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Fisiologia Hipotálamo - Hipófise

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Fisiologia I	
Eixo hipófise (hipotálamo) tireoide:
Localização:
O hipotálamo participa no controle das funções vegetativas e endócrinas do organismo, em parte pela tradução dos sinais elétricos oriundos do sistema nervoso central (SNC) em fatores humorais.
Diversos fatores liberadores e inibidores são secretados pelo hipotálamo e transportados à adeno-hipófise pelo sistema porta-hipotálamo-hipófise, onde cada fator apresenta ação seletiva na síntese e/ou secreção de hormônios adeno-hipofisários. Além de estímulos neurais externos, a secreção dos neuro-hormônios hipotalâmicos também responde a variações do meio interno, como a concentração de nutrientes, eletrólitos e hormônio. 
Enquanto o hipotálamo trabalha como um tradutor, a hipófise trabalha como um amplificador das informações hipotalâmicas elevando ou reduzindo a secreção de hormônios que interferem no crescimento, diferenciação celular e na atividade funcional dos tecidos-alvo.
No hipotálamo através dos neurônios parvocelulares (no núcleo paraventricular) se tem a produção de TRH (através de estímulos). O TRH vai ser liberado no sistema porta hipofisário e vai chegar ate a adeno-hipófise, estimulando tirotrofo a produzir TSH, quando produzido o TSH é liberado na corrente sanguínea até chegar a glândula alvo (tireoide).
Com isso a tireóide passa a produzir T3 (Triiodotironina) e T4 (Tetraiodotironina) a partir das células foliculares. Estes hormônios controlam o metabolismo do organismo, atuando nos processos de ganho e perda de peso bem como na regulação da temperatura corporal. A tiroxina aumenta o metabolismo celular, relacionando-se, portanto, com o desenvolvimento, diferenciação e crescimento. O hipertireoidismo (tireoide muito ativa) e hipotireoidismo (tireoide pouco ativa) são os problemas mais comuns da glândula tireoide.
Obs: (Saber esquematizar o eixo e as alças de feed back na prova.)
Alta produção de T3 e T4 se tem um feedback negativo , tanto na hipófise como no hipotálamo.
Como funciona a tireoide?	
A tireoide é formada por várias células foliculares, e dentro delas existe o coloide, ao lado dessas células se tem também células C produtoras de calcitonina. O coloide é como uma ‘’massa’’ cheia de proteínas, a principal proteína existente nele é a tireglobulina importante na produção de hormônio tireoidiano.
 
Produção de hormônios tireoidianos: 
Para que ocorra a síntese desses hormônios é necessário que se tenha a tiroglobulina, está é uma proteína é produzida como qualquer outra e assim incorporada a uma vesícula que irá em direção ao coloide. Os hormônios tireoidianos por sua vez são 
dependentes de iodo. Esse iodo é oriundo da alimentação. No sistema digestório se tem o iodo e no próprio trato gastrointestinal se tem a conversão desse iodo em iodeto. Após sua absorção esse iodeto chega à tireoide para produzir os hormônios da mesma, para isso é necessário que ele entre nas células foliculares e essa entrada ocorre através de um CO-transportador chamado (Nis) (co transporte de iodeto e Na), ele não usa energia para esse transporte uma vez que se aproveita do gradiente de concentração sódio. 
Foto das células da tireoide, nota-se o coloide em amarelo.
O iodeto chega na célula folicular , e ele precisa sair para o coloide , isso ocorre através de um transportador chamado Pendrina ( também ocorre sem gasto de energia e é dependente do gradiente do concentração do próprio iodeto.) 
Obs : Na membrana basolateral dessas células temos: receptores para TSH , bomba de sódio e potássio , e a NIS. Na membrana apical se te uma enzima chamada TIREOPEROXIDASE (TPO), ela incorpora a tireglobulina ao iodeto.
Então ao chegar ao coloide, pela ação da TPO ele é incorporado a tireglobulina (mais especificamente aos resíduos de tirosina 3 e 5). A célula folicular então vai capturar um ‘’pedacinho’’ do coloide e vai levar até seu interior e em seu interior esse pedaço vai encontrar um lisossomo e irá então se fundir. Esse Lisossomo vai liberar várias proteases pro conteúdo do coloide e vai destruir as outras proteínas existentes no mesmo, deixando apenas o hormônio tireoidiano. Dos hormônios tireoidianos se tem do T1 até o T4 (T3-T4 são os principais.) *(T3= T1+T2).
	
Uma das diferenças do T3 e do T4 é que um tem 3 iodos e o outro possui 4 , além disso o T3 é mais potente que o T4. Só que cerca de 90% da produção da tireoide é de T4 , isso ocorre porque a meia vida do T4 é maior , ou seja ele fica mais tempo na circulação sem ser absorvido ( essa meia vida maior ocorre porque ele tem maior afinidade com proteínas plasmáticas (carreadoras por isso ele fico mais tempo na corrente sanguínea). Por isso a tireoide o produz em maior quantidade. Existem enzimas que pode converter o T4 em T3 chamadas Desiodades ela retira iodo dessas moléculas. Então é vantajoso pro corpo ter T4 no sangue (pois este ficará mais disponível) e quando necessário as desiodades o quebra em T3, tornando-o mais ativo. 
Existem três tipos de Desiodades (D1, D2 E D3). A D1 e a D3 elas proporcionam a ativação, transformando o T4 em T3 (ativando esse hormônio), elas só funcionam em ação conjunta. A D1 em ação conjunta com a D2 causa uma inativação (transformando T3 em rT3 uma forma inativa de T3 diminuindo a ação da tireoide)
 
#A inativação do T3 ocorre por exemplo em uma hiperatividade da tireóide, é como um feed back negativo afim de controlar a ação da tireóide.
A T4 tem ação , mas em comparação a T3 ela é mais lenta as mesmas fazem as mesmas coisas.
Pra que servem os hormônios tireoidianos?
Eles possuem duas ações principais: 
. Estimulam a formação de termodinina (UCP), ela é produzida no tecido adiposo marrom, ela é responsável por produzir calor sem gasto de energia sendo muito importante então para manter a temperatura em animais endotérmicos. 
 #Logo se houver um déficit de hormônio tireoidiano, teremos uma sensibilidade maior ao frio (quem tem hipotireoidismo geralmente tem sensibilidade maior ao frio.)
. São importantes para a mielinização dos neurônios (bainha de mielina). Se uma pessoa tem hipotireoidismo durante o desenvolvimento do sistema nervoso (por exemplo, na sua infância) ela terá um déficit cognitivo*.
*Déficits Cognitivos: São alterações na maneira como o indivíduo processa uma informação. Está relacionado a inteligência. Envolve principais funções mentais como a: memória, linguagem, raciocínio lógico e abstrato, atenção, percepção, capacidades executivas e capacidade visuo espacial.*
Problemas da tireoide:
. Hipertireoidismo: Pode ser causado pelo excesso de TSH. A doença de Graves (ou LATS),é um doença autoimune que poda causar hipotireoidismo. Nessa doença há a produção de imunoglobulinas (anticorpos semelhantes ao TSH) que se ligam aos receptores de TSH e simula a ação do mesmo, logo a alta dessas imunoglobulinas irá estimular uma alta produção de hormônio tireoidiano. O feed back negativo não funciona nesse caso, uma vez que, não é o TSH propriamente dito que está provocando essa estimulação e sim a imunoglobulina. *O feed back negativo diminuiria a produção de TSH e não da imunoglobulina, logo essa ação, não teria efeito sofre a produção de hormônios.* Para o controle dessa doença usam-se imunossupressores para controlar a produção dessas imunoglobulinas.
O excesso de iodo na alimentação por causar também um hipertireoidismo (com uma maior produção de hormônios tireoidianos). Só que com o tempo esse excesso de iodo tem uma ação reversa, uma vez que, a célula folicular ao perceber esse aumento de iodo (iodeto), inibe a transcrição gênica da Nis, diminuindo o transporte de iodo para dentro de si, causando então uma baixa produção de h. tireoidiano podendo causar um hipotireoidismo transitório. (Esse fenômeno é chamado de WOLF-CHawkoff.) #O controle de iodo na alimentação ajuda no controle da doença. 
*caiu na prova.
Esse hipotireoidismo transitório causa o aumento das células foliculares. Isso ocorre, uma vez que, a baixa de h. tireoidiano vai causa um feed back positivo, queirá estimular a produção de TSH pela adeno-hipófise, logo a célula cresce para aumentar seu potencial de síntese de hormônios, ocorrendo uma hiperplasia da tireoide.
O bócio endêmico: hipotireoidismo por falta de iodo na alimentação (causa o bócio.)

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