TBL Fundamentos Epidemiologia (3)

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TBL - FUNDAMENTOS DA PESQUISA 
EPIDEMIOLÓGICA
19 DE OUTUBRO DE 2018
Professores: 
Lêda Lúcia Couto de Vasconcelos
Marco Aurélio de Oliveira Góes
PRÁTICAS DE ENSINO NA COMUNIDADE II
Universidade Federal de Sergipe
Campus Universitário “Professor Antônio Garcia Filho”
DEPARTAMENTO DE MEDICINA
QUESTÃO 1
No final do século XIX, vários países da Europa e os Estados Unidos iniciaram a aplicação do método
epidemiológico na investigação da ocorrência de doenças na comunidade. Nesse período, a maioria dos
investigadores concentraram-se no estudo de doenças infecciosas agudas. Já no século XX, a aplicação da
epidemiologia estendeu-se para as moléstias não-infecciosas. Um exemplo é o trabalho coordenado por
Joseph Goldberger, pesquisador do Serviço de Saúde Pública norte-americano. Em 1915, Goldberger
estabelece a etiologia carencial da pelagra através do raciocínio epidemiológico, expandindo os limites da
epidemiologia para além das doenças infecto-contagiosas. Qual das afirmativas abaixo é correta?
A. Uma grande limitação dos estudos epidemiológicos é a dificuldade de identificar a causalidade de um agravo ou 
doença.
B. A utilização da epidemiologia para doenças não infecto-contagiosas tem limitação, pois o método epidemiológico está 
fundamentado na existência de um agente etiológico específico.
C. O método epidemiológico pode ser utilizado sem restrição para a investigação de doenças não infectocontagiosas.
D. O método epidemiológico só é capaz de gerar hipótese, mas não de testá-las. 
E. Todos as afirmações estão corretas.
QUESTÃO 2
É partir do final da Segunda Guerra Mundial que assistimos ao intenso desenvolvimento da
metodologia epidemiológica com a ampla incorporação da estatística, propiciada em boa
parte pelo aparecimento dos computadores. Das afirmativas seguintes, qual é verdadeira:
A. A sensibilidade e especificidade de um teste diagnóstico é fruto de análises de desempenho 
laboratorial.
B. Nos estudos de novas drogas para tratamentos de doenças infecciosas e não infecciosas é utilizado o 
método epidemiológico.
C. O método epidemiológico tem muito valor para o estudo de populações, mas pouco colabora para a 
clínica individual. 
D. A presença de um agente infeccioso, confirmada por métodos laboratoriais confirmam a etiologia de 
uma doença.
E. Nenhuma afirmativa é verdadeira.
QUESTÃO 3
Quando observamos a tabela abaixo, adaptada do trabalho 
de John Snow, podemos inferir que:
A. A incidência de cólera é visivelmente menor nos distritos 
abastecidos somente pela companhia Lambeth.
B. A taxa de letalidade possui grande diferenças entre os distritos 
a depender da companhia responsável pelo abastecimento.
C. Podem ser calculadas medidas de associação, como o risco 
relativo de mortalidade por cólera.
D. Todas as questões anteriores estão erradas, havendo 
necessidade de dados complementares para qualquer afirmação.
E. Não se observam diferenças importantes entre as fontes de 
abastecimento e o risco de cólera.
QUESTÃO 4
Um anúncio em um periódico médico declarou que “2000 indivíduos com dor de garganta foram
tratados com nosso novo medicamento. Em quatro dias, 94% estavam assintomáticos”. O anuncio
afirma que a droga foi efetiva. Com base nas evidências dadas acima, a afirmação:
A. É correta.
B. Pode ser incorreta pois a conclusão não é baseada em uma taxa.
C. Pode estar incorreta pela falha no reconhecimento do fenômeno coorte de longa duração.
D. Pode estar incorreta porque nenhum teste de significância estatística foi realizado.
E. Pode estar incorreta porque nenhum grupo de controle ou de comparação foi incluído.
QUESTÃO 5
O propósito de um estudo duplo-cego ou duplo-mascarado é:
A. Proporcionar comparabilidade aos pacientes tratados e não tratados.
B. Reduzir os efeitos da variação da amostra.
C. Evitar o viés do observador e do indivíduo.
D. Evitar o viés do observador e a variação da amostra.
E. Evitar viés do indivíduo e variação da amostra.
QUESTÃO 6
Um estudo de caso-controle é caracterizado por todas as seguintes afirmações, exceto:
A. É relativamente barato comparado aos estudos de coorte.
B. Pacientes com a doença (casos) são comparados com pessoas sem doença (controles).
C. As taxas de incidência podem ser calculadas diretamente.
D. A avaliação da exposição no passado pode ser um viés.
E. A definição de casos pode ser difícil.
QUESTÃO 7
Em um estudo que começou em 1965, um grupo de 3000 adultos em Baltimore foi 
questionado sobre o consumo de álcool. A ocorrência de casos de câncer entre 1981 e 1995 
foi estudada nesse grupo. Esse é um exemplo de:
A. Um estudo transversal.
B. Um estudo de coorte prospectivo.
C. Um estudo de coorte retrospectivo.
D. Um estudo de caso-controle.
E. Um ensaio clínico randomizado.
QUESTÃO 8
Em um pequeno estudo-piloto, 12 mulheres com câncer de endométrio e doze mulheres sem doença 
aparente foram contatadas e perguntadas se haviam usado estrogênio. Cada mulher com câncer foi 
emparelhada por idade, peso e paridade com uma mulher sem doença. Que tipo de delineamento é 
esse?
A. Experimental
B. Coorte prospectivo.
C. Coorte retrospectivo.
D. Caso-controle.
E. Transversal.
QUESTÃO 9
Falácia ecológica refere-se a:
A. Avaliar a exposição em grandes grupos em vez de vários grupos pequenos.
B. Avaliar o desfecho em grandes grupos em vez de vários grupos pequenos.
C. Atribuir características de um grupo para cada indivíduo naquele grupo.
D. Examinar correlações de exposição e desfechos em vez de tendência temporal.
E. Falha ao examinar relações temporais entre exposição e desfecho. 
QUESTÃO 10
Todas as afirmações a seguir são verdadeiras para os estudos de coorte prospectivos e retrospectivos, 
exceto:
A. Eles medem incidência da doença diretamente.
B. Eles permitem avaliar as possíveis associações ente exposição e muitas doenças.
C. Eles permitem aos pesquisadores decidirem antecipadamente quais dados vão coletar.
D. Eles evitam o viés que pode ocorrer se a aferição da exposição após o desfecho de interesse for conhecido.
E. Os custos das coortes prospectivas geralmente são maiores.
Avaliação TBL - Fundamentos 
da Pesquisa Epidemiológica
"Se quer ir rápido, vá sozinho. 
Se quer ir longe, vá em grupo."
Provérbio africano