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09/09/2016 1 ESQUISTOSSOMOSE Profa. Dra. Fernanda L. A. Ferreira Schistosoma mansoni Filo Plathyhelminthes Classe Trematoda Família Schistosomatidae Gênero: Schistosoma • S. haematobium África e Oriente próximo e médio. • S. japonicum China, Japão, Filipinas e sudeste asiático. • S. mansoni 09/09/2016 2 SUB REINO METAZOA Eucarionte Pluricelular FILO PLATHELMINTES CLASSE CESTODA CLASSE TREMATODA FILO NEMATHELMINTES REINO ANIMALIA Schistosoma haematobium Ovos Caramujo do gênero Bulinus 09/09/2016 3 Schistosoma japonicum Ovo Caramujo do gênero Oncomelania Schistosoma mansoni • Ocorre na África, Antilhas e América do sul. • Chegaram a América com o tráfico de escravos e a com imigrantes orientais e asiáticos. • Conhecido no Brasil como “xistose” e “barriga d’água”. Ovo Caramujo do gênero Biomphalaria 09/09/2016 4 MORFOLOGIA • Adultos: Macho Fêmea OVOS • Mede cerca de 150 m de comprimento, com formato oval e na parte mais larga apresenta uma espícula voltada para trás. • O maduro contém um miracídio formado. 09/09/2016 5 MIRACÍDIO • Forma cilíndrica; • Corpo recoberto de cílios; • Glândulas de penetração; • Quimiotropismo para os moluscos. CERCÁRIA • Formada pelo corpo cercariano e a cauda bifurcada; • Possui duas ventosas: a oral e a ventral, com a qual a cercária se fixa na pele do hospedeiro no momento da penetração. 09/09/2016 6 400 ovos/dia! 50% saem para o exterior. Capacidade de penetração no Caramujo: 8 horas apenas 30% dos miracídios consegue penetrar e evoluir nos caramujos um miracídio pode produzir 100 a 300.000 cercárias. São eliminadas 4.500 cercárias/dia. SISTEMA PORTA HEPÁTICO 09/09/2016 7 SISTEMA PORTA-HEPÁTICO 09/09/2016 8 MECANISMOS DE ESCAPE • Imunidade concomitante: A resposta imune atua somente contra as formas imaturas. • Aquisição e síntese de antígenos do hospedeiro; • Camadas tegumentares mais grossas; • Rápida capacidade de renovar o tegumento. • A sintomatologia vai depender da cepa do parasito, da carga parasitária, idade, estado nutricional e resposta imunitária. • As alterações vão depender da fase do parasito: Cercárias: dermatite cercariana ou “dermatite do nadador” Vermes adultos lesões provocadas por vermes mortos e espoliação sanguínea. 09/09/2016 9 PATOGENIA POR FORMA Cercária • Dermatite cercariana 09/09/2016 10 VERMES ADULTOS • Vivos não produzem lesões; • Mortos podem causar lesões extensas, embora circunscritas. 09/09/2016 11 OVOS •São os elementos fundamentais da sintomatologia da esquistossomose. • Ferimentos no epitélio intestinal. • Derivada principalmente da reação granulomatosa aos ovos do parasito. • Granuloma: volume até 100 vezes o do ovo. PATOGENIA 09/09/2016 12 FASE AGUDA • Doença aguda, febril, acompanhada de calafrios, sudorese, emagrecimento, fenômenos alérgicos, diarréia, cólicas, tenesmo, hepatoesplenomegalia discreta e alterações discretas das funções hepáticas. • Pode levar o paciente à morte ou evoluir para a forma crônica. 09/09/2016 13 FASE CRÔNICA Intestino: • Diarréia mucosanguinolenta, dor abdominal e tenesmo. • Fibrose na alça retossigmóide, levando à diminuição do peristaltismo e constipação constante. INTESTINO 09/09/2016 14 Fígado • Inicialmente se apresenta aumentado e bastante doloroso a palpação. • Numa fase mais adiantada pode estar menor e fibrosado. • Granulomas hepáticos provocam obstruções nos ramos intra- hepáticos da veia porta, levando à hipertensão portal. • A hipertensão leva a esplenomegalia, varizes e ascite. FASE CRÔNICA A Hipertensão Portal é uma síndrome que afeta o sistema venoso portal, formado por veias que coletam o sangue da região do trato alimentar intra- abdominal – baço, pâncreas e vesícula biliar – para o intestino e o fígado. Ela tem origem no aumento anormal da pressão sanguínea na veia porta, que mede de 6 a 8 cm de comprimento, tem grosso calibre e é formada pela junção das veias esplênica e mesentérica superior. O QUE É HIPERTENSÃO PORTAL? 09/09/2016 15 ASCITE E VARIZES ESPLENOMEGALIA 09/09/2016 16 DIAGNÓSTICO • Clínico: anamnese, levando-se em conta a fase e a epidemiologia da doença. • Laboratorial: PARASITOLÓGICO OU DIRETO • Visualização de ovos do parasito nas fezes ou nos tecidos do hospedeiro. • Métodos: exame de fezes e biópsia retal. MÉTODOS INDIRETOS • Intradermoreação; • Reação de imunofluorescência indireta; • Método imunoenzimático ou ELISA; • Reação em cadeia da polimerase (PCR); 09/09/2016 17 PROFILAXIA • É uma doença tipicamente condicionada pelo fator socioeconômico precário que atinge a maioria da população brasileira. • As medidas profiláticas gerais são: Tratamento da população, em larga escala ou seletivo. Educação sanitária para crianças. Saneamento Básico. TRATAMENTO • Praziquantel (Cestox®): todas as espécies. Dose única: 50mg/kg para adultos e 60mg/kg para crianças até 15 anos. • Oxamniquine (Mansil®): S. mansoni. Dose única: 15mg/kg para adultos e 20mg/kg para crianças até 15 anos.
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