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704 Texto do artigo 2470 2 10 20170827 (2)

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Scire Salutis (ISSN 2236‐9600)  
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UTILIZAÇÃO DE PREBIÓTICOS E PROBIÓTICOS EM 
PEDIATRIA 
 
RESUMO 
 
A desnutrição infantil sempre foi uma das maiores preocupações no campo da 
Nutrição Pediátrica, assim como também passou a ser a obesidade. Porém a 
preocupação com alimentação infantil começa desde o período da gestação, 
seguido do período de aleitamento materno e, consequentemente, toda a infância. 
Neste sentido a Nutrição Funcional surge como uma nova aliada no combate às 
desordens alimentares, principalmente a diarreia, ainda bastante relacionada aos 
altos índices de mortalidade infantil. Este estudo buscou avaliar a utilização de dois 
dos principais tipos de Alimentos Funcionais (prebióticos e probióticos) na conduta 
terapêutica e de prevenção de diversas patologias em Pediatria. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Probióticos; Prebióticos; Pediatria; Infância; Alimentação 
Infantil. 
 
 
 
 
USE OF PREBIOTICS AND PROBIOTICS IN PEDIATRICS 
 
ABSTRACT 
 
Child malnutrition has always been a major concern in the field of Pediatric Nutrition, 
and also happened to be obesity. But the concern about infant feeding starts from 
the period of gestation, followed by the period of breastfeeding and hence 
throughout childhood. Functional Nutrition emerges as a new ally in the fight against 
eating disorders, especially diarrhea, still quite related to high rates of infant 
mortality. This study sought to evaluate the use of two main types of functional foods 
(probiotics and prebiotics) in the therapeutic and prevention of various diseases in 
Pediatrics. 
 
KEYWORDS: Probiotics, Prebiotics, Pediatrics, Childhood, Infant Feeding. 
 
 
Scire Salutis, Aquidabã, v.3, n.2, 
Abr, Mai, Jun, Jul, Ago, Set 2013. 
 
ISSN 2236‐9600 
 
SECTION: Articles 
TOPIC: Nutrição 
 
 
DOI: 10.6008/ESS2236‐9600.2013.002.0008 
 
 
 
Igor Macedo Brandão 
Faculdade Ages, Brasil 
http://lattes.cnpq.br/2978062044501628  
contato@igorbrandao.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Received: 12/08/2013 
Approved: 03/09/2013 
Reviewed anonymously in the process of blind peer. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referencing this: 
 
BRANDÃO, I. M.. Utilização de prebióticos e probióticos 
em pediatria. Scire Salutis, Aquidabã, v.3, n.2, p.84‐98, 
2013. DOI: http://dx.doi.org/10.6008/ESS2236‐
9600.2013.002.0008  
Utilização de prebióticos e probióticos em pediatria 
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INTRODUÇÃO 
 
É essencial para o crescimento e desenvolvimento da criança uma alimentação qualitativa 
e quantitativamente adequada nos primeiros anos de vida, pois ela proporciona ao organismo a 
energia e os nutrientes necessários para o bom desempenho de suas funções e para a 
manutenção de um bom estado de saúde (PRIETO et al., 2008). 
Sazawal et al. (2010) afirmam que 21% das mortes de crianças com até 5 anos de idade 
são atribuíveis à subnutrição e sua relação sinérgica com doenças infecciosas evitáveis, sendo 
que globalmente 5,2 milhões de crianças menores de 5 anos morrem a cada ano devido a estas 
doenças, principalmente pneumonia, malária, sarampo e diarreia. 
Dentre os principais estudos recentes que vem sendo realizados no campo da nutrição 
infantil está a influência de nutrientes como probióticos no sistema imune e na defesa natural do 
organismo, incluindo a prevenção de alergias (RAUD, 2008). 
Segundo Thomas e Greer (2010), cepas prebióticas e probióticas dietéticas, um dos 
principais campos de estudo da alimentação funcional, parecem exercer efeitos positivos no 
desenvolvimento do sistema imunitário da mucosa de crianças. Percebe-se, então, que a 
utilização de alimentos prebióticos e probióticos é uma das principais vertentes do conceito de 
“alimentação funcional”, cada vez mais difundido no campo da Nutrição. 
Weffort e Lamouinier (2010) entendem que: 
Alimento funcional é definido como “algum alimento ou ingrediente alimentício que 
pode proporcionar um benefício à saúde, além dos nutrientes tradicionais que 
contém”. Também pode ser definido como “alimento similar a alimento 
convencional em aparência, consumido como parte de uma dieta comum, e que 
tem demonstrado benefícios fisiológicos e/ou redução de riscos de doenças 
crônicas, além de funções básicas nutricionais”. Ou ainda “todo alimento ou 
ingrediente que, além das funções nutricionais básicas, quando consumidos na 
dieta usual, produz efeitos metabólicos e/ou fisiológicos benéficos à saúde, 
devendo ser seguro para o consumo sem supervisão médica”. 
 
No Brasil vários alimentos funcionais já estão presentes no mercado; assim, além dos 
iogurtes com probióticos que melhoram a saúde intestinal, há também leites enriquecidos com 
ferro (que ajudam na prevenção e no tratamento da anemia), com vitaminas e com o ácido 
ômega-3 (que ajuda no controle do colesterol), bem como ovos e margarinas enriquecidos 
também com ômega-3. Até mesmo o setor de água mineral ingressou recentemente no mercado 
das bebidas funcionais, oferecendo águas que contêm alta concentração de vitaminas C e do 
complexo B, a fim de fortalecer o sistema imunológico, ou que contém a fibra FOS 
(frutooligossacarídeo) e prometem contribuir para a prevenção dos cânceres de mama e de cólon 
e para a redução dos riscos de doenças cardiovasculares, além de regular o intestino (RAUD, 
2008). 
De acordo com Baldissera et al. (2011), os alimentos e ingredientes funcionais são 
classificados quanto à fonte (origem animal ou vegetal) ou quanto aos benefícios que oferecem 
referentes a seis áreas do organismo (sistema gastrointestinal, sistema cardiovascular, no 
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metabolismo de substratos, no crescimento, desenvolvimento e diferenciação celular, no 
comportamento das funções fisiológicas e como antioxidantes) 
A legislação brasileira para alimentos funcionais ainda é principiante; segundo Campos et 
al. (2011) as bactérias aprovadas para uso em produtos probióticos são: Lactobacillus acidophilus, 
L. casei Shirota, L. rhamnosus, L. defensis, L. bulgaricus, L. paracasei, Bifidobacterium animallis, 
B. bifidum, B. longum, Enterococcus faecium e Streptococcus thermophillus. 
O objetivo deste trabalho é avaliar de que forma estão sendo utilizados os prebióticos e 
probióticos na conduta terapêutica de diversas patologias no campo da Pediatria, principalmente 
as desordens intestinais. 
 
MATERIAL E MÉTODOS 
 
Este estudo constitui-se de uma revisão narrativa da literatura especializada, realizada 
entre julho e novembro de 2013, na qual se realizou uma consulta a livros, periódicos e artigos 
científicos selecionados através de buscas nos bancos de dados do Pubmed, Scielo, Biblioteca 
Regional de Medicina (BIREME), Lilacs, Medline, Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e Google 
Acadêmico. As palavras-chave utilizadas na busca foram probióticos, prebióticos, bifidobacteria, 
infância, pediatria, prebiotics, probiotics, neonate, children e childrenhood. 
O critério de inclusão para os estudos encontrados foi a utilização de cepas prebióticas e 
probióticas em todas as fases da infância, independentemente da patologia associada, 
eventualmente. Ainda realizou-se busca manual através das referências dos estudos pré-
selecionados e de revisões publicadas sobre o tema. 
 
DISCUSSÕES TEÓRICAS 
 
Nutrição e Pediatria 
 
Segundo Barbosa et al. (2007), a alimentação é um dos principais determinantes da 
condição de saúde da criança, principalmente no primeiro anode vida, e a nutrição adequada de 
bebês e crianças, resultante de alimentação equilibrada, é condição indispensável de crescimento 
e desenvolvimento adequados. 
Na primeira infância (entre o nascimento e os 2 primeiros anos de vida), o aleitamento 
materno exclusivo durante ao menos os primeiros 4 meses de vida é a forma preferencial de 
alimentação de lactentes. O aleitamento materno exclusivo, e não a composição do leite, deve ser 
considerado o padrão-ouro ou a referência. Lactentes alimentados com leite materno e com 
fórmulas diferem quanto ao crescimento físico e ao desenvolvimento cognitivo, emocional e social. 
Existem muitos componentes imunológicos no leite materno, mas os oligossacarídeos prebióticos 
e os recentemente descobertos probióticos estão entre os mais importantes (VANDENPLAS et al., 
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2011). Thomas e Greer (2010) afirmam que o leite materno é um prebiótico natural, principalmente 
devido ao teor substancial de oligossacarídeos em sua composição. 
De acordo com Millani et al. (2009), o consumo do leite materno está associado à baixa 
incidência de doenças infecciosas e alérgicas em recém-nascidos (RN) e lactentes. A flora 
intestinal de crianças amamentadas apresenta propriedades anti-infecciosas e, 
consequentemente, constitui fator importante de estimulação para o desenvolvimento pós-natal do 
sistema imune. 
Segundo Vandenplas et al. (2011), quanto mais tempo o lactente for alimentado com leite 
materno, e quanto mais tempo esse aleitamento for exclusivo, melhor será a proteção contra 
doenças infecciosas como a gastroenterite. Ainda de acordo com os autores, a idade gestacional 
do lactente ao nascer, o tipo de parto (parto vaginal versus parto cesariano) e a dieta parecem ter 
efeitos significativos sobre a microbiota intestinal. Quando os lactentes nascem por cesariana, não 
ingerem a flora vaginal e intestinal da mãe, o que nem sempre é benéfico. 
Nesta mesma linha de raciocínio, Thomas e Greer (2010) afirmam que a idade gestacional, 
o tipo de parto e a dieta parecem ter efeitos significativos sobre o processo de colonização 
bacteriana intestinal. Os recém-nascidos que nascem de parto cesariana, os prematuro e/ou 
expostos a antibióticos perinatais ou pós-natais teriam um atraso na colonização intestinal 
realizada por bactérias probióticas comensais; ao mesmo tempo em que que os recém-nascidos 
de parto normal, os amamentados com leite materno e fórmulas infantis teriam o mesmo padrão 
de colonização bacteriana após 48 horas do nascimento. 
Também corroborando com estas evidências, Morais (2012) afirma que no parto cesáreo 
não ocorre o contato do recém-nascido com as bactérias do canal de parto, e que é provável que 
as diferenças na microbiota intestinal vinculadas ao parto por cesáreo participe, pelo menos em 
parte, das explicações sobre a recente observação de que nascer por cesárea pode se associa 
com obesidade na faixa etária de adulto jovem. 
Existem evidências de que a manipulação da microbiota intestinal com alimentos e 
suplementos alimentares contendo pre e probióticos contribui para um possível benefício para a 
saúde se a flora inicial for anormal (VANDENPLAS et al., 2011). 
O aleitamento materno, de acordo com Simon et al. (2009), também está relacionado ao 
conceito de “imprinting metabólico”, que descreve um fenômeno pelo qual uma experiência 
nutricional precoce, atuando durante um período crítico e específico do desenvolvimento, pode 
acarretar um efeito duradouro, persistente ao longo da vida do indivíduo, predispondo-o a 
determinadas doenças, e como o aleitamento materno representa uma das experiências 
nutricionais mais precoces do recém-nascido, a composição única do leite materno poderia, 
portanto, estar envolvida neste processo de “imprinting metabólico”, alterando o número e/ou 
tamanho dos adipócitos, ou induzindo o fenômeno de diferenciação metabólica. 
É importante salientar que tão importante quanto o aleitamento materno nos primeiros 
meses de vida é a introdução gradativa dos alimentos complementares, que se trata de um 
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processo complexo e um período vulnerável para a ocorrência de deficiências nutricionais, 
infecções, atraso no desenvolvimento e formação de hábitos alimentares inadequados (BARBOSA 
et al., 2007). 
De acordo com Kleinman (2011), na fase pré-escolar (entre 2 e 5 anos de idade) as 
crianças tem mais habilidades motoras completamente desenvolvidas e seu interesse pela 
alimentação pode ser imprevisível, inclusive com períodos característicos de desinteresse pela 
comida. Com isto, a maioria delas não consome as quantidades recomendadas de frutas, 
verduras e fibras, o que pode favorecer um desequilíbrio nutricional. O mesmo pode ocorrer na 
fase escolar (entre 5 e 11 anos de idade), sendo que nesta fase as crianças tem mais liberdade 
sobre suas escolhas alimentares, além do aumento de memória e habilidades lógicas, o que torna 
este período ideal para a introdução de conceitos da educação nutricional básica. 
Segundo Pereira et al. (2013), a fase pré-escolar caracteriza-se por um período no qual 
ocorrem diversas modificações do padrão alimentar de uma criança e que hábitos alimentares 
errôneos nessa faixa etária podem causar problemas nutricionais em curto e em longo prazo, tais 
como anemia, déficit ou excesso ponderal, hipertensão arterial, diabetes, câncer, entre outras. 
Recente estudo de base populacional realizado no Brasil constatou uma prevalência de 
excesso de “peso-para-altura” de 7,3% em menores de 5 anos, superando em cerca de três vezes 
o valor limítrofe de 2,3% do padrão de referência (MENEZES et al., 2011). 
De acordo com Bernardi et al. (2010), o conhecimento da situação nutricional é de 
fundamental importância para a avaliação e para o acompanhamento das condições de saúde da 
população infantil, já que a fase pré-escolar é considerada de grande vulnerabilidade biológica e, 
portanto, sujeita a diversos agravos nutricionais, desta forma, compreender os comportamentos e 
as atitudes alimentares das crianças é importante em termos de saúde infantil. Em seu estudo os 
autores demonstraram que as práticas alimentares na infância persistem em fases posteriores, 
pois o padrão da alimentação na idade entre 2 e 3 anos se manteria presente até os 8 anos de 
idade. Nesse contexto o papel dos pais e da escola é fundamental, já que os adultos são 
responsáveis por suas escolhas alimentares, ao contrário das crianças menores e pré-escolares 
que dependem de seus pais e de outros cuidadores para o fornecimento de alimentos para seu 
crescimento e desenvolvimento. 
Em relação aos escolares, Bertin et al. (2010) afirmam que esta idade corresponde ao 
período de crescimento com maiores exigências nutricionais entre as crianças, já que é uma fase 
que precede o estirão pubertário, favorecendo o fenômeno de repleção energética como forma de 
guardar energia para o intenso crescimento que ocorre a seguir. Os autores afirmam ainda que a 
fase escolar sintetiza a evolução desde a vida intrauterina, o que a torna propícia para a avaliação 
nutricional da população infanto-juvenil, e que intervenções antes dos dez anos de idade reduzem 
a gravidade das doenças causadas pelos maus hábitos alimentares de maneira mais eficiente do 
que as mesmas intervenções na fase adulta. 
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Quanto aos adolescentes, para Souza et al. (2011), assim como a infância, a adolescência 
é um período extremamente importante para o desenvolvimento de um estilo de vida saudável, 
uma vez que os comportamentos adquiridos nestafase tendem a ser perpetuados por toda a vida. 
Neste contexto, o estilo de vida adotado por crianças e adolescentes não é saudável, incluindo 
baixo consumo de frutas, inatividade física, inabilidade de manter um peso corporal saudável e 
consumo de bebidas alcoólicas e tabaco, comportamentos de risco à saúde que estão cada vez 
mais presentes na sociedade contemporânea e estão associados ao desenvolvimento das 
doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), cada vez mais presentes no público jovem e 
liderando as causas de morbi-mortalidade no Brasil e no mundo. A atividade física e a alimentação 
são dois comportamentos considerados prioritários para a promoção da saúde e prevenção de 
DCNT em populações contemporâneas. 
 
Prebióticos 
 
Prebióticos são carboidratos não digeríveis, nem absorvidos ao longo do trato 
gastrintestinal, fazendo com que, desta forma, eles consigam chegar até as porções finais do 
intestino de maneira intacta, agindo como substrato energético para o crescimento e atividade de 
bactérias intestinais benéficas, estimulando assim um efeito benéfico ao hospedeiro (CAMPOS et 
al., 2011). De acordo com Cilla et al. (2012), quimicamente se tratam de hidratos de carbono 
constituídos por 3-10 unidades de monossacarídeos, como galactose, frutose, N-
acetilglucosamina e ácido siálico, ligados entre si por ligações glicosídicas características tipo β 2-
1. 
Segundo Santos et al. (2011), o termo “prebiótico” é utilizado, ao contrário de “probiótico”, 
como componentes alimentares não digeríveis que afetam beneficamente o hospedeiro por 
estimular seletivamente o crescimento e/ou atividade de uma ou um número de espécies 
bacterianas desejáveis no cólon, e o termo simbiótico é utilizado para designar produtos no qual 
um probiótico e um prebiótico estão associados. 
Os prebióticos são digeridos parcialmente no intestino delgado, onde fortalecem o sistema 
imunológico, inibem a multiplicação de patógenos e estimulam a proliferação e atividade de 
populações de bactérias desejáveis no cólon, afetando beneficamente o hospedeiro com o 
desenvolvimento da flora bifidogênica. Esses componentes atuam mais frequentemente no 
intestino grosso, embora possam ter também algum impacto sobre os microrganismos do intestino 
delgado. Consequentemente, os prebióticos são considerados uma fonte natural de energia para 
o crescimento da flora bacteriana saudável do intestino (MILLANI et al., 2009). 
De acordo com estudo realizado por Cilla et al. (2012), avanços no conhecimento da 
composição do leite materno identificaram um grande número de substâncias bioativas, como 
prebióticos e nucleotídeos, eficazes na prevenção de diversas doenças e na proteção imunitária 
do bebê, o que tem levado à sua inclusão nas fórmulas de produtos infantis, mesmo que de forma 
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opcional, visto que ainda não há evidências científicas suficientes para tornar sua inclusão 
obrigatória. Ainda segundo os autores, os oligossacarídeos seriam o terceiro grupo de 
componentes majoritários do leite materno, após a lactose (6 g/100 ml) e os lípidos (4 g/100 ml); 
sua concentração no colostro seria de 1,5 - 2,3 g/100 ml, que é progressivamente reduzida e 
estabilizada nos leites de transição e maduro, com valores entre 0,8 - 1,2 g/100 ml. Desta forma, 
considerando-se o menor teor de OS no leite de vaca, quando comparado ao leite materno, e que 
este último é o alimento ideal para o crescimento, saúde e desenvolvimento dos bebês, parece 
lógica a suplementação de fórmulas infantis com este tipo de componente. 
Estudo conduzido por Chirdo et al. (2011) demonstrou que a adição de prebióticos a 
fórmulas infantis produziu em recém-nascidos a termo e prematuros o aumento de ácidos graxos 
de cadeia curta, a diminuição do pH intestinal e a produção de fezes de consistência similiar à de 
bebês amamentados. Demonstraram, ainda, que a mistura de galactooligossacarídeos e 
frutooligossacarídeos (GOS/ FOS) na proporção de 9:1 e em doses de 0,8 g/dL produziu efeito 
prebiótico semelhante ao do leite materno, em relação à microbiota intestinal, o que promove o 
crescimento de bifidobactérias e lactobacilos. Por fim, afirmaram que o uso de fórmulas com 
prebióticos pode diminuir a incidência de dermatite atópica em crianças. 
Para Román e Álvarez (2013), os principais prebióticos utilizados são os 
Frutooligossacarídeos (FOS) e a Inulina. Estes compostos teriam o poder de proporcionar uma 
barreira contra os microorganismos patogênicos, protegendo o organismo contra diarreia 
infecciosa associada a antibióticos; melhorar a absorção de nutrientes como o cálcio, promovendo 
a mineralização dos ossos; reduzir a formação de substâncias carcinogênicas; além de, devido à 
sua indigestibilidade poderem ser considerados como uma forma de fibra solúvel, ajudando a 
reduzir a consistência das fezes e melhorando o trânsito gastrointestinal. 
Já para Cilla et al. (2012), apenas 3 oligossacarídeos (OS) não-digeríveis poderiam ser 
considerados prebióticos: a inulina que, segundo os autores, englobaria os frutooligossacarídeos 
(FOS), os galactooligossacarídeos (GOS) e a lactulose. 
De acordo com Millani et al. (2009), os oligossacarídeos prebióticos em produtos 
alimentares demonstraram efeitos benéficos quanto ao aumento do número total de 
bifidobactérias, redução do número de micro-organismos patogênicos no intestino e melhora da 
consistência das fezes e frequência das evacuações. Tais efeitos sugerem a recomendação de 
seu uso em crianças constipadas. 
Segundo Román e Álvarez (2013), os prebióticos seriam eficazes no tratamento de prisão 
de ventre em crianças, devido à sua capacidade de aumentar a retenção de água das fezes e o 
crescimento de bifidobactérias probióticas, aumentando, consequentemente, a frequência das 
evacuações e diminuindo sua consistência. Estes efeitos ocorreriam porque os FOS e a Inulina 
possuem efeito laxante dose-dependente devido ao aumento da biomassa microbiana, como 
resultado de sua fermentação no cólon. 
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Os prebióticos supostamente agem modulando a resposta imunológica, mas as evidências 
a respeito são bem mais modestas. Pelo fato de serem substâncias não-digeríveis, a ação dos 
prebióticos se dá por meio da estimulação do crescimento ou atividade das bactérias intestinais. A 
promoção do “efeito bifidogênico” relacionado à ação das bifidobactérias levaria a efeito 
semelhante ao descrito para os probióticos (SOUZA et al., 2010). 
Para Ramón e Álvarez (2013), tem sido observados em pacientes pediátricos menores 
efeitos adversos e melhor tolerância à terapia medicamentosa em quadros de infecção por 
Helicobacter pylori, com a adição de prebióticos ao tratamento com antibióticos. Eles atuariam por 
mecanismos imunológicos e não-imunológicos, produzindo substâncias antimicrobianas, 
competindo pela adesão celular e proporcionando uma barreira mucosa intestinal. 
Apesar dos prebióticos parecerem promissores e oferecerem efeitos benéficos em 
determinadas situações, alguns aspectos duvidosos devem ser investigados de forma a avaliar o 
real efeito e segurança de sua utilização em curto e longo prazo, a fim de comprovar a ausência 
de consequências prejudiciais à saúde da criança (MILLANI et al., 2009). Neste sentido, Morais 
(2012) afirma que a adição de prebióticos em fórmulas para lactentes não tem influência negativa 
no seu crescimento, proporciona redução do pH fecal, aumento da frequência de evacuações e 
diminuição na consistências das fezes, porém sua utilização como coadjuvante na promoção da 
saúde infantil ainda necessitaria de maiores evidências. Corroborando com este pensamento, 
Ramón e Álvarez (2013) afirmam que a suplementação defórmulas lácteas infantis com 
prebióticos não apresenta efeitos adversos, mas que são necessárias mais informações antes de 
seu amplo uso em recém-nascidos prematuros e crianças com problemas especiais, tais como 
imunodeficiências. 
Ao analisar as características prebióticas e a aceitabilidade de bebida à base de flocos de 
abóbora com inulina entre crianças de 4 a 6 anos, Silveira et al. (2008) concluíram que as bebidas 
são nutricionalmente adequadas para pequenas refeições (lanches) deste público-alvo e bem 
aceitas pelo mesmo, podendo seu uso ser sugerido para programas sociais, como o Programa 
Nacional de Alimentação Escolar. 
De acordo com Román e Álvarez (2013), os prebióticos FOS são encontrados 
naturalmente em vegetais como aspargos, alho-poró, alho, alcachofra, chicória e cebola, enquanto 
que a inulina é encontrada em alimentos como trigo, cebola, alho, alho-poró e banana. 
Segundo Santos e Cançado (2009), alimentos como alcachofra, alho, aspargo, banana, 
beterraba, cebola, centeio, cerveja, cevada, chicória, mel, tomate e trigo são importantes fontes de 
prebióticos, e seriam recomendadas doses de 4 a 5 gramas de prebióticos na alimentação diária, 
para que sejam desencadeadas suas funções no organismo. Ainda segundo as autoras, o 
consumo regular de alimentos fonte de prebióticos está relacionado com a redução do risco de 
Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT's), a partir de benefícios como modulação do 
metabolismo lipídico, reduzindo os riscos de aterosclerose e os níveis de triglicérides e de 
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colesterol plasmático; redução do risco de doenças cardiovasculares; prevenção à obesidade e ao 
Diabetes Mellitus tipo II; estímulo ao sistema imunológico e controle da pressão arterial. 
 
Probióticos 
 
O termo “probiótico” foi utilizado pela primeira vez em 1965 para designar micro-
organismos que exercem efeitos benéficos para a saúde ao melhorar o equilíbrio microbiano 
intestinal (RAUD, 2008). 
Probióticos são definidos como microrganismos vivos administrados em quantidades 
adequadas que promovem benefícios a saúde do hospedeiro, favorecendo o equilíbrio microbiano 
intestinal. Existem dois requisitos importantes para a eficácia dos produtos alimentares probióticos 
que são o número mínimo de bactérias probióticas viáveis no produto alimentar na altura do 
consumo e o armazenamento dos produtos alimentares a temperaturas viáveis de refrigeração 
(SANTOS et al., 2011). 
Para que um microrganismo possa ser usado como probiótico, ele deve ser capaz de 
expressar suas atividades, acima de tudo benéficas, no corpo do hospedeiro (no caso o homem), 
resistindo ao trato digestivo (aos ácidos clorídrico e biliar) e colonizando o intestino (OLIVEIRA; 
BATISTA, 2012). 
Vários microrganismos são utilizados como probióticos, entre eles estão às bactérias 
ácido-lácticas, bactérias não ácido-lácticas e leveduras, Lactobacillus e Bifidobactérias. 
Atualmente a levedura que se enquadra nessa finalidade é a Saccharomyces boulardii. O íleo 
terminal e o cólon são, respectivamente, os locais de preferência para a colonização intestinal das 
espécies Lactobacillus e Bifidobactérias (SANTOS et al., 2011). 
Os principais usos e indicações dos probióticos em clínica e alimentação infantil são para a 
prevenção e tratamento de diarreias infecciosas; para a modulação do sistema imune; para o 
tratamento de intolerância à lactose; para a síntese ou produção de subprodutos metabólicos com 
ação protetora intestinal; e para a promoção endógena de mecanismos protetores para dermatite 
atópica e alergia de alimentos (SALGADO, 2012). 
De acordo com Sazawal et al. (2010), tem havido uma crescente evidência na última 
década para a eficácia de agentes probióticos no tratamento da diarréia aguda, diarréia 
persistente e prevenção de diarréia associada a antibióticos, porém as evidências para o impacto 
sobre as doenças não-diarreicas tem sido pouco claras. 
Em estudo que avaliou a utilização de probióticos no tratamento de Síndrome do Intestino 
Irritável em crianças, Martens et al. (2010) afirmam que os prebióticos e probióticos tem visto um 
renascimento de seu uso clínico, sendo mais frequentemente utilizados em distúrbios 
gastrintestinais funcionais, porém, devido ao seu baixo perfil de efeitos adversos, também podem 
ser utilizados em distúrbios intestinais funcionais na infância. 
Utilização de prebióticos e probióticos em pediatria 
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Chen et al. (2012) avaliaram que crianças amamentadas são mais propensas a receber 
suplementos de probióticos do que crianças alimentadas com fórmulas infantis, e que pais com 
história de alergia são mais propensos a alimentar suplementos probióticos para seus filhos desde 
o nascimento, buscando a prevenção de alergias. 
Ao analisar bebês prematuros, Bernardo et al. (2013) concluíram que aqueles internados 
em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e que receberam probióticos permaneceram 
hospitalizados, em média, 6 dias a menos, o que torna os probióticos um potencial aliado na 
diminuição no tempo de hospitalização. 
Os mecanismos exatos pelos quais os probióticos agem não estão completamente 
estabelecidos, mas presume-se que sua ação esteja relacionada à modulação da microbiota 
intestinal, além da melhora da barreira da mucosa intestinal, impedindo a passagem dos 
antígenos para a corrente sanguínea (SOUZA et al., 2010). 
Segundo Martins et al. (2012), os principais mecanismos de ação propostos para a 
microbiota normal e que, portanto, também seriam para os probióticos são o antagonismo pela 
produção de substâncias que inibem ou matam o microrganismo patogênico; a imunomodulação 
do hospedeiro, aumentando a sua resistência à infecção; as competições por sítio de adesão ou 
fonte nutricional com o microrganismo patogênico e a inibição da produção ou da ação de toxinas 
bacterianas. 
Já de acordo com Bernardo et al. (2013): 
Os probióticos agem melhorando a permeabilidade gastrointestinal e aumentando 
a resistência da mucosa contra a penetração bacteriana. Quanto aos mecanismos 
de proteção: (i) aumentam a resistência da barreira intestinal contra o trânsito de 
bactérias e suas toxinas; (ii) modificam a resposta do hospedeiro em relação aos 
produtos microbianos; (iii) aumentam a resposta das mucosas à IgA; (iv) produzem 
substâncias bactericidas; (v) excluem competitivamente os patógenos em 
potencial. 
 
Estudo realizado por Souza et al. (2010) apontou evidências de benefícios da 
suplementação precoce de probióticos com algumas cepas específicas, prebióticos e simbióticos 
na prevenção da dermatite atópica em crianças de alto risco para alergias. 
Comprimidos, cápsulas e saches também podem conter as bactérias probióticas na forma 
liofilizada. A dose de probióticos varia enormemente, segundo a cepa e o produto. Segundo a 
ANVISA, medicamente probiótico é definido como o medicamento que contém micro-organismos 
vivos ou inativados para prevenir ou tratar doenças humanas por interação com a microbiota, com 
o epitélio intestinal, com as células imunes associadas ou por outro mecanismo de ação. Uma 
preocupação constante é a viabilidade destes micro-organismos durante a validade do produto, 
isto porque produtos refrigerados, como iogurtes e leites fermentados, quando submetidos a 
mudanças de temperatura, podem sofrer uma redução na microbiota contida no produto 
(SALGADO, 2012). 
De acordo com Santos e Cançado (2009), para que o probiótico possa ser destinado ao 
consumo humano deve ter sua eficácia comprovada de acordo com suas características benéficas 
BRANDÃO, I. M. 
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através de ensaios laboratoriais in vitro submetendo osprobióticos a diferentes condições; 
avaliação da estabilidade, durante dois meses no alimento comercializado na forma peletizada e 
por três meses quando submetido à temperatura de 80ºC e através da análise da concentração de 
organismos viáveis por grama ou ml de alimento. 
Em relação à quantidade adequada para exercer efeito benéfico, tem sido recomendada a 
dose de 5 bilhões de unidades formadoras de colônias (UFC) por dia (5x109 UFC/ dia), por pelo 
menos 5 dias (MORAIS; JACOB, 2006). Os autores afirmam também que micro-organismos 
probióticos alteram favoravelmente a flora intestinal, inibem o crescimento de bactérias 
patogênicas, promovem digestão adequada, estimulam a função imunológica local e aumentam a 
resistência à infecção. É importante lembrar que os probióticos não se multiplicam com rapidez, 
razão pela qual não permanecem como colonizadores perenes do tubo digestivo. Já Tabbers et al. 
(2011) afirmam que os probióticos conferem benefício à saúde do hospedeiro quando 
administrados em quantidades adequadas, que seriam entre 106 e 109 unidades formadoras de 
colônias, ao tempo em que Santos e Cançado (2009) afirmam que para serem de importância 
fisiológica ao hospedeiro, os probióticos devem apresentar populações em concentrações de 106 
– 107 UFC/g ou ml de produto e permanecerem viáveis no alimento para garantir sua ação 
terapêutica. 
Percebe-se que ainda não há uma unanimidade em relação às quantidades ideais de 
administração dos probióticos para que eles apresentem seus efeitos benéficos no hospedeiro. 
Salgado (2012) relata que a suplementação enteral de probióticos reduz o risco de 
enterocolite necrosante grave e a mortalidade em recém-nascidos prematuros, assim como 
defende que os probióticos parecem ser um complemento útil para a terapia de reidratação no 
tratamento da diarreia infecciosa aguda em adultos e crianças. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Os resultados desta revisão sugerem que a utilização de alimentos funcionais, 
especialmente aqueles fonte ou fortificados com prebióticos e/ou probióticos, parecem exercer 
influência positiva na promoção da saúde e do estado nutricional de crianças, além de serem 
ferramentas úteis na prática clínica pediátrica, no combate a algumas das principais enfermidades 
potencialmente lesivas, que contribuem para algumas morbidades comuns na infância. 
Porém, ainda são necessários novos estudos que identifiquem e avaliem o método de 
preparo e dosagem ideiais, além dos tipos de cepas prebióticas e probióticas a serem utilizadas 
nas preparações, visto que ainda não há concordância neste sentido. 
Uma das preocupações que devem ser elencadas como prioritárias diz respeito à 
biossegurança em relação à manipulação de cepas prebióticas e probióticas na fortificação de 
alimentos. Os órgãos e agências reguladoras nacionais, estaduais e municipais devem atuar em 
conjunto na fiscalização das empresas alimentícias deste segmento de mercado, para que o 
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público consumidor (principalmente em se tratando de crianças) tenha a certeza e confiança de 
estar recebendo um produto de qualidade e eficaz. Desta forma, os prebióticos e probióticos 
tendem a se tornam modalidades terapêuticas de rotina na prática clínica pediátrica. 
 
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