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Aparelho Reprodutor Masculino

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Sistema Genital Masculino
Aparelho Reprodutor Masculino
Componentes Anatômicos
Testículos 
Irrigação e Drenagem Venosa: Artéria Testicular (ramo da aorta abdominal), Artéria Deferencial (ramo da artéria vesical inferior). Veia testicular esquerda (veia renal esquerda). Veia testicular direita (veia cava inferior) e plexo pampiniforme (8 a 12 veias). 
Constituição
Túbulos seminíferos: Em sua parede há a formação dos espermatozoides, originários das células germinativas primárias (espermatogênese). Já as células que fica no interstício ditas como células de Leydig produzem a testosterona, responsável pelo desenvolvimento dos órgãos genitais masculinos e os caracteres sexuais secundários.
As duas extremidades de cada túbulo drenam para rede de dutos no epidídimo de onde os espermatozoides passam para o canal deferente, deste para o ducto ejaculador e dai para a uretra prostática por ocasião da ejaculação. 
Epidídimo: São dois tubos enovelados que partem dos testículos onde os espermatozoides são armazenados. Porções: Cabeça (Superior e maior), Corpo (Posterior do testículo) e Cauda (inferior). 
Canais deferentes:  São dois tubos que partem dos testículos, circundam a bexiga urinária e unem ao ducto ejaculatório onde desembocam as glândulas seminais. (vias espermáticas).
Uretra é o canal destinado para a urina, mas os músculos da entrada da bexiga se contraem durante a ereção para que nenhuma urina entre no sêmen e nenhum sêmen entre na bexiga (vias espermáticas). Todos os espermatozoides não ejaculados são reabsorvidos pelo corpo depois de algum tempo.
Pênis 
Formação:
Dois Corpos Cavernosos e um Esponjoso (que envolve e protege a uretra).
OBS: Acompanhado de estímulos eróticos ocorre à inundação dos mesmos corpos com sangue deixando rígidos e com considerável aumento de tamanho (ereção). 
Na extremidade do pênis encontra-se a glande - cabeça do pênis, onde podemos visualizar o óstio externo da uretra. 
OBS: Essa Glande é uma região do pênis que possui grande sensibilidade à estimulação sexual. Com a manipulação da pele que a envolve 
Prepúcio: Pele que reveste e protege a glande. O prepúcio deve ser puxado e higienizado a fim de se retirar dele o esmegma (uma secreção sebácea espessa e esbranquiçada, com forte odor, que consiste principalmente em células epiteliais descamadas que se acumulam debaixo do prepúcio). Quando a glande não consegue ser exposta devido ao estreitamento do prepúcio, diz-se que a pessoa tem fimose. 
Escroto: É o local onde se encontram os testículos na parte externa do corpo e tem função de termo regulação, afastando ou juntando os testículos ao corpo. Os espermatozoides levam cerca de 7 dias para ser produzido e precisam de um local com temperatura adequada para isso, ficando fora do corpo humano com 1 à 3° graus abaixo da corporal(36,5°).
Possui músculo (cremáster) que controla a temperatura dos testículos. 
Maior Temperatura: Bolsa distende (diminui a temperatura interna).
Menor Temperatura: Bolsa contrai (aumenta temperatura interna). 
O controle da temperatura dos testículos é importante para a espermatogênese. 
Próstata: 
Localização: É glândula localizada abaixo da bexiga urinaria.
Secreção: Secreta fluído rico em citrato, fibrimolisina, cálcio, zinco fosfatase ácida, dentre outros. Além disso, secreta substância alcalina que neutralizam a acidez da urina e aqueles que ativam os espermatozoides, pois é provável que o liquido prostático ligeiramente alcalino ajude a neutralizar a acidez dos outros líquidos seminais durante a ejaculação e assim, aumente a mobilidade e fertilidade do espermatozoide. 
Citrato: fonte energética.
Fibrimolisina: Age como um anticoagulante do sêmen, o que ajuda na mobilização do esperma. 
Divisões: A próstata tem três zonas: Zona Central, Transição e Periférica (local principal de câncer). 
Vesículas Seminais: é um tubo tortuoso revestido por epitélio secretor que secreta material mucoso contendo: frutose, ácido cítrico e outras substâncias nutritivas em abundância , bem como grande quantidade de prostaglandinas e fibrinogênio. 
Cada vesícula Seminal esvazia seu conteúdo no ducto ejaculatório imediatamente após o canal deferente ter despejado os espermatozóides. 
Frutose: Substrato energético para o espermatozoide. 
Prostaglandinas: reagem com o muco cervical feminino, tornando-o mais receptivo ao movimento do espermatozoide e possivelmente induzindo contrações peristálticas reversas para trás, no útero e nas trompas de falópio, movendo os espermatozoides ejaculados em direção aos ovários. 
Funículo Espermático: Estende-se da extremidade superior da borda do testículo ao ânulo inguinal profundo, local em que seus elementos tomam rumos diferentes. O funículo espermático esquerdo é mais longo, o que significa que o testículo esquerdo permanece em nível mais baixo que o direito. Além do ducto deferente, ele é constituído por artérias, veias, linfáticos, nervos, músculo cremaster e membrana espermática externa.
Glândulas bulbouretrais (glândulas anexas) : Lança uma secreção transparente que são lançadas dentro da uretra para limpa-la e preparar a passagem dos espermatozoides, é considerada uma secreção pré-ejaculatória. Situam-se na porção membranosa da uretra, onde lançam sua secreção. Elas são glândulas túbulo alveolares revestidas por um epitélio cúbico simples secretor de muco. O muco secretado é claro e age como lubrificante
 10.1 Secreta uma secreção antes da ejaculação, contendo muco lubrificante e galactose. 
Anatomia
Sistema Genital Tubular
Ductos eferentes, deferentes e seminíferos nos machos (derivados dos ductos mesonéfricos).
Genitália Externa
Pênis e Bolsa Escrotal nos machos. 
Vias Genitais
Testículo, Epidídimo, Canal Deferente e Uretra. 
Glândulas Anexas
Próstata e Vesículas Seminais. 
Células
Célula de Sertoli
Produz substâncias que nutrem e protegem os espermatozoides e são responsáveis pela coordenação da espermatogênese. .
Forma uma barreira hematotesticular ao redor dos espermatozoides em desenvolvimento, protegendo do ataque imunológico.
Secretam uma proteína ligante de andrógeno que atua nos túbulos seminíferos , essa secreção é controlada pelo FSH e testosterona.
Tem capacidade de fagocitar excessos de fragmentos do citoplasma liberados durante a Espermiogênese. 
Célula de Leydig: produz testosterona (hormônio responsável pelo desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários) e estimula a produção de espermatozoides. 
Espermatogênese ( 64-74 dias)
Local: Túbulos Seminíferos
Quando: Durante a vida sexual ativa, como resultado da estimulação dos hormônios Gonadotrópicos, começando na puberdade por volta dos 13 anos. 
Conceito: é o processo pelo qual as células-tronco se desenvolvem em espermatozóides maduros. Existem 3 fases: Espermatocitogênese, Meiose e Espermiogênese. 
Explicação:
Durante a formação do embrião, as células germinativas primordiais migram para os testículos e tornam-se células germinativas imaturas, chamadas de ESPERMATOGÔNIAS (que se situam em duas ou três camadas das superfícies internas dos túbulos seminíferos). 
As ESPERMATOGÔNIAS passam por várias divisões mitóticas, na puberdade, proliferando e diferenciando em diversos estágios para formar o esperma. 
Estágios da Espermatogênese (64-74 dias, duração média: 64 )
Sofre Influência direta do Sistema Nervoso Central 
Sofre Influência direta da temperatura. 
Estágio I: Espermatogônias após as mitoses migram entre as células de Sertoli em direção ao lúmen central dos túbulos seminíferos. As células de Sertoli são grandes, com envoltório citoplasmático exuberante que envolve a Espermatogônia em desenvolvimento durante todo o trajeto até o lúmen central do túbulo. 
1 Divisão Meiótica: A Espermatogônia que cruza a barreira até a camada das células de Sertoli é progressivamente modificada e alargada, para formar os grandes Espermatócitos Primários. Cada um desses, por sua vez, completam a divisão meiótica para formar dois Espermatócitos Secundários.2 Divisão Meiótica: Poucos dias depois eles se dividem novamente (os 46 cromossomos dividem e então 23 cromossomos vão para cada uma da espermátide) e formam as Espermátides.
Espermiogênese: É a metamorfose das Espermátides esféricas a espermatozóides alongados. Durante a Espermiogênese é formado o acrossoma e o flagelo, ocorrem mudanças nucleares, reorganização do citoplasma e organelas celulares. Além disso, ocorre a espermiação num processo de liberação das células de Sertoli.
Após a Espermiogênese: os espermatozoide são imóveis e sua maturação ocorre no epidídimo.
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Cromossomos Sexuais
Em cada Espermatogônia, mas precisamente um dos 23 pares de cromossomos carrega a informação genética que determina o possível concepto. 
Cromossomos X (Feminino) Cromossomos Y (Masculino).
Durante a divisão Meiótica, o cromossomo Y vai para uma espermátide que então se torna um espermátide masculino, e o cromossomo X vai para uma espermátide que então se torna feminina. 
Formação do Esperma
Observação: 
Quando os Espermátides são inicialmente formados, eles ainda apresentam as características usuais de células epitelióides, mas começam a se diferenciar com grande rapidez e se alongam formando os espermatozoides. 
A atividade do espermatozoide é muito aumentada em meio neutro ou ligeiramente alcalino. O meio fortemente ácido pode causar a morte rápida do espermatozoide. 
Sobrevivência pós-ejaculação: 24 a 48 horas. 
Constituição:
Cabeça
Núcleo condensado da célula, com apenas a membrana plasmática e camada citoplasmática delgada, envolvendo sua superfície. 
Capuz
Localização: Localizado na parte externa dois terços anteriores à cabeça. Encontra-se o capuz espesso, chamado de acromossomo formado principalmente pelo aparelho de Golgi. 
Acrossomo: formado pelo aparelho de Golgi, nela contém enzimas hialuronidase ( que digere filamentos de proteoglicanos dos testículos, e proteolíticas (digerem proteína). Essas enzimas são de suma importância possibilitando que o esperma entre no óvulo e o fertilize. 
Hialuronidase: despolimeriza os polímeros do ácido hialurônico no cimento intercelular, que mantém juntas as células granulosas ovarianas.
Cauda
Também chamada de flagelo, apresenta três componentes:
Esqueleto central: constituído por 11 microtúbulos, chamados coletivamente de axonema, cuja estrutura é semelhante à dos cílios,
Membrana Celular: fina e recobre o axonema. 
Conjunto de mitocôndrias: envolvendo o axonema na porção proximal da cauda, chamada de corpo de cauda.
Mobilidade
Movimento flagelar: se dá a partir do descolamento rítmico longitudinal entre os túbulos anterior e posterior que compõem o axonema. A energia pra esse processo é fornecida como trifosfato de adenosina, sintetizado pelas mitocôndrias no corpo da cauda.
Fatores Hormonais que estimulam a Espermatogênese
Testosterona: Secretada pelas Células de Leydig, localizadas no interstício do testículo, é essencial para o crescimento e a divisão das células germinativas testiculares, que se constituem no primeiro estágio da formação do esperma. 
1.1 Observações: As injeções de testosterona podem suprimir a secreção de FSH e LH, pelo excesso circulante causando feedback negativo no GnRH, afetando a produção do esperma
Hormônio Luteinizante: Secretado pela Adenohipófise, estimula as células de Leydig a secretar testosterona. 
Importâncias na espermatogênese: Por meio do estimulo do LH nas células de Leydig produzem testosterona diretamente. 
Hormônio Folículoestimulante: Também secretado pela hipófise anterior, estimula as células de Sertoli, sem essa estimulação, a conversão as Espermátides em espermatozoides (Espermiogênese) não ocorre.
Estrógenos: formados a partir da Testosterona pelas células de Sertoli, quando são estimulados pelo FSH , são também provavelmente essenciais para a Espermiogênese.
Hormônio do Crescimento: É necessário para controlar as funções metabólicas basais dos testículos. O GH promove a divisão precoce das Espermatogônias, em sua ausência, como no caso dos anões hipofisários, a espermatogênese é severamente deficiente ou ausente, causando infertilidade. 
ABP
Conceito: É uma proteína que apresenta grande afinidade pela testosterona e di-hidrotestosterona
Função: Capacita uma concentração de andrógenos intratesticular além do limite de solubilidade para que haja a ativação da espermatogênese nos túbulos seminíferos, e a maturação do esperma no epidídimo. 
Observação: A utilização de anabolizantes em altas concentrações e por um período de tempo longo pode levar a esterilidade ou infertilidade visto que bloqueia a síntese de ABP. 
História: Um casal que apresenta um histórico de infertilidade sendo o homem azoospermico: Deve-se repetir o exame de espermiograma, fazer uma biopsia testicular para verificar se há produção de espermatozoides em nível de túbulos seminíferos. Esse procedimento indica se a Azoospermia é uma função da ausência de produção ou um problema na condução dos espermatozoides (epidídimo, canal deferente ou ampolas) . Feito isso análise se a terapia hormonal é indicada após a dosagem hormonal. 
Maturação dos Espermatozoides no Epidídimo
O espermatozoide retirado dos túbulos seminíferos e das porções iniciais do epidídimo não é móvel e não pode fertilizar o óvulo.
Entretanto após o espermatozoide permanecer no Epidídimo por volta de 18-24 horas, ele desenvolve a capacidade da mobilidade, embora muitas proteínas inibitórias no líquido epididimário ainda impeçam a mobilidade final até depois da ejaculação.
Após a ejaculação, os espermatozoides ficam móveis e são capazes de fertilizar. 
Isso se dá devido ao processo de Maturação nesse Local. 
As Células de Sertoli e o Epitélio do Epidídimo secretam líquido que contém hormônios (testosterona e estrogênio), enzimas e nutrientes especiais para a maturação dos espermatozoides. 
O homem produz 120 milhões de espermatozoides por dia, desses apenas uma pequena quantidade é armazenada no epidídimo e a maioria é estocada no canal deferente. Eles permanecem estocados por pelos menos 1 mês, inativos diante de múltiplas substâncias inibitórias. 
Sêmen ou Esperma
Composição: 
Líquido e Espermatozoide (10%)
Líquido das Vesículas Seminais (60%)
Líquido da Próstata (30%)
Líquido de Glândulas Bulbouretrais. 
PH: Médio 7,5 tendo o líquido prostático alcalino mais do que neutralizado a ligeira acidez das outras partes do sêmen. 
Muitos espematozoides quando entram em contato com o PH vaginal morrem. 
Líquido Prostático: dá ao sêmen uma aparência leitosa. 
Líquido Vesículas Seminais e das Glândulas Mucosas: dão ao sêmen aparência de muco. 
Problemas na fabricação dos Espermatozoides
Azoospermia: situação em que o não há nenhum espermatozoide detectado no sémen ejaculado.
Aspermia: ausência completa de ejaculação 
Oligospermia: Situação de infertilidade, no qual a concentração de espermatozoide no ejaculado masculino tem valor inferior a 20 milhões por mL 
Acnesia: Ausência de movimento do espermatozoide. 
Teratozoospermia: Problemas na formação e no acondicionamento dos espermatozoides. 
Necrospermia: Espermatozoide mortos. 
Capacitação dos Espermatozoides- 2 a 6 horas (fertilização in vitrio)
As trompas da Falópio e o útero eliminam os vários fatores inibitórios que suprimem a atividade dos espermatozoides nos ductos genitais masculinos. Enquanto os espermatozoides permanecem no líquido dos ductos genitais masculinos, eles estão expostos a uma grande quantidade de vesículas que contêm colesterol. 
Após a ejaculação os espermatozoides depositados no canal vaginal se movem na cavidade uterina, afastando-se das vesículas de colesterol e assim, gradualmente perdem nas próximas horas, a maior parte do excesso de colesterol. Por isso, a membrana da cabeça dos espermatozoides (acrossomo) fica muito mais fraca. 
Como a membrana da cabeça dos espermatozoides fica mais fraca, ela fica mais permeável aos íons cálcio, e assim, o cálcio agora entra no espermatozoide emabundancia mudando a atividade do flagelo, dando a ele um potente movimento de chicote. Além disso, os íons cálcio causam alterações na membrana celular que cobre a ponta do acromossomo, tornando possível a liberação rápida e fácil das enzimas pelo acromossomo à medida que os espermatozoides penetram a massa de células granulosas envolvem o ovulo e mais ainda quando ele tenta penetrar a zona pelúcida do próprio ovulo. 
Resumo
Ativação do metabolismo espermático e hiperativação da motilidade. 
Perda da capa glicoproteica que envolve os espermatozoides 
Aumento do consumo de oxigênio pelo espermatozoide
Aumento de AMPC: reação cortical
Aumento do consumo de oxigênio 
Diminuição do PH intracelular. 
Controle das Funções Sexuais
A maior parte do controle das funções sexuais, começa com a secreção do hormônio liberador de Gonadotrofina (GnRH), pelo hipotálamo. 
Esse hormônio estimula a hipófise anterior a secretar dois outros hormônios são esses: Hormônio Gonadotrópico, Hormônio Luteinizante, Hormônio Folículo Estimulante. 
Controle da testosterona
A testosterona secretada pelos testículos em resposta ao LH tem efeito reciproco de inibir a secreção do LH pela hipófise anterior.
A testosterona age no hipotálamo reduzindo a secreção de GnRH. (Feedback Negativo)
Pequenas quantidades de testosterona induz o hipotálamo a produzir o GnRH. 
Controle do FSH
Quando os túbulos seminíferos deixam de produzir espermatozoides, a secreção de FSH pela Hipófise Anterior aumenta. 
Quando a espermatogênese ocorre muito rapidamente, a secreção de FSH pela hipófise diminui. Esse FEEDBACK NEGATIVO sobre a hipófise anterior é causado pela inibina produzida pelas células de Sertoli.
Glândula Pineal: produz melatonina, aumenta sexualidade, promove o sono e a aumente a disposição. 
Explicação:
O LH é o estímulo primário para a secreção de testosterona pelos testículos
O FSH estimula principalmente a espermatogênese.
Inibina: Inibe o FSH. 
Hipotálamo
GnRH
Transportado: Hipófise Anterior na circulação Porta Hipofisário
Estimula a liberação 
 LH FSH
 Células de Leydig Células de Sertoli 
 Testosterona Espermatogênese 
 
 Efeitos Virilizantes Inibina

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