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Tendo em vista, que a criogenia é um técnica que envolve a conservação do corpo humano, através do congelamento, com a finalidade de uma possível reanimação do corpo humano. Essa técnica baseia-se no congelamento após a morte, acredita-se que uma grande evolução cientifica fará com que o corpo volte à ativa.
Nesse aspecto, a criogenia reflete no âmbito jurídico várias indagações, principalmente no que se refere ao direito das sucessões. No artigo 6° e 7° do código civil ilustram com exatidão o fim da pessoa natural, ou seja, com a morte, cessa seus direitos e deveres, transmitindo esses direitos e deveres ao seus titulares, logo, transmite-se a herança a seus herdeiros legítimos (art. 1.788), indicados na lei (art. 1.829), de acordo com uma ordem preferencial.
Por seu turno, a pessoa que se submete a essa técnica, no meu ponto de vista, deve ter sua manifestação de vontade expressa em vida pois, essa técnica pouco comum na nossa realidade gera custos altíssimos, devendo o crio- preservado, reservar a parte que ele pode dispor de direito dos bens( legitima), para a manutenção de tal. Cabe aos familiares e as pessoas beneficiadas, motivadas pela vontade do crio- preservado observar a real intenção do morto. 
Os efeitos jurídicos a partir da decisão do congelamento, parte dela deverá ser suspensa, até que se torne realidade o desejado pelo crio-preservado, a pessoa devera nomear um curador, no qual será incumbido de resolver e responder pelo patrimônio do crio- preservado. 
É um assunto delicado a se tratar, tendo em vista, que serão pessoas dotadas de autonomia, maiores e capazes, estendendo tal entendimento à aqueles que influenciados pela família, ainda menor ou incapaz, serem submetidos ao procedimento. Em um futuro bem próximo, no que se refere a idade em que um individuo poderá se valer da técnica da criogenia, será bem provável a adoção de corrente com o intuito de melhor atender juridicamente o crio-preservado. Nesse contexto, seria adequado, a aplicação de três correntes, quais sejam: a primeira, que seria a livre manifestação de vontade, nesse caso a pessoa maior,(dotada de capacidade civil), logo, não teria nenhum problema em adotar essa técnica; a segunda, onde os relativamente incapazes serão assistidos por um dos seus responsáveis nesse ato; a terceira, que ate poderia ser em conjunto com a segunda corrente mas, por questão de tratar dos absolutamente incapazes resolvi separar por ser opção de uma possível criogenia com a finalidade de estudo de uma doença especifica, nessa corrente, poderá sim ser preservado o corpo do paciente; Observação: uma outra corrente, não menos importante, é quando a pessoa não manifesta expressa vontade de se submeter a criogenia, nesse caso, a pessoa só manifesta sua vontade verbalmente, logo, não há nada registrado, na verdade não sei se seria possível essa “quarta corrente”.
Outro ponto importante de ser estudado é a emissão de certidão de óbito, que deverá constar a opção do falecido pela criogenia, além de já ter especificado a(s) possível(is) pessoa(s), que sera(ão) nomeadas curador(as), devendo observar um prazo, posteriormente estipulado para se tornar definitiva, esse prazo definitivo, temos como base a real vontade do individuo( após um minucioso estudo do caso), pois como dito, é uma técnica cara e que deverá ser analisado alguns juridicamente a real condição do crio-preservado( até quando custear essa técnica? E sera que a pessoa terá recursos suficientes para custear por uns duzentos anos a técnica?).
No ordenamento jurídico vigente é certo que não temos previsão na norma no que tange a criogenia, como ocorreu com o caso recente do engenheiro Luiz Felippe Dias de Andrade Monteiro, valeu-se da analogia, costumes e princípios gerais do direito em respeito ao principio da livre manifestação de vontade, observa-se ao máximo as disposições do ordenamento jurídico, que no momento, encontra escassa, quando se trata do assunto, para que as partes interessadas não saiam lesadas com tal procedimento. Vale ressaltar que, ante de qualquer definição a respeito do assunto, a primeira coisa que deve sobrepor é a vontade do individuo, os efeitos que essa vontade gerará, será tema de muito estudo para os juristas.

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