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Doenças intestinais

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Doenças intestinais
Nome: Aline Rocha, Anne Caroline, Andréia, Rosilene, Talita e wellane
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Doença de Crohn
A doença de Crohn (enterite regional, ileíte granulomatosa, ileocolite) é uma inflamação crônica da parede intestinal. Tipicamente, a doença afeta toda a espessura da parede intestinal. Mais comumente, ela ocorre na porção mais baixa do intestino delgado (íleo) e no intestino grosso, mas pode ocorrer em qualquer parte do trato digestivo, da boca ao ânus, e mesmo na pele perianal. Nas últimas décadas, a doença de Crohn tornou-se mais comum tanto nos países ocidentais quanto nos países em desenvolvimento. 
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 A sua incidência é a mesma para ambos os sexos. Ela é mais comum entre judeus e tende a ocorrer em famílias que também apresentam uma história de colite ulcerativa. A maioria dos casos começa antes dos 30 anos de idade, sobre-tudo entre os 14 e os 24 anos. Em cada indivíduo, a doença afeta áreas específicas do intestino, algumas vezes com áreas normais (intercaladas) entre as áreas afetadas. Em aproximadamente 35% dos casos, somente o íleo é afetado. Em aproximadamente 20%, somente o intestino grosso é afetado e, em cerca de 45%, tanto o íleo quanto o intestino grosso são afetados. A causa da doença de Crohn é desconhecida. As pesquisas têm centrado a atenção sobre três possibilidades principais: uma disfunção do sistema imune, uma infecção e a dieta. 
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Sintomas e Complicações 
Os sintomas iniciais mais comuns da doença de Crohn são a diarréia crônica, a dor abdominal tipo cólica, a febre, a perda do apetite e a perda de peso. O médico pode sentir à palpação uma massa ou uma sensação de plenitude na região abdominal inferior, mais freqüentemente no lado direito. As complicações comuns da inflamação incluem o desenvolvimento de uma obstrução intestinal, canais comunicantes anormais (fístulas) e abscessos. Pode ocorrer a formação de fístulas que conectam duas porções diferentes do intestino. 
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Tratamento e Prognóstico 
Muitas drogas existem para ajudar no controle da doença, mas nenhuma leva à cura. O que se faz é usar uma dieta nutricional individual, controlar a inflamação e diminuir a dor abdominal, a diarréia e o sangramento retal. As drogas mais utilizadas são as sulfassalazinas, as mesalazinas, os imunossupressores, os corticóides e antibióticos.
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O que é síndrome do intestino curto (SIC)? 
A SIC caracteriza-se pela perda anatômica ou funcional do intestino delgado ocasionando diarréia, esteatorréia e mal absorção, com conseqüente desnutrição. A deficiência absortiva ocorrerá de acordo com a porção intestinal ressecado e pode ser específica. Como exemplo cita-se a ausência do íleo acarretando deficiência específica de vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K) e gorduras. 
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Quais as principais causas de SIC? 
A SIC pode ter como etiologia 1) as ressecções intestinais extensas (oclusão vascular mesentérica, ressecções múltiplas por enterite regional, doenças malignas, trauma), 2) as derivações intestinais por obesidade mórbida e hipercolesterolemia, gastro-ileostomia inadvertida e fístulas internas e 3) doenças que comprometem o intestino delgado (enterite granulomatosa extensa, enterite actínica, carcinomatose, atresia intestinal congênita). 
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Tratamento
O tratamento da SIC é um desafio e requer atenção a cada detalhe. É importante restringir os líquidos orais e oferecer soluções hipotônicas. Os eletrólitos podem ser substituídos oferecendo uma solução glico-salina com 90 mmol/L de sódio. Está composta por 3,5 gr de cloreto de sódio, 2,5 gr de bicarbonato de sódio, 20 gr de glicose e 2,9 gr de citrato de sódio. 
As drogas para a terapia da SIC incluem drogas que retardam a motilidade e drogas anti-secretoras, fibras, glutamina, hormônio do crescimento, e peptídeo glucagon simil. 
Como sugerido acima, são importantes as maneiras criativas de promover a alimentação enteral, evitando a perda de peso e o desequilíbrio eletrolítico. 
Neste caso, adaptamos um protocolo de adultos, descrito por Nightingale e preparamos uma solução com 3,5 gr de cloreto de sódio, 2,5 gr de bicarbonato de sódio, 20 gr de glicose, que o paciente recebia durante o dia a pequenos goles. Deste modo, juntamente com o tratamento clássico (Neocate® e ImodiumR), houve ganho de peso neste paciente e foi possível dar alta sem NPT e com bom equilíbrio eletrolítico (Figura 1). Mesmo com as perdas pela jejunostomia, este paciente foi capaz de crescer de maneira adequada. 
Assim, os autores sugerem que esta solução enteral deveria ser considerada em casos especiais de neonatos que SIC, quando a terapia convencional fracassa na tentativa de suspender a NPT e evitar o desequilíbrio eletrolítico. 
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O que é colite ulcerativa 
A colite ulcerativa é uma forma de doença inflamatória no intestino, que especialmente causa episódios de inflamação da mucosa do cólon. A inflamação quase sempre afeta o reto. Não há causa conhecida para a colite ulcerativa, porém presume-se que haja um componente genético para a sua susceptibilidade.  
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Desenvolvimento da colite ulcerativa e complicações 
A colite ulcerativa tem um desenvolvimento geralmente intermitente, com períodos de inatividade alternados com ataques súbitos da doença. 
Há um aumento significativo no risco de câncer colo retal em pacientes com colite ulcerativa depois de 10 anos. É recomendado que pacientes passem por colonoscopia com biópsias para procurar por displasia depois de oito anos com colite ulcerativa. 
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Sintomas
Doença começa gradualmente, com cólicas e diarréia freqüentemente sanguinolenta. Em casos severos a diarréia é freqüente e volumosa. Ocorre perda de apetite e perda de peso. O paciente pode tornar-se fraco e muito doente. Quando a doença é localizada no reto, a pessoa sente necessidade de evacuar constantemente e elimina pequena quantidade de fezes sanguinolenta. Usualmente os sintomas vêm e voltam, e pode ocorrer de longos períodos sem sintomas. Porém, geralmente os sintomas retornam. 
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Tratamento
O tratamento da colite ulcerativa depende da severidade da doença. Em termo gerais, o tratamento é através de imunossupressão (supressão do sistema imunológico), embora colectomia (remoção parcial ou total do intestino grosso) ocasionalmente seja necessária. 
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Não há cura, mas o tratamento minimiza os problemas e evita complicações graves. São dados fármacos antidiarreicos e outros para alivio sintomático. O uso de aminosalicilatos (antiinflamatórios semelhantes aos AINEs) diminui as lesões inflamatórias, assim como corticosteróides. Em casos graves é removido cirurgicamente o colon. Mesmo em casos moderados é necessária a vigilância anual por colonoscopia de possiveis tumores, devido ao risco de cancro muito aumentado.
A manutenção de dieta rigorosa, pobre em lipídeos, fibras longas e substâncias irritantes do colon pode auxiliar na remissão.
Um outro tipo de tratamento é a aférese. Este tratamento consiste na auto-transfusão de sangue que passa por uma coluna filtrante, como a Adacolumn ou Cellsorba, que utilizam GCAP ou LCAP.
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Colite Ulcerativa
A Colite Ulcerativa é igualmente uma doença inflamatória crônica do intestino, porém, restringindo-se ao cólon. Quando a doença está ativa (em crise), a mucosa intestinal torna-se maciçamente infiltrada por células inflamatórias e é afetada por micro-úlceras.
Essas doenças são mais comuns em brancos que em negros e orientais, com uma incidência maior (três a seis vezes) em judeus em comparação a não judeus. Os dois sexos são igualmente afetados. Muitos acham que a incidência da Doença de Crohn vêm aumentando cinco vezes mais rapidamente que as de Colite Ulcerativa.
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Embora o pico de maior ocorrência das duas doenças esteja entre os 15 e os 35 anos de idade, elas têm sido relatadas
em todas as décadas de vida. Não se sabe com certeza a causa para essas doenças mas, de qualquer forma, parece haver uma provável base hereditária e um componente ambiental. Fatores familiares ou genéticos, infecciosos, imunológicos e psicológicos podem estar ligados ao surgimento dos sintomas.
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Retocolite Ulcerativa
A Retocolite Ulcerativa (Colite Ulcerativa) é uma doença que afeta o intestino grosso. É descrita como um processo inflamatório que compromete o intestino grosso, fazendo com que a mucosa intestinal se apresente inflamada, vermelha, coberta de muco e com ulcerações.
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No início do século 20, a Retocolite Ulcerativa era considerada crônica, irreversível, comprometendo, na maioria das vezes, o reto e o colón sigmóide podendo haver o aparecimento dos pseudopólipos, tidos como seqüelas da moléstia de evolução mais longa. Nessa mesma década, foi descrito a forma fulminante da Retocolite Ulcerativa, com o megacólon tóxico.
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Causas:
A etiologia da Retocolite Ulcerativa permanece desconhecida. É possível, no entanto, discutir algumas hipóteses sobre a própria doença e facilitar reflexões futuras sobre ela.
a. Seria a Retocolite Ulcerativa uma doença ou uma síndrome? b. Seria a Retocolite uma doença intestinal inflamatória mesmo ou seria um aspecto intestinal inflamatório de outra doença? c. Seria a etiologia da Retocolite Ulcerativa multifatorial ou única? d. Seria a Retocolite Ulcerativa uma manifestação secundária de vários fatores superpostos?
A causa infecciosa da Retocolite Ulcerativa, pode ser invalidada devido a menor incidência da Retocolite Ulcerativa nos países subdesenvolvidos, onde seria de se esperar uma maior incidência das doenças de natureza infecciosa. A favor dessa não infecção tem também o fato de se saber que a Retocolite Ulcerativa não se transmite por contágio.
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Sintomas:
No que diz respeito aos progressos efetuados no campo do diagnóstico e da evolução clínica da Retocolite Ulcerativa, os mais importantes sintomas para o diagnóstico são:
Diarréia (mais de 6 evacuações por dia), Sangue e muco nas fezes, Presença de úlceras, Alterações inflamatórias contínuas e sangramento de contato ao exame endoscópico. Cólicas abdominais, Perda de peso, Febres.
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A Retocolite Ulcerativa compromete quase que exclusivamente o intestino grosso, sendo que as lesões se confinam predominantemente ao reto e cólons. Com rara exceção pode comprometer o íleo terminal. Assim sendo, num período de observação prolongado, tem sido possível concluir que a Retocolite Ulcerativa que for confinada apenas ao reto e sigmóide é a de melhor prognóstico do que os casos onde o comprometimento é mais amplo e abrangente.
Depois de instalado o processo inflamatório da Retocolite Ulcerativa, se instala no intestino também uma infecção como agente secundário. Isso parece contribuir, em grande parte, para a sintomatologia febril da doença.
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Objetivos da dieta: 
 -Favorecer a digestão dos alimentos; -Facilitar a absorção dos nutrientes; -Reduzir a secreção intestinal e a liberação de substâncias tóxicas; -Eliminar a diarréia; -Manter ou recuperar o estado nutricional.
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Conduta dietoterápica: 
Vale enfatizar que a dieta vai variar de paciente para paciente.
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Conduta dietoterápica: 
Valor energético total (VET): hipercalórico, 40 kcal/kg, pois o metabolismo basal está aumentado em função do catabolismo presente em um processo inflamatório e pela elevação da temperatura corporal. Carboidratos: hiperglicídica com ênfase em açúcares complexos. Não oferecer sobrecargas de carboidratos simples como monossacarídeos e dissacarídeos, pois possuem grande poder osmótico. O leite é de pouca tolerância para estes pacientes, tanto pelo teor lipídico quanto pela presença de lactose. Proteínas: hiperprotéica, de 1 a 2g/kg/dia, em função do hipercatabolismo vigente principalmente na fase aguda da doença. Lipídios: hipolipídica em função da má absorção de gorduras. Quando esteatorréia, máximo 40g/dia de lipídeos, com ênfase em TCM. Vitaminas: se anemia, suplementar vitamina C, ácido fólico e B12. Minerais: se anemia, observar ferro, mas precisa-se da suplementação medicamentosa. A diarréia provoca alterações hidroeletrolíticas com repercussão em quase todos os minerais. Volume: diminuído, para favorecer a absorção dos nutrientes. Fracionamento: aumentado, fracionado em 8 porções semelhantes em volume e composição química. Consistência: líquida ou de acordo com as necessidades individuais de cada paciente. Temperatura: morna ou de acordo com as necessidades individuais de cada paciente.

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