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Fisio – Aula 3 Tireóide

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Fisio – Aula 3- Tireóide
A tireoide é formada por folículos que são a unidade morfofuncional onde os hormônios serão produzidos e secretados. O folículo é formado por células foluculares e possui um lúmen (coloide) onde os hormônios vão sendo armazenados. 
Glândula tireoide
A glândula tireóide é a primeira glândula endócrina a se desenvolver no embrião humano...por volta da 10 semana, ela já adquire o aspecto folicular, e o tecido já começa a sintetizar a tireoglobulina, uma proteína presente no colóide do folículo, essencial pra síntese dos hormônios tireoideanos. Além disso, nessa época já começa a captar e organificar iodo, formar colóide, ou seja, já começa a realizar etapas importantes de síntese dos hormônio tireoideanos, e em torno da 12 semana já começa a acumular hormâonio tireoideano dentro do colóide. O aparecimento destas funções específicas da glândula tireóide está intimamente relacionada a ativação progressiva da expressão dos genes essenciais para a biossíntese dos HTs durante a formação da glândula. Fatores transcricionais como FOXE1 e PAX8 ativam essa expressão, se houver alguma deficiência nesses fatores, vai haver uma má formação ou hipofunção da tireoide. Na tireoide nós temos outras células que não estão envolvidas na síntese dos hormônios como as células parafoliculares ou células C, estas células produzem e secretam calcitonina, responsável pela diminuição da calcemia, reabsorvendo o cálcio do osso e diminuindo a absorção no intestino. Outra glândula inserida na tireoide é a paratireoide, nós possuímos 4 que produzem e secretam o paratormônio que tem o efeito contrário a calcitonina, ou seja, aumenta os níveis de cálcio no sangue, liberando-o do osso para o sangue e aumenta a absorção do cálcio no intestino.
Iodo
O iodo é fundamental para a síntese dos hormônios tireoidianos porque participam da sua estrutura química. Sem iodo a glândula tireóide não é capaz de produzir T3 e T4, e as consequências disso são devastadoras em períodos da vida como o desenvolvimento tanto intra-uterino, quanto na fase pós-natal. A grande fonte de iodo do planeta é o ambiente marinho, de modo que alimentos derivados do mar e de regiões com solo rico em iodo, no caso as áreas litorâneas, são ricos em iodo.... Porém os hormônios tireoideanos tem papel fundamental para o funcionamento do organismo, e é imprescindível que a síntese desse hormônio esteja adequada, e pra isso, a ingestão diária de iodo tem que ser assegurada... Então uma manobra adotada pela organização mundial de saúde, foi a iodação do sal de cozinha, para que mesmo as localidades distantes de regiões marítimas pudessem ter a ingestão adequada de iodo. Consequências da deficiência de iodo:
-Feto- Aborto/Natimorto; Anomalias congênitas; Aumento da mortalidade perinatal; Cretinismo endêmico (hipotireoidismo congênito, já nasce com hipotireoidismo).
-Neonato- Bócio neonatal; Hipotireoidismo neonatal; Retardo mental endêmico
- Crianças, adolescentes e adultos– Bócio; Hipotireoidismo; Diminuição da função mental.
Na alimentação ingerimos iodo orgânico também mas só absorvemos o inorgânico, então este orgânico vai ser transformado em iodeto.
 
Biossíntese dos HT
Ocorre em 4 etapas: 1-transporte de iodeto que sai da corrente sanguínea para o lúmen folicular; 2- oxidação do iodeto; 3- Iodação dos resíduos e tirosina da molécula de tireoglobulina formando iodotirosinas; 4- Acoplamento oxidativo de duas iodotirosinas formando iodotironinas ainda ligadas à tireoglobulina.
O transporte de iodeto é feito por um cotransportador de sódio e iodo chamado NIS presente na membrana basal das células foliculares e levam iodo contra o gradiente negativo da célula. Esse transporte pode ser inibido por alguns ânions como o perclorato que inibe a captação e facilita a saída do iodo da célula, tem também o tiocinato que aumenta o efluxo e o pertecnetato que ainda não se sabe ao certo a função dele. Depois de entrar na célula ele vai passar para o lúmen pela pendrina. Assim que chegar no lúmen ele vai ser rapidamente oxidado. A enzima DUOX vai formar peróxido de hidrogênio que vai ser o doador de oxigênio para o iodo e a enzima tireoperoxidase vai fazer essa oxidação e depois vai organificar esse iodo, ou seja, vai fazer com que haja a ligação desse iodo a um resíduo de tirosina. 
 
Depois de formado, o HT precisa ser secretado, o que vai ser feito pelo TSH que estimula a síntese e liberação dos HT. O THS vai fazer com que o coloide seja englobado, o endossomo vai se ligar a um lisossmo que vai quebrar a tireoglobulina , liberar HT no meio intracel, onde eles vão se difundindo e saem da célula por difusão. 
Regulação da função da tireoide
Pode ser feita pro mecanismos extratireoidianos (TSH hipofisário) e intratireoidanos (efeito autorregulatorio).
-MECANISMO EXTRATIREOIDIANO: na corrente sanguínea os HT afetam o eixo hipotálamo-hipófise-tireoidE. É o principal mas existem outros hormônios que também fazem essa regulaç.
TSH
É o principal regulador do crescimento, proliferação celular e atividade da tireoide. Estimula sobre todas as etapas de síntese dos HTs e estimula a expressão gênica de NIS, TSHR e TG. Além disso ele é um potente indicador da função tireoidiana. Se a pessoa estiver com uma dose muito alta de TSH significa que a tireoide está com baixa função porque se ela está precisando de muito THS para produzir os hormônios, é porque a função está baixa, sendo que o oposto também acontece: pouco ths= tireoide com alta função. Numa situação de falta de iodo o feedback negativo vai ser pequeno, a quantidade de TSH vai aumentar para tentar produzir os HT mas não vai adiantar e a pessoa vai ter bócio, já que vai haver um aumento da proliferação celular por causa da grande quantidade de THS.
 
-MECANISMO DE AUTORREGULAÇÃO: é feita através dos níveis de iodo. Quando temos baixos níveis de iodo, dos aumentamos a quantidade das proteínas que vão captar o iodo. Mas o principal efeito deste mecanismo vai ser observado quando temos um excesso de iodo, porque a NIS vai diminuir a sua atividade então a captação de iodo para o meio intracelular também vai diminuir. O excesso de iodo já presente dentro da célula vai bloquear a ação da DUOX, não vai haver peróxido de hidrogênio, o iodo não vai ser oxidado e não vai ter HT. Esse efeito é chamado de feito Wolff-Chaikoff. Mas quando a glândula notar que não tem iodo organificado ela vai reverter absorvendo novamente o iodo, o que é chamado de Escape ao efeito.
Transporte plasmático dos HT
Apenas uma pequena fração dos HT está livre, ou seja, a maioria está ligada a proteínas transportadoras mas eles só exercem função quando livres, o resto é como se fosse uma reserva. A principal proteína ligadora é a proteína ligadora de tiroxina(TBG), também se ligam a transtirretina (TTR), albumina e lipoproteínas. Sempre que houver um desequilíbrio, por exemplo, T4 aumentar, o organismo vai fazer com que volte ao normal. Nesse caso ele poderia aumentar os níveis de TBG, ou seja, SEMPRE VAI ESTAR EM EQUILIBRIO.
Existe também os transportadores teciduais de HT que transportam os HT para dentro das suas células alvo. Podem ser transportadores de anions orgânicos ou de aminoácidos.
Metabolismo do HT
 
Desiodases- são selenoproteinas. Exitem 3 tipos: D1, D2 e D3. Fazem o ajuste periferico dos niveis sericos e intracelulares de HTs e a ativação ou inativação dos HT.
D1- presente no figado, rim, tireoide e SNC. É resposável pela produção de iodo plasmático.
D2- está presente na hipofise, tecido adiposo marrom, musculo esquelético, coração, cerebro e tireoide e é responsável pela produção de T3 plasmático e principalmente intracelular
D3- placenta, SNC, pele- só consegue fazer a inativação dos HT
Mecanismos de ação dos HTs
Mecanismos de ação genômica (ou nuclear) – interação com receptores localizados no núcleo das células
Mecanismos de ação não genômica (ou não nuclear) - representadas por efeito muito rápidos que não correspondema modificação na transcrição gênica. 
Ação genômica: depois que o T3 entrar no núcleo ele vai ativar o seu receotor TR que vai estar ligado a uma parte 56:40

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