Buscar

Competência, Atos Processuais e Prazos Processuais.

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

19/05/2014
COMPETÊNCIA
* Resumo baseado no conteúdo dado em aula e no livro Direito processual civil esquematizado - Marcus Vinicius Rios Gonçalves.
	A Constituição Federal, ao formular as regras de organização judiciária, distingue entre a justiça comum, e as justiças especiais. Estas são a trabalhista, a militar e eleitoral. É a matéria discutida no processo que determinará se a competência será de uma ou outra. A competência da justiça comum é supletiva, pois cumpre-lhe julgar tudo aquilo que não for de competência da especial. A justiça comum pode ser estadual ou federal.
	A competência é, conforme definição clássica, a medida da jurisdição. Ela quantificará a parcela de exercício de jurisdição atribuída a determinado órgão, em relação às pessoas, à matéria ou ao território.
COMPETÊNCIA INTERNACIONAL:
	As sentenças estrangeiras são emanações de um poder soberano externo. Por isso, elas só terão força coativa entre nós, e produzirão seus efeitos, após autorização da autoridade judiciária brasileira. 
	O mecanismo pelo qual a autoridade brasileira outorga eficácia à sentença estrangeira, fazendo com que ela possa ser executada no Brasil denomina-se HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA, que hoje é da competência do Superior Tribunal de Justiça - STJ.
	Sem a homologação, a sentença estrangeira é absolutamente ineficaz, mesmo que tenha transitado em julgado no exterior. Não pode ser executada no Brasil, não induz litispendência, nem coisa julgada. Em suma, não produz efeito nenhum. Somente após a homologação — que tem natureza jurídica de ação — ela se tornará eficaz.
REQUESITOS:	
- A sentença cuja homologação se postula deve ter sido proferida pela autoridade competente. 
- As partes devem ter sido citadas e a revelia legalmente caracterizada. Isto é, faz-se necessário que, no processo estrangeiro onde foi prolatada a sentença tenha-se respeitado o contraditório.
- A sentença estrangeira deve ter transitado em julgado no país de origem. Só são homologáveis as sentenças definitivas, contra as quais não caiba mais recurso. súmula 420, que estabelece: “Não se homologa sentença proferida no estrangeiro sem prova do trânsito em julgado”.
- A sentença deve ter sido homologada pelo cônsul brasileiro e traduzida por tradutor oficial ou juramentado.(assegurar a autenticidade do documento, e ter conhecimento exato de seu teor)
	O procedimento da homologação é relativamente simples: 
	Apresentado o pedido, dirigido ao Presidente do Superior Tribunal de Justiça, ele mandará citar os interessados, por carta de ordem, quando domiciliados no Brasil; carta rogatória, quando no exterior, ou por edital, quando em local ignorado ou inacessível.
	O pedido poderá ser contestado no prazo de quinze dias. Não é possível rediscutir, isto é, não será possível que o interessado postule ao STJ que reforme ou modifique algo da sentença estrangeira, cabendo-lhe apenas impugnar a autenticidade do documento ou preenchimento dos requisitos para o acolhimento do pedido. Poderá também discutir a inteligência (interpretação) da decisão estrangeira.
	O Ministério Público será ouvido no prazo de dez dias. Se houver impugnação, o Presidente encaminhará o julgamento à Corte Especial, cabendo ao relator instruir o pedido como for necessário. Se não houver, o Presidente examinará o pedido, cabendo
agravo regimental de sua decisão para a Corte Especial.
	Após a homologação, a sentença estrangeira se tornará eficaz no Brasil, podendo ser executada, e gerando os efeitos da litispendência e da coisa julgada. A sentença homologada é título executivo judicial (art. 475-N, VI do CPC) e deverá ser
executada não perante o Superior Tribunal de Justiça, mas perante o juízo federal competente.
	As regras de competência internacional, formuladas pelo CPC, SÃO DISTINTAS das regras de aplicação de direito material estrangeiro, formuladas, por exemplo, na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro.
	No CPC, a Competência Internacional é tratada no arts. 88 e 89 do CPC, os quais indicam quais ações podem ser propostas no Brasil. O art. 88, refere-se as hipóteses de COMPETÊNCIA CONCORRENTE, enquanto que o art. 89 trata da COMPETÊNCIA EXCLUSIVA
COMPETÊNCIA CONCORRENTE DA JUSTIÇA BRASILEIRA - art.88 do CPC
	São ações que, se	propostas no Brasil, serão conhecidas e julgadas. Mas em que se admite pronunciamento da justiça estrangeira, que se tornará eficaz no Brasil desde o momento em que houver a homologação da sentença proferida no exterior, pelo Superior Tribunal de Justiça.
Situações:
- O réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil. Mesmo que haja vários réus domiciliados no exterior, desde que um tenha domicílio aqui, a ação poderá ser proposta perante nossa justiça. Porém, se nenhum deles tiver domicílio no Brasil, e se não estiverem presentes as hipóteses do incs. II e III, a justiça brasileira não terá jurisdição para proceder ao julgamento. Reputa-se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica estrangeira que aqui tiver agência, filial ou sucursal;
- no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação. Nesse caso, a competência será da autoridade brasileira, ainda que o réu seja estrangeiro e esteja domiciliado no exterior. Trata-se de hipótese relevante para o direito contratual;
- a ação se originar de fato ocorrido ou de ato praticado no Brasil. Trata-se de hipótese de grande relevância para as questões de responsabilidade civil. Se um estrangeiro, que tem domicílio no exterior, vem passar alguns dias no Brasil, e aqui pratica um ato ilícito, do qual resultam danos, a ação indenizatória poderá ser processada e julgada no Brasil.
COMPETÊNCIA EXCLUSIVA DA JUSTIÇA BRASILEIRA - art. 89 do CPC
	O art. 89 enumera duas hipóteses de competência exclusiva. São ações que versam sobre matéria que só pode ser julgada pela justiça brasileira, com exclusão de qualquer outra. Qual a diferença entre tais hipóteses, e as do artigo anterior, que trata da competência concorrente? É que, vindo à homologação uma sentença estrangeira, o Superior Tribunal de Justiça poderá concedê-la, preenchidos os requisitos, nas hipóteses do art. 88. Mas jamais poderá fazê-lo em relação às do art. 89, porque só a justiça brasileira está autorizada a julgar ações sobre tais assuntos. Uma sentença estrangeira que versa qualquer deles estará fadada a ser permanentemente ineficaz no Brasil, já que nunca poderá ser homologada.
Hipóteses:
- IMÓVEIS SITUADOS EM TERRITÓRIO BRASILEIRO: entende-se que em relação aos bens partilhados no divórcio e separação não há ofensa a justiça brasileira, uma vez que o objeto é não são propriamente os patrimônio, cabendo à justiça brasileira ratificar o que foi pactuado entre as partes, ou seja, a justiça brasileira homologa a partilha de bens.
- INVENTÁRIOS E PARTILHAS DE BENS SITUADOS NO BRASIL: ainda que o autor da herança seja estrangeiro e tenha residido fora do território nacional. Trata-se de hipótese específica de sucessão mortis causa e não distingue entre bens móveis ou imóveis.
Casos que não serão examinados pela justiça brasileira
	São apurados por exclusão. Os arts. 88 e 89 enumeram, em caráter taxativo, as causas de competência da justiça brasileira. O que não se incluir em tais dispositivos não poderá ser aqui processado e examinado. Proposta ação que verse sobre tais assuntos, o processo haverá de ser extinto sem julgamento de mérito, por falta de jurisdição da justiça brasileira para conhecê-lo.
________________________________________________________________________
É a Constituição Federal que indica quais são os órgãos judiciários, definindo-lhes a competência: arts. 92 a 126.
	A CF, ao formular a estrutura do Judiciário, estabelece a distinção entre a justiça
comum e as especiais: a trabalhista, tratada no art. 111; a eleitoral, nos arts. 118 e ss., e a militar, no art. 122.
	A competência das justiças especiais é apurada de acordo com a matéria discutida (ratione materiae). A dasjustiças comuns é supletiva: abrange todas as causas que não forem de competência das especiais.
	
	A justiça comum pode ser federal ou estadual. A competência da primeira é dada ratione personae, pela participação, no processo, como parte ou interveniente, das pessoas jurídicas de direito público federais e empresas públicas federais (art. 109, I da CF) ou ratione materiae, já que o art. 109 enumera temas pertinentes às justiças federais.
	O que não for de competência das justiças especiais, nem da Justiça Federal, será atribuído, supletivamente, à Justiça Estadual.
	Tanto a Justiça Federal quanto a estadual terão ainda os seus respectivos juizados especiais e colégios recursais.
	Superior Tribunal de Justiça, criado ela CF de 1988 (arts. 104 e ss.), cuja função precípua é resguardar a lei federal infraconstitucional, abrange os órgãos de primeiro e segundo graus de jurisdição, tanto federais como estaduais.
	
	Supremo Tribunal Federal, guardião máximo da Constituição Federal, cuja competência é estabelecida no seu art. 102.
	Foro indica a base territorial sobre o qual determinado órgão judiciário exerce a sua competência. 
	
	Em primeira instância, perante a Justiça Estadual, foro é designação utilizada como sinônimo de comarca.
	
	Na Justiça Federal, não há propriamente divisão em Comarcas: cada Vara Federal exercerá a sua competência dentro de certos limites, que constituirá o respectivo foro federal.
	Com foro não se confundem os juízos, unidades judiciárias, integradas pelo juiz e seus auxiliares. Na justiça comum estadual o conceito de juízo coincide com o das varas. 
	
	Uma comarca pode ter numerosas varas, isto é, diversos juízos. Quando se busca apurar em que comarca determinada demanda deve ser proposta, está-se em busca do foro competente. Quando, dentro da comarca, procura-se a vara em que a demanda deve ser aforada, a dúvida será sobre o juízo competente.
	A Constituição Federal contém as normas que permitem identificar se determinada demanda deve ser proposta perante a justiça comum, estadual ou federal, ou perante as especiais.
	Por meio das regras do CPC, o interessado identificará em que foro a sua demanda correrá. - FORO COMPETENTE
	
	Lei Estadual de Organização Judiciária - JUÍZO COMPETENTE
	Em conclusão, para apurar onde determinada demanda deve ocorrer, será indispensável consultar:
- A Constituição Federal, para verificar se não se trata de competência originária dos Tribunais Superiores, e para identificar se a competência é de alguma das justiças especiais, da Justiça Federal comum ou da Justiça Estadual comum;
- A lei federal (em regra o CPC ou eventual legislação específica, para determinadas ações), para apurar o foro competente;
- A lei estadual de organização judiciária, quando for necessário, dentro de determinado foro, apurar qual o juízo competente.
COMPETÊNCIA ABSOLUTA E RELATIVA
	
	As regras gerais de competência, formuladas pelas leis federais, para indicação do foro competente, podem ser divididas em duas categorias: as absolutas e as relativas.
- Competência Absoluta: 
> melhor funcionamento da organização judiciária;
> normas de competência de ordem pública;
> As de competência absoluta não podem ser modificadas;
> Somente a incompetência absoluta pode ser reconhecida pelo juiz de ofício;
> constitui objeção processual, matéria de ordem pública, que pode ser reconhecida pelo juiz ou alegada pela parte ré, a qualquer tempo;
> o art. 301, do CPC determina que a incompetência absoluta deve ser alegada pelo réu como preliminar em contestação, nada impede que seja alegada por qualquer das partes, a qualquer tempo, já que se trata de matéria não sujeita a preclusão (direito de agir). Só não se pode mais alegá-la em recurso especial ou extraordinário, não propriamente porque tenha havido preclusão, mas por força da exigência específica de tais recursos, que exigem o prequestionamento.
> Reconhecida a incompetência absoluta, o juiz deve remeter os autos ao juízo competente, sendo nulos os atos decisórios praticados até então. Mesmo que a sentença transite em julgado, a incompetência absoluta ensejará o ajuizamento de ação rescisória. ( arts 485, II e 495- prazo de 2 anos, contados a partir do trânsito em julgado da decisão).
- Competência Relativa:
> maior conforto das partes, no ajuizamento da demanda;
> sendo instituídas tão somente no interesse das partes. As principais causas de modificação são: prorrogação, a derrogação pela eleição de foro, a conexão e a continência, que só se aplicarão em casos de competência relativa;
> Somente as de competência relativa estão sujeitas à modificação pelas partes.
> o juiz não pode reconhecer de ofício, pois não é matéria de ordem pública.
> A incompetência relativa deve ser arguida por exceção de incompetência, no prazo da contestação, sob pena de preclusão.
> Cabe ao réu alegar exceção de incompetência (prazo de 15 dias - art. 297), antes da apresentar a contestação (art. 300, II), e ao juiz reconhecer, assim determinando a remessa dos autos para o juízo competente, caso a exceção de incompetência não seja alegada, a matéria preclui.
> De acordo com o art. 304 do CPC, qualquer das partes pode arguir a exceção de incompetência. E o art. 305, dispõe que este direito pode ser suscitado a qualquer tempo ou grau de jurisdição, no prazo de 15 dias a partir do fato que ocasionou a incompetência.
> Pode o réu protocolar petição alegando exceção de incompetência no seu juízo de domicilio, requerendo que esta seja remetida ao juízo que determinou a citação - art. 305, §. Recebida a exceção, o processo principal fica suspenso até que seja julgada a exceção (art.306) 
> A incompetência relativa não gera nulidade da sentença, nem ação rescisória, já que, não alegada no momento oportuno, haverá a prorrogação de competência.
- MODIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIA:
	As principais causas de modificação são: prorrogação, a derrogação pela eleição de foro, a conexão e a continência, que só se aplicarão em casos de competência relativa;
	
	De acordo com o art. 102 do CPC, a competência em razão do valor e do território poderá ser modificada através da conexão ou continência 
	
	Serão ações conexas quando houver duas ou mais ações versando sobre o mesmo objeto ou a causa de pedir - art. 103
		A continência ocorrerá quando duas ou mais ações apresentar a mesmas partes e causa de pedir, sendo o objeto de uma mais amplo que a outra (art. 104). Ex: divórcio x ação de alimentos, a ação de divórcio é mais amplo, e por sua vez a ação de alimentos é mais restrita, logo, a ação de divórcio vai abranger a ação de alimentos. Se as ações correm em juízos distintos, a ação mais ampla "puxa" a ação mais restrita. 
	Tanto na conexão como na continência, o juiz pode de ofício ou a pedido de uma das partes, ordenar a reunião das ações propostas em apartado para que ambas sejam decididas simultaneamente - art. 105
> Prevenção: Prevenção é um critério de confirmação e manutenção da competência do juiz que conheceu a causa em primeiro lugar, perpetuando a sua jurisdição e excluindo possíveis competências concorrentes de outros juízos. Sendo juízes de mesma competência territorial, considerar-se-á prevento o que despachou em primeiro lugar (CPC, arts. 106 e 263), e sendo de competência territorial diversa (comarcas distintas), considerar-se-á prevento o juiz do processo que realizou a citação em primeiro lugar (CPC, art. 219). VALE PARA AÇÕES CONEXAS
> Prorrogação de competência: É consequência natural de a incompetência relativa não poder ser conhecida de ofício (súmula 33, do STJ), cumprindo ao réu apresentar exceção de incompetência no prazo de resposta, sob pena de haver preclusão. Se o réu não se manifestar, aquele foro que era originariamente incompetente (mas de incompetência relativa), tornar-se-á plenamente competente, não sendo maispossível a qualquer dos litigantes ou o juiz (preclusão pro judicato) tornar ao assunto. A esse fenômeno dá-se o nome de prorrogação de competência
> Derrogação de foro: Ocorre quando há eleição de foro, isto é, quando, por força de acordo de vontades (contrato), duas ou mais pessoas escolhem qual será o foro competente para processar e julgar futuras demandas, relativas ao contrato celebrado. O CPC, no art. 111 explicita que a eleição de foro só cabe em ações oriundas de direitos e obrigações, ou seja, fundadas no direito das obrigações. O § 1º determina que a cláusula deve constar de contrato escrito e aludir expressamente a determinado negócio jurídico.
- CONFLITO DE COMPETÊNCIA
	O conflito pode ser suscitado por qualquer das partes, pelo Ministério Público ou pelo juiz (art. 116), e é decido pelo tribunal, o qual designará qual juiz é o competente para decidir o conflito, pronunciando-se sobre a validade dos atos praticados pelo incompetente (art. 122). 
	Instaura-se mediante petição dirigida ao presidente do tribunal, instruída com os documentos que comprovem o conflito, ouvindo o relator, com a distribuição, os juízes em conflito. Sobrestará (pendente) o processo, caso o conflito seja positivo (juízes julgam-se competentes); se o conflito for negativo (juízes julgam-se incompetentes), o sobrestamento não será necessário, pois não haverá juízo praticando atos processuais. Deverá ainda o relator designar um juiz para solucionar as questões urgentes. 
ATOS PROCESSUAIS
* Resumo baseado no conteúdo dado em aula e nos livros: Direito processual civil esquematizado - Marcus Vinicius Rios Gonçalves / Teoria geral do processo - Ada Pellegrini / Código de processo civil comentado - Nelson Nery Junior.
	O processo consiste em uma sucessão de atos que se encadeiam logicamente, e
que visam alcançar o provimento jurisdicional.
	
	Ato processual é toda conduta dos sujeitos do processo que tenha por efeito a criação, modificação ou extinção de situações jurídicas processuais.
	São atos processuais: oferecimento de uma denúncia ou de uma petição inicial, um interrogatório, uma sentença....
ATOS PROCESSUAIS # FATOS PROCESSUAIS
ATO PROCESSUAL É UMA CONDUTA VOLUNTÁRIA, e deve ser praticado conforme prescreve a lei.
FATO PROCESSUAL É UM ACONTECIMENTO NATURAL que pode ter grande relevância ou repercussão no processo: Morte de uma das partes, aposentadoria do juiz...
	
	A forma processual prescrita em lei garante SEGURANÇA aos consumidores e operadores do direito.
	
Os atos processuais podem ser simples ou complexos
	A grande maioria dos atos processuais são simples, e finalizam-se em uma conduta. Ex.: Demanda inicial, citação, contestação, sentença...
	Os atos complexos são aqueles que demandam um conjunto de atos para atingir um finalidade: Ex.: Audiências e sessões
Relevância e finalidade das formas dos atos processuais
	O Caput do art. 154 do CPC, fala sobre a liberdade das formas, pois os atos e termos não dependem de forma determinada, salvo quando houver lei determinando expressamente, neste caso prevalecerá a relevância da forma. Ex.: Art. 285 do CPC, no instrumento de citatório deverá constar que a NÃO contestação, presumirá que os fatos alegados pelo autor são verdadeiros - PREDOMINA A RELEVÂNCIA E FINALIDADE DA FORMA.
	É válido o ato realizado no processo sem se revestir de forma especial, a menos que a lei prescreva como deva ser praticado. Ainda assim, se praticado de modo diverso, e atender a finalidade, o ato será válido. Ex.: Ainda no art. 285, o mandado de citação poderá ter sua relevância prejudicada ao não mencionar as consequências da não contestação, porém se mesmo assim o réu contestar, a finalidade foi alcançada
	
	O art. 155, caput, declara que os atos processuais são públicos,esta é a regra, porém, há casos em que os processos correm em segredo de justiça - inc. I e II do art. mencionado: Pode o juiz, ao seu critério, em virtude do interesse público, determinar que um processo corra em segredo de justiça, desde que justifique. Sendo o segredo de justiça regra para os casos previstos no Inc. II (casamento, filiação, separação do cônjuges, divórcio, alimentos e guarda.
	A comunicação (editais e publicações) dos atos processuais de processos que tramitam em segredo de justiça se dá de maneira cifrada - iniciais dos nomes, possibilitando a comunicação dos atos apenas às partes envolvidas e seus respectivos procuradores. Apenas a conclusão da sentença deve ser publicada.
	
CONSULTA DOS AUTOS
	Em regra, qualquer advogado tem direito de examinar quaisquer autos de processo judicial, exceto os que correm em segredo de justiça, os quais podem sem consultados somente pelas partes, seus advogados e pelo MP.
CERTIDÃO 
	A regra é a de que o escrivão deve emitir certidão de qualquer ato ou termo do processo à quem requerer. 
	Nos processos que correm em segredo de justiça somente as partes, procuradores e MP podem obter certidão de qualquer ato ou termo do processo. Terceiros e advogados que não atuam no processo podem apenas obter certidão do dispositivo da sentença do processo.
	Nos processos de separação ou divórcio, terceiros poderão obter certidão do inventário e partilha dos bens.
	O CPC, classifica os atos processuais de acordo com o sujeito: Partes e Juiz.
ATOS DAS PARTES: De acordo com o art. 158, do CPC, os atos das partes consistem em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade. Os atos unilaterais são os mais comuns no processo: correspondem àqueles que a parte pratica sem necessitar da anuência da parte contrária. Ex.: Postulação, petição inicial, contestação, recurso. Já os atos bilaterais, tem -se como exemplo mais comum a transação, que provocará a extinção
do processo, com julgamento de mérito.
Subdividem-se em:
- Postulatórios
- Dispositivos DECLARAÇÕES DE VONTADE
- Instrutórios
- Reais - CONDUTAS MATERIAS
Atos postulatórios: a parte pleiteia o provimento jurisdicional= denúncia, petição inicial, contestação, recurso. - atos unilaterais
Atos dispositivos: são aqueles em que a parte pode abrir mão de seus direitos em prejuízo próprio. Ex.: Desistência do processo - art. 267, VIII, a Convenção para suspensão do processo - art. 265, II, a Desistência de recurso - art. 501...
Atos instrutórios: são aqueles destinados a convencer o juiz.
Atos reais: condutas materiais das partes, como pagamento das custas, comparecimento às audiências, prestando depoimento....
ATOS DO JUIZ
	O art. 162, caput diz que os atos do juiz consistem em: SENTENÇAS, DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS E DESPACHOS, estes são tidos como pronunciamentos do juiz, e configuram como exemplos, pois além dos pronunciamentos, o juiz pratica outros atos no processo, tais como: tomar depoimentos das testemunhas, interrogar as partes....Porém, somente os atos mencionados no caput do art. 162, podem ser considerados provimentos jurisdicionais, e os demais atos praticados pelo são tidos como atos processuais materiais.
SENTENÇAS
	De acordo com o CPC, art. 161, § 2º, sentença é o ato do juiz que implica alguma
das situações previstas nos arts. 267 e 269 do CPC. O art. 267 trata da extinção do processo sem resolução de mérito. As hipóteses, se verificadas, porão fim ao processo; o art. 269 cuida de situações em que há resolução de mérito.
	A conceituação de sentença não poderá levar em conta apenas o seu conteúdo, mas também a sua aptidão, senão para por fim ao processo, ao menos para por fim à fase cognitiva. Só será sentença o ato judicial que tiver essas duas qualidades: for proferida na conformidade dos arts. 267 e 269, do CPC; e puser fim ao processo ou à fase de conhecimento, em primeiro grau.
	O pronunciamento do juiz poderá ser classificado como sentença quando contiver uma das matérias expressas nos arts. 267 ou 269, e, ao mesmo tempo, extinguir o processo, no primeiro grau de jurisdição. (conteúdo do arts. 267 ou 269+ finalidade de extinguir)
	Decisões interlocutórias
	Ato judicial capaz de provocar prejuízo e não puser fim ao processo ou à fase de conhecimento, será decisão interlocutória, contra a qual o prejudicado poderá interpor recurso de agravo - agravo de instrumento.
	Pronunciamento do juiz que citar o conteúdo do art. 267 ou 269, mas não extinguindo o processo, será tida como uma decisão interlocutória recorrível por agravo de instrumento. (conteúdo de sentença, pois cita um dos arts. 267 ou 269, mas a finalidade não é de extinguir o processo)
	
DESPACHOS
	Servem para impulsionar o processo, mas não tem conteúdo decisório, sendo inaptos para trazer prejuízos às partes.
	Mas um ato judicial que normalmente seria despacho pode assumir a condição de decisão, se dele puder advir prejuízo. Por exemplo: a remessa dos autos ao contador em regra é despacho. Mas se o juiz determiná-la para instituir uma liquidação por cálculo do contador, que não mais existe, retardando com isso o início da execução, o prejudicado poderá agravar.
FORMA DOS ATOS PROCESSUAIS
	A forma é o aspecto exterior pelo qual os atos processuais se apresentam. Como regra, acolheu-se entre nós o princípio da liberdade das formas.
	O art. 154 do CPC, “Os atos e termos processuais não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir, reputando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial”. Esse artigo emite duas regras, a de que, salvo lei em contrário, a forma é livre; e a de que, mesmo quando há forma determinada por lei, o ato será válido se, tendo sido praticado por outro meio, alcance a sua finalidade essencial. 
	Forma prescrita em lei - relevância da forma
	
	
	COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS
	Mesmo que o processo não seja eletrônico, é possível que os tribunais façam uso do Diário da Justiça Eletrônico (Notas de Expediente), disponibilizado nos sítios da rede mundial de computadores, para publicação dos atos judiciais e administrativos próprios e dos órgãos a eles subordinados.
	Poderão ser feitas as intimações, dirigidas aos advogados das partes, pelo Diário da Justiça Eletrônico, caso em que a publicação só se considera feita no primeiro dia útil subsequente ao da disponibilização da informação no Diário de Justiça, passando a correr o prazo no primeiro dia útil subsequente.
	Caso o dia da publicação ou do início de contagem do prazo recaia em dias de sábados, domingos ou feriados, estes serão prorrogados para o primeiro dia útil seguinte.
1º Disponibilização
2º Publicação
3º Início da contagem do prazo
23/06/2014
24/06/2-14
25/06/2014
REQUESITOS GERAIS DOS ATOS E TERMOS PROCESSUAIS
	De acordo com o art. 156 do CPC, todos os atos e termos do processo obrigatoriamente deverão fazer uso do vernáculo = Língua oficial -PORTUGUÊS. O art. 157, fala que os documentos em língua estrangeira só poderão ser juntados se acompanhados de tradução juramentada.
	
	Os atos orais devem ser praticados também em língua portuguesa. Se o juiz quiser ouvir uma das partes ou uma testemunha que não conheçam o português, terá que nomear um intérprete, necessário também em relação àqueles que fazem uso da linguagem mímica dos surdos-mudos;
	Petições transmitidas por fax é preciso juntar o original em cinco dias. A falta de juntada não prejudica o conhecimento da petição, mas o postulante corre o risco de que o conteúdo perca a nitidez.
	Os atos postulatórios serão assinados pelo advogado dos postulantes; os documentação de audiência, por todos os participantes.
	São vedadas as abreviaturas e os espaços em branco, nos atos e termos do processo, salvo se inutilizados; as emendas ou rasuras devem ser ressalvadas. Tudo para evitar fraudes ou utilização indevida de espaços em braço (CPC, art. 174).
Publicidade dos atos processuais
	O art. 155, caput, declara que os atos processuais são públicos,esta é a regra, porém, há casos em que os processos correm em segredo de justiça - inc. I e II do art. mencionado: Pode o juiz, ao seu critério, em virtude do interesse público, determinar que um processo corra em segredo de justiça, desde que justifique. Sendo o segredo de justiça regra para os casos previstos no Inc. II (casamento, filiação, separação do cônjuges, divórcio, alimentos e guarda.
	A comunicação (editais e publicações) dos atos processuais de processos que tramitam em segredo de justiça se dá de maneira cifrada - iniciais dos nomes, possibilitando a comunicação dos atos apenas às partes envolvidas e seus respectivos procuradores. Apenas a conclusão da sentença deve ser publicada.
	Quando o processo correr em segredo de justiça, só poderá ser consultado pelas
partes, seus advogados, terceiros intervenientes admitidos no processo e pelo Ministério Público. Por isso, os atos de comunicação do processo (intimações e publicações de editais) serão cifrados, e o nome das partes não aparece na íntegra, mas abreviado.
	O desrespeito ao sigilo que obriga a todos os participantes do processo poderá
acarretar sanções administrativas e eventualmente civis ao culpado, mas não nulidade
processual.
Requisitos gerais quanto ao lugar
	O art. 176 do CPC diz que os atos processuais em regra são realizados na sede do juízo, porém podem efetuar-se em lugar diverso..... A regra geral é de que os atos processuais se realizam na sede do juízo. Quando houver necessidade, podem ser realizados em outra comarca ou no exterior, a pedido do juízo, por meio de carta precatória - outras comarcas, carta rogatória - no exterior, ou através de carta de ordem.
	O art. 411, diz que os atos de inquirição de pessoas podem ser realizados no local de sua residência ou em local que exerçam suas funções.
	Oitiva de testemunhas com problemas para deslocamentos, podem ser ouvidas em seu domicilio.
	
Requisitos gerais quanto ao tempo
	Os atos processuais devem ser praticados em um determinado prazo, em regra,
sob pena de preclusão. 
PRECLUSÃO é a faculdade de praticar um ato processual, ao deixar de praticar um ato processual no prazo determinado, o destinatário perderá o direito sobre o ato processual, e este por sua vez terá precluído. Há três tipos de preclusão:
 - Preclusão temporal: perda da faculdade de praticar o ato processual em virtude do decurso do prazo, sem que a parte tenha praticado o ato - inércia, ou o tenha, mas de forma incorreta ou irregular.
- Preclusão lógica: extingue a possibilidade de praticar-se um ato processual pela prática de um outro ato processual incompatível. Ex.: O condenado efetua o pagamento determinado em sentença, logo, este não poderá interpor recurso para impugna-lá, mesmo que o prazo não tenha se esgotado.
- Preclusão Consumativa: Perda da faculdade de praticar um ato processual, em razão já tê-lo praticado. Ex.: O prazo para contestar é de 15 dias, o réu contesta no 5º dia, este não poderá reconvir, mesmo estando dentro do prazo, pois a reconvenção deve ser ajuizada simultaneamente com a contestação.
- Preclusão pró judicato - uma vez prolatada a sentença, não há mais possibilidades para o juiz rever sua decisão, somente em caso de recurso, cuja competência cabe a órgão hierarquicamente superior. O juiz está proibido de reexaminar aquilo que já foi decidido anteriormente, ou de proferir decisões incompatíveis com as anteriores. O juiz não poder voltar atrás nos pronunciamentos que refere-se a produção de provas, ou deferimento de medidas de urgência. Somente mediante novos fatos, o juiz poderá reexaminar uma matéria.
	Os atos judiciais e os do Ministério Público não precluem, mas se desrespeitado o prazo sujeitam os responsáveis a sanções administrativas (prazos impróprios).
	O tempo no processo pode ser examinado por dois ângulos: o referente ao momento, à ocasião do dia, do mês e do ano em que os atos podem ser praticados; e os
prazos que os participantes do processo deverão observar.
	O art. 172 doCPC, diz que os atos processuais poderão ser realizados entre as 6 horas da manhã e 20 horas. 
	Cabe a organização judiciária dos Estados estabelecer um horário de funcionamento do foro, no caso do RS, o horário de funcionamento do foro é das 9 às 18 horas - para atos internos. As leis de organização judiciária, de âmbito estadual, têm autonomia para estabelecer horários do fechamento do protocolo
	Dos dias úteis: São dias úteis aqueles em que há expediente normal do foro.
	
	De acordo com o CPC, art. 175 são feriados os domingos e os dias declarados por lei. O ato processual efetuado em feriado é NULO.
	
	Sábado não é tido como feriado, E PARA EFEITOS DE CONTAGEM O SÁBADO NÃO É DESCONSIDERADO. Mas atos processuais externos, que não dependem da abertura do fórum, como as citações e intimações podem ser realizadas no sábado, a partir das 6 horas da manhã até as 20 horas.
FÉRIAS FORENSES 
	A Emenda Constitucional 45 acrescentou à Constituição Federal dispositivo (art. 93, XII) extinguiu a possibilidade de férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau. Com isso, desapareceram as férias coletivas nesses órgãos, com o que houve a revogação tácita do art. 174 e do art. 173, naquilo que diz respeito às férias. 
A PRESTAÇÃO JURISDICIONAL É ININTERRUPTA.
	PRAZOS PROCESSUAIS
arts. 177 - 199
	Para que o processo não se eternize, a lei estabelece um prazo para que os atos processuais sejam praticados. Por prazo entende-se a quantidade de tempo que deve mediar entre dois atos.
	
Tipos de prazos processuais 
Prazos próprios ou preclusivos e prazos impróprios
Os prazos próprios ou preclusivos: São os prazos fixados para cumprimento do ato processual, cuja inobservância acarreta desvantagem para aquele que o descumpriu, consequência esta que normalmente é a PRECLUSÃO TEMPORAL - (perda da faculdade de praticar aquele ato). O art. 183 do CPC, diz que decorrido o prazo, extingue-se independentemente de declaração judicial, o direito de praticar o ato, ficando salvo, porém à parte que provar que o não realizou por justa causa.(neste caso há a possibilidade de recuperar o prazo, mediante comprovação do motivo da justa causa, mas não pode ser qualquer motivo, tem que ser um evento imprevisto, alheio à vontade).
	Os prazos próprios em regra destinam-se aos procuradores das partes, ao Ministério Público quando configurar como parte, e aos terceiros intervenientes. Há situações em que os prazos paras as partes e seus procuradores não são próprios, tais como: formular quesitos, restituir os autos retirados do cartório, indicar bens para penhora.
Os prazos impróprios: São aqueles fixados em lei apenas como parâmetro para a prática do ato, e o desatendimento não acarreta prejuízo para quem descumpriu, e sim sanções disciplinares. Normalmente são prazos impróprios os fixados para o juiz e auxiliares da justiça, bem como para curador especial contestar, e para o Ministério Público falar nos autos.
	
	Os prazos do juiz, seus auxiliares e do Ministério Público quando atua como fiscal da lei são impróprios, não implicam a perda da faculdade, nem o desaparecimento
da obrigação de praticar o ato, mesmo depois de superados. O juiz não se exime de sentenciar, nem o Promotor de Justiça de se manifestar, porque foi ultrapassado o prazo previsto em lei
	
PRAZOS COMUNS E PARTICULARES
	Os prazos serão comuns quando destinados a todas as partes, isto é, ambas as partes devem praticar algum ato processual em comum. Ex. Prazo para recurso de sentença cujo provimento foi parcial, neste caso, tanto o réu quanto o autor foram vencidos, e ambos podem interpor recurso. 
	Os prazos particulares são aqueles destinados à uma só parte. Ex,. Prazo para contestar - prazo do réu, prazo para o autor se manifestar sobre a contestação, prazo para o réu interpor recurso quando julgado procedente o pedido do autor. (prazos particulares e próprios)
PRAZOS PEREMPTÓRIOS E DILATÓRIOS
	São peremptórios os prazos cogentes, que não podem ser modificados pela vontade das partes (art. 182 — “É defesa às partes, ainda que todas estejam de acordo, reduzir ou prorrogar os prazos peremptórios). Ex.: Contestação é uma prazo particular, próprio e peremptório.
	São dilatórios os prazos que podem ser alterados por convenção das partes, desde que a alteração seja requerida antes de ele vencer e estiver fundada em motivo legítimo (art. 181), caso em que o juiz fixará o dia de vencimento da prorrogação, respeitada a convenção. Ex.: Arrolar testemunhas, formular quesitos ....
	Tanto o prazo dilatório, como peremptório, o juiz poderá autorizar a prorrogação nas comarcas onde for difícil o transporte, mas nunca por mais de sessenta dias, salvo em caso de calamidade pública.
CONTAGEM DE PRAZO
	A contagem de prazo pode ser feita por anos, meses, dias, horas ou minutos: o prazo da ação rescisória é de dois anos; as partes podem convencionar a suspensão do processo por até seis meses; o de contestação é de quinze dias; para o serventuário remeter os autos conclusos ao juiz é de 24 horas.
PRAZO EM MINUTOS - Contam-se minuto a minuto - art. 132,§ 4ª do CC.
PRAZO EM HORAS - Contam-se minuto a minuto - art. 132,§ 4ª do CC.
PRAZO EM DIAS - Conta-se a partir do primeiro dia útil após a publicação / intimação - dia a dia, independente da hora.
PRAZO EM MESES - art. 132, § 3º do CC. O prazo em meses tem o encerramento no dia de igual número do início, ou no imediato, se faltar correspondência.
PRAZO EM ANOS - art. 132, § 3º do CC. O prazo em meses tem o encerramento no dia de igual número do início, ou no imediato, se faltar correspondência.
	
	Os prazos são fixados por lei; na omissão desta, pelo juiz. Se não houver nem lei nem determinação judicial, o prazo será de cinco dias (CPC, art. 185). Excepcionalmente, pode ser fixado pelas próprias partes, como, por exemplo, o de suspensão, de até seis meses.
Prazos legais são aqueles estabelecidos em lei.
Prazos judiciais são aqueles fixados pelo juiz, no intuito de preencher lacuna da lei.
Prazos convencionais são aqueles que a lei permite que as partes determinem. A contagem do prazo convencionado segue a regra de contagem aritmética, ou seja, é ininterrupto. Só podem ser convencionado, desde que se tenha iniciado ou, se já foi, que ainda esteja em curso.
	Na contagem do prazo, exclui-se o dia do começo e inclui-se o do vencimento.
	Por exemplo: se o réu é citado para contestar em quinze dias, o prazo corre da juntada aos autos do mandado de citação. Porém, a contagem não começa no dia da juntada, mas no primeiro dia útil subsequente. O prazo será contado de maneira contínua e se concluirá no final do expediente forense do 15º dia do prazo, desde que este seja útil. 
Citação no dia 02/06/14 - segunda-feira
Juntada aos autos do mandado de citação no dia 04/07/14 - quarta-feira
Prazo começa a correr no dia 05/06/14 - quinta-feira
Término do prazo é no dia 20/06
	A contagem do prazo não pode nem começar nem terminar em dia não útil. Mas, iniciada a contagem, o prazo será contínuo, não se interrompendo nos feriados. Os dias não úteis que intermedeiam entre o início e o final devem ser incluídos na contagem.
	Se o último dia da contagem não for útil, o prazo prorroga-se para o primeiro dia útil subsequente. 
	Se a intimação for feita pelo Diário Oficial - NE, o prazo começará a correr no primeiro dia útil seguinte à publicação. 
	Nota de Expediente publicada na Sexta-feira, o prazo começa a correr na Segunda-feira. * o sábado é útil somente para atos externos - intimações e citações efetuadas pelo oficial de justiça.
1º Disponibilização
2º Publicação
3º Início da contagem do prazo
23/06/2014
24/06/2-14
25/06/2014
Termo inicial - Dies a quo do prazo é sempre o dia seguinte da publicação. Início contagem do prazo
	 Termo final - Dies ad quem, último dia do prazo, último minuto da hora final do expediente forense.Término da contagem do prazo
	
	Se for eletrônico, a publicação considera-se feita no primeiro dia útil subsequente à disponibilização da informação.
	
	Iniciada a contagem, o prazo não será suspenso, salvo a existência das hipóteses previstas no art. 265, I a III, do CPC (morte ou perda de capacidade processual de qualquer das partes, de seu representante legal ou do procurador / for oposta exceção de incompetência do juízo), ou se houver algum obstáculo que impeça a parte de se manifestar, como, por exemplo, a retirada dos autos pelo adversário, a remessa deles ao contador, o movimento grevista que paralisa as atividades forenses.
	O art. 184 do CPC, NO SEU §1º que o prazo será prorrogado até o primeiro dia útil se o vencimento cair em feriado, o fórum estiver fechado por determinação, o expediente forense for anormal. Nestas situações não haverá início e nem término de prazo, mas estão inclusos para os prazos que estiveram em curso.
Suspensão e interrupção do prazo
Suspensão do processo: O prazo fica paralisado, mas volta a correr do ponto em que parou. Para que o prazo suspenso se reinicie, é necessário a intimação da parte que cessou a causa da suspensão - Art. 180
Interrupção do prazo: provoca o retorno do prazo à estaca zero, como se nada tivesse corrido até então. As causas interruptivas são raras, podendo ser mencionadas três: quando o réu requer o desmembramento do processo, em virtude de litisconsórcio multitudinário; quando as partes opõem embargos de declaração e quando o réu, citado, faz nomeação à autoria. 
	O art. 179 do CPC, pode ser direcionado aos recessos forenses e feriados contínuos, uma vez que não há mais férias forense. Os processos ficarão suspensos, os prazos serão paralisados, e ao fim do recesso os prazos passam a ser contados exatamente de onde pararam. Ex. Prazo para contestar - 15 dias, recesso inicia no 5º dia do prazo contestacional, logo o processo é suspenso com 5 dias do prazo já contados, os outros 10 dias serão calculados a partir do retorno do recesso ou feriado.
	O prazo pretérito - contagem para trás, aplica-se nos casos de audiência marcada, tendo as partes o prazo de 10 antes da data da audiência para apresentar o rol de testemunhas, sendo no máximo 10 testemunhas para cada parte. Pode o juiz determinar prazo distinto, desde que não seja inferior a 10 dias. Art. 407 do CPC.
	
O Ministério Público e a Fazenda Pública têm prazo em quádruplo para contestar e em dobro para recorrer. art. 188 do CPC
Prazo para contestar = 15 dias x 4 = 60 dias para o MP ou Fazenda pública contestar.
Prazo para recorrer = 15 dias x 2 = 30 dias para o MP ou Fazenda Pública
Prazo para apresentar contrarrazões é simples = 15 dias
	A Fazenda Pública, a que a lei se refere, abrange todas as pessoas jurídicas de direito público: a União, Estados, Municípios, Distrito Federal, autarquias e fundações públicas.
	A defensoria pública têm o prazo em dobro para contestar e recorrer, bem como Procurador do Estado, advogado dativo - assistência judiciária.
	No caso de litisconsorte que tenham procuradores diferentes, o prazo será em dobro para contestar, recorrer, contrarrazoar , ou falar nos autos. Os procuradores devem ser diferentes, ainda que do mesmo escritório, porém, caso os litisconsortes tenham diversos advogado, e sendo ao menos um em comum, o prazo será simples. Art. 191 do CPC.
	Um determinado processo tenha dois réus e que um deles seja a Fazenda Pública. Qual seria o prazo de resposta? se estão presentes as hipóteses de aplicação do art. 188 e do art. 191, o juiz só aplicará a que for mais benéfica. Portanto, apenas quadruplicará o prazo. O prazo para a Fazenda recorrer será em dobro (pois não há aplicação cumulativa). Para contrarrazoar será igualmente em dobro, já que a Fazenda está em litisconsórcio, com advogados diferentes.
Litisconsorte
Polo passivo - Contestação - recorrer:
 Pessoa física ou jurídica - 30 dias - prazo em dobro
 Fazenda Pública ou MP - 60 dias - prazo em quadruplo 
Para contrarrazoar ou falar nos autos: art. 191
 Pessoa física ou jurídica - 30 dias - prazo em dobro
 Fazenda Pública ou MP - 30 dias - prazo em dobro
COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS
	Há duas espécies de comunicação de atos processuais: aquela que se estabelece entre juízos; e entre juízos e partes.
	O meio de comunicação entre os órgãos do Judiciário são as cartas, transmitidas
pelos meios eletrônicos (preferencialmente) ou pelos meios convencionais. Elas podem ser de três espécies, conforme o órgão para o qual for dirigida a solicitação: rogatória, se dirigida a autoridade judiciária estrangeira; de ordem, quando dirigida a um juiz subordinado ao tribunal que a emitiu; precatória, nos demais casos.
- Carta rogatória
	É o pedido dirigido a um órgão jurisdicional estrangeiro, seja para comunicação
processual seja para prática de atos relacionados à instrução processual. As rogatórias vindas do exterior devem receber o exequatur do STJ.
- Carta de ordem
	É a emitida por um tribunal a órgão jurisdicional a ele subordinado, seja para colheita de provas, seja para atos de execução, nos processos de competência originária dos tribunais.
- Carta precatória
	A mais comum das formas de comunicação entre juízos que não têm relação de subordinação entre si. Quem a expede é o juízo deprecante e quem a recebe o deprecado. É utilizada entre todos os tipos de juízos, não importando a que justiça pertençam, nem a que unidade da Federação. São usadas para comunicação processual, como citação e intimação de pessoas que residem noutra Comarca; para a colheita de provas, como ouvida de testemunhas que residem fora ou perícia sobre bens e coisas situadas em outro juízo; e para a realização de atos de apreensão judicial noutra Comarca. 
	Conquanto expedida entre juízos que não têm relação de subordinação, o juízo deprecado é obrigado a cumprir a solicitação contida na carta, salvo as hipóteses do art. 209, do CPC.
Das invalidades processuais
	Quando a lei exige que um ato processual tenha determinada forma, ou que seja praticado de determinado modo, ou em certo tempo ou lugar, e as exigências legais são desrespeitadas, cumpre verificar se o ato será, em razão dos vícios que o acometem, apto para alcançar as finalidades para que ele foi realizado.
	Os vícios que podem atingir o ato processual podem classificar-se em três categorias: as meras irregularidades, as nulidades — que podem ser relativas ou absolutas — e a inexistência
Atos meramente irregulares: São aqueles que desobedecem uma formalidade não relevante para a sua validade. Exemplo: a existência de rasuras, que não tragam dúvida sobre a autenticidade do ato.
Nulidades processuais: Ocorre quando o ato é praticado sem a observância de um requisito de validade. No curso do processo, se o juiz detectar alguma nulidade, determinará a correção, ordenando, se necessário, que o ato processual contaminado, e os a ele interligados, sejam refeitos. Encerrado o processo, haverá ainda a possibilidade de, por meio de ação rescisória, reclamar de algumas nulidades. Mas, findo o prazo da rescisória, a nulidade será sanada. A inexistência, por sua vez, não se sana nunca, podendo ser arguida a qualquer tempo.
	O ato nulo produzirá efeitos e consequências processuais até que o juiz reconheça
o vício e declare a nulidade: enquanto isso, continuará eficaz.
	
	Só podem ser qualificados de nulos os atos do juiz e dos seus auxiliares. 
Serão nulos os atos que não respeitam determinado requisito legal. São exemplos:
- as decisões prolatadas por juízes impedidos ou por juízos absolutamente incompetentes;
- a falta de intervenção do Ministério Público, quando obrigatória;
- a citaçãorealizada sem obediência às formalidades legais;
- a sentença que não observe a forma prescrita em lei.
	Os das partes não o são propriamente: apenas, se não preencherem os requisitos legais, não produzirão os efeitos que visavam alcançar.
As nulidades podem ser ABSOLUTAS OU RELATIVAS
Serão absolutas:
- Só a nulidade absoluta pode ser decretada, de ofício, pelo juiz;

Outros materiais