comuns), aqueles devendo exercer o poder sobres estes. Assinale a alternativa correta. a) As assertivas III e IV são corretas. b) As assertivas I e III são corretas. c) As assertivas I, II e IV são corretas. d) Apenas a assertiva I está correta. e) As assertivas II, III e IV estão corretas. 11. (UEN 2015) Hino da França – A Marselhesa (tradução) Avante, filhos da Pátria, O dia da Glória chegou. Contra nós, a tirania O estandarte encarnado se eleva! Ouvis nos campos rugirem Esses ferozes soldados? Vêm eles até nós Degolar nossos filhos, nossas mulheres. Às armas cidadãos! Formai vossos batalhões! Marchemos, marchemos Nossa terra do sangue impuro se saciará. O Hino da Revolução Francesa, que mais tarde se tornaria o Hino da França, reflete muito do espírito de luta e sede de mudança que se expandiu principalmente entre a) os clérigos e nobres, que procuravam manter os privilégios de que gozavam, principalmente em relação aos impostos. b) os burgueses que, em muitos casos, apesar de possuírem condições econômicas, não possuíam a participação política desejada. c) os camponeses, que pretendiam romper de vez com os laços escravistas que ainda ditavam as relações de trabalho na França. d) os representantes do proletariado em ascensão na França que, apesar de ter uma indústria incipiente, começava o processo de Revolução Industrial. 12. (UPF 2013) O movimento iluminista teve maior desenvolvimento na França. Entre os intelectuais que se destacaram naquele contexto estão Voltaire, Rousseau e o nobre Charles de Montesquieu, cuja obra de maior repercussão foi Do espírito das leis, publicação na qual defendia um fracionamento dos poderes, como se lê na seguinte passagem: “Não há liberdade se o poder Judiciário não está separado do Legislativo e do Executivo... Se o Judiciário se unisse com o Executivo, o juiz poderia ter a força de um opressor” (Charles de Montesquieu, Do espírito das leis, 1748). Sobre o pensamento e o constante nas obras de Montesquieu é correto afirmar que: a) os poderes Legislativo, Executivo e Federativo, independentes um do outro, são a melhor garantia contra a opressão dos governantes. b) cada governo deve ser eleito por sufrágio universal, válido para todos os que tiverem renda econômica igual ou superior a três salários mínimos. c) a infelicidade humana deriva de liberdade, pois essa leva à anarquia. d) o Legislativo, o Executivo e o Judiciário devem ser independentes e fiscalizar um ao outro, reciprocamente. 13. (INTERBITS 2012) Segundo Karl Marx, a sociedade capitalista conhece basicamente duas classes: a burguesia e o proletariado. Na abordagem marxista, como se dá a relação entre elas? a) As duas classes estão em harmonia. Ambas se complementam em um processo produtivo: os burgueses oferecem empregos, enquanto os proletários trabalham contribuindo para o progresso da civilização. b) Elas estão em constantes disputas políticas. Tais disputas aparecem, no Brasil, na polarização entre PT e PSDB, sendo o PT o partido dos trabalhadores (proletários) e o PSDB o partido dos empresários (burgueses). A alternância entre esses dois partidos no poder é o que definirá o modelo econômico da nação. c) Essas duas classes estão em luta. Enquanto os burgueses tentam exercer sua dominação sobre o proletariado, estes (o proletariado) procuram resistir e fugir dessa relação de opressão. d) As duas classes estão em relação de solidariedade orgânica. O capitalismo surge em uma sociedade moderna, marcada por uma complexa divisão do trabalho. Longe de produzir desagregações, essa complexidade favorece a coesão social devido à dependência mútua de todos os indivíduos. e) As classes sociais estão em processo de fusão. Devido à mundialização do capital, não haverá mais classes sociais. Todos serão híbridos de empreendedores e trabalhadores, em uma sociedade regulada pelo mercado. 14. (UFU) Porque as leis de natureza(como a justiça, a equidade, a modéstia, a piedade, ou, em resumo, fazer aos outros o que queremos que nos façam) por si mesmas, na ausência do temor de algum poder capaz de levá-las a ser 5 respeitadas, são contrárias a nossas paixões naturais, as quais nos fazem tender para a parcialidade, o orgulho, a vingança e coisas semelhantes. HOBBES, Thomas. Leviatã. Cap. XVII. Tradução de João Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Nova Cultural, 1988, p. 103. Em relação ao papel do Estado, Hobbes considera que: a) O seu poder deve ser parcial. O soberano que nasce com o advento do contrato social deve assiná-lo, para submeter-se aos compromissos ali firmados. b) A condição natural do homem é de guerra de todos contra todos. Resolver tal condição é possível apenas com um poder estatal pleno. c) Os homens são, por natureza, desiguais. Por isso, a criação do Estado deve servir como instrumento de realização da isonomia entre tais homens. d) A guerra de todos contra todos surge com o Estado repressor. O homem não deve se submeter de bom grado à violência estatal. 15. (PUCPR 2010) Na sua obra Vigiar e punir, o filósofo francês Michel Foucault analisa as novas faces de exercício do poder disciplinar e afirma: “Muitos processos disciplinares existiam há muito tempo: nos conventos, nos exércitos, nas oficinas também. Mas as disciplinas se tornaram no decorrer dos séculos XVII e XVIII fórmulas gerais de dominação. (...) O momento histórico das disciplinas e o momento em que nasce uma arte do corpo humano, que visa não unicamente ao aumento de suas habilidades, nem tampouco aprofundar sua sujeição, mas a formação de uma relação que no mesmo mecanismo o torna tanto mais obediente quanto é mais útil, e inversamente. Forma-se então uma política das coerções que são um trabalho sobre o corpo, uma manipulação calculada de seus elementos, de seus gestos, de seus comportamentos. O corpo humano entra numa maquinaria de poder que o esquadrinha, o desarticula e o recompõe. Uma "anatomia política", que é também igualmente uma "mecânica do poder", está nascendo; ela define como se pode ter domínio sobre o corpo dos outros, não simplesmente para que façam o que se quer, mas para que operem como se quer, com as técnicas, segundo a rapidez e a eficácia que se determina. A disciplina fabrica assim corpos submissos e exercitados, corpos "dóceis". (Vigiar e Punir, p. 118) Segundo essa passagem, seria correto afirmar que: I. O texto mostra como, a partir dos séculos XVII e XVIII o corpo foi descoberto como objeto e alvo de um novo poder e de novas formas de controle, pelas quais são superadas antigas formas de domínio e instaurado um novo modelo com o fim de tornar os corpos mais dóceis. II. O fim dessas práticas é tornar o corpo obediente e disciplinado através de um rigoroso exercício de controle sobre gestos e comportamentos. É assim que o corpo vira um novo objeto de poder. III. Segundo o autor, essa é a primeira vez na história que o corpo se tornara objeto de poder, já que essas práticas eram comuns tanto nos regimes escravocratas quanto nos monásticos. IV. Esses novos mecanismos de controle têm, segundo o autor, uma única motivação: o domínio do corpo para exploração econômica. 6 GABARITO 1- V V V F F 2- V V F V F 3- D 4- A 5- A 6- E 7- A 8- C 9- D 10- B 11- B 12- D 13- C 14- B 15- I e II corretos