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COMO PREVENIR ACIDENTES DE TRABALHO E ASSEGURAR A SAÚDE DOS TRABALHADORES EM CANTEIROS DE OBRAS QUE APRESENTEM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS TEMPORÁRIAS

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COMO PREVENIR ACIDENTES DE TRABALHO E ASSEGURAR A SAÚDE DOS TRABALHADORES EM CANTEIROS DE OBRAS QUE APRESENTEM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS TEMPORÁRIAS 
1)INTRODUÇÃO 
Urgência faz com que nas instalações elétricas temporárias em canteiros de obras as empresas contratem profissionais não capacitados que ignoram as normas do setor. O resultado são que essas instalações elétricas ficam repletas de não conformidades que colocam em risco a saúde e a vida dos trabalhadores dos canteiros de obras. Para a realização de obras da construção civil, sejam elas edifícios comerciais e residenciais e plantas industriais, sejam grandes obras de infraestrutura, como usinas hidrelétricas, estradas, portos e aeroportos, é necessária a utilização de grande variedade de materiais, como concreto, tijolos, cimento, areia, ferro, aço, fibra de carbono, fibra de vidro, plástico e cal. Mas não só isso. A fim de que a obra realmente saia do papel, torna-se imprescindível o emprego da energia elétrica. Será ela a responsável pela iluminação na área externa e interna do canteiro de obras, visando conforto e melhor qualidade de trabalho para os operários. Será ela a responsável também por acionar os diversos equipamentos elétricos , elevadores para os operários se deslocarem até os andares mais altos da construção, britadeiras, furadeiras, bombas de sucção, betoneiras, esmerilhadeiras, motores, compressores e máquinas de solda , sem os quais a construção poderia até ocorrer, mas em um ritmo muito mais lento. 
 
Figura 1 – Canteiro de Obras da linha do Aeromóvel Figura 2 – Canteiro de Obras que interliga Estação Aeroporto do Trensurb e em Manaus –AM. Terminal 1 do Aeroporto Salgado Filho em Porto Alegre-RS. 
Diante da importância da energia elétrica no canteiro de obras, deve-se ficar atento também à qualidade da instalação montada neste tipo de local, já que ela alimentará os equipamentos elétricos ali presentes com o objetivo de que a obra progrida. O cuidado com a instalação elétrica se faz necessário tendo em vista igualmente a segurança do trabalhador. Qualquer montagem malfeita na instalação pode acarretar em risco de acidentes fatais ao trabalhador. 
Ocorre que, na prática, não é incomum que instalações em canteiros de obras, por se tratarem de construções temporárias, recebam tratamento inferior quando comparadas às instalações definitivas. Projetos elaborados às pressas e sem o devido comprometimento 
com a qualidade e a segurança requeridas são encontrados com frequência nesse tipo de construção. 
A Norma Regulamentadora NR-10 ,que trata da segurança em instalações e serviços com eletricidade, não traz termos que diferenciem uma instalação elétrica definitiva, pertencente a uma residência, por exemplo, de uma instalação provisória, típica de canteiro de obras. Ou seja, para ambas as instalações devem-se obedecer aos mesmos requisitos e condições mínimas na implementação de medidas de controle e sistemas preventivos, a fim de garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em instalações elétricas e serviços com eletricidade. E não somente isso. Ambas as instalações devem respeitar ainda os mesmos requisitos de projeto e montagem estabelecidos pela norma técnica de baixa tensão, a ABNT NBR 5410 (Instalações Elétricas em Baixa Tensão). 
Os profissionais de segurança do trabalho têm que atuar de maneira a prevenir os acidentes de trabalho e assegurar a vida e a saúde dos trabalhadores em canteiros de obras que apresentem instalações elétricas provisórias. É preciso ter em mente que instalações elétricas provisórias não significam instalações elétricas precárias. A seguir abordaremos os seguintes tópicos com foco para instalações elétricas temporárias em canteiros de obras : 
- Proteção contra choques elétricos ; 
- Quadros de distribuição; 
- Equipamentos de proteção coletiva e individual; 
- Prevenção e combate à incêndio. 
E depois de serem abordados os tópicos acima citados, discorre-se sobre como deve ser a atuação dos profissionais de segurança do trabalho a fim de prevenir acidentes de trabalho e assegurar vida e a saúde dos trabalhadores em canteiros de obras que apresentem instalações elétricas temporárias ou provisórias. 
 
2) PROTEÇÃO CONTRA CHOQUES ELÉTRICOS 
Na indústria da construção, o choque elétrico é uma das principais causas de acidentes graves e fatais. Este grave quadro é decorrente da falta de projeto adequado, de dificuldades na execução e na manutenção das instalações elétricas temporárias dos canteiros de obras. As instalações elétricas temporárias em canteiros de obras, na maioria das vezes, são executadas por profissionais não qualificados, gerando com isso situações de extrema gravidade para a segurança dos trabalhadores, dos equipamentos e das instalações. A redução do quadro atual de acidentes de trabalho envolvendo instalações elétricas necessita da adoção de novos métodos e dispositivos que permitam o uso seguro e adequado da eletricidade, reduzindo o nível de perigo às pessoas, as perdas de energia, os danos às instalações elétricas e aos bens. O projeto das instalações elétricas temporárias deverá ser elaborado por profissional legalmente habilitado, com recolhimento da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) e executado por profissional qualificado. O projeto das instalações elétricas temporárias deverá estabelecer os requisitos e as condições para implementação de medidas de controle preventivas de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores nos canteiros de 
obras. O projeto deverá ficar à disposição das autoridades competentes e ser mantido atualizado. 
2.1Choque Elétrico 
2.1.1 O que é choque elétrico 
É o efeito patofisiológico que resulta da passagem de uma corrente elétrica, chamada de corrente de choque, através do organismo humano, podendo provocar efeitos de importância e gravidades variáveis, bem como fatais. 
 
Figura 3 – Choque em Quadro Elétrico Figura 4 – Choque em Tomada 
2.1.2 Efeito da corrente elétrica 
O efeito da corrente elétrica depende dos seguintes itens: 
• Intensidade da corrente; 
• Tempo de exposição; 
• Percurso através do corpo humano; 
 • Condições orgânicas do indivíduo. 
 
Figura 5 – Percursos da corrente elétrica através do corpo humano 
 
2.1.3 Classificação do choque elétrico 
a) Contato direto 
É o contato de pessoas e animais diretamente com partes energizadas de uma instalação elétrica. 
 
 
Figuras 6 e 7 – Choque elétrico por contato direto 
b) Contato indireto 
 É o contato de pessoas e animais com partes metálicas (equipamentos) ou elementos condutores que, por falha de isolação, ficaram acidentalmente energizados. 
 
Figuras 8, 9 e 10 – Choque elétrico por contato indireto 
 
2.1.4 Percurso da corrente elétrica através do corpo humano 
O percurso da corrente elétrica através do corpo humano depende da posição de contato do indivíduo com a instalação (circuito) energizada ou que venha a ficar energizada, podendo ser o mais variado possível. 
 
Figura 11 – Percursos da corrente elétrica pelo corpo humano 
a) Conceitos 
Limiar de percepção 
É a menor corrente que sensibiliza o corpo humano. 
Tetanização 
É a paralisia muscular provocada pela circulação de correntes elétricas através dos tecidos nervosos que controlam os músculos. 
Parada respiratória 
Ocorre quando são envolvidos na tetanização os músculos peitorais, bloqueando os pulmões e parando a função vital de respiração. 
Asfixia 
Contração de músculos ligadosà respiração e/ou paralisia dos centros nervosos que comandam a função respiratória causadas por correntes elétricas superiores ao limite de largar. Se a corrente elétrica permanece, o indivíduo perde a consciência e morre sufocado. 
Fibrilação ventricular 
Se a corrente elétrica atinge diretamente o músculo cardíaco, poderá perturbar seu funcionamento regular. Os impulsos periódicos, que em condições normais regulam as contrações (sístole) e as expansões (diástole), são alterados e o coração vibra desordenadamente. 
Queimadura por choque elétrico 
A passagem da corrente elétrica pelo corpo humano gera calor produzindo queimaduras, cuja gravidade depende da intensidade e do tempo de contato com a corrente elétrica. Em altas tensões, os efeitos térmicos produzem destruição de tecidos superficiais e/ou profundos, artérias, centros nervosos, além de causar hemorragias. 
b) Efeitos fisiológicos diretos da eletricidade 
 
Figura 12 – Efeitos Fisiológicos Diretos da Eletricidade 
c) Efeitos fisiológicos indiretos da eletricidade 
 
Figura 13 – Efeitos Fisiológicos Indiretos da Eletricidade 
 
2.2 Tipos de Proteção contra Choques Elétricos 
Existem duas formas de proteção contra choques elétricos. É importante lembrar que a medida de proteção prioritária contra choques elétricos é a desenergização elétrica. As duas formas de proteção contra choques elétricos são : proteção contra contatos diretos e proteção contra contatos indiretos. 
 
Figura 14 – Proteção contra Contatos Diretos 
 
Figura 15 – Proteção contra Contatos Indiretos 
2.2.1 Proteção contra contatos diretos 
Os trabalhadores devem ser protegidos contra os perigos que possam resultar de um contato com partes vivas da instalação, tais como condutores nus ou descobertos, terminais de equipamentos elétricos etc. A proteção contra contatos diretos deve ser assegurada por meio de: 
• Isolação das partes vivas; 
 • Barreiras ou invólucros; 
• Obstáculos; 
• Colocação fora de alcance. 
a) Isolação das partes vivas 
Tipos de isolações: 
• Básica: aplicada às partes vivas para assegurar um mínimo de proteção. 
Ex: Isolação com fita isolante 
 
 Figuras 16, 17, 18 e 19 – Isolação com Fita Isolante 
 
• Suplementar: destinada a assegurar a proteção contra choques elétricos no caso de falha da isolação básica. 
 Ex: Isolamento com fita isolante complementada por mangueira isolante. 
• Dupla: composta por isolação básica e suplementar 
 Ex: Cabo com dupla isolação. 
• Reforçada: aplicada sobre partes vivas, tem propriedades equivalentes às da isolação dupla. O recobrimento total por uma isolação deverá ter as mesmas características do isolamento original do cabo. 
 
 
Figura 20 – Cabo com Dupla Isolação 
 
b) Barreiras ou invólucros 
São destinados a impedir todos os contatos com as partes vivas da instalação elétrica, sendo que as partes vivas devem estar no interior de invólucros ou atrás de barreiras. Para instalação de barreiras ou invólucros, a rede elétrica deverá ser desligada. 
 
Figuras 21 e 22 – Barreiras ou Invólucros 
c) Obstáculos 
São destinados a impedir os contatos diretos acidentais com partes vivas, sendo instalados em compartimentos cujo acesso é permitido somente a pessoas autorizadas. 
 
 
 
 
 
Figuras 23 e 24 – Obstáculos 
d) Colocação fora de alcance 
É destinada a impedir os contatos acidentais, consistindo em instalar os condutores energizados a uma altura/distância que fique fora do alcance do trabalhador, das máquinas e dos equipamentos. 
 
Figura 25 – Exemplo de Obstáculo 
 
Figuras 26, 27 e 28 – Exemplos de Colocação Fora do Alcance 
 
2.2.2 Proteção contra contatos indiretos 
Os trabalhadores devem ser protegidos contra os perigos que possam resultar de um contato com massas colocadas acidentalmente sob tensão através do desligamento da fonte por disjuntor ou fusível rápido ou desligamento da fonte por um dispositivo à corrente diferencial - DR. 
a) Dispositivo à corrente diferencial – residual (DR) 
Os dispositivos à corrente diferencial-residual (DR) constituem-se no meio mais eficaz de 
proteção das pessoas e animais contra choques elétricos. Estes dispositivos permitem o uso seguro e adequado da eletricidade, reduzindo o nível de perigo às pessoas, as perdas de energia e os danos às instalações, porém sem dispensar outros elementos de proteção (disjuntores, fusíveis etc.). A sua aplicação é específica na proteção contra a corrente de fuga. 
 
 Figuras 29 e 30 – Dispositivos à corrente diferencial-residual (DR) 
 
Figura 31 – Gráfico com zonas tempo X corrente elétrica e os seus efeitos sobre as pessoas 1 
Abaixo a interpretação do Gráfico da Figura 27 
Zona 1 Nenhum efeito perceptível 
Zona 2 Efeitos fisiológicos geralmente não danosos 
Zona 3 Efeitos fisiológicos notáveis (parada cardíaca, parada respiratória, contrações musculares), geralmente reversíveis 
Zona 4 Elevada probabilidade de efeitos fisiológicos graves e irreversíveis (fibrilação cardíaca, parada respiratória ) 
Zona 5e 6 Faixas de atuação dos Dispositivos DR ou Disjuntores DR 
Os dispositivos à corrente diferencial-residual são aqueles capazes de detectar a corrente diferencial-residual de um circuito elétrico, provocando o seccionamento automático do mesmo, no caso desta corrente ultrapassar o valor especificado de atuação do dispositivo DR, isto é, a corrente diferencial residual nominal de atuação. Estes dispositivos asseguram a proteção contra tensões de contato perigosas provenientes de: 
• Defeitos de isolamento em aparelhos ligados à terra; 
 • Contatos indiretos com o terra da instalação ou parte dela; 
• Contatos indiretos com partes ativas da instalação; 
• Curto-circuito com a terra cuja corrente atinge o valor nominal – “proteção contra incêndio”. 
 
b) Esquema de aterramento elétrico TT 
Aterramento elétrico é a ligação intencional com a terra, isto é, com o solo, considerado um condutor através do qual a corrente elétrica pode fluir, difundindo-se. Toda instalação ou peça condutora que não faça parte dos circuitos elétricos, mas que, eventualmente, possa ficar sob tensão, deve ser aterrada, desde que esteja em local acessível a contatos. O condutor de aterramento deverá estar disponível em todos os andares, em todos os quadros de distribuição. 
O esquema de aterramento elétrico utilizado em canteiros de obras é o TT. Nesse esquema de aterramento existe um ponto de alimentação (geralmente o secundário do transformador com seu ponto neutro) diretamente aterrado, estando as massas da instalação ligadas a um eletrodo de aterramento, independentemente do eletrodo de aterramento da alimentação, provido de uma proteção complementar a ser instalado nas derivações da instalação (circuitos terminais), utilizando dispositivo à corrente diferencial-residual (DR) para a proteção contra contatos indiretos por seccionamento automático. 
 
 
 
 
 
Figura 32 – Esquema de Aterramento Elétrico TT utilizado em Canteiros de Obras 
 
3) QUADROS DE DISTRIBUIÇÃO 
Nos canteiros de obras da indústria da construção, a distribuição de energia elétrica deve ser feita através dos quadros elétricos de distribuição que, conforme suas características, podem ser: quadro principal de distribuição, quadro intermediário de distribuição e quadro terminal de distribuição fixo e/ou móvel. 
 
 
Figuras 33, 34 e 35 – Exemplos de Quadros de Distribuição de Energia adequados ao uso em Canteiros de Obras 
Os quadros de distribuição devem ser construídos de forma a garantir a proteção dos componentes elétricos contra poeira, umidade, impactos etc., e ter no seu interior o diagrama unifilar do circuito elétrico. Serão instalados em locais visíveis, sinalizados e de fácil acesso, não devendo, todavia, localizarem-se em pontos de passagem de pessoas, materiais e equipamentos. Os materiais empregados na construção dos quadros devem ser incombustíveis e resistentes à corrosão. Quandoas carcaças dos quadros de distribuição forem condutoras, devem ser devidamente aterradas. Os quadros de distribuição devem ter sinalização de advertência, alertando sobre os riscos presentes naquele local. 
 
Figuras 36 e 37 – Exemplos de sinalização de advertência alertando sobre os riscos de eletricidade presentes no local 
 
Figura 38 – Exemplo de Diagrama Unifilar 
 
3.1 Quadro Principal de Distribuição 
Destinado a receber energia elétrica alimentada pela Rede Pública da concessionária. A área do quadro principal de distribuição deve ser isolada por anteparos rígidos, devidamente sinalizados, de forma a garantir somente o acesso de trabalhadores autorizados. Essa área deve estar permanentemente limpa, não sendo permitido o depósito de materiais no seu interior. 
 
 
Figuras 39 e 40– Placa de Sinalização para garantir somente o acesso de trabalhadores autorizados e Quadro Principal de Distribuição 
3.2 Quadros Intermediários (Divisórios) 
São destinados a distribuir um ou mais circuitos a quadros terminais. 
 
 
Figuras 41, 42 e 43 – Quadros Intermediários ( Divisórios) 
 
3.3 Quadros Terminais: Fixos ou Móveis 
São aqueles destinados a alimentar exclusivamente circuitos terminais, isto é, diretamente máquinas e equipamentos. As ligações nos quadros de distribuição devem ser feitas por trás, dotando-os ainda de fundo falso, de modo que a fiação fique embutida. 
 
Figuras 44 e 45 – Quadro terminal fixo e Quadro terminal móvel 
A distribuição de energia nos diversos pavimentos da edificação deve ser feita através de prumadas, sendo a fiação protegida por eletrodutos, que devem estar localizados de forma a garantir uma perfeita disposição dos quadros elétricos. 
Quando da manutenção das instalações elétricas, deve ser impedida a energização acidental do circuito através de dispositivos de segurança adequados. 
 
 
 
Figura 46 – Prumada elétrica 
 
É recomendável dotar os quadros de distribuição de cadeados, estando a chave sob responsabilidade do eletricista que realiza o reparo na instalação, bem como a utilização de sinalização indicativa da execução do trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figuras 47 e 48 – Quadros de Distribuição com cadeados 
 
4) EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA –EPC E EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL –EPI 
4.1 Equipamentos de Proteção Coletiva – EPC 
Chama-se Equipamento de Proteção Coletiva – EPC a todo dispositivo ou sistema de âmbito coletivo, destinado à preservação da integridade física e da saúde dos trabalhadores, assim como a de terceiros. 
No caso dos EPC para a proteção dos trabalhadores nos serviços de eletricidade destacam-se os seguintes: 
4.1.1 Detector de Tensão 
É um equipamento empregado para confirmar a presença ou ausência de tensão em um circuito elétrico ou parte dele. Podem ser: 
• Do tipo de chave de fenda, para uso exclusivo em baixa tensão; 
• Do tipo eletrônico, para uso em alta e baixa tensões. 
 
 
Figuras 49 e 50 – Detector de Tensão do tipo chave de fenda e Detector de Tensão do tipo eletrônico 
 
4.1.2 Bandeiras/Invólucros/Grades Articuladas/Bandeirolas/Fitas/ Placas de Sinalização/Cones 
São utilizados para delimitar as áreas de trabalho ou de perigo, sinalizar e informar riscos existentes e impedir o contato com partes vivas das instalações elétricas. 
 
Figuras 51 e 52 – Fitas para sinalização e Cones de sinalização 
 
4.2 Equipamentos de Proteção Individual – EPI 
Equipamentos de Proteção Individual ou EPI são quaisquer meios ou dispositivos destinados a serem utilizados por um trabalhador contra possíveis riscos ameaçadores da sua saúde ou segurança durante o exercício de uma determinada atividade. Um equipamento de proteção individual pode ser constituído por vários meios ou dispositivos associados de forma a proteger o seu utilizador contra um ou vários riscos simultâneos. O uso deste tipo de equipamento só deverá ser contemplado quando não for possível tomar medidas que permitam eliminar os riscos do ambiente em que se desenvolve a atividade. 
No caso dos EPI para a proteção dos trabalhadores em serviços de eletricidade destacam-se os seguintes: 
4.2.1 Botinas de Segurança Elétrica 
Devem ser usadas pelos trabalhadores em serviços de eletricidade para proteção dos seus pés contra agentes agressivos e choques elétricos. Não devem possuir componentes metálicos. 
 
Figuras 53, 54 e 55 – Botinas para serviços em eletricidade 
 
4.2.2 Luvas isolantes para eletricista 
São para o uso em serviços com risco de choque elétrico em equipamentos energizados e passíveis de energização. As luvas isolantes não devem ser utilizadas isoladamente, isto é, sem as luvas de cobertura. 
 
Figuras 56 e 57 – Luvas isolantes para serviços em eletricidade 
 
4.2.3 Luvas de cobertura em vaqueta 
São utilizadas para proteção das luvas isolantes. 
 
Figuras 58 e 59 – Luvas de cobertura em vaqueta 
4.2.4 Óculos de Segurança 
Destinam-se à proteção dos olhos contra impactos mecânicos e efeitos decorrentes da irradiação solar ou do arco elétrico. 
 
Figura 60 – Óculos de Segurança 
 
4.2.5 Capacete de Segurança 
Destina-se a proteger a cabeça contra impactos, quedas de objetos, contato acidental com circuitos elétricos energizados. Constituído de material isolante. 
 
Figuras 61, 62 e 63 – Capacetes de Segurança 
 
4.2.6 Cinto de Segurança / Talabarte 
Cinto de segurança do tipo subabdominal é destinado a equilibrar/sustentar o trabalhador em postes/ torres para prevenir quedas por altura. Talabarte é complemento do cinto de segurança. 
É vedado o uso de adornos pessoais nos trabalhos com instalações elétricas (NR10). 
 
 
Figuras 64 e 65 – Cintos de Segurança tipo subabdominal 
 
 
Figuras 66 e 67 – Talabartes 
 
5) PREVENÇÃO E COMBATE À INCÊNDIO 
Um incêndio é uma ocorrência de fogo não controlado, que pode ser extremamente perigosa para os seres vivos e as estruturas. A exposição a um incêndio pode produzir a morte , geralmente pela inalação dos gases, ou pelo desmaio causado por eles, ou posteriormente pelas queimaduras graves. A eletricidade é a mais comum e onerosa das fontes de ignição de incêndio e explosões em edificações e indústrias. 
 
Figuras 68 e 69 – Incêndios de origem elétrica 
Passa-se a seguir a considerações sobre os seguintes temas : agentes extintores, como empregar agentes extintores e utilização dos extintores em instalações elétricas energizadas. 
5.1 Agentes extintores 
Agente extintor é toda substância que, aplicada em princípio de fogo, interfere na combustão, provocando descontinuidade na reação química, alterando as condições para que haja fogo. Os agentes extintores podem ser encontrados nos estados líquido, gasoso ou sólido. Existe 
uma variedade muito grande de agentes extintores, dos quais os mais comuns são: 
• Água 
• Espuma (química e mecânica) 
 • Gás carbônico (CO2 ) 
 • Pó químico seco 
 
 
 
 
 
 
 
Figuras 70 , 71 e 72 – Extintor à água, extintor de espuma mecânica e extintor de espuma química 
 
Figuras 73 e 74 – Extintor de pó químico e extintor à gás carbônico ( CO2) 
 
5.2 Como empregar os agentes extintores 
Agentes Extintores Água Espuma Pó Químico Gás Carbônico Classes (CO2) de incêncio A madeira, papel, tecidos, SIM SIM SIM* SIM* plásticos, cortinas, alcatifas, poltronas etc. B gasolina, álcool, querosene, NÃO SIM SIM SIM* óleo, cera, tinta, graxa etc. 
 C equipamentos e instalações NÃO NÃO SIM SIM 
elétricas energizadas 
* Com restrição, pois há risco de reignição 
Tabela 1 – Como empregar os agentes extintores de acordo com as Classes de incêndio 
Portanto para incêndios em equipamentos elétricos e instalações elétricas energizadas só devemos utilizar extintor com pó químico ou extintor com gás carbônico ( CO2). 
 
5.3 Utilização dos extintores em instalações elétricas energizadasFigura 75 - Utilização do extintor com gás carbônico 
 Para utilizar o extintor com gás carbônico deve-se proceder da maneira descrita abaixo : 
Retirar o pino de segurança quebrando o lacre. Empunhar a mangueira com o difusor. Acionar a válvula dirigindo o jato para o fogo. 
 
Figura 76 - Utilização do extintor com pó químico 
 Para utilizar o extintor com pó químico deve-se proceder da maneira descrita abaixo : 
 Retirar o pino de segurança. Empunhar a mangueira. Atacar o fogo acionando o gatilho. 
6) ATUAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE SEGURANÇA DO TRABALHO NA PREVENÇÃO E NO ASSEGURAMENTO DA SAÚDE E DA VIDA DOS TRABALHADORES EM CANTEIROS DE OBRAS COM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS TEMPORÁRIAS 
Os profissionais de segurança do trabalho têm um papel fundamental para prevenir e assegurar a saúde e a vida dos trabalhadores em canteiros de obras com instalações elétricas temporárias ou provisórias. No âmbito da atuação preventiva do profissional de segurança do trabalho em um canteiro de obras com instalações elétricas provisórias está a incumbência de zelar pelo cumprimento dos requisitos relativos às instalações elétricas da NR-18 ( Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção) e de todos os requisitos da NR-10 ( Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade). Em conjunto com o profissional de eletricidade, o profissional de segurança do trabalho deve também colaborar para que sejam implementados os requisitos das Normas ABNT NBR 5410 ( Instalações Elétricas de Baixa Tensão) e ABNT NBR 14039 ( Instalações Elétricas de Alta Tensão), se aplicável. É muito importante seguir as orientações da Publicação RTP-05 ( Instalações Elétricas 
Temporárias em Canteiros de Obras) da FUNDACENTRO. O profissional de segurança do trabalho em um canteiro de obras é o profissional que deve atuar para que sejam implementadas um conjunto de medidas visando minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e a capacidade do trabalhador. Isto inclui evidentemente atuar no sentido que as instalações elétricas temporárias do canteiro de obras sejam instalações elétricas seguras, que todo o trabalhador do canteiro tenha total conhecimento dos riscos da eletricidade e que o trabalhador que intervenha nas instalações elétricas seja um profissional habilitado ou um trabalhador qualificado ou um trabalhador capacitado. Então deve assegurar que as intervenções nas instalações elétricas do canteiro de obras sejam sempre realizadas por um trabalhador autorizado, que pode ser um profissional habilitado ou um trabalhador qualificado ou capacitado, com anuência formal da empresa. 
Portanto o profissional de segurança do trabalho em um canteiro de obras, no que diz respeito às instalações elétricas temporárias, atua no sentido de identificar possíveis problemas, relatar onde há riscos de acidentes e instruir o trabalhador a se proteger. Ele planeja e acompanha as práticas de prevenção de acidentes oriundos dos riscos elétricos e orienta os trabalhadores sobre como se prevenir destes riscos no canteiro de obras. 
Um dos meios muito utilizado de se instruir e orientar os trabalhadores sobre os riscos de acidentes e de como prevenir estes riscos em um canteiro de obras é o DDS – Diálogo Diário de Segurança. Este evento, que é liderado pelo profissional de segurança do trabalho e dura em torno de 20 minutos antes dos trabalhadores do canteiro iniciarem suas tarefas do dia, serve para alertá-los e orientá-los no sentido de prevenir os riscos de acidentes nas tarefas que irão executar. O DDS pode e deve ser também utilizado na orientação e prevenção dos riscos elétricos. 
 
Figura 77 - DDS sobre riscos de origem elétrica em um canteiro de obras 
 Os profissionais de segurança do trabalho em canteiro de obras devem orientar os trabalhadores e fazer com que sejam seguidas as prescrições já descritas nos seguintes capítulos deste trabalho : 
2 - Proteção contra choques elétricos ; 
3- Quadros de distribuição; 
4 - Equipamentos de proteção coletiva e individual; 
5 – Prevenção e combate à incêndio. 
As prescrições descritas nos capítulos deste trabalho acima citadas estão contidas na publicação RTP -05 , que é um muito bom guia orientativo para a atuação do profissional de segurança do trabalho em canteiro de obras com instalações elétricas temporárias. A observância do requisito 18.21 ( Instalações Elétricas) da NR 18 e de todos os requisitos da NR 10 fazem parte também da atuação do profissional de segurança do trabalho em canteiro de obras com instalações elétricas temporárias para que sejam asseguradas a segurança e a saúde dos trabalhadores desses locais. Colaborar com o profissional de eletricidade para que sejam implementados no canteiro de obras os requisitos da Norma ABNT NBR 5410 e da Norma ABNT NBR 14039, se aplicáveis, contribui muito também para o sucesso da missão do profissional de segurança do trabalho de tornar a instalação elétrica provisória do canteiro de obras mais segura para os trabalhadores. 
Além disso algumas dicas básicas importantes que o profissional de segurança do trabalho deve ter em mente para orientar os trabalhadores de um canteiro de obras relativas à como evitar acidentes com eletricidade estão descritas abaixo. 
1. Instalações elétricas só podem ser feitas e mantidas por trabalhador habilitado e qualificado com a supervisão de profissional legalmente habilitado. 2. Mantenha a área de trabalho limpa. Áreas e bancadas cheias de entulhos são um convite aos acidentes. 3. Procure sempre ler os manuais das ferramentas elétricas portáteis e as recomendações de segurança indicadas pelo fabricante. 4. Aterre todas as ferramentas que não possuam duplo isolamento. Se a ferramenta foi equipada com um plug de três pinos, encaixe-o numa tomada de três entradas. Se estiver usando um adaptador para tomadas de duas entradas, fixe o fio adaptador num fio terra conhecido. Nunca remova o terceiro pino. 5. Evite ambientes perigosos. Não use ferramentas elétricas em locais úmidos ou molhados e mantenha as áreas bem iluminadas. Quando necessário, adote plataformas isolantes, como tapetes de borracha e verifique se o cabo está em perfeitas condições de uso, além de aterradas. 6. Nunca utilize bijuterias, jóias, roupas folgadas ou luvas que possam atrapalhar a operação. Elas podem agarrar-se em peças móveis. Use o vestuário apropriado. Use calçado e luvas de borracha quando se trabalha em áreas abertas. 7. Segure as ferramentas com firmeza, pois há possibilidade destas ferramentas escaparem de suas mãos, por trabalharem em alta rotação. 8. Não force a ferramenta. Ela fará melhor o trabalho e de maneira mais segura, se for usada sob as condições para as quais foi projetada. 9. Ao realizar algum tipo de substituição de componente da ferramenta (broca, rebolo, etc.) retire o “plug” da tomada de energia. 10. Faça uso de todos os EPI’s recomendado pelos profissionais de segurança. 
11. Sinalize e isole a área de trabalho de forma adequada. 12. Portas de painéis elétricos devem permanecer fechadas e travadas. Quando visualizar qualquer porta de painel elétrico aberto e/ou destravado solicite o fechamento e/ou travamento do mesmo. 13. Os painéis elétricos não devem ser obstruídos por qualquer tipo de material ou equipamento (racks, caixas, veículos industriais, carrinhos de manutenção, etc.) 14. Os armários dos painéis elétricos não podem ser utilizados para guardar qualquer tipo de material. 15. Só podem realizar intervenções nos painéis elétricos, empregados e contratados habilitados, treinados e com o EPI específico aos riscos da NR10. 16. Ao realizar intervenções em painéis elétricos sinalize e utilize cadeados de segurança e cartãoperigo. 17. Os quadros gerais devem ser mantidos trancados, com seus circuitos identificados por escrito. 18. Não separe as pernas do cabo elétrico. Se, acidentalmente, cortar o cabo ou danificar o isolamento de qualquer maneira, não tente repará-lo por sua conta. Entregue-a para substituição e/ou reparos imediatos. 19. Não abuse do cabo. Nunca carregue uma ferramenta segurando pelo cabo elétrico, ou desligue da tomada puxando por ele. Mantenha o cabo afastado de fontes de calor, óleo ou bordas cortantes. 20. Conheça a sua ferramenta elétrica. Aprenda suas aplicações e limitações, assim como os riscos em potencial associados à sua operação. 
LEMBRE-SE: A eletricidade não tem cheiro, não tem cor, por isso pode nos enganar. 
A eletricidade está entre os 16 principais riscos em um canteiro de obras conforme figura 78 . 
 
Figura 78 - Eletricidade ( equipamento elétrico e cabos sem segurança) é o risco 5 dos 16 principais riscos em um canteiro de obras 
A receita mais eficiente para o sucesso da atuação do profissional de segurança do trabalho no sentido de prevenir e assegurar a saúde e a vida dos trabalhadores em canteiros de obras com instalações elétricas temporárias é o treinamento e a fiscalização. 
 
7) BIBLIOGRAFIA 
Instalações elétricas temporárias em canteiros de obras / coordenador, Maurício José Viana ; Artur Carlos Moreira da Silva ; Orlando Cassiano Mantovani ...[et al]. São Paulo : Fundacentro, 2007. 44 p. : il. (Recomendação técnica de procedimentos. RTP ; 05). Norma Regulamentadora NR 18 : Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção. 
Norma Regulamentadora NR 10 : Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade. 
Website http://www.osetoreletrico.com.br/web/a-empresa/1458-canteiros-precarios.html 
acessado em 20/07/2016. 
Website http://zonaderisco.blogspot.com.br/2012/03/prevencao-de-incendio-de-origem.html acessado em 25/07/2016. 
Website http://www.protefortcalcados.com.br/dicas-para-trabalhar-com-seguranca-em-servicos-eletricos acessado em 26/07/2016. 
Website https://caedess.wordpress.com/2013/08/19/16-principais-riscos-em-um-canteiro-de-obras/ acessado em 27/07/2016.

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