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1 DANÇA ESPORTIVA EM CADEIRA DE RODAS: UM AMBIENTE PROPÍCIO PARA O TRABALHO INVESTIGATIVO DA MATEMÁTICA. Anete Otília Cardoso de Santana Cruz1 - Mestranda/UFRN anetecruz@rodasnosalao.com.br Profº. Dr. Iran Abreu Mendes – Orientador/UFRN iamendes@digizap.com.br RESUMO O presente artigo trata-se de um recorte da minha dissertação, no qual abordo, de forma sucinta, o processo investigativo que venho realizando acerca da Dança Esportiva em Cadeira de Rodas (DECR). Para isso propus um estudo comparativo do cha-cha-cha sob a perspectiva de dois praticantes e estudiosos da Dança Esportiva para andantes – Bettina Ried e Walter Laird. A partir deles sugiro comparações e questionamentos que viabilizem a construção de um conhecimento teórico mais bem fundamentado. Entretanto, inicialmente, contextualizarei o ambiente no qual se deu a idéia da pesquisa, para um olhar atento à práxis desta modalidade que definirá um ambiente propício para investigar a Etnomatemática própria deste grupo e as conexões entre a Matemática/outros conhecimentos e DECR, possibilitando assim que a DECR se universalize e torne-se acessível a todas e todos que queiram praticá- la ou que tenham a simples curiosidade de conhecê-la. Palavras – chave: Etnomatemática; Dança Esportiva; Dança Esportiva em Cadeira de Rodas. 1 Mestranda em Educação pela UFRN – bolsista CAPES; Especialista em Metodologia do Ensino Superior pelo CEPOM; Especialista em Direitos Humanos pela UNEB/Ministério Público Estadual da Bahia; Licenciada em Matemática pela UCSal. Sócia - fundadora e Tesoureira Geral da CBDCR. Fundadora, Coordenadora e Atleta-dançarina da Cia Rodas no Salão – Bahia. 2 COMPREENDENDO O CONTEXTO DA PESQUISA Quem sou eu? Sou Professora de Matemática há mais de 15 anos. Leciono para jovens e adultos do ensino fundamental à educação superior. Trabalhar a Matemática de forma contextualizada sempre foi um desafio maravilhoso para mim. Mas foi no ano de 2002 que minha vida e minha forma de ver a Matemática mudariam. A mudança... Durante uma viagem, na qual acompanhava Cabral2, surgiu a Profª. Eliana Ferreira3, que além de realizar entrevistas, convidara o público participante (pessoas com deficiência física e que já tivesse algum contato com atividades em cadeira de rodas) deste campeonato que englobava várias modalidades paradesportivas para que participassem de um evento que a UNICAMP, sob a coordenação dela, estaria realizando e no qual se discutiria e lançaria a proposta da dança esportiva em cadeira de rodas no Brasil. Fomos ao evento, por dois motivos: curiosidade e vislumbrar uma nova modalidade para aplicarmos em Salvador. A experiência Para mim, tudo era novo e interessante. Neste 1º Simpósio Internacional de Dança em Cadeira de Rodas, na UNICAMP, houve uma mostra de dança onde vários grupos do Brasil se apresentaram e Cabral, representando a Bahia, dançou um solo intitulado “Tributo à cadeira” que foi posteriormente, parte integrante da pesquisa da Profª. Eliana, pela performance técnica que o mesmo tinha com a sua cadeira. Fizemos o curso juntos e ali já percebia, que aquela dança que o tal técnico alemão estava propondo era extremamente difícil, para mim. E minha decepção aumentava quando via andantes como eu, participando efetivamente das aulas, sem demonstrar a mínima dificuldade. Mesmo assim todos foram convidados a, voltando para seus estados, formar duplas para o ano seguinte, quando aconteceria o 1º campeonato brasileiro de DECR. Eu imaginava a possibilidade de conseguir uma professora de dança, que tivesse experiência, como parceira para Cabral. Mas, foi nesse mesmo evento, que fui levada a refletir sobre a minha impensada idéia. A Profª. Eliana nos aconselhou a aperfeiçoarmos a técnica da dança e procurarmos ajuda profissional. Decidi que realmente tinha que enfrentar meus medos e encarar esse 2 Esposo e partner de Anete. Praticante de várias modalidades paradesportivas; nesta citada época praticava basquete em cadeira de rodas e representava a Bahia. 3 Professora de Educação Física da UNICAMP que realizava uma pesquisa para sua tese de doutorado que se tratava da dança em cadeira de rodas no Brasil. 3 desafio. Mas lembro-me que pensava assim: “só vai ser um ano de campeonato, pois duvido que uma modalidade como essa pegue no Brasil”. Era o início das desconstruções das minhas certezas. Nada era certo, tudo era novo e muito incerto, mesmo. De forma tímida, surge então a Matemática... Até 2004, acreditava que dançar era uma atividade para corpos flexíveis e para pessoas que tivessem ouvidos apuradíssimos para as músicas. Incrível que até aquele momento só conseguia perceber, e muito mal na maioria das vezes, a voz do cantor(a), a melodia e mais nada. Todas as minhas experiências com a dança de salão que vinha tendo, desde 2002, me atestavam um grau de incapacidade para entender aquele tal “pá, pá, pá; pá, pá, pá...”. “Que linguagem é essa?” Perguntava- me várias vezes. Mas foi em 2004, numa aula que realizava com a Profª Carine Pinheiro4, onde não aprendia de jeito algum uma seqüência coreográfica, que a mesma resolveu executar os passos utilizando contagem e aí comecei a perceber a diferença e indagar a ela o porquê de contar em “4” aquela rumba (de origem cubana, lembra um bolero mais estilizado) e ela me respondeu: “porque é quaternária !”. E perguntei: “E o samba que contamos “1 e 2” é binário?”. E ela respondeu: “Sim, é binário”. Naquele momento tudo clareou. Por que não me ensinaram assim? A Música é Matemática! Dessa conclusão comecei a perceber que os passos que eram também executados eram figuras geométricas desenhadas pelos pés, ou pelas rodas, ou pelo tronco, ou pelos braços, ou pelo corpo como um todo. E hoje percebo isso com maior clareza pois, nessa dança, ora usamos o artifício de movimentar partes do corpo, como se essas pudessem trabalhar de forma “dissociadas”, ora movimentamos o corpo todo, o que torna a dança muito mais interessante e dinâmica. Campeonato Aberto de Malta: comprovando a existência da Matemática na prática e na teoria da DECR. Dezembro de 2004. Estávamos, eu e Cabral, passando pela nossa 1ª experiência fora do Brasil, em Malta uma pequena, mas simpática ilha localizada no Mediterrâneo, próxima à Itália. Nossos olhos pareciam radares tentando captar todas as informações que pudéssemos trazer na bagagem de volta para o Brasil. Víamos a 4 Professora de Dança de Salão que dava aulas particulares à Anete. Convidada a coreografar a dupla, foi e tem sido uma grande aliada do trabalho desenvolvido pela CRS (Cia Rodas no Salão). Ficou por mais de dois anos como voluntária no Projeto. 4 precisão dos passos, coordenação de tempos, equilíbrio nos giros, paradas marcantes nas músicas e mesmo não se sabendo que música iria tocar no momento da competição. Tudo muito técnico, mas sem perder a beleza da dança. Nossa apresentação foi muito esperada e competimos na mesma categoria dos “donos da casa”. Apesar de ansiosos, estávamos confiantes em fazer o melhor, procurando não pensar no resultado, mas buscando aprender com a experiência. Dançamos algumas baterias, fomos elogiados pelo desempenho e ao final do campeonato logramos o 1º lugar na categoria “4 danças latinas”. DECR – O que é isso? Resolvi só descrever nesse momento o que é a DECR, pois foi a partir de Malta que tivemos o verdadeiro conhecimento do que era esta modalidade. A DECR nasceu na Europa, precisamente na Holanda, há quase 40 anos. A prática de dança esportiva por andantes já existe há mais de 100 anos. Por isso algumasadaptações dos passos executados para andantes foram realizadas para a modalidade em cadeira de rodas. Atualmente, 43 países praticam a modalidade no mundo, incluindo o Brasil. A elegância, o estilo, a técnica e o ritmo conduzem a uma rotina diária que trazem ganhos para a dança. A DECR envolve atletas com deficiência física, que devem dançar numa cadeira de rodas - cadeirante5 com um parceiro (a) andante6. Dois são os grupos de danças executados: as danças standard ou européias que incluem a valsa inglesa, tango, valsa Vienense, slow fox e o quickstep; e as danças latinas que incluem o samba internacional, cha-cha-cha, rumba, paso doble e jive. Em 1977, foi realizada a primeira competição internacional de DECR ocorrida na Suécia. Após diversas competições regionais e internacionais, o primeiro campeonato mundial foi organizado no Japão em 1998. Neste mesmo ano, a DECR transformou-se num esporte do IPC - Comitê Paraolímpico Internacional, mas ainda não faz parte do programa dos jogos paraolímpicos. As competições acontecem geralmente em quadra de esportes ou amplo salão de baile, com piso adequado, onde até 9 duplas (dependendo do tamanho da pista disponível e do número de competidores) disputam ao mesmo tempo, executando as danças no sentido anti- horário. Na pista todos já sabem os ritmos que dançarão (latinos ou standards) e a sequência também já é pré–determinada, por regra. Os ritmos já têm batimentos determinados para cada tipo de classe dos atletas – dançarinos que a executam. A classe refere-se à classificação funcional que o atleta-dançarino cadeirante se 5 É o nome adotado para a pessoa que usa cadeira de rodas. No universo do paradesporto é muito comum essa denominação. 6 É o nome atribuído à pessoa que “não possui deficiência”. Por isso esta dança é também considerada como uma grande vitrine de inclusão social. 5 submete dia(s) antes da competição, para saber o grau de comprometimento de seus movimentos em relação a sua lesão. Daí a dupla é classificada em LWD17 ou LWD28, na qual o grau de comprometimento é maior na 1ª classe (LWD1) e menor na 2ª classe (LWD2). Esses critérios são questionáveis e deverão estar passando por avaliação pelo IPC, nos próximos anos. Em cada bateria, as duplas dançam de 4 a 5 danças de forma ininterrupta, onde a duração de cada ritmo gira em torno de 1min a 1:30min. O PRESENTE ARTIGO – UMA INVESTIGAÇÃO COMPARATIVA A idéia deste artigo é propor um trabalho investigativo e comparativo entre os estudos realizados por Walter Laird9 e Bettina Ried10, no que diz respeito à Dança Esportiva (DE) para daí abstrair informações relevantes que sejam aplicáveis à DECR. O objetivo é aprofundar-se no que esses dois estudiosos trazem acerca da DE, observar características das figuras executadas pelos andantes, quais elementos do universo matemático fazem parte desse contexto e quais são comuns e/ou podem ser redimensionados para o contexto da DECR. Vale ressaltar que, como praticante da modalidade, algumas observações prévias já foram realizadas por mim, tais como: a geometria das figuras que são executadas em cada ritmo dançado; a simetria que ora os corpos têm que ter para formar as figuras; os ritmos das danças em consonância com as músicas que apresentam uma diversidade de bpm (batimentos por minuto); entre outras. Para ilustrar o contexto apresento a dança denominada por cha-cha-cha. Segundo Ried (2003, p.130) é a primeira dança “artificial” da história, ou seja, que não se desenvolveu a partir de danças tradicionais. Foi criada em 1953, em Nova Iorque, provavelmente pelo músico cubano Enrico Jorrin. No início não passou de uma variante mais rápida da Rumba, mas com o passar do tempo assimilou cada vez mais 7 LWD1: classificação na qual o atleta-cadeirante é submetido sob condições da competição, onde são analisados 5 critérios: controle da roda, função do impulso, função da tração, função do braço e rotação do tronco. Cada critério vale 4 pontos, pois avalia lado direito (2 pontos) e lado esquerdo (2 pontos). No caso do atleta ser classificado LWD1 o mesmo deverá ter obtido até 14 pontos. 8 LWD2: O atleta deverá ter obtido acima de 14 pontos 9 Três vezes campeão mundial de danças latinas para andantes, membro e examinador da Internacional Dance Teachers Association (I.D.T.A.). É autor do livro “Techinique of Latin Dancing”. 10 Alemã, é licenciada e mestre em Educação Física pela USP. Atualmente leciona na Escola de Educação Física de Jundiaí. Desde 1978 leciona Dança de Salão Internacional para adolescentes e adultos junto com seu esposo e partner Torsten. Autora do livro “Fundamentos de Dança de Salão”. 6 características da música Beat11 e Disco12 até que em 1962, passou a fazer parte do programa oficial de competições e, em 1963, do Programa Mundial de Dança de Salão. Apesar de muitas figuras do cha-cha-cha serem utilizadas na Rumba, as diferenças nessas danças são perceptíveis. E o principal ponto de diferenciação encontra-se no passo básico, o “chassé13”. Ried (2003, p.130) afirma que o chassé é a expressão motora da tresquiáltera14 rítmica marcada pelas maracas15 “CHA-CHA- CHA” conferem à música o caráter descontraído, namoradeiro e brincalhão que também deve ser expresso pela coreografia. A música do cha-cha-cha é quaternária e tem acento no primeiro tempo. A consciência corporal para executar esta dança também é essencial. Ao longo do artigo apresentaremos o devido posicionamento. Apresentarei aqui o ambiente onde acontece a dança esportiva, seja ela para andantes ou cadeirantes, valerá o mesmo referencial e critérios. Em seguida, farei um estudo comparativo da DE segundo uma leitura de Laird e Ried. Posteriormente farei uma leitura das matemáticas existentes neste contexto que, acredito, serão um facilitador para a compreensão da DECR e a criação de um material de fundamentação teórica e prática para seus pretensos ou já praticantes. Ambiente da Dança Esportiva Para compreendermos de fato a Dança Esportiva se faz necessário que nos situemos no local onde ela acontece. A visão espacial é única na Dança Esportiva: sejam praticantes andantes ou cadeirantes. Mas por que adotar critérios para se dançar numa pista de dança? Segundo Ried (2003, p.36), “com o tempo surgiram certas regras para a movimentação na pista de dança que, se obedecidas por todos os pares, facilitam a prática de todos”. Isso porque existem as danças que possuem deslocamentos e as danças estacionárias (o cha-cha-cha é um exemplo). E se não houver critérios, os pares entrariam em choque com facilidade. 11 Este estilo de música surgiu nos meados de 1960. A dança ao som deste tipo de música tem movimentação livre e descompromissada, cujo único determinante é o ritmo. 12 Caracteriza-se por ser uma dança sem contato. 13 É o passo lateral do cha-cha-cha. Para realizá-lo basta dar dois passos laterais curtos, ligados pela união dos dois pés no meio. Vale ressaltar que, no chassé os pés não se unem completamente, mas permanecem ligeiramente afastados. 14 É um conjunto de três notas curtas de duração equivalente, que substituem duas (normalmente semibreves) no compasso. 15 É um instrumento musical (o som é provocado pela sua vibração) de agitamento, constituido por uma bola que pode ser de cartão, plástico ou até uma cabaça, contendo sementes secas, grãos, arroz ou areia grossa, e uma pega. 7 Quanto ao deslocamento Ried (2003, p.36) diz que a “mão” do trânsito na pista é a mesma do trânsito nas ruas, ou seja, todos os pares se deslocam pelo salão em sentido anti-horário, acompanhando a parede à sua direita. Evidentemente, essaregra não implica que o par fique o tempo todo, ao longo da parede. Pode se deslocar para o centro do salão para executar determinadas figuras e depois voltar para a borda da pista, conforme julgar conveniente. (sentido anti – horário) Legenda: : Representa a dama : Representa o cavalheiro : Representa o centro De acordo com o desenho acima, existem dois pontos referenciais que deverão ser utilizados pela dupla de Atletas-Dançarinos (AD): centro e parede. Em relação ao centro a dupla poderá ter duas posições: diagonal centro ou diagonal reversa centro. De forma análoga acontece com a parede: diagonal parede ou diagonal reversa parede. Receber a denominação “diagonal” simplesmente, quer dizer que a dupla está no sentido anti-horário, ou seja, na linha da dança. Mas se for denominada como “diagonal reversa” indica que a dupla está no sentido horário, ou seja, na linha reversa da dança. Linha da dança Linha reversa da dança Parede Centro Diagonal reversa parede Diagonal reversa centro Diagonal centro Diagonal parede 8 1º passo 2º passo 3º passo Proposta investigativa – Parte 1: o que poderá ser explorado na figura anterior • Quais as possibilidades de deslocamento na pista de dança? • Quais são possíveis ser executadas levando-se em consideração os critérios de avaliação da modalidade? • Qual (is) referencial (is) você adotaria para realizar a dança na pista? • Observando as características do espaço a ser utilizado na dança, como você o utilizaria de uma forma mais eficaz, para que sua dança acontecesse com fluidez? Dança Esportiva (para andantes) Existem várias figuras executadas na DE, entretanto utilizarei uma para ilustrar e apresentá-la neste artigo. Trata-se de uma figura usual nas danças latinas, em específico no cha-cha-cha. O critério de escolha se deu por tratar de figuras que também são adotadas na DECR. Apresento as características da figura assim como uma leitura comparativa de Laird e Ried: closed basic. Adotei manter os termos originais, os quais são utilizados internacionalmente. CLOSED BASIC Segundo Bettina: • É um passo básico; • Pode ser dançado sem giro ou com até ½ giro para a esquerda; • Não há deslocamento pelo salão (posicionamento em relação às paredes é indiferente); • Passo é dançado em postura fechada ou aberta; • Ritmo: 1 – 2 – 3 – 4 & 1 – 2 – 3 – 4 &; • Os tempos “4” e “&” medem a metade da duração dos outros tempos; • Em conseqüência do item anterior o tamanho dos passos, especialmente do chassé, também não é igual: 4 & 1 ½ ½ 1, pois este tempo é mais longo em duração e distância. 9 Leitura comparativa: Diagrama de Bettina com a Tabela de W. Laird. Cavalheiro andante (1 – 10) / Dama andante (6 – 10 / 1 – 5) CÓDIGO DE TRABALHO: PE – pé esquerdo PD – pé direito MP – meia ponta PI – pé inteiro (todo o pé) Passo nº. Tempo Valor da batida Posição do pé Trabalho do pé Ação usada Giro do corpo 1 2 1 PE avança, dedo do pé virado para fora. MP e PI Caminhada pausada para frente – 2 3 1 PD no lugar MP e PI Peso transferido no lugar Delicadamente para a esquerda 3 4 ½ PE volta suavemente para lado e atrás MP e PI Chá-chá-chá chassé: Esquerda /direita /esquerda virando para a esquerda. Para a esquerda. 4 & ½ PD meio fechado para o PE MP e PI 5 1 1 PE volta suavemente para o lado e atrás MP e PI 6 2 1 PD atrás MP e PI Caminhada para trás – 7 3 1 PE no lugar MP e PI Peso transferido no lugar Delicadamente para a esquerda 8 4 ½ PD avança suavemente para lado e frente MP e PI Chá-chá-chá chassé: Direita /esquerda / direita virando para a esquerda. Para a esquerda 9 & ½ PE meio fechado para PD MP e PI 10 1 1 PD avança suavemente para lado e frente MP e PI 10 Proposta investigativa – Parte 2: o que poderá ser explorado a partir das informações anteriores • Como realizar, geometricamente, o que Bettina nos propõe neste passo básico: “ser dançado sem giro ou com até ½ giro para a esquerda”? • Como se dá o movimento ao “Ritmo: 1 – 2 – 3 – 4 & 1 – 2 – 3 – 4 &”? Tente elaborar um diagrama que represente a seqüência do movimento. • A pose da dupla da Fig. 3 possui alguma simetria? Qual e como você a caracterizaria? • Como se dá a realização da figura proposta se for levada para o ambiente da DECR? • No seu ponto de vista, como caracterizar a figura proposta na perspectiva da DECR? Quais elementos você consideraria ser importante levar em conta? • Existe uma característica comum às três duplas, qual é? • Observando algumas ilustrações abaixo, acerca da figura (closed basic), o que notamos de características para que ela seja executada por um par de andantes e/ou por um par andante/cadeirante? Fig. 3 Fig. 1 Fig. 2 11 Referências bibliográficas e webliográficas BARBOSA, R. M. Aprendendo com Padrões Mágicos. Publicações da SBEM – SP, nº 01, 2000. D’AMBROSIO, U. Educação para uma sociedade em transição. Campinas: Editora Papirus, 1999. D’AMBROSIO, U. Etnomatemática e Educação. Reflexão e Ação. Departamento de Educação da UNISC. v. 10, n. 01, jan/jun. – Santa Cruz do Sul. EDUNISC, 2002. D’AMBROSIO, U. Etnomatemática e História da Matemática. Palestra de encerramento do CBEm3, Niterói - RJ, 26-29 mar. 2008. FERREIRA, E.L. História Factual da Dança Esportiva em Cadeira de Rodas. Disponível em: www.cbdcr.org.br/Inicial.htm. Acesso em: 23 de julho de 2007. 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