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Av. Dom Luís, 911, Meireles Fortaleza-Ceará – CEP 60160-230 Tel. (0xx85) 3461-2020 / FAX (0xx85) 3461.2020 Ramal 4074 E-mail: fc@christus.br 1 A LÓGICA ASSERTÓRIA - Todo raciocínio é pensamento, mas nem todo pensamento é raciocínio; - O raciocínio é um gênero especial de pensamento no qual se realizam inferências ou se derivam conclusões a partir de premissas. Ao lógico interessa a correção do processo ao seu término; - Três operações do espírito: 1) ideia (termo); 2) juízo (proposição); 3) raciocínio (argumento); - A distinção entre raciocínio correto ou incorreto (válido ou inválido) é o problema central da lógica e sua indagação é sempre esta: a conclusão a que se chegou deriva das premissas usadas ou pressupostas? - Inferência é um processo pelo qual se chega a uma proposição, afirmada na base de outras proposições aceitas como ponto de partida do processo; - Estrutura do silogismo: 1) os termos das duas premissas; 2) conclusão; - O argumento não é uma simples coleção de proposições; - O propósito da silogística é mostrar em que medida as conclusões são válidas e quais estruturas descritíveis em geral as indicam. São sempre raciocínios dedutivos. PRINCÍPOS ESTRUTURAIS DA RAZÃO - Princípio, segundo Aristóteles, é aquilo pelo que alguma coisa existe ou é conhecida. Princípio, no sentido ontológico, é aquilo pelo que a coisa existe. No sentido lógico, é aquilo que nos dá a conhecer os conceitos, as proposições e as inferências de modo coerente, numa articulação válida ou inválida. Segundo LEIBNIZ: 1) IDENTIDADE: toda coisa é idêntica si mesma. 1.1 – CONTRADIÇÃO: nem uma coisa e nem o seu predicado é e não é ao mesmo tempo. Duas proposições contraditórias não podem ser verdadeiras e falsas ao mesmo tempo. 1.2 - TERCEIRO EXCLUÍDO: uma coisa é ou não é. Não há termo médio. 1.3 - TERCEIRO EQUIVALENTE: duas coisas idênticas a uma terceira são idênticas entre si. 2) RAZÃO SUFICIENTE: tudo tem sua razão suficiente de ser. Nada acontece que não tenha uma causa. 2.1 – CAUSALIDADE: todas as coisas do mundo não se explicam por si mesmas e sim por outras que são sua razão suficiente, isto é, tem sua razão de ser fora de si mesma. 2.2 – SUBSTÂNCIA: toda qualidade supõe uma substância. Toda mudança supõe algo durável 2.3 – LEIS: nas mesmas circunstâncias, as mesmas causas produzem sempre os mesmos efeitos. - A LÓGICA CARACTERIZA-SE POR SER: 1) instrumental; 2) formal; 3) propedêutica; 4) normativa DISCIPLINA: Filosofia Prof.: Nicodemos F. Maia CARGA HORÁRIA: 80h / a GRAU DE ENSINO: GRADUAÇÃO (Bacharelado) CURSO DE DIREITO CÓDIGO: 31076 NOTA DE AULA DISCIPLINA Av. Dom Luís, 911, Meireles Fortaleza-Ceará – CEP 60160-230 Tel. (0xx85) 3461-2020 / FAX (0xx85) 3461.2020 Ramal 4074 E-mail: fc@christus.br 2 - CARACTERES DOS PRINCÍPOS ESTRUTURAIS DA RAZÃO 1. Universalidade: existem em todas as mentes e são aplicáveis a todos os fenômenos. 2. Necessidade: é uma exigência absoluta da razão. Logo, uma concordância entre pensar e realidade. 3. A PRIORI: condição de toda afirmação e de todo conhecimento. REGRAS PARA ESTRUTURAÇÃO DOS SILOGÍSMOS: - (1) Todo silogismo contém somente três termos: premissa maior, premissa menor e conclusão. Todo homem é mortal. (premissa maior) SÓCRATES é homem. (premissa menor ou média) LOGO, SÓCRATES é mortal. (conclusão) - (2) Na conclusão, o enunciado não pode ter extensão maior do que nas premissas; Todo político é corrupto. João é corrupto. Logo, João é político. - (3) O termo menor não pode entrar na conclusão; Todo chumbo é metal. Todo metal é corpo. Logo, todo metal é corpo ou chumbo. - (4) O termo menor deve ser universal; - (5) De duas premissas negativas, nada se conclui; - (6) De duas premissas afirmativas não pode haver conclusão negativa; - (7) A conclusão segue sempre a premissa mais fraca; - (8) De duas premissas particulares, nada se conclui. Algum soldado é corajoso. Algum covarde é soldado. Logo, algum covarde é corajoso. FORMAS TÍPICAS DE PROPOSIÇÕES CATEGÓRICAS: - Todo S é P; (Todo livro é instrutivo) – Universal afirmativa (A) - Nenhum S é P; (Nenhum livro é instrutivo) – Universal negativa (E) - Algum S é P; (Algum livro é instrutivo) – Particular afirmativa (I) - Algum S não é P. ( Algum livro não é instrutivo) – Particular negativa (O) Av. Dom Luís, 911, Meireles Fortaleza-Ceará – CEP 60160-230 Tel. (0xx85) 3461-2020 / FAX (0xx85) 3461.2020 Ramal 4074 E-mail: fc@christus.br 3 * AE (contrárias); IO (subcontrárias); AO e EI (contraditórias) Obs.: duas proposições contrárias não podem ser verdadeiras ao mesmo tempo, mas podem ser falsas; duas proposições subcontrárias podem ser ambas verdadeiras ao mesmo tempo, mas não podem ser ambas falsas. Ex.: tipo AO Todos os juízes são advogados. Alguns juízes não são advogados. EXEMPLOS PRÁTICOS: o caso abaixo não é um argumento: as premissas não têm relação entre si. 1. Todo ferro se dilata com o calor. 2. Todo o mês do ano chove. 3. Logo, a CHRISTUS é uma boa Faculdade. Argumentos válidos com premissas verdadeiras: 4. Todos os homens são mortais. (V) 5. SÓCRATES é homem. (V) 6. Logo, SÓCRATES é mortal. (V) Argumento válido com premissas falsas 7. Todos os homens são analfabetos (F) 8. Raquel de Queiroz é homem (F) 9. Logo, Raquel de Queiroz é analfabeta. (F) Os argumentos acima são válidos porque constituídos da seguinte estrutura simbólica: 10. Todos os x são y 11. z é x 12. Logo, z é y. Argumentos Inválidos: este é um exemplo de falácia formal 13. Se eu ganhar sozinho na Sena, fico milionário. (V) Av. Dom Luís, 911, Meireles Fortaleza-Ceará – CEP 60160-230 Tel. (0xx85) 3461-2020 / FAX (0xx85) 3461.2020 Ramal 4074 E-mail: fc@christus.br 4 14. Não Ganhei sozinho na Sena. (V) 15. Logo, não fiquei milionário. (F) A forma simbólica desse argumento é: 16. p q 17. p 18. Logo, q 19. Todo mamífero é invertebrado. (F) 20. Todo homem é invertebrado. (F) 21. Logo, todo homem é mamífero. (V) Este argumento é inválido porque contraditório, visto que de duas proposições falsas não se conclui nada verdadeiro. FALÁCIAS: não há uma classificação universalmente aceita das falácias. No sentido técnico quer dizer erro de raciocínio ou na argumentação. É, portanto, um raciocínio incorreto, mas é psicologicamente persuasivo. FALÁCIAS FORMAIS são formas de argumentos silogísticos que aparentam validade, mas não o possuem. FALACIAS INFORMAIS são erros de raciocínio em que podemos cair por inadvertência ou falta de atenção. Ex.: petição de princípio: ocorre quando se supõe como certo o que deveria ser demonstrado. A cegonha existe? Claro que sim. Se não existisse você não estaria aqui. O contrato social existiu? Sim, se não existisse não viveríamos em sociedade; tautologia: a inflação aumenta os preços e corrói os salários, mas o aumento de salários gera o aumento do preço dos produtos. GLOSSÁRIO ARGUMENTAÇÃO:1) Discurso da razão; 2) forma técnica de clarificação e exercício lógico do discurso. Situa-se no esquema de explicitação do raciocínio. O silogismo é o núcleo formal do processo de produção do raciocínio. ARGUMENTO: um argumento é um conjunto de afirmações de tal modo estruturadas que se pretende que uma delas (a conclusão) seja apoiada pelas outras (as premissas). Por exemplo: "A vida tem de fazer sentido porque Deus existe" é um argumento; a premissa é "Deusexiste" e a conclusão é "A vida tem de fazer sentido". Mas "Ou Deus existe, ou a vida não faz sentido" não é um argumento, dado ser apenas uma afirmação que não está a ser apoiada por outras afirmações. Os argumentos podem ser válidos ou inválidos, mas não podem ser verdadeiros ou falsos. Um argumento é válido quando as suas premissas geram a conclusão. Há dois grandes grupos de argumentos: os dedutivos e os indutivos. Av. Dom Luís, 911, Meireles Fortaleza-Ceará – CEP 60160-230 Tel. (0xx85) 3461-2020 / FAX (0xx85) 3461.2020 Ramal 4074 E-mail: fc@christus.br 5 DIALÉTICA: Do grego: falar. Arte do diálogo e da discussão. Em Sócrates é o processo que permite, por perguntas e respostas, refutar os oponentes expondo as contradições e as dificuldades das suas posições. Para Platão, a dialética é o processo que permite remontar, a partir de hipóteses, de ideia em ideia até à ideia de Bem. Aristóteles considera a dialética o estudo dos raciocínios que, ao contrário dos demonstrativos, partem de premissas somente prováveis. Kant chama dialéticos a todos os raciocínios ilusórios e define a dialética como uma lógica da ilusão. A "Dialética Transcendental" é o estudo das ilusões (paralogismos e antinomias) em que a razão cai quando aplicada para além dos limites de toda a experiência possível. Os idealistas alemães (ver idealismo) veem na dialética uma noção triádica, constituída de tese, antítese e síntese, que Hegel pensa constituir o processo histórico necessário ao desenvolvimento do espírito e Marx da matéria. Usa-se também a expressão "dialética argumentativa" para referir o modo como se desenvolve a troca de argumentos numa discussão. INFERÊNCIA: O processo de concluir uma afirmação a partir de outras afirmações. Por exemplo, com base nas afirmações "Deus existe" e "Se Deus existe, a felicidade eterna é possível", pode-se inferir "A felicidade eterna é possível". Um argumento é uma inferência, usada para efeitos de persuasão racional PREMISSA: Uma afirmação usada num argumento para sustentar uma conclusão. Por exemplo, a premissa do argumento "O aborto não é permissível porque a vida é sagrada" é a afirmação "A vida é sagrada SILOGISMO: Nome dado aos argumentos estudados pela lógica aristotélica compostos unicamente por duas premissas e uma conclusão. Por exemplo: "Todos os mortais são infelizes; todos os homens são mortais; logo, todos os homens são infelizes". Por vezes, usa-se a expressão "silogismo" como sinônimo de "argumento" ou "raciocínio". Obs.: dados extraídos do Dicionário Escolar de Filosofia: Plátano Editora e da obra de Alaôr Caffé Alves.
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