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Dislexia: atenção aos sintomas

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Pais devem ficar atentos à dislexia 
Doença é detectada quando a criança está 
aprendendo a ler 
Se seu filho tem problemas com leitura e escrita, é bom prestar atenção. Muitas 
vezes, ele pode sofrer de dislexia, um distúrbio de aprendizagem específico da 
linguagem, caracterizada pela dificuldade de decodificar palavras simples. 
A maioria dos programas de alfabetização existentes no País não consegue atender 
crianças disléxicas, que necessitam de uma orientação de psicopedagogos, 
professores e fonoaudiólogos. 
Um caso famoso de dislexia é o do ator norte-americano Tom Cruise, um dos maiores 
astros de Hollywood. O problema fez muito mal ao ator em sua fase escolar. Ele diz 
que trocava as letras e tinha grande dificuldade na leitura. "Meus professores, sem 
muita pedagogia, me deram o carinhoso apelido de 'burro'. Virei o patinho feio da 
classe", revelou recentemente o ator que hoje controla o problema e convive 
normalmente com a dislexia. 
Uma pesquisa feita nos Estados Unidos comprova que os motivos dos alunos que 
abandonam a escola são originados por distúrbios de aprendizagem. Desse modo, eles 
levam também ao caminho das drogas, do alcoolismo e da marginalidade. 
A psicopedagoga e fonoaudióloga Maria Ângela Nogueira Nico, da Associação 
Brasileira de Dislexia (ABD), acredita que os estudos sobre distúrbios no exterior 
estão avançados, mas que no Brasil ainda é preciso mais investimentos. "No Brasil, 
analisamos crianças e adultos disléxicos, relatando o perfil delas. No mês que vem, 
apresentaremos um estudo em San Diego (EUA), que enfoca a questão da dislexia", 
informa a especialista. 
Segundo Nico, a dislexia pode ser considerada um distúrbio genético que é detectado 
principalmente no processo de alfabetização. "Geralmente, as crianças disléxicas 
apresentam dificuldades na leitura e na escrita, na organização temporal, espacial e 
têm alguma lateralidade, entre outros". 
Quando não tratado desde cedo, o emocional de uma pessoa disléxica adulta é 
bastante prejudicado. Por esse motivo, é importante fazer uma avaliação com uma 
equipe multidisciplinar, composta por neuropediatras, fonoaudiólogo, psicólogo e um 
psicopedagogo. 
A fonoaudióloga Cristiane Marques Sucupira ressalta a importância de fazer um 
diagnóstico diferencial. "Primeiramente é preciso fazer uma pesquisa, identificar 
realmente o problema, antes de rotular qual a dificuldade da criança. O importante é 
procurar um especialista", afirma. 
Por ser um distúrbio, a dilexia não tem cura, mas quando há acompanhamento e 
orientação de profissionais especializados, é possível uma melhoria significativa. 
Algumas escolas em Brasília desenvolvem programas de alfabetização que atendem 
melhor crianças disléxicas. "Por esse motivo, os pais devem acompanhar todos os 
procedimentos educacionais dos filhos e buscar auxílio por canais especializados", 
orienta a pedagoga. 
DISLEXIA - O SER E O APRENDER 
Rita de Cássia Rocha Soares Chardelli 
 
 
 
 
 
 Até pouco tempo, a criança que apresentava um desnível em sua aprendizagem 
era considerada incapaz de seguir um ritmo escolar desejado . 
Ainda hoje, muitas crianças ao apresentarem inversões ou espelhamento de letras 
na leitura e/ou escrita, assustam os pais e o professor , que por sua vez não sabem como 
lidar com essas dificuldades, gerando frustrações , desinteresse e até mesmo afetando a 
auto-estima desse aluno. 
 Precisamos estar atentos a essas crianças , pois ao nos depararmos com um 
aluno que tem em seu histórico repetência, demora para aprender a ler e escrever, 
dificuldade em soletrar , associar símbolos em seqüência, nomear objeto, entender 
tabuada, podemos estar diante de um dislexo. 
O importante neste momento, não é tentar resolver o problema e sim detectar e 
encaminhar a profissionais que conheçam e convivam com esse tipo de distúrbio. 
 A partir daí a escola tem que ser sensível e competente para que nunca deixe que 
esta criança seja humilhada, nem privada de suas descobertas, levando-as sempre a 
descobrir suas próprias habilidades e seu caminho próprio do aprender. 
 Segundo o professor Vicente Marins, professor na área de Letras e Educação da 
Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), em Sobral, Ceará e estudioso da dilexia, 
“uma criança com dislexia não é portadora de deficiência nem mental, física, auditiva, 
visual ou múltipla. O disléxico, também, não é uma criança de alto risco. Uma criança não 
é disléxica porque teve seu desenvolvimento comprometido em decorrência de fatores 
como gestação inadequada, alimentação imprópria ou nascimento prematuro. A dislexia 
tem um componente genético, exceto em caso de acidente cérebro-vascular (AVC). Ser 
disléxico é condição humana.E completa “...O disléxico pode, sim, ser um portador de alta 
habilidade. Daí, em geral, os disléticos, serem talentosos na arte, música, teatro, 
deportes, mecânica, vendas, comércio, desenho, construção e engenharia. Não se 
descarta ainda que venha a ser um superdotado, com uma capacidade intelectual 
singular, criativo, produtivo e líder.” 
 Assim , se quisermos ajudar uma criança dislexa, podemos não chamá-la de 
preguiçosa ou desleixada, não compará-la a outros, não exercer pressão sobre ela e nem 
exigir leitura em voz alta diante de parentes e amigos sem seu consentimento . Devemos 
sim incentivar nas coisas que gosta e faz bem feito, se alegrar e valorizar o seu esforço 
em fazer algo, estimulá-la a observar sempre as palavras e falar francamente sobre suas 
dificuldades, levando-a a reconhecer que pode fazer inúmeras coisas bem feita. 
 Aproveitaria esse gancho e contaria uma história para ela : “Conta a lenda que 
certa vez um garotinho e seu pai estavam caminhando por uma floresta. Este pediu que o 
moleque tentasse tirar uma grande pedra do caminho. E lá foi ele. Empurrou, puxou, 
bufou, chutou, ficou vermelho e nada da pedra se mexer. O pai perguntou: 
_ Você está usando toda a sua força? 
_Estou sim. 
_ Acho que não. Você ainda não pediu a minha ajuda.” 
 
A Dislexia 
O que é dislexia? Causas, Sinais e Cura 
 Fonte: Peanuts Collector Club 
A dislexia é uma das mais comuns deficiências de aprendizado. Segundo 
pesquisas realizadas, 20% de todas as crianças sofrem de dislexia – o que 
causa com que elas tenham grande dificuldade ao aprender a ler, escrever e 
soletrar. Pessoas disléxicas – e que nunca se trataram – lêem com dificuldade, 
pois é difícil para elas assimilarem palavras. Disléxicos também geralmente 
soletram muito mal. Isto não quer dizer que crianças disléxicas são menos 
inteligentes; aliás, muitas delas apresentam um grau de inteligência normal ou 
até superior ao da maioria da população. 
A dislexia persiste apesar da boa escolaridade. É necessário que pais, 
professores e educadores estejam cientes de que um alto número de crianças 
sofre de dislexia. Caso contrário, eles confundirão dislexia com preguiça ou má 
disciplina. É normal que crianças disléxicas expressem sua frustração por meio 
de mal-comportamento dentro e fora da sala de aula. Portanto, pais e 
educadores devem saber identificar os sinais que indicam que uma criança é 
disléxica - e não preguiçosa, pouco inteligente ou mal-comportada. 
A dislexia não deve ser motivo de vergonha para crianças que sofrem dela ou 
para seus pais. Dislexia não significa falta de inteligência e não é um indicativo 
de futuras dificuldades acadêmicas e profissionais. A dislexia, principalmente 
quando tratada, não implica em falta de sucesso no futuro. Alguns exemplos 
de pessoas disléxicas que obtiveram grande sucesso profissional são Thomas 
Edison (inventor), Tom Cruise (ator), Walt Disney (fundador dos personagens 
e estúdios Disney) e Agatha Christie (autora). Alguns pesquisadores acreditam 
que pessoas disléxicas têm até uma maior probabilidade deserem bem 
sucedidas; acredita-se que a batalha inicial de disléxicos para aprender de 
maneira convencional estimula sua criatividade e desenvolve uma habilidade 
para lidar melhor com problemas e com o stress. 
 
 
 
 
Para Um Diagnóstico Informal da Dislexia 
Vicente Martins 
 
 
 Atualmente, os principais pesquisadores, na área de Psicologia cognitiva, 
Neurolinguística, Psicolingüística e Psicopedagogia, entre os quais destacaria as 
investigações de Anne Van Hout e Françoise Etienne autores Dislexias: 
descrição, avaliação, explicação e tratamento ( Porto Alegre: Artmed, 2001) 
consideram que a dislexia, ou mais exatamente as dislexias, são um conjunto 
de déficits cognitivos que têm sua origem na alteração cerebral que afeta uma 
ou mais funções que participam do processamento da leitura. 
 
 A rigor, a dislexia vem ocupando a atenção dos dislexiólogos não apenas 
na vertente de aquisição e desenvolvimento da lectoescrita, mas o 
processamento de informação e do acesso do leitor ao código escrito. 
 
 Se a má leitura tem sido adquirida em decorrência da alteração cerebral 
ou neurológica, fala-se em dislexia evolutiva ou desenvolvimental. Se o déficit 
aparece uma vez adquirida a leitura, fala-se em dislexia adquirida ou 
contraída. Seja lá como for, a dislexia não é uma doença, é uma síndrome 
e sua etiologia, hereditária ou neurológica, levam-nos a crer que, dada sua 
raridade, não é tão simples seu diagnóstico. Por isso, a maioria dos médicos, 
prefere falar em déficit e não adotam o conceito dislexia. 
 
 No meu entender, dislexia é um termo que pertence ao campo da 
lingüística clínica ou mais precisamente da psicolingüística ou psicopedagogia 
da educação escolar. Assim considerada, o que se tem observado, no meio 
escolar, em grande parte, não é a dislexia evolutiva ou adquirida, mas uma 
dislexia pedagógica que poderíamos chamar aqui simplesmente de dificuldade 
e aprendizagem relacionada com a leitura (DAL). 
 
 Nos últimos anos, venho analisando relato de pais, especialmente das 
mães, quanto ao desempenho leitor de seus filhos. O caso mais recente é de 
Gadelha (nome fictício que dei ao sujeito de minha análise para preservar 
nome verdadeiro da criança). 
 
 A mãe relata que Gadelha tem 12 anos de idade, mas ainda não lê bem 
nem escreve corretamente. Seguindo ela, Gadelha é portador de uma 
síndrome ainda não identificada pelos geneticistas. 
Atualmente, o tratamento de Gadelha é feito com um especialista em genética 
do Instituto Fernandes Figueira, no Rio de Janeiro. O último neuropediatra 
consultado, segundo a mãe, chegou 
à conclusão de que ele apresenta um foco de gliose no cérebro. O certo é que 
a criança tem um atraso no desenvolvimento, principalmente escolar, mas 
para outras atividades, como videogame 
e jogos de computador ele está bem avançado, a não ser quando os jogos 
dependem de leitura. A mãe de Gadelha acrescenta que a criança freqüenta a 
escola desde os 03 anos de idade, e, ainda, faz terapia fonoaudióloga, e mais, 
já teve acompanhamentos com psicopedagoga e psicólogos. 
 
 Ele está cursando a 2ª série, mas não tem capacidade para acompanhar 
o ritmo da turma que freqüenta. A mãe, a todo custo, busca formas de 
conseguir melhorar o aprendizado escolar de Gadelha, pois um dos seus 
grandes objetivos é o de tornar Gadelha um adulto independente e 
capaz. Outros relatos que chegam às minhas mãos , por e-mail, com uma 
certa freqüência, são do tipo da dificuldade de aprendizagem apresentada por 
Juanito. A criança, de 9 anos, está matriculado na 2a. série do primário. 
 
 Juanito apresenta dificuldades de leitura e principalmente de escrita 
desde a alfabetização. 
Aos 5 anos, segundo mãe, Juanito foi estudar em uma escola particular. Lá, as 
professores disseram para mãe que Juanito tinha dificuldades visuais e 
escrevia com as duas mãos perfeitamente, inclusive numa mesma linha, dando 
continuidade ao assunto e desenhava de ponta cabeça todos os desenhos. 
Diante desse quadro, a mãe de Juanito achou que fosse uma fase escolar, de 
aquisição de aprendizagem, e por isso, não deu tanta importância. 
 
 Aos 7 anos, Juanito, na 1a. série , depara-se com as estagiárias da 
escola da rede estadual de ensino e estas alegam para mãe ele tem escrita 
espelhada. Informaram-na que ele troca letras, escrevia ao contrario, 
apresentava dificuldades na escrita, no entanto, aprendia todo conteúdo mas 
nas provas escritas, não conseguia notas por não conseguir interpretar e 
passar para o papel aquilo que entender os textos, no entanto, assegurava, a 
mãe, se as provas fossem orais, o rendimento seria, decerto, nota 10. 
 
 São dezenas de relatos dessa natureza que diariamente tenho recebido, 
lido e analisado. E isso me levou a preparar, na verdade, a adaptar uma 
proposta de protocolo informal para o diagnóstico da dislexia pedagógica, isto 
é, que resulta, em grande parte, do modelo ou metodologia adotada pela 
escola para o ensino de leitura. Baseia-se a proposta em os critérios de 
exclusão, como baixo Q.I, privação cultural e método ruim de ensino da leitura 
na escola. Uma criança, com retardo, por exemplo, tem dificuldade de ler 
porque é retardada, mas suas limitações estendem-se para outras atividades 
da vida cotidiana.

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