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1 UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ Prática de Ensino e Estágio Supervisionado em Docência Educação Infantil PATRICIA ARRUDA DE SOUZA SANTOS Araruama, ABRIL/2017 2 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Prática de Ensino e Estágio Supervisionado em Docência Educação Infantil Relatório exigido como parte dos requisitos para conclusão da disciplina de Prática de Estágio Supervisionado em Docência de Educação Infantil sob a orientação da Professora Adelaide Rezende de Souza. Curso: Pedagogia Araruama, ABRIL DE 2017 3 SUMÁRIO INTRODUÇÃO.......................................................................................................04 1 - CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA E DO COTIDIANO.....................................05 1.1 – CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA ESCOLA.....05 1.2 - CUIDAR, EDUCAR E BRINCAR...................................................................08 2 - DESENVOLVIMENTO E ANÁLISE DAS ATIVIDADES OBSERVADAS E REALIZADAS...........................................................................12 2.1 – CARACTERIZAÇÃO DA TURMA E DAS ATIVIDADES OBSERVADAS......12 2.2 – ATIVIDADES REALIZADAS PELO ESTAGIÁRIO........................................17 3 - CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................22 REFERÊNCIAS.....................................................................................................25 ANEXOS...............................................................................................................26 4 INTRODUÇÃO O presente relatório do Estágio Supervisionado em Docência da Educação Infantil do curso de Pedagogia, tem por finalidade relatar as observações relacionadas ao processo pedagógico – a escola, os espaços educativos, as crianças e as práticas docentes. A finalidade da prática do estágio fortalece a compreensão das teorias estudadas, bem como a aplicabilidade e reflexão sobre o exercício que se inicia neste momento, indispensáveis à formação docente. Os assuntos aqui abordados relacionam-se ao reconhecimento da estrutura e funcionamento de uma escola de educação infantil, observando e analisando aspectos no que se refere às práticas docentes, como plano de aula, metodologia, avaliação e etc. O estágio foi realizado na Escola Municipal Vereador Alcebíades Carvalho das Flores, no ano de 2017, no período de 20/03/2017 à 11/04/2017, com carga horária de 66 h, na turma 11 do Pré II, regida pela professora Andréa Dias Pereira Peclat. A referida turma é composta por 22 crianças da faixa etária de cinco anos. Foram realizadas atividades de observação da rotina escolar, participação e colaboração em atividades das práticas diárias junto à turma. O relatório está organizado em três seções que dispõe sobre o desenvolvimento do estágio: na primeira sessão apresento a descrição do local onde foi realizado o estágio, observando sua estrutura física e o levantamento do quadro de profissionais ativos, bem como do cotidiano escolar, que envolve o cuidar, o educar e o brincar. Na segunda sessão, ressalto a observação dos aspectos constitutivos de uma sala de aula, bem como das atividades realizadas. Na terceira sessão, concluo as minhas expectativas ao começar o estágio, minhas experiências vivenciadas e principalmente todas as atividades das quais participei e que desenvolvi durante o estágio. Ao final, são acrescentados alguns anexos relevantes que completam a documentação do relatório. 5 CAPÍTULO 1 CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA E DO COTIDIANO 1.1 - CARACTERIZAÇÃO, ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA ESCOLA. Fundada em 1988, a Escola Municipal Vereador Alcebíades Carvalho das Flores pertence à rede pública municipal, mantida pela Prefeitura de Araruama - RJ. Fica localizada na Rua Monlevale, s/nº, no bairro Fazendinha, primeiro distrito do município de Araruama - RJ. Encontra-se próximo a uma grande rodovia que liga a Região dos Lagos a outros municípios. O bairro é bem populoso e possui características de periferia urbana. Possui muitas residências e comércios como padarias, depósitos de doces, mercados, peixaria, vidraçaria, bazar, entre outros. A clientela é formada por alunos de 4 a 12 anos, que moram no bairro e não apresentam as mesmas condições socioeconômicas, porém isso não interfere no relacionamento e na aprendizagem dos mesmos. A escola oferece educação infantil: Pré I e Pré II e ensino fundamental do primeiro segmento: do 1º ao 5º ano. As turmas funcionam em 2 turnos: manhã e tarde. Ao todo são 980m2 de área construída. O prédio foi totalmente reformado há um ano, oferecendo uma ótima infra-estrutura à comunidade. Os banheiros, bebedouros, mesas e cadeiras são adaptados ao tamanho da criança, tornando os ambientes mais aconchegantes. Também estão presentes os recursos de acessibilidades para alunos com limitações físicas e motoras, tais como: rampas de acesso e corrimão nos diversas áreas da escola. A Instituição possui nove salas de aula amplas e arejadas. Uma sala de vídeo, uma sala de leitura (biblioteca) com livros à disposição de qualquer educador que tiver interesse e necessidade de usá-los, uma sala de recursos, uma sala de informática, uma sala de direção, uma sala de secretaria, uma sala de orientação, uma sala dos professores, um refeitório com capacidade para 40 crianças, uma cozinha, uma cantina, oito banheiros femininos, oito banheiros 6 masculinos (adaptados ao tamanho da criança e também aos portadores de necessidades especiais), um pátio amplo e coberto para a realização de várias atividades e uma quadra de areia. A escola é bem distribuída. A educação infantil possui uma entrada separada dos demais alunos, garantindo maior segurança. No que se refere aos recursos didáticos, a escola possui datashow, computadores, impressora, aparelho de som, televisão, aparelho de DVD, entre outros. As salas de aula contêm armários para guardar materiais didáticos, quadros brancos, mural, ventiladores, carteiras e cadeiras apropriadas. Na educação infantil, as salas também contam com cantinhos lúdicos como: cantinho da leitura, cantinho dos jogos e cantinho do vídeo (TV/DVD). Nas paredes da sala de aula têm algumas atividades realizadas pelos alunos e de modo geral estão na altura das crianças, seguindo o método pedagógico utilizado. É possível perceber em cada trabalho, a individualidade de cada aluno. O quadro de funcionários contém 51 pessoas: uma diretora, uma vice- diretora, uma secretária, um oficial administrativo, três orientadoras pedagógicas, duas orientadoras educativas, dois professores de educação física, duas professoras de recursos, duas professoras de leitura, duas professoras de artes, seis professoras da educação infantil, onze professoras do ensino fundamental, duas professoras de apoio, três auxiliares de disciplina, cinco ASG, quatro merendeiras, dois vigias e um guarda. A Escola Municipal Vereador Alcebíades Carvalho das Flores desenvolve um projeto sustentável há cinco anos, onde todos os alunos, docentes e funcionários participam juntando material reciclável durante o ano e todo mês deoutubro, o material é vendido e a renda é revertida para a realização da festa das crianças, onde são distribuídos doces e brinquedos. 7 Quanto ao planejamento da escola, existe o Projeto Político Pedagógico que foi elaborado há muitos anos por funcionários da instituição e com a participação da comunidade escolar. Esse documento busca definir a identidade da escola, enfatizando sobre o tipo de indivíduo que queremos formar, e que mundo desejamos construir. Atualmente, o PPP da escola está sendo revisado e tem como proposta o resgate da identidade e a valorização da cultura, na perspectiva de formar cidadãos e cidadãs que integrem e contribuam para sua comunidade. Sempre que há necessidade ele é alterado de acordo com as necessidades. A metodologia utilizada na escola oscila entre a tradicional e a construtivista. A sala de aula da turma estagiada é ampla, arejada, bastante colorida e atrativa. Os móveis são adequados ao tamanho das crianças. Há uma TV, um aparelho de DVD e três ventiladores de teto. Possui armários, onde são guardados os materiais utilizados para a aula. Existe um quadro branco onde são passadas algumas atividades, um varal onde são colocadas as atividades realizadas pelas crianças. Acima do quadro tem o alfabeto em caixa alta. Na parede ficam expostos os numerais e vogais. Possui também um cartaz de chamada contendo os nomes de todos os alunos em ordem alfabética. Todos os cartazes foram confeccionados em EVA. A sala também possui um cantinho da leitura, com livros de histórias e contos de fadas, onde a professora utiliza sempre no início e no final da aula. Sugestões para melhoria dos espaços observados: Mesmo sendo uma estrutura recém reformada, percebe-se que ainda pode ser melhorada. Um exemplo disso é a ausência de uma brinquedoteca, possibilitando o brincar de forma significativa e criativa, promovendo o descobrimento de si mesmo, de suas capacidades, da maneira de pensar diferente dos outros perante as mesmas brincadeiras. Segundo Kishimoto (1990) apud Carvalho (2011, p. 28); “Atualmente as brinquedotecas são consideradas espaços de animação sociocultural que se encarregam da transmissão da cultura infantil bem como do desenvolvimento da socialização, integração e construção de representações infantis”. 8 1.2 – CUIDAR, EDUCAR E BRINCAR O cuidar e o educar são processos indissociáveis que estão sempre presentes na rotina pedagógica da educação infantil, como no momento da higiene, da alimentação e tantos outros que podem e devem ser trabalhados dentro do aspecto educativo. Portanto cuidar e educar na educação infantil significa ter situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento da criança. Na Pré Escola, o educar não se trata de preparar o aluno para o ensino fundamental. A importância dessa fase é levar a criança a formar uma imagem positiva de si, fortalecendo a auto-estima, bem como desenvolver a comunicação e a interação social através das relações que se estabelecem com o outro. O momento da acolhida na escola estagiada é de muita atenção e cuidado, a professora sempre chega mais cedo e recebe os alunos com um “bom dia” bem alegre. Durante todo o período de estágio, observei que ela proporcionava diariamente momentos para que os alunos pudessem brincar no pátio livremente ou em atividades organizadas por ela. Porém pude notar que algumas vezes a professora utilizava desse momento como punição quanto ao mau comportamento de alguns alunos. O brincar faz parte das atividades diárias dos alunos. Não deve ser utilizada como premiação ou punição. A professora deve buscar outros meios para lidar com o mau comportamento das crianças, como o diálogo e as regras combinadas. A prática docente deve ser prazerosa, dinâmica e eficiente ao usar o brincar como instrumento de aprendizagem e indispensável na formação de identidade da criança, propiciando aos mesmos uma aprendizagem significativa, despertando o interesse, a autonomia, a criatividade e o prazer nas realizações das atividades propostas. Brincando, a criança aprende novos conceitos, adquire informações e tem um crescimento saudável. Nada melhor para a criança, que aprender através daquilo que ela mais gosta de fazer: brincar. 9 Moreira (2005, p. 20) afirma que para melhor conhecer a criança é preciso aprender a vê-la, observá-la enquanto brinca, o brilho dos seus olhos, a mudança de expressões em seu rosto, os movimentos do seu corpo. Devemos estar atentos à maneira como ela desenha o seu espaço e aprender a ler a maneira como ela escreve a sua história. A relação da professora com os alunos da classe observada se dá de forma próxima e afetiva. Esta relação está pautada no diálogo, na compreensão, na afetividade. A professora conversa com os alunos, escuta, incentiva, é atenciosa, e tem voz altiva, levando em consideração os limites que devem ser impostos em alguns casos. Essas atitudes podem ter importantes contribuições no desenvolvimento afetivo e cognitivo da criança, pois, segundo Souza (2012, p. 31), “ao retornar para si o olhar e as palavras impregnadas de sentidos que o outro lhe transmite, a criança acaba por construir sua subjetividade a partir dos conteúdos sociais e afetivos que este olhar e estas palavras lhe revelam”. Sendo assim, cada palavra e cada gesto que o professor transmite ao seu aluno pode interferir no processo de aprendizagem da criança, visto que expressamos nossos sentimentos através linguagem corporal. A professora estimula a responsabilidade e a organização das crianças. Na entrada, elas colocam suas mochilas penduradas no local reservado, e ao brincar, todos devem juntar e guardar os jogos. Quando há algum conflito entre os alunos, a professora sempre resolve em sala mesmo. O manejo dela frente à turma possibilitava um ambiente de boa convivência. Em relação aos alunos pode se dizer que são participativos, demonstram interesse em aprender, possuem um bom relacionamento e trata a professora com respeito. Não têm dificuldades em emprestar os jogos e participam juntos das brincadeiras. De um modo geral, eles são afetuosos uns com os outros. Quanto ao aspecto cognitivo, todos os alunos necessitam de auxílio para desempenhar as atividades propostas. Alguns apresentam maiores dificuldades cognitivas do que outras, enquanto que outras têm maior habilidade motora. Logo foi visível que o desenvolvimento humano não é linear. 10 Por serem crianças da faixa etária de cinco anos, conseguem utilizar o banheiro sozinhas, mas havendo necessidade a professora auxilia. Quanto à gestão escolar, é participativa e democrática, havendo um bom relacionamento entre todos. A orientadora pedagógica acompanha o trabalho da professora de perto, sempre chega à porta pra observar como está o andamento das aulas. Bimestralmente acontecem reuniões de pais para discutirem assuntos sobre a aprendizagem e comportamentos dos alunos. O corpo docente da escola busca juntamente com a família um ensino de melhor qualidade. A anamnese é feita no ato da matrícula. Os pais ou responsáveis pelo aluno são entrevistados pela orientadora que também registra em uma ficha todos os dados históricos necessários da criança. Os professores participam do curso de formação continuada oferecido gratuitamente pela secretaria municipal de educação. A escola oferece refeições às crianças. Antes de entrar em sala tomam leite que pode ser misturado comchocolate. No horário do recreio serve comida com cardápio variado, que é elaborado pelas merendeiras. Algumas crianças têm o costume de levar seus lanches. Não existe o momento para higiene bucal, onde deveriam escovar os dentes, quando terminam a merenda, as crianças lavam as mãos e em seguida a professora as conduzem à quadra para brincadeiras livres. Percebemos que a escola oferece um ambiente propício para desenvolver a aprendizagem. Para (Davis e Oliveira 2010), “A escola deve ser um ambiente acolhedor, que promova a liberdade de pensamento, que incentive a ousadia nas formas de expressão e valorize a descoberta do novo. (...) um local onde os outros possam aperfeiçoar seus processos sensoriais, perceptivos e imaginativos. Isso pode ser alcançado por meio de experiências que estimulem a exploração, a experimentação e a criação. Esta postura contribui para que a escola confirme sua função de instituição social voltada para uma ação que leve as crianças a construírem conhecimentos cada vez mais complexos 11 e também a se engajarem em novas possibilidades de ação. É conhecendo, explorando e criando que as crianças se constituem enquanto sujeitos”. (DAVIS e OLIVEIRA, 1994, p. 70) 12 CAPÍTULO 2 DESENVOLVIMENTO E ANÁLISE DAS ATIVIDADES OBSERVADAS E REALIZADAS A experiência do Estágio Supervisionado na Educação Infantil é um momento de grande importância para a formação docente, seja ela inicial ou continuada. Durante esse período é possível observar com se dá e processo de ensino e aprendizagem e a relação estabelecida entre todos os envolvidos no contexto escolar. É através do estágio que os estudantes podem compreender melhor os conhecimentos teóricos adquiridos durante o curso. Durante esse processo, busquei observar todos os aspectos que pudessem contribuir para minha formação, bem como compreender o desenvolvimento da aprendizagem da criança, refletindo a qualidade do trabalho educativo. Nesse capítulo, estão descritos minhas análises quanto aos acontecimentos da turma observada, das práticas da professora e das atividades planejadas por mim. 2.1 – CARACTERIZAÇÃO DA TURMA E DAS ATIVIDADES OBSERVADAS O estágio foi realizado na turma do Pré II, com crianças da faixa etária de cinco anos. A turma é composta de 22 alunos que são bastante comunicativos e participativos e conta somente com a professora regente. Ao chegar à escola, a professora regente recebeu-me com muito carinho e apresentou-me à classe. Sentei-me próximo às crianças que demonstravam bastante curiosidade com minha presença. Confesso que antes desse momento me sentia ansiosa. Porém a cada dia me familiarizava mais com toda a classe. As aulas seguem uma rotina diária estabelecida pela professora. No momento da acolhida, as crianças se cumprimentam através da música: “Bom dia amiguinho”. Logo após, a professora fala sobre o tempo e pergunta: como está o dia hoje? Está fazendo sol? Todas as crianças respondem. Logo em seguida a professora pergunta que dia da semana é hoje? Nesse momento uma responde: 13 hoje é sexta feira, outra diz: hoje é sábado. Elas ainda não sabem se orientar pelo dia da semana. Dando seqüência, tem o momento da roda de conversa onde a professora conta uma história e ao terminar deixa as crianças comentarem suas novidades e interesses. Após esse momento, as crianças voltam para o seu lugar para fazer suas atividades. A professora utilizou várias estratégias de ensino como brincadeiras, pinturas, colagem, montagem, datas comemorativas e outras competências educacionais, sempre de forma interativa e incentivando a participação dos alunos. A educação infantil é um lugar que tem a função pedagógica específica, em sintonia com os sujeitos a que se destina, almejando o pleno desenvolvimento infantil e levando em consideração as características concretas de cada um. O plano de aula é desenvolvido semanalmente pela professora e revisado pela coordenadora pedagógica, sendo sujeito a alterações se necessário. Apesar de planejar antecipadamente as aulas, havia momentos em que as crianças ficavam ociosas enquanto a professora preparava algo de improviso. Nesses momentos, ela oferecia alguns joguinhos como: quebra cabeça, jogo de encaixe, figurinhas. Nessas atividades, os objetivos não eram esclarecidos, servindo apenas para preencher o tempo. O planejamento é um aspecto fundamental na prática docente. O ensino não pode ser espontaneísta, sem embasamento, é preciso pesquisa e traçar objetivos que queira alcançar com a execução de cada atividade. Isso não significa que o ensino deva ser estático, sem possibilidade de mudanças, é preciso haver flexibilidade a fim de que os interesses dos alunos possam ser respeitados. O plano de aula deve satisfazer os interesses e as necessidades dos alunos, sem afastar-se dos pontos essenciais a serem desenvolvidos”. (Cazaux Haydt, p. 105). 14 Quanto a avaliação da Educação Infantil, é realizada durante o decorrer do ano letivo, através das atividades individuais e em grupo aplicadas pelos professores. É feita a partir de observação, registro das atividades, produção de portifólio individual e relatórios semestrais. De acordo com o art. 31 da LDB 9394/96, a avaliação na educação infantil não tem objetivo de promoção das crianças mesmo para o ensino fundamental e deve ser feita mediante registro do desenvolvimento das crianças. No portifólio individual especifica-se o desenvolvimento das crianças em cada matéria estudada: Como foi esse desenvolvimento, o que aprenderam, se a aprendizagem foi significativa, de que forma se comportaram frente a situações de adversidades, como foi o comportamento diário em sala de aula. Os principais aspectos observados, segundo a professora são: desenvolvimento da linguagem oral, desenvolvimento emocional, capacidade de realizar atividades propostas e o nível de dificuldade que apresentam nessa resolução e aspectos de desenvolvimento da capacidade motora fina. ATIVIDADES REALIZADAS PELA PROFESSORA: Atividade 1: Com objetivo de desenvolver a linguagem oral, áudio visual e criatividade, a professora após terminar a leitura da história “O sapo apaixonado”, perguntou se algum aluno poderia reproduzir a história. Cada criança contou uma parte, recriando e imaginando a história. Foi um momento de muita interação entre elas. Logo após cantaram a música “O sapo não lava o pé”. Análise crítica: A atividade proporcionou para que as crianças pudessem recriar a história, ressaltando os principais trechos, utilizando a imaginação e a criatividade. Foi bem interativa, onde teve a participação da maioria dos alunos. Ao interagir com o livro de maneira prazerosa, podemos reconhecê-lo como fonte de múltiplas informações e conhecimentos. Fundamentação Teórica: Através da leitura, o professor estará ampliando o repertório literário de seus alunos, proporcionando uma construção autônoma e motivando o hábito de leitura. De acordo com essa perspectiva, o 15 desenvolvimento da autonomia é incentivado, pois é através da participação ativa e autônoma que podemos levar nossos a alunos a uma aprendizagem eficaz. Segundo Paulo Freire: “Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.” Atividade 2: - Dia da água. A professora explicou a importância da água, ressaltando sua utilização em várias ocasiões no dia adia. Pediu que a turma participasse explicando em quais momentos eles utilizavam a água. Eles relataram alguns exemplos como: tomar banho, beber, fazer comida. Depois dessa conversa, a professora entregou uma folha e pediu que cada um fizesse um desenho livre com o tema apresentado. Análise Crítica: As crianças interagiram demonstrando interesse, introduzindo seus conhecimentos acerca do tema trabalhado. Observei o quanto gostam de desenhar espontaneamente. Fundamentação teórica: O conhecimento que o aluno traz é importante para o processo de aprendizagem, para que esse processo seja realmente significativo e não um amontoado de palavras que não fazem parte da vivência cultural dos educandos. Paulo Freire (1989) salienta a importância da leitura do mundo para que se faça a posterior leitura da palavra. “A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele”. Atividade 3: Nessa atividade a professora trabalhou a introdução de algumas letras do alfabeto. A atividade consistia em copiar as letras A, B, C, D, E, F e G até o final da linha e pintar o desenho de um barco. A professora pediu a atenção de todos, dirigiu-se ao quadro e escreveu a letra B. _Olhem para cá crianças, vamos aprender a letrinha B. Alguém sabe alguma coisa que comece com essa letra? 16 As crianças pareciam pensativas. Algumas recorreram ao mural de alfabetos onde tem algumas ilustrações e responderam: _Bola! A professora perguntou se alguém mais sabia oura palavra. Ajudei a professora pronunciando alguns itens que começam com a letra B como: banana, barco, boneca e etc. Quando terminaram a cópia da letra B, a professora repetiu o mesmo processo para a letra C. Quando chegou na letra D, a maioria das crianças estavam desatentas e já não demonstravam interesse pela a atividade. Algumas já estavam pintando o desenho, que era para ser feito no final. A atividade se estendeu, não dando tempo para trabalhar todas as letras. Corremos para terminar, pois professora disse que todos deveriam encerrar naquele mesmo dia. Todas realizaram a atividade, porém muitas crianças tiveram dificuldades. Ajudei indo de mesa em mesa, segurando cada mãozinha, já que muitos não tinham coordenação motora e também estavam cansados. Análise Crítica: Não deu tempo de trabalhar todas as letras, aprender as relações entre fonemas e grafemas. As crianças seguiram copiando automaticamente. Se a criança não adquire a consciência fonêmica, ela pode pensar que as palavras são como desenhos, e passar a decorá-las. Fundamentação Teórica: Segundo Ferreiro (1999) “Ler não é decifrar; escrever não é copiar” (p. 283). Muitos educadores ainda utilizam a cópia de letras soltas como ferramenta para a alfabetização, apegados à concepção de que só se aprende algo por meio de repetição, memorização, cópia de modelos de escrita ou mecanização. Porém, refletir sobre esse processo, é ter consciência de que alfabetizar não é somente decorar símbolos, mas sim dar compreensão do que vê, lê e vive. Nessa perspectiva, a aprendizagem é percebida como o somatório desses elementos mínimos, onde a criança aprende através da repetição seguindo um modelo pré-estabelecido, privilegiando os aspectos perceptivo e motor. A aprendizagem torna-se, portanto, um processo mecânico, repetitivo, não levando em conta o contexto sócio-histórico e nem o desenvolvimento psicológico 17 da criança. Num processo de aprendizagem de leitura e escrita, a criança se depara com um mundo cheio de atrações, e será muito mais atraída se esse processo for transformado num ato lúdico. ATIVIDADES REALIZADAS PELO ESTAGIÁRIO Nesse período em que estagiei, auxiliei a professora e os alunos sempre que necessário. Ajudei individualmente cada aluno nas atividades, levei as crianças ao recreio, auxiliei na confecção de vestimentas e acessório para o dia do circo e etc. Para desenvolver o Projeto de Atividades decidi trabalhar o tema Identidade, sugerido pela orientadora pedagógica. O objetivo do projeto é valorizar a identidade do aluno, construir sua autonomia e respeitar os demais diante de suas escolhas e preferências. Observei que as atividades que envolviam jogos, músicas e histórias faziam com que as crianças mostrassem maior interesse. Diante disso, busquei de forma planejada desenvolver atividades lúdicas, que não ficasse restrita apenas a lápis e papel, mas que pudesse possibilitar uma aprendizagem mais significativa, respeitando as singularidades de cada criança. Atividade 1: A caixa do tesouro Objetivo: Construção da identidade, baseada na autonomia do indivíduo e no desenvolvimento da sua auto-estima. Desenvolvimento: Levei para sala um baú enfeitado e encapado com papel dourado e coloquei um espelho dentro. Confeccionei um mapa do tesouro na cartolina e fixei-o no quadro para deixar um clima mais real. Comentei com as crianças que fiquei sabendo que haviam encontrado dentro da escola um baú do tesouro e perguntei a elas se sabiam o que era tesouro. Prontamente algumas responderam que eram jóias outras disseram que era ouro. Fui buscar o baú do tesouro e coloquei-o em cima da mesa de frente para a turma. Comentei que o 18 tesouro que estava ali dentro do baú era mais valioso do que as jóias e o ouro. Perguntei: _Vocês querem ver o tesouro? Elas prontamente responderam: Sim. Combinei que cada um poderia ver, mas não podia comentar com o colega, tinha que manter segredo. Então chamamos um a um e quando eles abriam o baú e viam sua própria imagem eu comentava: _Olha que tesouro mais lindo e precioso! Elas tiveram as mais diversas reações ao verem sua imagem refletida. Sorriam e voltavam aos seus lugares. Quando todos participaram fiz alguns questionamentos: _ O que vocês viram dentro do baú? Perguntei _ Vi meu rosto. Alguns responderam. _ Vocês sabiam o quanto são especiais e de muito valor? Vocês são verdadeiros tesouros. Comentei o quanto eles eram amados e queridos e deixei que eles comentassem. _ A minha mãe já me disse isso - Uma criança comentou Outras comentaram sobre atitudes carinhosas no âmbito familiar. As crianças participaram com entusiasmo. Atividade 2: Caça ao tesouro Objetivo: Desenvolvimento psicomotor e Identificação da escrita do próprio nome em situações significativas. Desenvolvimento: Elaborei uma atividade possibilitasse o brincar como projeto educativo. Espalhei bombons com o nome impresso de cada criança pela parte externa da escola. Conduzimos as crianças à quadra e disse que iríamos brincar de caça ao tesouro. Separamos em grupos de quatro alunos e combinamos que eles deveriam procurar o tesouro que estava escondido em algum lugar, mas só poderiam pegar aquele que tivesse com o seu nome. As crianças estavam eufóricas e umas torciam pelas outras. Elas procuravam com muitas expectativas e quando encontravam o seu tesouro, voltavam com muita alegria. Auxiliamos de perto promovendo a segurança das crianças e orientando se estivesse perto. 19 Somente três alunos não conseguiram identificar a escrita do seu nome, sendo preciso ajudá-los. Foi uma atividade fantástica. Todos adoraram. Fundamentação Teórica: Brincar é a oportunidade de desenvolvimento psicomotor, assim a criança experimenta, descobre, inventa, exercita e confere suas habilidades. O brincar é portanto, uma atividade natural, espontânea e necessária para a criança, constituindo-se em uma peça importantíssima na sua formação. Para Santos (1995,p.4.) por meio dessas atividades, a criança constrói o seu próprio mundo. Atividade 3: Cada um é do seu jeito Objetivo: Trabalhar a autoestima. Possibilitar uma imagem positiva de si, ampliando sua autoconfiança. Respeitar as características de cada um. Reconhecer suas próprias características e do colega. Desenvolvimento: Seguindo a orientação da professora regente, chamei duas crianças à frente da turma. Pedi que cada uma olhasse sua imagem no espelho. Em seguida perguntei se elas eram iguais nos seguintes aspectos: cor dor olhos, estilo do cabelo e cor da pele. Chamei mais duas crianças e repeti as perguntas. As respostas eram sempre as mesmas: _Não somos iguais, somos diferentes. _ Tia, ela tem o cabelo enrolado – disse uma. _ Muito bem! Cada um é do seu jeito. Respondi Expliquei que todos nós possuímos características diferentes e muito especiais. Logo após deixei que todos se olhassem no espelho. Distribuí lápis de cor e folha para cada um com o desenho de um rosto em branco e pedi que eles desenhassem em cada rosto o que estava faltando de acordo com as suas características como: estilo do cabelo, cor dos olhos e etc. Todos participaram e foram bastante criativos. Quando iam terminando me perguntavam: _Olha tia, o meu ficou bonito? Ficou lindo! Respondia sempre com um sorriso e um abraço. 20 Atividade 4: Roda de leitura - História “Meninos de todas as cores” Objetivo: Estimular o pensamento independente, a imaginação, a concentração e a socialização. Desenvolver o gosto pela leitura, envolvendo a criança num mundo de fantasia e imaginação. A história também proporcionou construir uma imagem positiva das diversidades étnicas culturais que existem em nossa sociedade, como sendo fundamentais para a formação da identidade. Desenvolvimento: Elaborei um cenário com vários meninos desenhados de mãos dadas, cada um de uma cor. Sentamos em roda e pus no meio um vasilhame com água e coloquei dentro um barquinho de papel pintado. Confeccionei quatro bonequinhos de papel, um de cada cor. Então contei a história de maneira lúdica que fala de um menino branco, que só brincava com meninos brancos e gostava de ser branco porque era a cor do leite saboroso e da neve que é linda. Esse menino resolveu fazer uma viagem, então eu coloquei o bonequinho branco dentro do barco e ele viajou até que encontrou um lugar onde todos os meninos eram amarelos. Esse menino amarelo também gostava de ser amarelo porque o sol era amarelo. Narrei toda a história e todas as crianças estavam muito atentas e todas as vezes que eu citava a cor de cada menino, algumas crianças participavam dizendo: _Olha tia, tem a cor amarelo na minha blusa. Após terminar a história, trabalhei os aspectos da diversidade racial existente na nossa sociedade, conscientizando a turma que todas as pessoas são iguais apesar das diferenças. Encerrei a atividade dizendo que a nossa turma é mais bonita por ser assim toda colorida! As crianças adoraram. Elas participaram e ficaram atentas no decorrer da história. A professora me pediu para repetir antes do finalizar o estágio. Fundamentação teórica: Através das histórias infantis a criança expressa seus sentimentos, intensifica sua capacidade de imaginação, cria e recria o seu universo e amplia seu relacionamento e compreensão com o mundo, um mundo do faz de conta. 21 Atividade 5: Minha família Objetivo: Desenvolvimento da linguagem oral e coordenação motora, bem como Identificar os componentes da sua família. Trabalhamos também com o pensamento lógico, associação de número e noção de quantidade. Desenvolvimento: Através do tema Identidade, é importante mencionar a família e sua importância. Distribuí folhas com um desenho de uma casa. Pedi que cada um desenhasse todos os membros que compõe sua família dentro do desenho. Todos desenharam e pintaram. Logos após recortamos a casa e dobramos as partes laterais de maneira que quando a casa fosse aberta podíamos ver a família na parte de dentro. Quando terminaram, Perguntei: _Como é sua família? Será que ela é igual à do seu colega? Deixei que eles comentassem, pedindo que aguardassem sua vez. Conversamos sobre a importância da família, que não existe somente a família tradicional composta por pai, mãe, filhos, avós e tios, às vezes só a mãe e filhos ou só avós e netos. Não foi um tema simples de discutir, mas as crianças participaram expondo suas idéias. Ainda dentro dessa mesma atividade, pedi que sentassem em rodinha e coloquei uma caixa no centro contendo muitas tampinhas. Pedi que cada um pegasse a quantidade de tampinhas que representasse o número de pessoas da sua família. Mostrei o número referente à quantidade que representava cada família. Depois pedi que cada um observasse a quantidade das tampinhas dos colegas e perguntei: _ Qual família possui mais pessoas? Perguntei _ É a família do Davi - Responderam alguns. _ Qual família possui menos pessoas? _ É a família da Maryana – Respondeu uma criança. _ Sim da Maryana e também da Maria Eduarda. Continuei. _ Vamos ver agora quais são as famílias que possuem as mesmas quantidades de pessoas? Continuei. As crianças participaram com entusiasmo. Algumas possuem dificuldades de relacionar quantidade. Porém mesmo com dificuldades todas participaram. 22 As atividades propostas por mim foram realizadas com êxito e o resultado foi satisfatório. Percebe-se que através de momentos lúdicos é possível estabelecer muito mais interação, aprendizado e socialização entre as crianças. Foi notável a participação delas através da brincadeira, dinâmicas, rodinhas de história. As observações iniciais possibilitaram-me a elaboração de um planejamento lúdico voltado para o desenvolvimento integral da criança, a fim de construir seus próprios conhecimentos. O educador deve estar preparado para escutá-los, entendê-los e envolvê-los de maneira criativa, respeitando suas características dentro da realidade de cada um e suas capacidades. Nesse sentido, o educador deve ser um pesquisador de suas próprias ações, viabilizando um planejamento pedagógico proporcionando as crianças situações de aprendizagens significativas, na qual o professor tem um papel de mediador, que observa e espera o desenvolvimento dos pequenos. Portanto, é no estágio prático em sala de aula, que o futuro professor tem a oportunidade de se aprimorar, para exercer com êxito sua futura profissão pensando nos resultados, analisando como podemos melhorar. Essa reflexão deve ser constante ao professor. 23 CONSIDERAÇÕES FINAIS A prática do estágio foi uma experiência muito proveitosa que me possibilitou vivenciar o início do processo de construção da docência. Foi possível conhecer, experimentar e vivenciar as diversas situações das práticas pedagógicas inseridas dentro de sala de aula. Essa experiência forneceu-me subsídios importantes para minha formação, pois permitiu um novo olhar acerca do ambiente escolar como um momento de descoberta da própria identidade do estagiário, mostrando-me a importância da formação continuada, do constante aprimoramento como professor pesquisador em constante busca de conteúdos atuais, investigando minhas próprias práticas visando sempre o desenvolvimento pleno dos educandos. Esse contato foi desafiador, entretanto prazeroso e significativo. Confesso que me senti ansiosa no primeiro dia, mas as crianças foram muito receptivas e o corpo docente foi muito prestativo.Esses fatores me ajudaram a sentir mais integrada à escola. Durante as semanas de estágio tive a oportunidade de planejar atividades para serem propostas aos alunos, ver na prática como é estar à frente de uma classe e ser responsável pela mediação do conhecimento. Não só os alunos aprendem com o professor, mas sim aprendemos muito com eles também a cada situação vivida em sala de aula Segundo Silva: A primeira concepção que deve nortear o papel do professor é: “aprender e ensinar‟ e “ensinar e aprender‟. Ambas constituem um processo dinâmico, onde uma não existe sem a outra. Ensinar pressupõe um aprendizado.” (2007, p. 35) Nas observações em sala de aula foram registradas as práticas docentes assim como do relacionamento entre professor-aluno. Não poderia deixar de destacar o laço de afetividade que envolve os alunos e a professora. As crianças são espontâneas em seus gestos. Abraçam-nos, e demonstram o quanto depositam confiança, segurança e carinho no professor. Como foi gratificante receber cada sorriso. 24 Destaco também que a realidade escolar é bastante dinâmica, repleta de improvisos e como futuros professores precisamos estar preparados para mudanças no planejamento e atividades pedagógicas. O estágio é indispensável para a formação docente, pois nos faz refletir sobre a nossa atuação enquanto futuros profissionais da educação. Foi um período de aprendizagens e descobertas, proporcionando-me levar de aprendizado para a vida profissional a reflexão sobre minha própria conduta como educadora, a flexibilidade e a necessidade de acolher a diversidade. É nesse contato que o futuro professor elabora um perfil que norteará sua prática, consciente da postura ética e interativa que deve assumir perante seus alunos. 25 REFERÊNCIAS BRASIL, LDB. Lei 9394/96. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm DAVIS, C. OLIVEIRA, Z. Psicologia na Educação. São Paulo: Cortez, 1994. CAZAUX, Haydt. R. Curso de Didática Geral: O Planejamento da ação Didática. São Paulo, Ática. 2000. p, 105. MOREIRA, Ana Angélica Albano. O espaço do desenho: a educação do educador. 10. ed. São Paulo: Edições Loyola, 2005. ANDRADE, Maria Célia. Afetividade e aprendizagem: Relação Professor/aluno. Disponível em <http://www.administradores.com.br/informe- se/artigos/afetividade-e-aprendizagem-relacao-professor-e-aluno/44105/> Freire, P. (1996). Pedagogia da autonomia: saberes necessários a Prática Educativa. São Paulo: Paz e Terra. FERREIRO, Emília e TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da Língua Escrita. Porto Alegre: Artmed, 1999 26 ANEXO 1 PROJETO PEDAGÓGICO TEMA: IDENTIDADE Atividade 1: CAIXA DO TESOURO Material Necessário: Baú enfeitado, um espelho para colocar dentro do baú, mapa do tesouro. Objetivos: Construção da identidade, baseada na autonomia do indivíduo e no desenvolvimento da sua auto-estima Desenvolvimento: Apresentar aos alunos uma caixa com uma tampa atraente. Dizer à eles que dentro dela existe algo muito precioso e de muito valor, um verdadeiro tesouro. Perguntar se eles querem ver esse tesouro. Criar um ambiente de interesse. Convidar cada aluno para olhar dentro da caixa, porém combinar que ninguém pode comentar o que tem dentro dela. No fundo da caixa deve ter um espelho de modo que ao olhar dentro o aluno veja refletida a sua própria imagem. Ficar atento às reações, pois elas poderão dizer como as crianças se vêem. Após todos participarem, perguntar o que era o tesouro, trabalhando a auto estima, dizendo o quanto eles são importantes e especiais. Atividade 2: Brincadeira Caça ao tesouro Material Necessário: Bombons identificados com nome de cada aluno impresso. Objetivo: Desenvolvimento psicomotor e Identificação da escrita do próprio nome em situações significativas. Desenvolvimento: Espalhar os bombons identificados na área externa da escola. Explicar as crianças que elas deverão procurar o tesouro e só poderiam pegar aquele identificado com seu nome. Orientá-los para que haja segurança durante a brincadeira. Atividade 3: Cada um é do seu jeito 27 Material Necessário: Espelho, atividade em folha, lápis de cor e giz de cera. Objetivo: Possibilitar uma imagem positiva de si, ampliando sua autoconfiança. Respeitar as características de cada um. Reconhecer suas próprias características e do colega. Coordenação motora. Desenvolvimento: Chamar duas crianças à frente. Pedir que cada uma se olhe no espelho. Perguntar se suas características físicas são iguais à do colega. Explicar a importância das diferenças existentes entre eu e meu amigo como cor da pele, cor dos olhos, estilo de cabelos, propondo o devido respeito a todas essas diferenças. Distribuir folha com rosto em branco onde deverão desenhar o que está faltando e pintar de acordo com suas próprias características. Atividade 4: Rodinha: História: “Os meninos de todas as cores”. Material Necessário: Cartaz com tema da história, vasilhame com água, barquinho feito de papel e bonequinhos coloridos de papel para ilustrar a história. Objetivo: Estimular o pensamento independente, a imaginação, a concentração e a socialização. Desenvolver o gosto pela leitura, envolvendo a criança num mundo de fantasia e imaginação. O tema da história também propõe a construção de uma imagem positiva das diversidades étnicas culturais que existem em nossa sociedade, como sendo fundamentais para a formação da identidade. Desenvolvimento: Com os alunos sentados em roda, contar a história de forma lúdica. Utilizar os bonequinhos coloridos simulando viagens de barco. Após o término, trabalhar os aspectos das diversidades raciais existentes em nossa sociedade. Atividade 5: Minha Família Material Necessário: Folha de atividade, lápis de cor e tesoura. Objetivo: Desenvolvimento da linguagem oral e coordenação motora. Identificação dos componentes da sua família. Pensamento lógico, associação de número e noção de quantidade. 28 Desenvolvimento: A atividade consiste em desenhar sua família dentro da casa já impressa em cada folha. Colorir, recortar a casa e dobrar. Após essa atividade, com os alunos sentados em círculo, Solicitar que as crianças peguem a quantidade de tampinhas correspondentes ao número de membros que moram na sua casa. Pedir para as crianças identificar qual família tem menos membros. Qual a família tem mais membros. Quais famílias têm a mesma quantidade de membros. 29 ANEXO 2 FOTOS Foto 01: Atividade Caça ao tesouro Foto 02: Atividade Eu sou assim Foto 03: Atividade Eu sou assim 30 Foto 04: Atividade Roda de História Foto 05: Atividade Roda de História 31 Foto 06: Atividade Minha família (Essa foto foi tirada após a atividade)
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