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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS FACULDADE DE BIBLIOTECONOMIA ÁGILA GARCIA BEZERRA RESENHA CRÍTICA JOGADA DE GÊNIO BELÉM 2017 ÁGILA GARCIA BEZERRA RESENHA CRÍTICA JOGADA DE GÊNIO Trabalho apresentado como requisito parcial de nota referente à 1ª Avaliação da Disciplina Fontes de Informação II do curso de Bacharelado em Biblioteconomia da Universidade Federal do Pará, sob orientação da Prof.ª Jane Veiga. BELÉM 2017 FLASH OF GENIUS. Direção: Marc Abraham. Produção: Universal e Spyglass. Intérpretes: Greg Kinnear; Lauren Graham; Dermot Mulroney; Jake Abel; Tim Kellcher Alan e outros. Roteiro: Marc Abraham; Scott Frank e Phillip Railsbak. Música: Aaron Zigman. Estados Unidos: Universal e Spyglass, 2008. 1 DVD (119 min.). Color. Baseado no artigo Flash of Genius de Jean Seabrooks. RESENHA CRÍTICA Ágila Garcia Bezerra1 A obra trata-se de um filme por título: Jogada de Gênio, escrito por Phillip Railsbak, Marc Abraham e Scott Frank. O filme baseado em fatos reais relata a história de um professor pós-doutor chamado Robert Kearns que inventou um tipo de limpador de para-brisas, sendo este um acessório automotivo que permite ao motorista controlar a velocidade conforme a intensidade da chuva, diferenciando-se dos modelos disponíveis naquela época. O invento foi desenvolvido baseado no funcionamento das pálpebras. Assim a trama do filme gira em torno de patentes, que consiste em um registro que concede propriedade intelectual e autoriza alguém a se aproveitar financeiramente de um invento. Os principais personagens do filme são: o professor Kearns e o diretor geral da Ford Motor Company. O enredo não segue uma sequência cronológica, pois desenvolve-se por meio de cortes e restrospectiva. A primeira parte do enredo vem expor comose deu a criação do limpador de para-brisas intermitente chamado em um primeiro momento de “olho piscante” pelo professor. Após concluir a invenção Kearns demonstra o seu funcionamento aos engenheiros de uma montadora de carros chamada Ford, pois sua real intenção era conseguir algum tipo de financiamento da empresa para custear a produção do equipamento. Depois de algumas reuniões o professor apresenta o projeto e um protótipo do limpador de para-brisas para o diretor geral da empresa, e a montadora promete financiar o acessório automotivo, porém isso não acontece e mais tarde o professor fica sabendo por meio do seu sócio e amigo de infância que a Ford havia 1 Acadêmica do Curso de Biblioteconomia da UFPA. violado a patente que eles haviam registrado em parceria, ignorando o verdadeiro inventor do equipamento. A segunda parte da obra mostra o incessante desejo de justiça de Robert Kearns em provar judicialmente que a Ford havia se apropriado indevidamente do seu invento e levado os créditos no lugar dele. Ao longo dessa batalha judicial, o professor Kearns passa por alguns conflitos familiares por se dedicar em excesso ao processo movido contra a montadora e acaba sendo internado em um hospital psiquiátrico onde passa algum tempo. Recuperado, ele continua determinado em provar a verdade sobre a autoria do limpador de para-brisas. Para isso procura um advogado, esse consegue um acordo de $200,000, mas o professor não aceita o suborno da montadora, já que ele quer apenas o reconhecimento que foi ele o inventor do limpador intermitente. Após a recusa de Kearns, seu advogado renuncia o caso, e o professor se vê desamparado. A terceira parte mostra o drama do Dr. Kearns que agora irá se auto representar nos tribunais como seu próprio advogado. Ele recorre então a um arquivo que dispõe de algumas obras sobre legislação de patentes, bem como ao acervo da biblioteca da universidade em que trabalha onde se dedica a aprender por meio de livros e documentos as leis que regem as patentes. Depois de várias audiências, o júri é favorável ao professor Kearns que ganha a causa e ainda recebe uma quantia milionária em dinheiro pelos que ele sofreu. O filme ao abordar a importância de se patentear determinado invento vem discutir as consequências que podem resultar da quebra de patentes. Faz uma crítica em relação a conduta antiética da montadora em se apropriar da criação de outrem simplesmente por causa de sua influência no mercado de automóveis. O filme vem desmistificar a ideia de que uma grande empresa não sofreria qualquer punição pela fraude que cometeu. Atualmente é notável que se alguma empresa de mesmo calibre se prestasse a tal imprudência certamente seria motivo para sua ruína. A obra ainda ressalta o papel fundamental das fontes de informação que foram imprescindíveis e auxiliaram o Dr. Kearns em suas pesquisas sobre leis de patentes. A longa-metragem Jogada de Gênio é necessária ser assistida para se entender melhor sobre propriedade intelectual e patentes, além de fazer relações sobre o uso da ética profissional no meio científico e empresarial, possui cenas bem construídas e enredo interessante.
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