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RESUMO TOXICIDADE DE PLANTAS E ANIMAIS PEÇONHENTOS

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Venenos são complexos, possuem polipeptídios, proteínas de alto e baixo peso molecular, 
aminas, lipídeos, serotonina, histamina e outras substâncias. 
A biodisponibilidade é determinada pela sua composição, tamanho da molécula, gradiente de 
concentração. 
Absorção: Transporte ativo ou passivo, difusão facilitada, pinocitose, é transmitido para o leito 
vascular, pela circulação linfática. 
Metabolismo: Em vários tecidos diferentes, o metabólito final é excretado principalmente nos 
rins. 
Classe de animais venenosos: 
Artrópodes – 10 ordens têm importância médica significativa; a maioria não tem presas e 
ferrões longos e fortes o suficiente para penetrar a pele humana; 
Algumas doenças podem ser confundidas com picada de insetos (eritema nodoso, herpes 
simples, purpura fulminante). 
Escorpião – escorpião casca – perigoso, encontrado em cascas de arvores – tem calda longa e 
fina; 
75 espécies merecem atenção médica por sua toxicidade; 
O veneno contem proteína de baixo peso molecular, peptídeos, aminoácidos, sais; 
Toxina de cadeia curta 20-40 resíduos de aminoácidos afetam canais de potássio ou de cloro 
Toxina de cadeia longa 58-76 resíduos afetam canais de sódio; 
Toxinas ligam se seletivamente a um canal específico de células excitáveis, prejudicando a 
despolarização inicial do potencial de ação dos nervos e músculos afetados; 
A picada provoca dor, edema, perda de sensibilidade e parestesia leve; 
Em crianças os sintomas são mais graves, ocorre taquicardia, hipertensão, movimentos do 
globo ocular, a criança fica inquieta, em adultos pode ocorrer dor na hora e posteriormente 
fraqueza, após isso a pessoa fica assintomática. 
Aranhas 
Venenos compostos por mistura de baixo peso molecular, incluem íons, sais inorgânicos, 
ácidos livres, aminoácidos livres de glicose, neurotransmissores, toxinas peptídicas; 
Espécie Agelenopsis (aranha teia de funil americana) 
Contem 3 classes de agatoxinas – alvo: canais iônicos – 
1 a-agotoxina antagonista não competitivo do receptor de glutamato; 
2 u-agatoxina – aumenta espontânea da liberação de neurotransmissores de terminais pré-
sinápticos e potenciais de ação repetitivos em neurônios motores e são específicas para canais 
de sódio de insetos 
3 w-agatoxina – ação contra canais de cálcio de insetos e vertebrados 
 
Especie Latrodectus – aranhas viúvas (viúva negra) 
Somente as femeas tem presas fortes o suficiente para penetrar a pele humana; 
O veneno contém 1000 resíduos de aminoácidos – latrotoxinas; 
A a- latroxina é pré-sináptica, exerce efeito tóxico no SNC de vertebrados, despolarizando 
neurônios pelo aumento de Ca+2 e pelo estimulo da exocitose de neurotransmissores de 
terminais nervosos. 
As mordidas provocam dores agudas tipo alfinetadas, dor e caibra nos músculos próximos, 
espasmos, hipertensão, sudorese; 
Espécie Loxosceles – aranha marrom ou violino 
O veneno contém fosfolipase, protease, esterae colagenase, hialuronidase, 
desoxirribonulease, ribonuclease, dipeptideos, fator dermonecrótico. 
Provoca sensação de queimadura, dor, vermelhidão, prurido, a temperatura da pele se eleva 
no lugar da lesão, pode ocorrer hemorragia na área, nos casos graves pode ocorrer febre, mal 
estar, hemólise, vomito. 
Espécie Steatoda – é a falsa viúva negra 
Picada provoca dor local, endurecimento, prurido e rachadura do tecido local; 
Espécie Cheiracanthium (aranhas corredoras) 
São aranhas que costuma morder, as vezes precisa ser removida da área lesada, o veneno tem 
proteína de 60 KDa altamente tóxica e alta concentração de noradrenalina e serotonina. 
A picada é dolorosa e lacerante, forma pápula, tem efeito que inclui dor local intensa, náusea, 
desconforto no peito e choque, vômitos, cefaleia; 
Espécie Theraphosidae (tarântulas) – 
Possui um veneno que atua de forma rápida e irreversível no SNC e SNP, pode provocar 
espasmos, câimbras, edema, eritema, rigidez articular; 
Carrapatos 
A paralisia por carrapatos é provacada pela saliva deles, a saliva contém apirase, cininase, 
glutationa peroxidase, proteínas ligantes de amina ( liga serotonina e histamina). O paciente se 
for picado por um carrapato que provoca paralisia terá como sintoma: dificuldade de marcha 
seguido por paresia, paralisia locomotora. Quando se remove o carrapato há melhora dos 
sintomas, 
Quilópodes (Centopeia) 
Lepdóptera (Lagarta, Mariposa e Borboletas) 
Possui cerdas urticantes, o material tóxico contém ácido aristolósquico, cardenolídeos, 
histamina e proteína fibrinolítica, causam defeito na coagulação e aumento de TP e TTPA. 
 
 
Hymenoptera 
Após uma ferroada, há dor aguda local, que tende a desaparecer espontaneamente em poucos 
minutos, deixando vermelhidão, prurido e edema por várias horas ou dias. 
Remoção dos ferrões: Nos acidentes causados por enxame, a retirada dos ferrões da pele 
deverá ser feita por raspagem com lâmina e não pelo pinçamento de cada um deles, pois a 
compressão poderá espremer a glândula ligada ao ferrão e inocular no paciente o veneno 
ainda existente. Dor: Quando necessária, a analgesia poderá ser feita pela Dipirona, via 
parenteral - 1 (uma) ampola (500 mg) em adultos e até 10 mg/kg peso – dose em crianças. 
Reações alérgicas: O tratamento de escolha para as reações anafiláticas é a administração 
subcutânea de solução aquosa de adrenalina 1 :1000, iniciando-se com a dose de 0,5 ml, 
repetida duas vezes em intervalos de 10 minutos para adultos, se necessário. Nas crianças, 
usa-se inicialmente 0,01 ml/kg/dose, podendo ser repetida duas a três vezes, com intervalos 
de 30 minutos, desde que não haja aumento exagerado da frequência cardíaca. 
 
 
Moluscos (Caracóis Cônicos) 
Possuem conotoxinas, injetam conopeptídeos que agem para inibir totalmente a transmissão 
neuromuscular. Inibem canais de cálcio pré-sinápticos que controlam a liberação de 
neurotransmissores, receptores nicotidínicos neuromusculares pós-sinapticos e canais de 
sódio envolvidos em potencial de ação muscular. 
Répteis 
Lagartos 
O veneno do monstro de gila contém serotonina, amina, oxidade e fosfolipase. Possui 
heloterima, proteína de 25 kda que inibe o influxo de íon cálcio. 
Possui peptídeo de 35 aminoácidos helodermina, que produz hipertensão por ativação dos 
canais de potássio na musculatura vascular lisa. A pessoa que for mordida poderá sentir dor, 
edema, hipotensão, náusea, vômito, fraqueza e sudorese. 
Serpente 
Efeitos no corpo humano: 
 Neurotóxicos: Afetam o sistema nervoso causando inicialmente paralisia dos músculos 
faciais. Em alguns casos nos músculos responsáveis pela deglutição e respiração, 
podendo assim, causar asfixia e consequente morte. 
 Coagulantes: Aglutinando o sangue podem causar obstrução de veias e artérias. Casos 
mais sérios, como os de coágulos cerebrais ou pulmonares, levam à morte. 
 Anticoagulantes: Impedem o sangue de coagular, fazendo o ferimento causado pela 
serpente sangrar continuamente. 
 Hemorrágicos: Torna os vasos sanguíneos permeáveis ao sangue, causando 
hemorragias internas e externas, levando ao sangramento das gengivas e narinas. Em 
quadros mais agravados, as vítimas podem apresentar hemorragias cerebrais e a 
falência dos rins, levando-as à morte. 
 Hemotóxicos: Também conhecidos como hemolíticos, destroem as hemácias, 
causando falência renal e uma possível insuficiência respiratória. 
 Miotóxicos: Causam danos aos músculos, especialmente aos relacionados à 
respiração. Por meio de paralisia da função neuromuscular, similar aos efeitos dos 
venenos neurotóxicos, causam a morte por falência renal, cardíaca ou respiratória. 
 Proteolíticos: Também conhecidos como citotóxicos ou necrotóxicos, destroem os 
tecidos levando à necrose, resultadoda ação das enzimas digestivas presentes no 
veneno, que ajudam na digestão da presa. 
 Nefrotóxicos: Causam danos diretamente aos rins. 
 Sarafotóxicos: Veneno presente apenas em algumas serpentes africanas. Promove a 
constrição da artéria coronária, dificultando a circulação sanguínea, podendo causar 
um ataque cardíaco. 
 
Os gêneros das principais serpentes peçonhentas brasileiras são Bothrops e Bothrocophias, 
popularmente conhecidas como Jararacas, Crotalus, popularmente conhecidas como 
Cascavéis, Micrurus conhecidas como Corais Verdadeiras ou Cobras-Coral e Lachesis, 
conhecida como Surucucu ou Pico de Jaca. 
Bothrops e Bothrocophias: Possuem venenos dos tipos proteolítico, coagulante e 
hemorrágico. 
Acidente Botrópico - Ação proteolítica: As lesões locais, como edema, bolhas e necrose, 
atribuídas inicialmente à “ação proteolítica”, têm patogênese complexa. Possivelmente, 
decorrem da atividade de proteases, hialuronidases e fosfolipases, da liberação de mediadores 
da resposta inflamatória, da ação das hemorraginas sobre o endotélio vascular e da ação pró-
coagulante do veneno 
Crotalus: Venenos dos tipos miotóxico, neurotóxico e coagulante. 
Ação neurotóxica: Inibe a liberação de acetilcolina. Esta inibição é o principal fator responsável 
pelo bloqueio neuromuscular do qual decorrem as paralisias motoras apresentadas pelos 
pacientes; 
Ação Miotóxica: Produz lesões de fibras musculares. Não está identificada a fração do veneno 
que produz esse efeito miotóxico sistêmico. 
Ação coagulante: Decorre de atividade do tipo trombina que converte o fibrinogênio 
diretamente em fibrina. Geralmente não há redução do número de plaquetas. As 
manifestações hemorrágicas, quando presentes, são discretas. 
Micrurus: Neurotóxico. 
Lachesis: Proteolítico, coagulante, hemorrágico e neurotóxico. 
 
 
Antivenenos 
Os soros heterólogos antivenenos são concentrados de imunoglobulinas (anticorpos – fazem 
parte da imunização passiva), obtidos através da sensibilização de diversos animais, a maioria 
de origem equina. 
A soroterapia é indicada na neutralização de venenos inoculados após acidente por animal 
peçonhento. Como o objetivo é neutralizar a maior quantidade possível do veneno circulante, 
independentemente do peso do paciente, o soro deve ser administrado o mais precocemente 
possível após o acidente e, adultos e crianças devem receber a mesma dose. 
# Produção: Instituto Butantan (SP), Fundação Ezequiel Dias (MG), Instituto Vital Brasil (RJ) são 
laboratórios que produzem imunoderivados para a rede pública do país. O CIT-Ctba também 
recebe soros do Centro de Pesquisa e Produção de Imunobiológicos – CPPI (PR). 
A produção do soro antiofídico segue as etapas: O veneno é extraído da serpente, mantido 
seco sob refrigeração, recebe substâncias adjuvantes que aumentam seu potencial antigênico 
e após, é inoculado subcutaneamente em doses de concentrações crescentes nos cavalos. 
Então, o animal fornece grande volume de sangue rico em anticorpos, por meio de uma 
sangria de aproximadamente 3% do peso do animal, ou seja, 12 litros de sangue de um cavalo 
que pese 400 quilos. Este procedimento não causa problemas ou a morte do animal. O plasma 
é levado para a Seção de Concentração, Purificação e Fracionamento, onde as proteínas 
inativadas são eliminadas e as gamaglobulinas específicas mantidas. 
O soro é submetido a 4 tipos de controle de qualidade: Atividade biológica: verifica a 
quantidade de anticorpos existentes; Inocuidade: segurança para o uso humano; Esterelidade: 
evitar contaminações com germes; Pirogênico: detectar substâncias que alterem a 
temperatura dos pacientes. 
 
Efeitos Tóxicos das Plantas 
 
PROBLEMAS # O profissional de saúde não conhece botânica. 
Nomes populares sofrem variações regionais. 
Variação de concentração do princípio ativo 
Diferentes partes da planta (raiz, caule, folhas e sementes) frequentemente contêm diferentes 
concentrações de uma determinada substância. 
A idade da planta: plantas jovens podem conter mais ou menos dos mesmos elementos que a 
planta madura 
O clima e o solo influenciam na síntese de algumas substâncias 
Diferenças genéticas de uma mesma espécie podem alterar a capacidade de determinadas 
plantas de sintetizar uma substância. 
Aspectos da Toxicologia # Intoxicação aguda - ingestão quase sempre acidental • faixa 
pediátrica #Intoxicação crônica - ingestão continuada, acidental ou intencional • Contato 
sistemático em atividades industriais e agrícolas • Efeitos alucinógenos ou entorpecentes • 
Hábitos, crendices populares ou “epidemias”: câncer, emagrecimento, problemas de pele e 
unhas, distúrbios urinários. 
Plantas causadoras de distúrbios cutâneos ou mucosos – 
 Plantas que causam distúrbios cutâneos: 
 Traumas ou lesões mecânicas 
 Irritação química primária 
 Causam sensibilização alérgica 
Fitofotodermatoses 
 Plantas que causam distúrbios mucosos: 
 Cristais de oxalato de cálcio 
 Plantas que causam traumas ou lesões mecânicas 
 Traumas ou lesões mecânica 
 Fator de risco: espinhos, espículas, farpas, pêlos e bordas cortantes ou serrilhadas das 
folhas. Risco adicional: contato com látex 
 Clínica: presença do agente 
 Complicação: infecção bacteriana/micotoxicoses 
 Tratamento: limpeza, retirar fragmentos, compressas frias, soluções antissépticas ou 
anti-inflamatórias 
Coroa-de-cristo Nome científico: Euphorbia milli L. Nome Popular: coroa-de-cristo 
 Parte tóxica: todas as partes da planta 
 Princípio ativo: látex irritante 
 Sintomas: a seiva leitosa causa lesão na pele e mucosas, edema (inchaço) de lábios, 
boca e língua, dor em queimação e coceira; o contato com os olhos provoca irritação, 
lacrimejamento, edema das pálpebras e dificuldade de visão; a ingestão pode causar 
náuseas, vômitos e diarreia. 
 Avelós Nome científico: Euphorbia tirucalli L. Nome Popular: graveto-do-cão, figueira-do-
diabo, dedo-do-diabo, pau-pelado, árvore de São Sebastião. 
 Partes tóxicas: todas as partes da planta 
 Princípio ativo: látex irritante 
 Sintomas: a seiva leitosa causa lesão na pele e mucosas, edema (inchaço) de lábios, 
boca e língua, dor em queimação e coceira; o contato com olhos provoca irritação, 
lacrimejamento, edema (inchaço) das pálpebras e dificuldade de visão; 
 Ingestão pode causar náuseas, vômitos e diarreia. 
Urtiga Nome científico: Fleurya aestuans L. Nome Popular: urtiga-brava, urtigão, cansanção 
Partes tóxicas: pêlos do caule e folhas 
Princípio ativo: histamina, acetilcolina, serotonina 
Sintomas: o contato causa dor imediata devido ao efeito irritativo, com inflamação, 
vermelhidão cutânea, bolhas e coceira. Provocam irritação química (Látex Irritante) 
Risco: contato com componentes químicos diversos da planta, geralmente no látex (não bem 
identificados). 
Local: superfície ou corte/quebra/esmagamento planta 
Clínica: irritação de aparecimento rápido, proporcional à concentração do agente irritante. 
Sintomas logo após contato: eritema, prurido, queimação, vesículas e bolhas. 
Tratamento: descontaminação/sintomáticos 
Bico-de-papagaio Nome científico: Euphorbia pulcherrima Willd. Nome Popular: rabo-de-
arara, papagaio 
Parte tóxica: todas as partes da planta 
 Princípio ativo: látex irritante 
Sintomas: a seiva leitosa causa lesão na pele e mucosas, edema (inchaço) de lábios, boca e 
língua, dor em queimação e coceira; o contato com os olhos provoca irritação, 
lacrimejamento, edema das pálpebras e dificuldade de visão; a ingestão pode causar náuseas, 
vômitos e diarreia. Provocam sensibilização alérgica 
Aroeira Nome científico: Litharae brasiliens March Nome Popular: pau-de-bugre, coração-de-bugre, aroeirinha preta, aroeira-do-mato, aroeira brava. 
 Partes tóxicas: todas as partes da planta 
 Princípio ativo: os conhecidos são os óleos voláteis, felandreno, carvacrol e pineno. 
 Sintomas: o contato ou, possivelmente, a proximidade provoca reação dérmica local 
(bolhas, vermelhidão e coceira), que persiste por vários dias; a ingestão pode provocar 
manifestações gastrointestinais. 
 Causam fitofotodermatoses 
 Princípio ativo: furocumarinas 
 Modo de ação: mecanismo fototóxico ► pele hipersensível aos raios solares Ex: figo, 
caju, limão, camará 
 Clínica: erupção, hiperpigmentação tardia e de longa evolução Casos graves: vesículas 
e bolhas 
 Tratamento: ― Descontinuação da exposição, limpeza cuidadosa ― Sintomáticos, 
corticoides tópicos (pomada anti-inflamatória) 
Comigo-ninguém-pode Nome científico: Dieffenbachia picta Schott. Nome Popular: aninga-
do-Pará 
 Parte tóxica: todas as partes da planta. 
 Princípio ativo: oxalato de cálcio, saponinas 
 Sintomas: a ingestão e o contato podem causar sensação de queimação, edema 
(inchaço) de lábios, boca e língua, náuseas, vômitos, diarréia, salivação abundante, 
dificuldade de engolir e asfixia; o contato com os olhos pode provocar irritação e lesão 
da córnea. 
Tinhorão Nome científico: Caladium bicolor Vent. Nome Popular: tajá, taiá, caládio 
 Parte tóxica: todas as partes da planta 
 Princípio ativo: oxalato de cálcio 
 Sintomas: a ingestão e o contato podem causar sensação de queimação, edema 
(inchaço) de lábios, boca e língua, náuseas, vômitos, diarréia, salivação abundante, 
dificuldade de engolir e asfixia; o contato com os olhos pode provocar irritação e lesão 
da córnea. 
Taioba-Brava Nome científico: Colocasia antiquorum Schott. Nome Popular: cocó, taió, tajá 
 Parte tóxica: todas as partes da planta 
 Princípio ativo: oxalato de cálcio 
 Sintomas: a ingestão e o contato podem causar sensação de queimação, edema 
(inchaço) de lábios, boca e língua, náuseas, vômitos, diarréia, salivação abundante, 
dificuldade de engolir e asfixia; o contato com os olhos pode provocar irritação e lesão 
da córnea. 
Copo-de-leite Nome científico: Zantedeschia aethiopica Spreng. Nome Popular: copo-de-
leite 
 Parte tóxica: todas as partes da planta 
 Princípio ativo: oxalato de cálcio 
 Sintomas: a ingestão e o contato podem causar sensação de queimação, edema 
(inchaço) de lábios, boca e língua, náuseas, vômitos, diarréia, salivação abundante, 
dificuldade de engolir e asfixia; o contato com os olhos pode provocar irritação e lesão 
da córnea. 
Plantas que causam Irritação gastrintestinal 
 Toxalbuminas (sem antídoto) 
 TRATAMENTO: Por não existir antídoto, o tratamento é principalmente de suporte e 
sintomático, correção dos distúrbios hidroeletrolítico e metabólico. Apesar dos 
vômitos frequentes, avaliar lavagem gástrica, com sonda nasogástrica de grosso 
calibre. 
Mamona Nome científico: Ricinus communis L. Nome Popular: carrapateira, mamoneira, 
palma-de-cristo, carrapato 
 Partes tóxicas: sementes 
 Princípio ativo: toxalbumina (ricina) 
 Sintomas: a ingestão das sementes mastigadas causa náuseas, vômitos, cólicas 
abdominais, diarreia mucosa e até sanguinolenta; nos casos mais graves podem ocorre 
convulsões, coma e óbito. 
Pinhão-roxo Nome científico: Jatropha curcas L. Nome popular: pinhão-de-purga, pinhão-
paraguaio, pinhão-bravo, pinhão, pião, pião-roxo, mamoninho, purgante-de-cavalo 
 Parte tóxica: folhas e frutos 
 Princípio ativo: toxalbumina (curcina) 
 Sintomas: a ingestão do fruto causa náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarreia 
mucosa e até sanguinolenta, dispneia, arritmia e parada cardíaca. 
Plantas que causam alterações neurológicas (síndrome colinérgica) 
 alcalóides beladonados 
 
 
 Tratamento 
Lavagem gástrica – nos primeiros 30 min até 6 horas (pois diminuem a motilidade do aparelho 
digestivo reduzindo a absorção), carvão ativado, catárticos, sintomáticos; 
 Hipertermia - medidas físicas 
 Arritmias: propranolol 
 Agitação psicomotora: benzodiazepínicos de ação curta 
 
Saia-branca Nome científico: Datura suaveolens L. Nome Popular: trombeta, trombeta-de-
anjo, trombeteira, cartucheira, Zabumba. 
 Partes tóxicas: todas as partes da planta 
 Princípio ativo: alcalóides beladonados (atropina, escopolamina e hioscina) 
 Sintomas: a ingestão pode provocar boca seca, pele seca, taquicardia, dilatação das 
pupilas, rubor da face, estado de agitação, alucinação, hipertemia; nos casos mais 
graves pode levar à morte. 
 
 Plantas que causam alterações respiratórias - glicosídeos cianogênicos 
 Propriedades dos glicosídeos cianogênicos 
 Princípio ativo: Linamarina: que por hidrólise enzimática ou ácida, libera o ácido 
cianídrico que é o responsável pela intoxicação através do íon cianeto. 
 Termolábil e volátil (tem sua toxidade eliminada através da fervura) 
 Inibição de vários sistemas enzimáticos 
 Hipóxia citotóxica 
 Absorção: rápida, via inalatória, oral (ingestão de alimentos crus ou mal cozidos) 
 Distribuição: rápida para todos os tecidos 
 Ligação: proteínas plasmáticas 
 Meia vida: 20-60 min 
 Absorção de pequenas quantidades: influência da enzima rodanase na 
transformação em tiocianatos não tóxicos. 
 Absorção de grandes quantidades: HCN combina-se com Fe3+ (citocromooxidase) 
► citocromo-oxidase-CN ► hipóxia citotóxica. 
 Ação 
 Radical cianeto inibe a transferência de elétron da citocromo -oxidase, na cadeia 
respiratória ◦ Cianeto + Fe3+ hipóxia 
 Ácido cianídrico é transformado pela rodanase em tiocianato não tóxico 
 Tratamento 
 Tratamento precoce 
 Casos leves: somente oxigênio 
 Casos graves: acesso EV + antídoto Paciente sintomático: 
 NÃO PROVOCAR ÊMESE 
 Lavagem gástrica: feita logo após ingestão ou em caso de risco de convulsão 
 Todos: carvão ativado + catárticos, e oxigênio a 100% 
 Antídoto: O tratamento deve ser rápido e agressivo. Inicialmente se administra 
por inalação o nitrito de amila, durante 30 segundos em cada dois minutos. 
 Durante a aplicação do nitrito, prepara-se o nitrito de sódio a 3%. Este é 
administrado intravenosa na dose de 10 ml para adultos, e doses proporcionais 
para crianças. O hipossulfito de sódio em solução a 25% é a seguir administrado, 
na dose de 25 a 50ml para adultos e cerca de 1ml/kg para crianças. No caso de 
haver metemoglobinemia, deve -se administrar o azul-de-metileno. 
Mandioca-brava Nome científico: Manihot utilissima Pohl. (Manihot esculenta 
Cranz). Nome Popular: mandioca, maniva 
 Partes tóxicas: raiz e folhas 
 Princípio ativo: glicosídeos cianogênicos 
 Sintomas: a ingestão pode causar cansaço, falta de ar, fraqueza, taquicardia, 
taquipnéia, acidose metabólica, agitação, confusão mental, convulsão, coma e 
óbito. 
Plantas que causam alterações cardíacas - glicosídeos cardiogênicos 
 Mecanismo de Ação ◦ oleandrina (espirradeira) e tevetina A e B (chapéu-de-
napoleão) ◦ Aumento da força e velocidade de contração do músculo cardíaco 
◦ Inibição da Na/K-ATPase ◦ Aumento do Na+ e do Ca2+ intracelulares 
 Tratamento Geral: manutenção das funções vitais, com atenção especial para 
os distúrbios hidroeletrolíticos; Carvão ativado e catártico; Monitorar K sérico, 
ECG, Atropina em caso de bradicardia; Fenitoína em caso de arritmias 
 Contato ocular: lavagem com água corrente, colírios antissépticos, analgésicos 
e avaliação oftalmológica 
Espirradeira Nome científico: Nerium oleander L. Nome Popular: oleandro, louro 
rosa 
 Parte tóxica: todas as partes da planta 
 Princípio ativo: glicosídeos cardiotóxicos Sintomas: a ingestão ou o contato com o látex podem causar dor e queimação 
na boca, salivação, náuseas, vômitos intensos, cólicas abdominais, diarreia, 
tonturas e distúrbios cardíacos que podem levar a morte. 
Chapéu-de-Napoleão Nome científico: Thevetia peruviana Schum. Nome Popular: jorro-
jorro, bolsa-de-pastor 
 Partes tóxicas: todas as partes da planta 
 Princípio ativo: glicosídeos cardiotóxicos 
 Sintomas: a ingestão ou contato com o látex pode causar dor em queimação na boca, 
salivação, náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarréia, tonturas e distúrbios 
cardíacos que podem levar a morte.

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