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CEREAIS E SEUS SUBPRODUTOS INTRODUÇÃO Grupo de alimentos de origem vegetal capaz de fornecer energia/glicose. Interesse: fonte de energia > Carboidratos, amido, fibra, lipidios e proteina. Oferta/demanda. Cereais de Verao: milho, sorgo, arroz, milheto. Cereais de Inverno: trigo, aveia, centeio, triticale, cevada. Produção nacional de rações *OBSERVAR: milho, farelo de trigo, sorgo, trigo, farinha de arroz deseng, milho farelo glutem. CEREAIS E SEUS SUBPRODUTOS Preço milho (CIF Campinas–SP), R$/sc 60 kg (CEPEA, 2009) Elevação de preços de cereais: CAUSAS? Fontes fósseis de energia (petróleo, gás natural, carvão) com demanda em alta elevação preços. Lembrar: mal distribuídos Alternativas: eólica, hidráulica, nuclear, biocombustíveis (alguns, a partir de alimentos) Elevação de preços de cereais Troca de paradigma Animais x homens: concorrência por alimentos Homens x homens: alimento x combustíveis concorrendo Fatores anti-nutricionais Ingrediente Fatores anti-nutricionais Cevada Beta-glucanos, arabinoxilanos e fitatos Trigo Arabinoxilanos, beta-glucanos e fitatos Triticale Arabinoxilanos, beta-glucanos, inibidores de protease e fitatos Sorgo Taninos Farelo de soja Inibidores de protease, lectinas, saponinas, glicinina, conglicinina, oligossacarídeos, pectinas e fitatos Farelo de canola Taninos, ácido erúcico, ácidos fenólicos, glucosinolatos, pectinas, oligossacarídeos Farelo de girassol Celulose, lignina e taninos Farelo de algodão Celulose e gossipol Como reverter os FA?? Granulometria, processo termico, usar enzimas digestivas, outros. Diferenças químicas entre polissacarídeos não amiláceos e amiláceos Amilopectina: ligações alfa 1-4 e 1-6 glicosídicas Ligações beta 1-4 glicosídicas. EFEITOS DOS PNAs/NSP: PNA > ++ viscosidade intestinal : Reduz mixibilidade/Enzima substrato Menor digestão e absorção Menor consumo de ração Aumenta espessura mucosa Diminuição do crescimento e pior conversão Diminui transito intestinal Proliferação da microflora intestinal Microflora x Animal MICOTOXINAS: fungos. Fatores predisponentes: Presença de substrato Agua livre no alimento Temperatura entre 15-30º (ótimo entre 20-25o) Presença de esporos fungicos Presença de oxigênio (0,5%0 pH entre 4-8 (mto variável) Umidade excessiva no campo ou na estocagem Infestação de insetos x Danos físicos aos grãos MILHO NO BRASIL: 39,6% Frango/matrizes 22% Suínos 14,5% Humano e industrial 8,9% outros COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO MILHO x produtos: Milho comum Milho alto óleo Milho gérmen Milho pré-cozido PB 8,26 8,27 10,45 7,61 Amido 62,48 59,00 48,56 61,00 Energia metabolizável Aves (kcal/kg) 3381 3546 3144 3429 Lisina 0,24 0,26 0,46 0,26 Triptofano 0,07 0,07 0,11 0,06 ASPECTOS NUTRICIONAIS Energia Amido: amilose (25%) amilopectina (75%) Óleo (3 a 10%) Insaturado Proteína (5 a 10%) Baixa qualidade (zeina) Lisina: 1º limitante Triptofano: 2º limitante Metionina: 3º limitante Importante: caroteno ESTRUTURA ESPACIAL DO MILHO: Amido consiste de amilose e amilopectina, as quais diferem em sua estrutura e digestibilidade Amilopectina: unidades de glicose alpha 1-4 ligações alpha 1-6: ramificação Amilose: glicose alpha 1-4 Granulometria para suínos. Para aves: rendimento de moagem x aproveitamento EM. Granulometria bovinos: desejável granulometria menor. Mesmo com risco maior de acidose, é melhor para o maior aproveitamento. Fornecer menos processando mais até a própria SM. Não se tem o número ideal de processamento x quanto usar Na prática: lavar esterco (e as outras medidas) e ver o que se pode fazer Se + disponível: -amido. Se estava com 25% amido, reduzir 2 ou 3 pontos % PROCESSAMENTOS DO GRÃO: Como é feito? Onde é feito? Por que é feito? ARMAZENAMENTO: Silagem Cor amarelada Odor agradável Sabor levemente ácido (pH: 3,81 x 5,94 do milho) Silagem de grão úmido: Vantagens Colheita precoce Menor custo? (Taxas, impostos,...) Menos perdas Dispensa secagem Palatabilidade e digestibilidade Tempo armazenagem x valor nutri. Oscilações de mercado Desvantagens Comercialização Necessidade de preparo diário ração Necessidade de uso após retirada Má conservação Composição em MO: Padrões nutricionais do Milho e Silagem de Grão de Milho Úmido Parâmetro Milho Grão Silagem Matéria Seca (%) 87,00 65,00 Proteína Bruta (%) 8,00 6,26 Extrato Etéreo (%) 4,00 2,72 Fibra Bruta (%) 2,20 1,70 Lisina (%) 0,23 0,19 En. Dig. Suínos (kcal/kg) 3490,00 2641,00 En. Met. Suínos (kcal/kg) 3264,00 2556,00 Digestibilidade: > 4% EM na MS: > 170 kcal/kg Composição na MS FDN: 11,2% FDA: 3,5% NDT: 89,9% (grão seco: 85,0%) EL lactação: 2,03 Mcal/kg (1,96) Farelo de gérmen de milho Subproduto extração do amido Granulometria mais fina Com aquecimento Elevada palatabilidade Farelo de glúten de milho Subproduto moagem úmida, NDT menor 20 – 22% PB: corn gluten feed Maior degradabilidade ruminal 55 –60% PB: corn gluten meal Menor degradabilidade ruminal, menos amido Menor palatabilidade, custo? mais caroteno PERSPECTIVAS DO MILHO Agregar valor nutricional Agrega custo (competitividade?) Deixar de ser commodity? Mercado agrícola precisa mudar Atenção com micotoxinas TRIGO E SUBPRODUTOS Trigo Principal: alimentação humana Farinha de trigo + subprodutos Triguilho, farelo de trigo Composição nutricional: Amido (%) Trigo grão 54,93 Trigo farelo 31,35 Trigo gérmen 15,45 Triguilho - TRIGO E SUBPRODUTOS Trigo grão Valor nutricional parecido com o milho Mais proteína, também deficiente em alguns aa essenciais Problemas: caroteno, disponibilidade Triguilho Impurezas, quebrados, baixo PH Valor nutricional inferior ao grão Depende: custo, composição, disp. Farelo de trigo Subproduto extração amido Constituído: tegumento, gérmen e pode ter um pouco de amido Rico: fibra, P, PB (qlde) Gordura 4,0 – 4,5%, baixa energia Pobre Ca Farelo de trigo: bovinos Excelente alternativa, fornece fibra, P e proteína (exemplo) Problema: sazonalidade, preço Farelo de trigo: suínos Excelente para dieta que necessite fibra (Gestação, Lactação) Funções, alternativas Aves Para reprodutores e postura Funções: EM, prolapso oviduto AVEIA Aveia grão: consumo humano ou animal Essencialmente p/ eqüinos Oferta e procura: preço Alim. energético básico, mas não indispensável Processada: molhada, laminada Bovinos de leite Composição PB: 11 –12% FB: 10 –11%, casca: rica em sílica Energia, mas pobre em caroteno CEVADA E SUBPRODUTOS Usamos cevada quando ela nao atende os padroes necessários para a cervejaria. PH: (PESO HECTOLITRO) DENSIDADE DO GRAO DE CEVADA QUE AUMENTA COM MAIORES CONCENTRACOES DE AMIDO. Quanto menos amido tem, mais casca tem e menos denso é o material e vai para a produção animal. Composicao nutricional parecida com trigo e milho. Interesse: resíduo de cervejaria. Tem mais proteina, energia razoavel, bastante palatavel, porem tem um inconveniente: muita água (muito perecível, pode ser caro pelo transporte). * Cuidado: Fator antinutricional, PNAs, portanto é mais aconselhado dar para bovinos. Para contornar esse problema pode-se usar enzimas. 75-80% umidade. Inclusão: ruminantes. Min: - Max: limitado por causa do EE do grao. Cevada grão Quando não atende padrões p/ consumo humano Semelhante ao trigo Menor PB, energético, menos casca que aveia, baixa gordura Bovinos: energia similar ao milho Para outras espécies, misturar com outras fontes de energia Caroteno, amassada p/ suínos Resíduo de cervejaria Subproduto extração do mosto Pode:resíduos de outros cereais Úmido ou seco Úmido: ruminantes, mas estocar visando melhor secagem Na MS, 18% PB, 15% FB (Vacas em lactação)! Resíduo de cervejaria: bovinos leiteiros Vacas lactação: até 16 a 18 kg/v/d Novilhas: máximo 20% MS Vantagens e desvantagens Radícula de malte Subproduto da maltaria Rico proteína, palatabilidade. Problema: fornecimento, preço SORGO Quase que exclusivamente alimentação animal. Interesse: Oferta; Quando o valor do sorgo é melhor que o milho Quando falta milho. Atenção: Seu amido é lentamente digerido (só perde para o milho) entao é um fator negativo para animais de trato longo; Tem tanino (gosto adistringente que tem no vinho vermelho) Granulo Limites de Uso: Quanto mais barata a ração, mais sorgo tem. E vice-versa. Finalidade: Alimentação humana: indústria, pão. Alimentação animal Composição PB maior que milho (10–11%) Energético, pobre fibra Caroteno: coloração ração, carne Composição nutricional Alto tanino x Baixo tanino Amido (%) 56,80 x 60,79 Energia metabolizável Aves (kcal/kg) 2956 x 3192 Processamento Atenção com tanino Vacas: moagem fina Substituição parcial do milho TANINO: Compostos polifenólicos solúveis em água, com capacidade formar complexos proteínas e carboidratos. Encontrados no sorgo, cevada, milheto e girassol Efeitos Reduzem capacidade digestão Reduzem capacidade absorção Reduzem ganho de peso Reduzem eficiência alimentar Cultivares sorgo alto e baixo tanino -redução 50% digestibilidade aas AQUECIMENTO NÃO DESTRÓI ESTRUTURA!!! ARROZ Grão Quirera Farelo – Parboilizado (meio úmido, e "polimento" do grao, "pre-cozimento", portanto sua digestibilidade é maior) Integral (energia alta e oleo insaturado e desengordurado, rico em fibra, tem alguma proteina e amido) Farinha de arroz pre-gel (amido facilmente digerido) Racao de PET, leitao. Sua casca é rica em sílica, pouca fibra, digestibilidade baixissima. Quando se retira a casca fica uma camada fibrosa interna, usado para fazer farelo de arroz. Essencialmente alimentação humana (Ásia principalmente) P/ animais: subprodutos, excedentes ou desqualificados Grãos inteiros: raro Só se usa quando o arroz esta muitíssimo barato. Composição nutricional Nutriente Arroz quirera x Arroz farelo x Arroz farelo desengord. Gordura (%)1,22 14,81 1,65 Amido (%)74,45 22,70 26,00 Energia metabolizável Aves (kcal/kg) 3315 2534 1808 Subprodutos Fo integral arroz branco (gordo) Fo integral arroz parboilizado (idem) Fo desengordurado de arroz Quirera de arroz Casca de arroz Fo integral arroz branco (gordo) Resíduo do preparo p/ alim humana Alto óleo (12–15%), com MAIOR AGI PB: 11 – 13%, FB: 12% Fo integral arroz parboilizado (gordo) Semelhante ao anterior, como resultado do tratamento térmico p/ consumo humano Parboilização: pré-cozimento com casca (120º C): gelatinização do amido - secagem . Beneficiamento + polimento a água (subproduto: fo arroz parboilizado) Farelo desengordurado de arroz Subproduto da extração do óleo a partir do farelo integral PB 16%, menos energético, fibra Pode substituir farelo de trigo Quirera de arroz Grãos quebrados Composição semelhante, porém atentar p/ impurezas e micotoxinas. Casca de arroz Uso como cama Alimentação: preferencialmente como veículo. Alta sílica, muito pobre OUTROS VEGETAIS ENERGÉTICOS DISPONIBILIDADE REGIONALIZADA MANDIOCA TRITICALE é um hibrido. (Cruzamento de amido com centeio). MILHETO POLPA CÍTRICA Brasil: maior exportador suco laranja Principal subproduto: farelo de polpa cítrica, seco e peletizado, grande parte para exportação. Interesse: Muita fibra (muita pectina-altamente digerivel pelos ruminantes), pouca proteina Oferta Acucar impregnado no bagaco Pode usar pra cao para aumentar a taxa de transito intestinal. Para gatos nao pode. Extração suco > Prensagem 1 >Ca0 (é colocado calcio no processo de secagem da polpa citrica) > Prensagem 2 > Secagem > Peletização. Energia metabolizável Aves (kcal/kg): 1100 Energia digestível Suínos (kcal/kg): 2956 Finalidade: principalmente bovinos Vacas lactação: 2,0 -3,0 kg/v/dia Suínos? Cuidados: micotoxinas e dioxina CONSIDERAÇÕES FINAIS MILHO GRÃO COMO APROVEITAR MELHOR A ENERGIA DO GRÃO? Realidade do mercado: ser mais eficiente Alterar a composição do grão: amido, óleo Granulometria: inteiro ->grosseiro -> fino Processamento: pré-gel, extrusado, floculado Silagem de grão úmido.
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