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Cultura indígena

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1 
 
Cultura indígena: resistência ou submissão? 
 
José Aparecido 
 
Você também é um Guarani Kaiowá? 
Uma forte mobilização teve início em outubro de 2012 quando um grupo de guaranis kaiowás 
do Mato Grosso do Sul publicou um manifesto. Na carta, os índios denunciavam o risco de 
despejo de suas terras por ordem judicial: “Pedimos ao Governo e à Justiça Federal para não 
decretar a ordem de despejo/expulsão, mas decretar nossa morte coletiva e enterrar nós 
todos aqui”. Divulgado pelo Twitter e pelo Facebook, o documento gerou uma rede de 
solidariedade e de denúncia das violências enfrentadas por essa etnia. 
Milhares de brasileiros urbanos, jovens, estudantes, intelectuais e artistas utilizaram as redes 
sociais não apenas para potencializar seu protesto, mas também manter contato direto com as 
lideranças indígenas, sem precisar de nenhum tipo de mediação. A partir daí o governo, 
congresso e judiciário foram obrigados a colocar a questão na pauta, seguida pela forte 
repercussão da imprensa, com envio de jornalistas para a região. O movimento de adesão à 
causa guarani kaiowá nas redes sociais, denunciando um genocídio que não é recente nos 
chama a refletir sobre o significado, alcance e consequências do atual momento da consciência 
e responsabilidade da sociedade brasileira. Muitos viram no movimento um modismo, mas 
outros entenderam certa maturidade e participação da sociedade em repudiar uma cultura 
autoritária, negligente e genocida com as populações negras, pobres e indígenas em nossa 
história. E você, o que acha do movimento? 
 
Introdução 
Já são quase cinco séculos que os povos indígenas, sua identidade e cultura sofrem com 
negligência, desrespeito à sua cultura, identidade e memória, bem como a privação aos seus 
direitos a sua diversidade. Desde as crônicas históricas dos jesuítas nos séculos XVI ao XVIII, os 
índios, termo genérico utilizado de forma ampla para designar de maneira incorreta e 
preconceituosa a diversidade de povos e culturas que habitavam estas terras há vários séculos, 
passou a designar os nativos aqui encontrados pelos portugueses após terem “descoberto” 
estas terras. 
 
Os índios, chamados também de gentios, bárbaros, selvagens, negros da terra e outras 
expressões depreciativas, foram considerados ao longo do período colonial e imperial homens 
de intelecto atrasado e inferior, sem fé, sem rei e sem lei. Foram escravizados, perseguidos, 
raptados, massacrados, convertidos, tanto em seus hábitos, costumes, línguas e religiões. 
 
Hoje, no Brasil, vivem 817 mil índios, cerca de 0,4% da população brasileira, segundo dados do 
Censo 2010. Eles estão distribuídos entre 688 Terras Indígenas e algumas áreas urbanas. Há 
também 82 referências de grupos indígenas não-contatados, das quais 32 foram confirmadas. 
Existem ainda grupos que estão requerendo o reconhecimento de sua condição indígena junto 
ao órgão federal indigenista. Após o contato com os colonizadores, essa população veio 
diminuindo vertiginosamente. No período do Império e da República, muitos grupos tribais 
desapareceram e outros ainda se destribalizaram com tendências ao desaparecimento, em 
decorrência da perda parcial ou total da própria cultura. 
 
Um pouco de história – os primeiros contatos (século XVI) 
O impacto da conquista europeia sobre as populações nativas das Américas foi imenso e não 
há números precisos sobre a população existente à época da chegada dos europeus. Estima-se 
que a população indígena do território brasileiro em 1500 estava entre 1 e 10 milhões de 
2 
 
habitantes. Estima-se também cerca de 1.300 línguas diferentes eram faladas pelas muitas 
sociedades indígenas na época. 
 
Dezenas de milhares de pessoas morreram em consequência do contato direto e indireto com 
os europeus e as doenças por eles trazidas. Doenças como gripe, sarampo e coqueluche, e 
outras mais graves, como tuberculose e varíola, vitimaram, muitas vezes, sociedades indígenas 
inteiras, por não terem os índios imunidade natural a estes males. 
 
As terras litorâneas foram progressivamente ocupadas e os indígenas, violenta ou 
pacificamente, iam acomodando-se à nova situação, sendo esporadicamente escravizados. O 
governo português, repetidas vezes, proibiu a escravidão, mas autorizava a “guerra justa” 
contra índios arredios e hostis, escravizando os que caíssem prisioneiros. 
 
A Interiorização do Brasil (séculos XVII e XVIII) 
No interior do Nordeste e pelo rio São Francisco, a expansão pastoril alcançou a população 
indígena local, que reage violentamente à presença do criador branco. Muitos são trucidados e 
os sobreviventes transformados em escravos. Outros conseguiram sobreviver, ora dominados 
pelos criadores e colonos e recebendo alguma proteção dos missionários. A expansão pastoril 
contribuiu para despovoar e descolonizar o Nordeste, de onde o homem era tirado para dar 
lugar ao gado. 
 
A ocupação do Maranhão e do Pará foi também acompanhada de choques armados entre 
brancos e índios. A exploração dos produtos nativos, as “drogas do sertão”, exigia mão-de-
obra indígena, que, além de farta e barata, era adaptada à região. Expedições de caça ao índio 
sucediam-se, alcançando os altos rios para desbravar e regatá-los. São os chamados 
“descimentos”, ou seja, buscar, aldear e repartir os índios para os o serviço dos jesuítas, dos 
colonos e para a manutenção dos próprios aldeamentos. Os habitantes da terra assim obtidos 
eram aldeados (forma disfarçada de escravidão). 
 
No sul do Brasil, a terra dos Guarani passa também a ser ocupada. Instalam-se aí as reduções 
jesuítas, onde os índios estavam a salvo do cativeiro dos espanhóis. Mas não se livraram dos 
bandeirantes paulistas, que as invadiam para vendê-los como escravos. Era a “República do 
Guarani” atingida pelo bandeirismo, na caça ao índio. Também os bandeirantes, na busca do 
ouro e de pedras preciosas, contataram numerosas tribos em Goiás e Mato Grosso. 
 
A introdução da mão-de-obra negra, desde meados do século XVI, a rarefação da mão-de-obra 
indígena e a transformação das aldeias em povoados, tornando dispensável a atuação 
jesuítica, levaram à extinção da escravidão indígena em 1757. Em 1759, os jesuítas são 
expulsos do Brasil, onde desenvolviam uma política etnocêntrica que resultou em violência, 
escravidão e morte para os índios. 
 
O século XIX 
Após a expulsão dos jesuítas, os índios são submetidos ao regime do governo do Marquês de 
Pombal. A mudança não beneficiou as populações tribais, principalmente no Norte do país. Na 
metade do século XIX, o interesse econômico foi canalizado passa a extração da borracha 
utilizando a mão-de-obra indígena. 
 
No Brasil Central ocorre o extermínio de tribos inteiras pela ação de grupos armados para 
facilitar o “progresso” ou com técnicas degradantes: “envenenar as águas como estricnina, 
deixar roupas contaminadas de varíola, botar fogo nas aldeias para dispersar os índios, 
aprisionar as mulheres e crianças para atrair os homens e outras formas mais sutis e 
depravadoras, como oferta de bugigangas e de cachaça, para amolecer as vontades e a 
3 
 
consciência” (BERTA RIBEIRO, 1938, p.71). Só nos últimos anos do século XIX é que, pela 
primeira vez, o índio passa a receber tratamento humanístico, a partir da atuação da Comissão 
Rondon e seus colaboradores, estendendo-se pelo século XX. 
 
Século XX 
A exploração extrativista, agrícola, pastoril ou de outra natureza, a necessidade de mão-de-
obra barata e a falha intervenção protecionista vão prosseguir, ainda que atenuados pela a 
atuação da Comissão Rondon e pela Fundação do Serviço de Proteção aos Índios. As 
consequências da penetração dos brancos nos territórios tribais são drásticas para a população 
indígena, cuja tendência é o desaparecimento, em virtude de: 
 
a) diminuição ou perda do território tribal; 
b) aquisição de doenças, para as quais não têm imunidade;c) perda da autonomia econômica e política; 
d) despopulação e destribalização; 
e) surgimento de necessidades a que não podem satisfazer. 
 
Serviço de proteção aos índios 
O advento do século XX exigiu a oficialização da política indigenista, através da criação de um 
órgão oficial que ordenasse as relações entre índios e brancos. Em 1910, foi criado o Serviço de 
Proteção aos índios (SPI), à frente do qual se colocou o Marechal Rondon. Os princípios que 
nortearam o SPI foram inspirados na filosofia positivista e nas ideias de José Bonifácio de 
Andrada e Silva, formulados no início do século XIX. Inaugura-se uma nova política 
protecionista, cujas propostas visavam basicamente à assistência, à defesa e à proteção dos 
silvícolas, através dos seguintes princípios humanísticos: 
 
a) garantir a posse dos territórios tribais; 
b) proteger o índio em seu próprio território, evitando seu deslocamento e, 
consequentemente, a desorganização da vida tribal; 
c) garantir a autonomia tribal, preservando sua cultura original (seus padrões, suas 
crenças, seus valores, sua língua); 
d) proibir o desmembramento da família indígena, sob qualquer pretexto; 
e) assegurar seus direitos de cidadão, respeitando sua condição de índio, no que tange 
aos seus deveres; 
f) punir crimes praticados contra índios. 
 
Logo nos primeiros anos de atividade, surgiram dificuldades que se multiplicariam nos anos 
subsequentes, como a falta de verba, de pessoal qualificado e mesmo de conscientização da 
maior parte da população. Enquanto Rondon se manteve a frente do SPI, esta instituição 
sobreviveu. Com o seu afastamento, a partir de 1930, os problemas indígenas aumentaram 
ainda mais: numerosas tribos pacificadas e atraídas ao convívio nacional esperavam a suposta 
ajuda que nem sempre o SPI pôde dispensar-lhes. 
 
Na década de 60, o SPI foi acusado internacionalmente de genocídio e até de etnocídio. 
Inquéritos e processos administrativos e criminais foram abertos contra os seus servidores, 
que praticavam bárbaras injustiças e arbitrariedades contra as populações indígenas. Nos 
últimos anos de sua existência foi entregue a militares que, ignorando e não se interessando 
pelos problemas indigenistas, levaram o SPI à sua extinção em 1967. No mesmo ano, criou-se a 
Fundação Nacional do Índio (Funai). O instrumento legal de ação da Funai nas atividades 
indigenistas, o Estatuto do Índio, foi sancionado em 1973, fixando a política de defesa e 
assistência ao índio, incluindo o procedimento da demarcação de terras indígenas. Os 
propósitos da Funai, a exemplo do antigo SPI, não vêm sendo cumpridos satisfatoriamente. 
4 
 
Pelo contrário, parecem dar continuidade à política do período colonial, beneficiária dos 
interesses econômicos nacionais em detrimento dos interesses indígenas. 
 
Em 1983, através de decreto presidencial, as áreas indígenas ficaram à mercê da exploração 
mineral. Alegando o interesse da nação, as concessões seriam feitas somente a empresas 
estatais e apenas para minerais estratégicos. Com os protestos, o decreto não foi 
regulamentado, mas os alvarás de pesquisa e exploração foram concedidos ilegalmente. 
 
Em face desses problemas, urgente é a tarefa de demarcação adequada das terras, adoção de 
medidas pra garantia dos territórios tribais e a tentativa de evitar conflitos decorrentes das 
pressões provocadas pela ambição desmedida da exploração das riquezas mineiras locais. 
Exemplo dos fortes interesses políticos econômicos desse procedimento foi a demarcação da 
Reserva Raposa Serra do Sol. Identificada em 1993 pela FUNAI, foi demarcada durante o 
governo de Fernando Henrique Cardoso, mas só homologada em 2005 pelo seu sucessor, Luís 
Inácio Lula da Silva. Nela vivem cerca de 20 mil índios, a maioria deles da etnia Macuxi. É uma 
das maiores terras indígenas do país, com 1,7 milhão de hectares e mil quilômetros de 
perímetro. 
 
A atuação das missões religiosas (católica e protestante) junto aos grupos indígenas também é 
motivo de críticas, principalmente no que se refere à cristianização compulsória dessas 
populações. A imposição da religião cristã, aliada à substituição dos padrões considerados 
exóticos dos grupos tribais por outros da sociedade nacional, ferem os princípios 
antropológicos que defendem a preservação das culturas indígenas em seus moldes originais. 
Poucos são os missionários e juntas religiosas que procuram atuar junto aos índios baseados 
em princípios antropológicos e não apenas no interesse proselitista (ganhar adeptos a uma 
religião). Isso não significa a ideia utópica do isolamento desses grupos, mas a sua integração 
lenta à sociedade nacional, da qual é impossível isolar-se. É defesa do princípio da relatividade 
cultural e a condenação do etnocentrismo que estão sempre presentes nas atitudes dos 
brancos em relação aos índios. 
 
Identidade e diversidade 
As populações indígenas são vistas pela sociedade brasileira ora de forma preconceituosa, ora 
de forma idealizada. O preconceito parte, muito mais, daqueles que convivem diretamente 
com os índios: as populações rurais. 
 
Dominadas política, ideológica e economicamente por elites municipais com fortes interesses 
nas terras dos índios e em seus recursos ambientais, tais como madeira e minérios, muitas 
vezes as populações rurais necessitam disputar as escassas oportunidades de sobrevivência 
em sua região com membros de sociedades indígenas que aí vivem. Por isso, utilizam 
estereótipos, chamando-os de "ladrões", "traiçoeiros", "preguiçosos" e "beberrões", enfim, de 
tudo que possa desqualificá-los. Procuram justificar, desta forma, todo tipo de ação contra os 
índios e a invasão de seus territórios. 
 
Já a população urbana, que vive distanciada das áreas indígenas, tende a ter deles uma 
imagem favorável, embora os veja como algo muito remoto. Os índios são considerados a 
partir de um conjunto de imagens e crenças amplamente disseminadas pelo senso comum: 
eles são os donos da terra e seus primeiros habitantes, aqueles que sabem conviver com a 
natureza sem depredá-la. São também vistos como parte do passado e, portanto, como 
estando em processo de desaparecimento, muito embora, como provam os dados, nas três 
últimas décadas tenha se constatado o crescimento da população indígena. 
 
5 
 
Só recentemente os diferentes segmentos da sociedade brasileira estão se conscientizando de 
que os índios são seus contemporâneos. Eles vivem no mesmo país, participam da elaboração 
de leis, elegem candidatos e compartilham problemas semelhantes, como as consequências da 
poluição ambiental e das diretrizes e ações do governo nas áreas da política, economia, saúde, 
educação e administração pública em geral. 
 
Qualquer grupo social humano elabora e constitui um universo completo de conhecimentos 
integrados, com fortes ligações com o meio em que vive e se desenvolve. Entendendo cultura 
como o conjunto de respostas que uma determinada sociedade humana dá às experiências por 
ela vividas e aos desafios que encontra ao longo do tempo, percebe-se o quanto as diferentes 
culturas são dinâmicas e estão em contínuo processo de transformação. 
 
O Brasil possui uma imensa diversidade étnica e linguística, estando entre as maiores do 
mundo. São cerca de 220 povos indígenas, mais de 80 grupos de índios isolados, sobre os quais 
ainda não há informações objetivas. 180 línguas, pelo menos, são faladas pelos membros 
destas sociedades, que pertencem a mais de 30 famílias linguísticas diferentes. 
 
No que diz respeito à identidade étnica, as mudanças ocorridas em várias sociedades 
indígenas, como o fato de falarem português, vestirem roupas iguais às dos outros membros 
da sociedade nacional com que estão em contato, utilizarem modernas tecnologias (como 
câmeras de vídeo, máquinas fotográficas e aparelhos de fax), não fazem com que percam sua 
identidade étnica e deixem deser indígenas. 
 
A diversidade cultural pode ser enfocada tanto sob o ponto de vista das diferenças existentes 
entre as sociedades indígenas e as não indígenas, quanto sob o ponto de vista das diferenças 
entre as muitas sociedades indígenas que vivem no Brasil. Mas está sempre relacionada ao 
contato entre realidades socioculturais diferentes e à necessidade de convívio entre elas, 
especialmente num país pluriétnico, como é o caso do Brasil. 
 
É necessário reconhecer e valorizar a identidade étnica específica de cada uma das sociedades 
indígenas em particular, compreender suas línguas e suas formas tradicionais de organização 
social, de ocupação da terra e de uso dos recursos naturais. Isto significa o respeito pelos 
direitos coletivos especiais de cada uma delas e a busca do convívio pacífico, por meio de um 
intercâmbio cultural, com as diferentes etnias. 
 
Identidade étnica e cidadania: segundo o Estatuto do Índio (Lei nº 6.001, de 1973), “aos índios 
e às comunidades indígenas se estende a proteção das leis do País, nos mesmos termos em 
que se aplicam aos demais brasileiros, resguardados os usos, costumes e tradições indígenas, 
bem como as condições peculiares reconhecidas nesta Lei” (Funai, Legislação, 1975:5). 
 
Referências 
MARCONI, Marina de Andrade & PRESOTTO, Zelia M. Neves. Antropologia: uma introdução. 7ª 
ed. São Paulo: Atlas, 2009. 
VILAR, Leandro e DANTAS, Thiago. A Lei 11.645 e o ensino indígena. Disponível em 
<http://seguindopassoshistoria.blogspot.com.br/2011/09/lei-11645-e-o-ensino-
indigena.html> 2011. 
http://www.funai.gov.br/ 
 
Filmes 
Xingu. Direção Cao Hamburguer. Brasil. 103 min. 2012 
A Missão. Direção Roland Joffé. Reino Unido. 126 min. 1986 
Brincando nos campos do Senhor. Direção Hector Babenco. EUA. 189 min. 1991

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