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* ALI 274 – Biotecnologia Aula 2 Professor: Alexandre Fontes Pereira * Velocidade específica: CLASSIFICAÇÃO PROPOSTA POR GADEN * CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA CONDUÇÃO Descontínuo Contínuo Descontínuo alimentado e Semicontínuo são formas desenvolvidas a partir das formas básicas com o objetivo de contornar problemas inerentes a estes processos. * CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA CONDUÇÃO As diferenças entre as formas de operação podem ser bem entendidas em relação a variação do volume do cultivo, da massa total e das concentrações de células, substrato e produto em função to tempo. As diferenças são caracterizadas principalmente pelas diferentes formas de adição do substrato e dos nutrientes. * Características principais: Todos os nutrientes são adicionados ao biorreator antes do início do processo, exceto O2, e outros produtos químicos necessários para controle de pH e espuma. O volume no decorrer da fermentação permanece constante. Processo Descontínuo CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA CONDUÇÃO * Processo Descontínuo Modo de operação: » No instante inicial o meio de fermentação é inoculado e incubado em condições adequadas; » No decorrer da fermentação nada é adicionado, exceto oxigênio (ar), antiespumante, ácido e base para controle de pH; » Terminada a fermentação descarrega-se o meio fermentado; »O fermentador é então lavado, carregado novamente e iniciado outro processo. CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA CONDUÇÃO * Processo Descontínuo Modo de operação: CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA CONDUÇÃO * Processo Descontínuo CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA CONDUÇÃO * CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA CONDUÇÃO Processo Descontínuo Vantagens: » Apresenta menor risco de contaminação (comparado ao contínuo); » Grande flexibilidade de operação, podendo-se usar os fermentadores para a fabricação de diferentes produtos; » Condições de controle mais estreitas da estabilidade genética dos microrganismos. * Processo Descontínuo Desvantagens: » Se o substrato exercer efeito de inibição, poderá ocorrer baixos rendimentos e/ou produtividades. » Apresenta “tempo morto”, tempo em que o fermentador não está sendo usado no processo fermentativo propriamente dito, como tempo de carga, descarga e lavagem. CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA CONDUÇÃO * Processo Descontínuo Aplicações: » É o mais utilizado na indústria de alimentos e bebidas, como: iogurte, cerveja, vinho, picles, chucrute, etc. » Permite o conhecimento básico da cinética de fermentação, para que se possa propor alternativas de condução de processo. CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA CONDUÇÃO * Processo Descontínuo Tipos de inóculo usados em processos descontínuos: » Com um único inóculo por fermentação; » Com reaproveitamento de células para o inóculo; » Com inóculo por sistema de corte. CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA CONDUÇÃO * Processo Descontínuo Com um único inóculo por fermentação: » Propagado a partir de uma cultura pura. » Oferece poucos riscos de contaminação. CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA CONDUÇÃO * Processo Descontínuo Com reaproveitamento de inóculo: » É utilizado como inóculo as células da fermentação anterior. (para isso pode-se utilizar parte do meio de fermentação ainda homogêneo, esperar que o microrganismo sedimente no fermentador ou ainda centrifugar o meio fermentado). » Há uma tendência em aumentar o número de contaminação a cada fermentação. » Técnica comum em destilaria de álcool. CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA CONDUÇÃO * Processo Descontínuo Com reaproveitamento de células para inóculo: CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA CONDUÇÃO * Processo Descontínuo Com inóculo por sistema de corte: » O “corte” pode ser feito na fase exponencial, quando deseja-se propagar inóculo, ou após o fim da fermentação. »Inocula-se uma dorna, quando é atingido um estágio apropriado de fermentação, passa-se parte do conteúdo para uma dorna vazia, em seguida enche-se as duas dornas com meio. » Pode levar a sérias quedas de rendimento. » O controle do rendimento pode indicar quando deve-se interromper os cortes e iniciar nova fermentação com novo inóculo. CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA CONDUÇÃO * Processo Descontínuo Com inóculo por sistema de corte: CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA CONDUÇÃO * Processo Descontínuo Alimentado É definido como um modo de operação no qual um ou mais nutrientes (incluindo substrato), ou mesmo todos os nutrientes são adicionados gradualmente durante o processo de fermentação e os produtos formados permanecem no meio até o tempo final. CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA CONDUÇÃO * Processo Descontínuo Alimentado CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA CONDUÇÃO * Processo Descontínuo Alimentado - Com reaproveitamento de células. CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA CONDUÇÃO * Processo Descontínuo Alimentado Características principais: » O volume varia durante o decorrer da fermentação (embora possa ser pequena variação em alguns casos); » A vazão de alimentação pode ser constante ou variar com o tempo, e a adição de mosto pode ser contínua ou intermitente. » É possível controlar a concentração de substrato na fermentação (podendo assim interferir no metabolismo microbiano, levando a diferentes perfis de concentração não só de substrato, mas também de células e produto). CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA CONDUÇÃO * Processo Descontínuo Alimentado Aplicações: » Minimiza a repressão catabólica. Minimização dos efeitos do controle do metabolismo celular (Exemplos: produção de determinados antibióticos como neomicina, estreptomicina, bacitracina, sofrem repressão pela presença de glicose em concentrações mais elevadas) » Prevenção da inibição por substrato. Evita que elevadas concentrações de substrato causem inibições da fermentação. (Exemplos: concentração de glicose superiores a 100 g/L podem causar inibição em fermentação alcoólica com Saccharomyces cerevisiae). » Minimização da formação de produtos metabólicos tóxicos. (Exemplos: para E. coli, fonte de carbono em excesso, mesmo em aerobiose, levam a formação de ácido acético, inibidor do crescimento). CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA CONDUÇÃO * Processo Semicontínuo O processo de fermentação é chamado semicontínuo quando, uma vez colocado no fermentador o meio e o inóculo, as operações que se seguem obedecerem à seguinte ordem: 1º - Aguarda-se o término da fermentação; 2º - Retira-se parte do meio fermentado, mantendo-se no fermentador o restante do mosto; 3º - Adiciona-se ao fermentador um volume de mosto igual ao volume de meio fermentado retirado; 4º - Repete-se esta sequência. CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA CONDUÇÃO * Processo Semicontínuo CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA CONDUÇÃO * Processo Semicontínuo Características principais: » O meio fermentado não retirado do reator serve de inóculo para a próxima fermentação. CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA CONDUÇÃO * Processo Semicontínuo No sistema Semicontínuo é utilizado como inóculo as células da fermentação anterior que podem ser uma fração homogênea do meio ou mesmo células separadas por sedimentação. Um exemplo deste processo é o Melle-Boinot, usado em fermentações alcoólicas. CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA CONDUÇÃO * Processo Semicontínuo Vantagens: Possibilidade de operar o fermentador por longos períodos (às vezes alguns meses) sem que seja necessário preparar um novo inóculo. Possibilidade de aumentar a produtividade do reator apenas modificando a forma de operação. Ex: processo de fermentação de cacau. CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA CONDUÇÃO * CRESCIMENTO Crescimento Populacional: é definido como o aumento do número, ou da massa microbiana. Taxa de crescimento: é a variação no número ou massa de microrganismos por unidade de tempo. Tempo de geração: é o intervalo de tempo necessário para que uma célula se duplique. O tempo de geração é variável para os diferentes organismos, podendo ser de 10 a 20 minutos até dias, sendo que em muitos dos organismos conhecidos, este varia de 1 a 3 horas. O tempo de geração não corresponde a um parâmetro absoluto, uma vez que é dependente de fatores genéticos e nutricionais, indicando o estado fisiológico da cultura. * MEDIDA DE CRESCIMENTO O crescimento de uma população microbiana em meio líquido pode ser determinado de várias formas: Determinação do peso seco ou úmido; Determinação química de componentes celulares Turbidimetria * MEDIDA DE CRESCIMENTO Determinação do peso seco ou úmido Peso úmido Falha Peso seco Constitui o processo básico de medida de massa * MEDIDA DE CRESCIMENTO Determinação química de componentes celulares É possível calcular a massa microbiana pela dosagem de certos componentes celulares, como proteínas e ácidos nucléicos * MEDIDA DE CRESCIMENTO Turbidimetria Fonte de luz Filtro Amostra contendo células microbianas Detector sensível á luz Leitura dos resultados em absorbância ou transmitância no espectrofotômetro * MEDIDA DE CRESCIMENTO O número de organismos presentes numa suspensão também pode ser determinado, havendo para isso dois métodos principais: Contagem do número total de indivíduos Contagem do microrganismos viáveis * MEDIDA DE CRESCIMENTO Contagem do número total de indivíduos Câmara de Neubauer * MEDIDA DE CRESCIMENTO Contagem do número total de indivíduos Câmara de Neubauer Ao microscópio – aumento de 100X Ao microscópio – aumento de 400X * MEDIDA DE CRESCIMENTO Contagem do microrganismos viáveis Superfície Pour plate * Contagem dos viáveis utilizando a técnica das diluições em série * CURVA DE CRESCIMENTO MICROBIANO a – Fase lag b – Fase log c – Fase estácionária d – Fase de morte celular * CURVA DE CRESCIMENTO MICROBIANO Fases da curva de crescimento Fase lag: processo de divisão pouco ou ausente; adaptação das células ao meio. Fase log: alto processo de divisão; crescimento exponencial; absorção de nutrientes do meio; produção de metabólitos (toxinas). Fase estacionária: diminuição da velocidade de divisão bacteriana; diminuição da atividade metabólica; tiram nutrientes das células mortas; acúmulo de substâncias tóxicas; esporulação. Fase de morte celular: número de células mortas excede o número de células vivas. * FATORES QUE INFLUENCIAM NO CRESCIMENTO Influência dos fatores físicos Temperatura pH Pressão osmótica Influência dos fatores químicos Oxigênio * FATORES QUE INFLUENCIAM NO CRESCIMENTO Influência dos fatores físicos Temperatura: Temperatura de crescimento: Mínima (menor temperatura onde é capaz de crescer) Ótima (onde apresenta melhor crescimento) Máxima (mais alta temperatura para crescer) Classificação primária: Psicrófilos – crescem em temperaturas baixas (-10° – 20°C ) Psicotróficos - temperatura de refrigeração (0° – 30°C) Mesófilos – crescem em temperaturas moderadas (10° – 50°C) Termófilos – crescem em temperaturas altas (40° – 70°C) Termófilos extremos ou hipertermófilos (ótima em > 80°C) * FATORES QUE INFLUENCIAM NO CRESCIMENTO Influência dos fatores físicos Classificação microbiana - Temperatura * * FATORES QUE INFLUENCIAM NO CRESCIMENTO Influência dos fatores físicos pH Ideal para bactérias: faixa da neutralidade (6,5 – 7,5) - Neutrófilas Exceção: Acidófilas – pH 0,5 a 6,0 (com ótimo entre 2 e 3,5) Ex.: bactéria quimioautotrófica – oxida S pra formar ácido sulfúrico – pH 1,0 Alcalófilos – pH acima de 7,0 Ex.: Bacillus e Archaea Fungos filamentosos e leveduras: São tolerantes a maior variação de pH Ótimo na faixa de 5 - 6 * * FATORES QUE INFLUENCIAM NO CRESCIMENTO Influência dos fatores físicos Pressão osmótica Osmose Plasmólise Conservação dos alimentos com sal ou açúcar Classificação: Halofílicas extremas Halofílicas obrigatórias Halofílicas facultativas * * FATORES QUE INFLUENCIAM NO CRESCIMENTO Influência dos fatores químicos Oxigênio Aeróbios estritos ou obrigatórios Anaeróbios facultativos Anaeróbios obrigatórios Anaeróbios aerotolerantes Microaerófilas * * CONTROLE DOS MICRORGANISMOS PELA AÇÃO DOS AGENTES FÍSICOS Temperatura Pode ser empregado de duas maneiras: Seco: age promovendo uma oxidação violenta de componentes do protoplasma. 160 a 180 °C durante um tempo mínimo de uma ou duas horas. Úmido: age promovendo a desnaturação de proteínas e dissolução de lipídeos, o que também contribui para intensificar o primeiro efeito. A temperatura de 60 °C por uma hora é suficiente para matar formas vegetativas * CONTROLE DOS MICRORGANISMOS PELA AÇÃO DOS AGENTES FÍSICOS Radiação Dois tipos: Radiações UV: principalmente as de comprimento de onda entre 240 e 280 nm, são absorvidas pelas purinas e piridinas dos ácidos nucléicos, provocando mutações. Radiações ionizantes: atinge os átomos, por isso são mais eficientes. * CONTROLE DOS MICRORGANISMOS PELA AÇÃO DOS AGENTES FÍSICOS Filtração A passagem de soluções ou gases através de filtros de poros suficientemente pequenos que retêm microrganismos pode ser empregada na remoção de bactérias e fungos, deixando entretanto passar a maioria dos vírus. * CONTROLE DOS MICRORGANISMOS PELA AÇÃO DOS AGENTES FÍSICOS Vibrações Sônicas Muitos microrganismos são sensíveis a vibrações ultra-sônicas, sendo destruídos por lise e extravasamento do conteúdo celular. * CONTROLE DOS MICRORGANISMOS PELA AÇÃO DOS AGENTES QUÍMICOS São classificados em dois grandes grupos: Desinfetantes: São substâncias que agem diretamente sobre estruturas microbianas, causando a morte do microrganismo. Principais estruturas e moléculas alvo: membrana citoplasmática, proteínas enzimáticas ou estruturais. Mecanismo de ação: oxidantes, desnaturantes, etc * CONTROLE DOS MICRORGANISMOS PELA AÇÃO DOS AGENTES QUÍMICOS Principais grupis de agentes químicos Álcoois: etílico, isopropílico, propilenoglicol, etilenoglicol Aldeídos: fórmico (formol), glutárico Fenóis: fenol, cresol, timol, clorocresol, cloroxilenol Ácidos orgânicos: acético, láctico, benzóico, capróico Halogênios: iodo, cloro, ácido hipocloroso, cloraminas, hipoclorito Metais pesados: sais de mercúrio, prata, cobre, zinco Agentes oxidantes: água oxigenada, permanganato de potássio Agentes de superfície: cloreto de benzalcônico, cloreto de benzetônio, cloreto de cetil-piridineo, clorohexidina Gases: óxido de etileno, óxido de propileno, beta-propil-lactona, dióxido de cloro, ozona. * Processo Contínuo O processo de fermentação contínua caracteriza-se por possuir uma alimentação constante de meio de cultura com uma determinada vazão (constante), sendo o volume de meio no reator, mantido inalterado através da retirada contínua de caldo fermentado. Pode ser operado por longos períodos de tempo em estado estacionário. CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA CONDUÇÃO * Processo Contínuo Vantagens em relação ao descontínuo: » Aumento da produtividade do processo; » Manutenção das células em um mesmo estado fisiológico; » Maior uniformidade do processo; » Possibilidade de associação com outras operações contínuas na linha de produção; » Menor necessidade de mão-de-obra. CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA CONDUÇÃO * Processo Contínuo Desvantagens em relação ao descontínuo: » Maior investimento inicial; » Possibilidade de ocorrência de mutação genética espontânea (com consequente queda da produtividade); » Maior possibilidade de contaminação; » Dificuldade de manutenção da homogeneidade; » Dificuldade de operação em estado estacionário em determinados processos. CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA CONDUÇÃO * Processo Contínuo Aplicações: A utilização do processo contínuo de fermentação encontra grandes aplicações práticas, como: fermentação alcoólica, tratamento de resíduos. Estes casos citados são processos não assépticos. Em processos em que se necessita de maior assepsia, como produção de enzimas e antibióticos, o processo contínuo encontra ainda aplicações restritas. CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA CONDUÇÃO * Processo Contínuo Formas de operação no sistema contínuo: A operação inicia-se como um processo descontínuo e a partir de um dado momento inicia-se a alimentação de nutrientes e a retirada de meio fermentado. Após um tempo o sistema convergirá ao estado estacionário. O sistema contínuo é extremamente versátil quanto as suas várias possibilidades de operação, tais como: CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA CONDUÇÃO * Processo Contínuo CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA CONDUÇÃO * Processo Contínuo CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA CONDUÇÃO * Processo Contínuo CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA CONDUÇÃO * Processo Contínuo CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA CONDUÇÃO * Processo Contínuo CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA CONDUÇÃO * Processo Contínuo CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA CONDUÇÃO * * * * * * * *
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