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TCC PÓS GRADUAÇÃO FAVENI

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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 
 
NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO 
FAVENI 
 
 
 
 
 
 
 
INVESTIGANDO O ENSINO DA GEOMETRIA NAS TURMAS 
DO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DA EEF 
PROFESSORA ALBA ARAÚJO 
 
 
 
 
 
 
 
 
JOSÉ FERREIRA LIMA NETO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IGUATU-CE 
2017 
 
 
 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 
 
NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO 
FAVENI 
 
 
 
 
 
 
INVESTIGANDO O ENSINO DA GEOMETRIA NAS TURMAS 
DO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DA EEF 
PROFESSORA ALBA ARAÚJO 
 
 
 
 
 
JOSÉ FERREIRA LIMA NETO 
 
 
 
 
 
Artigo científico apresentado a FAVENI como requisito 
parcial para obtenção do título de Especialista em 
Matemática Financeira e Estatística 
 
 
 
 
 
 
IGUATU-CE 
2017
1 
 
 
INVESTIGANDO O ENSINO DA GEOMETRIA NAS TURMAS DO 9º ANO DO 
ENSINO FUNDAMENTAL DA EEF PROFESSORA ALBA ARAÚJO 
 
 
José Ferreira Lima Neto1 
 
 
RESUMO: O presente estudo objetivou verificar a atual situação do ensino–aprendizagem da 
geometria no 9º ano do ensino fundamental. Este foi elaborado através da revisão bibliográfica 
e trabalho de campo, sendo este efetivado por meio da aplicação de um questionário aos alunos 
da série final do ensino fundamental. Este trabalho pretende verificar a existência de 
dificuldades no ensino-aprendizagem da geometria/matemática no último ano do ensino 
fundamental. O recente cenário do ensino–aprendizagem da geometria/matemática precisa 
explorar à aptidão e a persistência de todos os alunos, professores e demais envolvidos no 
processo educacional para aprimorar o padrão “ensinar/aprender geometria/matemática”. 
Políticas públicas educacionais, comunidade, escolas, alunos e professores devem se atentar em 
analisar o ambiente em que se encontram para buscarem exceder o modelo tradicional de ensino 
que, ao invés de oportunizar o desenvolvimento dos cidadãos/as, colabora para sua decadência 
e para o descaso com a sociedade. Com os resultados alcançados, pode-se perceber que a 
pesquisa propiciou um olhar reformador para a elaboração de novos métodos de ensino para a 
geometria, apresentando um ponto de vista amplo que pode contribuir para novas práticas 
pedagógica. A recente recomendação para o ensino procura conteúdo próprios e habilidades 
que venha seguir juntos para atingir o objetivo de aprender, pois a geometria está presente em 
vários setores da nossa sociedade, como na arquitetura, produção industrial, engenharia, artes 
plásticas, topografia e na natureza. Compreendemos que o uso de exercícios motivadores em 
sala de aula com os conceitos geométricos envolvidos podem auxiliar e facilitar a prática 
pedagógica, deixando a aprendizagem agradável, animada e, ao mesmo tempo, interessante 
para os alunos, rompendo a barreira na problemática da aprendizagem. Este artigo aborda 
questões a respeito da problemática do ensino-aprendizagem da geometria no Ensino 
Fundamental, com exclusividade no 9º ano, pegando como amostragem a EEF Professora Alba 
Araújo da cidade de Iguatu, centrada na relação entre matemática – geometria – vida cotidiana, 
focalizando as representações e interpretações geométricas. 
 
PALAVRAS CHAVES: geometria, ensino-aprendizagem, escola, aula. 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
O presente artigo acompanha um estudo a respeito da investigação no ensino-
aprendizagem da geometria/matemática no 9º do Ensino Fundamental, pegando como base a 
relevância e a necessidade para o ensino da matemática no geral. Centrada na relação entre 
 
1 José Ferreira Lima Neto, graduado em Licenciatura Plena em Matemática – Estádio. Graduando no Curso de 
Pós Graduação – Especialização em Matemática Financeira e Estatística. – FAVENI. 
2 
 
geometria/matemática – vida cotidiana, como também o pensamento crítico do cidadão na 
sociedade, destacando as representações e interpretações geométricas. 
Atualmente a geometria/matemática está presente em todos os níveis da educação 
escolar, no qual os Parâmetros Curriculares Nacionais de Ensino Fundamental vem sendo um 
ponto de reflexão, devido os conteúdos de geometria ter ficado esquecido por muito tempo nos 
guias curriculares, nas orientações das instituições, nos livros didáticos e nas escolas de 
formação de professores, o então magistério. Com isso a maioria dos educadores não detêm de 
conhecimentos relevantes e necessários para trabalhar de forma simples, mas objetiva em sala 
de aula. 
Nos dias atuais percebe-se que a geometria se encontra atravessando alterações nos 
currículos brasileiros, pertinente à formalização apoiadas no raciocínio logico – dedutivo pelo 
excesso de algebrizarão. 
 
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), norteador da Educação Básica 
no Brasil, destaca que a Matemática “pode esclarecer ideias matemáticas que 
estão sendo construídas pelo aluno, especialmente para dar respostas a alguns 
“porquês” e, desse modo, contribuir para a constituição de um olhar mais 
crítico sobre os objetos de conhecimento” (BRASIL, 1997, p. 30). 
 
Pesquisas psicológicas são outro informativo e mostram que a aprendizagem de 
geometria é de fundamental importância aos alunos, pois fortalece a capacidade de visualização 
espacial e de verbalização, além da intuição que é indispensável na resolução de situação-
problema, tanto em sala de aula como no dia a dia. 
“Segundo Lorenzato (1995, p.6) a Geometria é um ramo da Matemática de extrema 
importância, e se interliga com a aritmética e com a álgebra porque os objetos e as relações dela 
correspondem aos das outras”. Todavia, encontra-se isolado da Aritmética e da Álgebra, 
deixado na maioria das vezes como último conteúdo a ser ensinado pelos professores. 
 
“Geometria pode ser considerada como uma ferramenta muito importante para 
a descrição e inter-relação do homem com o espaço em que vive, uma vez que 
consiste na parte da Matemática mais intuitiva, concreta e ligada com a 
realidade”. Passos (2000, p. 49) 
 
Nos parágrafos sequentes vem salientando a respeito da importância do estudo da 
geometria/matemática para a construção da cidadania, sendo a mesma um objetivo prioritário 
do docente no Sistema de Ensino. Não ignorando que tem incontáveis professores buscando 
novas metodologias, para melhoria da aprendizagem dos alunos. 
3 
 
 Para que esses saberes aconteçam é de fundamental importância que o professor 
também procure aprimorar o ambiente escolar e ir muito além dos livros didáticos, implementar 
com atividades significativas e com situações provocadoras. Como também vem falando do 
ensino da geometria no ensino fundamental dentro dos Parâmetros Curriculares Nacionais e 
através do avanço da tecnologia. Em seguida enfoca sobre a problemática do ensino de 
geometria no Ensino Fundamental II. Não ignorando que as definições geométricas apresentam 
ao aluno uma forma diferente de caracterizar e de enxergar o mundo em que vive. Apesar de 
que a sua relevância seja indiscutível, ocorrem diversos problemas no ensino e na 
aprendizagem, tanto nas metodologias aplicadas quanto no empenhamento dos alunos na 
compreensão das definições geométricas. 
E para finalizar irá constando uma pesquisa cientifica feita na escola EEF Professora 
Alba Araújo, localizada na cidade de Iguatu-CE. 
 
 
METODOLOGIA 
 
A abordagem da pesquisa manipulada nesse artigo é uma revisão ordenada da 
literatura, um mecanismo para análise de dados que viabiliza aprofundar o estudo sobre o tema 
desenvolvido na pesquisa de campo, fundamentada em observações e respostas dadas pelos 
alunos das turmasdo 9º ano do ensino fundamental, tendo como ponto principal o ensino de 
Geometria na escola EEF Professora Alba Araújo no município de Iguatu, com pontos 
referentes ao aceitamento da disciplina, facilitando assim um entendimento maior sobre o papel 
desta área de conhecimento no ensino-aprendizagem. 
 
 
1 O ENSINO DA GEOMETRIA NO ENSINO FUNDAMENTAL 
 
 
1.1 O estudo da Matemática 
 
A matemática é um componente relevante na construção da cidadania, na medida em 
que a sociedade a emprega, pois, esta ciência deve estar ao alcance de todos, como também a 
popularização do ensino ter por finalidade do docente e suas atividades escolares uma 
construção de aprendizagem pelo aluno, que utilizará para modificar sua realidade. 
4 
 
E seu conhecimento terá que estar ligada à compreensão, isto é, assimilar o significado 
de objeto ou acontecimento. Desse modo seus conteúdos não devem ter critério único à lógica, 
que possa colaborar para o desenvolvimento intelectual do aluno. 
Nos últimos anos vem sendo debatido no país, como também em outras nações o 
ensino da geometria. O objetivo tem sido uma adaptação dos trabalhos executados em sala de 
aula com a prática do dia a dia dos alunos. 
Nas décadas de 60\70, o ensino de matemática, em diferentes países, foi influenciado 
por um movimento que ficou conhecido por Matemática Moderna. 
No Brasil a matemática moderna foi veiculada principalmente pelos livros didáticos e 
teve grande influência. O movimento matemático moderno teve seu fluxo a partir da 
constatação da inadequação de alguns de seus princípios e das distorções ocorridas na sua 
implantação. 
Em 1980, o National Council of Teachers of Mathematics – NGTM, dos Estados 
Unidos, apresentou recomendações para o ensino de matemática no documento “Agenda para 
Ação”. Nele destacava-se a resolução de problemas com foco no ensino da matemática nos anos 
80. Também a compreensão da relevância de aspectos sociais, antropológicos, linguísticos, na 
aprendizagem da matemática, imprimiu novos rumos às discussões curriculares. 
Essas ideias influenciaram as reformas que ocorreram mundialmente a partir de então. 
As propostas elaboradas no período 1980/1995, em diferentes países, apresentam pontos de 
convergência, como, por exemplo: 
 Direcionamento do ensino fundamental para a aquisição de competências básicas 
necessárias ao cidadão e não apenas voltadas para a preparação de estudos posteriores; 
 Importância do desempenho de um papel ativo do aluno na construção do seu 
conhecimento; 
 Ênfase na resolução de problemas, na exploração da matemática a partir dos problemas 
vividos no cotidiano e encontrado nas várias disciplinas; 
 Importância de se trabalhar com um amplo espectro de conteúdo, incluindo-se, já no 
ensino fundamental, elementos de estatística, probabilidade e combinatória, para 
atender à demanda social que indica a necessidade de abordar esses assuntos; 
 Necessidade de levar os alunos a compreenderem a importância do uso da tecnologia e 
a acompanharem sua permanente renovação. 
No Brasil essa ideia vem sendo debatida e algumas apresentam-se inseridas pelas 
propostas curriculares de secretarias de estado e secretarias municipais de educação, havendo 
5 
 
experiências bem-sucedidas que comprovam a fecundidade entre elas. No entanto, é 
interessante ressaltar que ainda hoje nota-se, por exemplo, a persistência no trabalho com os 
conjuntos nas series iniciais, o dominância absoluta das álgebras nas series finais, a 
formalização antecipada de conceitos e a pouca vinculação da matemática às suas aplicações 
pratica. 
 
 
1.2 O ensino da Geometria no Ensino Fundamental dentro do PCN 
 
Para começar uma reflexão, percebe-se que o ensino da geometria ficou esquecido por 
algum tempo nos guias curriculares, nas orientações das instituições, nos livros didáticos e nas 
escolas de formação de professores, então denominado de magistério. Com isso muitos 
educadores não detêm os conhecimentos necessários de geometria para seu trabalho em sala de 
aula, conforme dados das pesquisas de Pavanello (1993) e Lorenzo(1993). 
A geometria tem passado nos currículos do Brasil, por transformações caracterizadas 
por formalizações firmado no raciocínio logico-dedutivo, pelo excesso de algebrização e pelas 
observações empíricas, ou seja, ilustração de aspectos e operações das álgebras. Entretanto, nos 
últimos anos, verificamos uma tendência geral da sua revalorização nos programas oficiais de 
matemática. 
Com o avanço científico e tecnológico, o fácil acesso as informações e a busca de 
excelência faz com que se evidencie a necessidade do currículo renovado para o mercado de 
trabalho. Há mais de duas décadas, foram publicados os Parâmetros Curriculares Nacionais 
(PCNs). E esse documento vem sendo discutido pelos professores de Licenciatura com o 
objetivo de atender as mudanças e transformações tecnológicas e sociais. 
De acordo com os PCNs de matemática voltados para a geometria, os alunos do ensino 
fundamental devem ser capazes de: 
* Perceber semelhanças e diferenças entre objetos no espaço, identificando formas 
tridimensionais ou bidimensionais, em situações que envolvam descrições orais, construções e 
representações. 
 * Estabelecer ponto de referência para situar-se, posicionar-se e deslocar-se no espaço, 
bem como para identificar relação de posições entre objetos no espaço; interpretar e fornecer 
instruções usando terminologia adequada; 
6 
 
Os conceitos geométricos é parte relevante no currículo da matemática no ensino 
fundamental, porque através deles, o discente fortalece o pensamento, possibilitando que ele 
compreenda, relate e caracterize de modo organizado, o mundo em que vive. 
Como a geometria é um campo fértil para trabalhar as situações problemas, as 
atividades no ensino fundamental, portanto devem estimular nos alunos a capacidade de 
determinar pontos de referência a seu redor, situar-se no espaço, deslocar-se nele, dando e 
recebendo comandos e compreendendo termos como esquerda, direita, deslocamento, distância, 
abaixo, acima, ao lado, atrás, na frente, longe e perto. 
As práticas a ser desenvolvidas devem ser vistas como localizar objetos ou pessoas no 
espaço com base em um ponto de referência, descobrir figuras geométricas criados pelo homem 
e presentes em objetos naturais, descrever e produzir formas geométricas simples. 
 
 
2 PROBLEMÁTICA NO ENSINO-APREDIZAGEM DA GEOMETRIA 
 
A geometria no universo escolar é classificada como de fundamental relevância no 
desenvolvimento dos alunos, sendo uma extensão da matemática que motiva a criatividade, e 
pode colaborar para desenvolver novas capacidades como a de solução de problemas, 
investigação, iniciativa, capacidade de síntese e análise, flexibilidade de pensamento e 
argumentação, o que vem ao encontro do que se propõe em termos de formação na escolaridade 
básica e profissional. 
 
“O ensino de Geometria tem menos atenção do que o demais conteúdo da 
Matemática e fica restrito ao estudo de medidas, e seu ensino fica em fase 
inicial, quando muitos alunos fazem conclusões precipitadamente erradas.” 
Almouloud e Manrique (2001, p. 43) 
 
Segundo Lorenzato (1995, p. 22), a Geometria está ausente ou quase ausente na sala 
de aula. Muitos fatores podem explicar esta ausência, mas um dos motivos destacados por esse 
autor está relacionado aos professores, onde muitos, não possuem os conhecimentos necessários 
de Geometria, para que possam ensiná-la. 
Pavanello (1993, p. 15) também indica que a atual desvalorização do ensino da 
Matemática está bastante associada à formação geométrica do professor, e conclui sua 
investigação dizendo que não podemos culparo professor pela atual situação do ensino, mas 
investir em capacitações para a sua formação, resgatando a importância e o significado da 
Geometria na sociedade moderna. 
7 
 
3 PESQUISA NA ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL PROFª ALBA ARAÚJO 
 
 
3.1 Resultados e discussões 
 
A pesquisa foi desenvolvida com 49 alunos do 9º ano do Ensino Fundamental do 
universo de 336 alunos, a qual foi respondida individualmente durante o momento de aula, na 
escola de EEF Professora Alba Araújo, localizada na Av. Amália Brasil, na cidade de Iguatu-
CE. 
 
Questionamento sobre a disciplina de geometria/matemática 
Questão 01 - Você gosta da disciplina de matemática? 
 
 
Gráfico 1: Preferência dos alunos pela disciplina de matemática 
Fonte: Elaborado pelo autor com base na pesquisa 
 
 
O resultado da 1ª pergunta, no gráfico 1, aponta que 44,90% dos alunos gostam da 
disciplina de matemática, 44,90% responderam que as vezes, e somente 10,20% não gostam da 
disciplina. De acordo com muitos professores de matemática, a justificativa para que alguns 
alunos não gostem desta disciplina, e em particular por causa da geometria, está na falta de 
conhecimentos adquiridos por parte dos alunos em anos anteriores, ou seja, por não 
apresentarem embasamento teórico de matemática, e apresentarem dificuldades inerentes da 
própria disciplina. No entanto, muitos dos pesquisadores em Educação Matemática observam 
que as dificuldades dos alunos em relação à matemática têm origem em uma prática pedagógica 
baseada em aulas expositivas, na repetição constante de exercícios parecidos, na prática de “siga 
o exemplo”. Poucos são os professores que compreendem a matemática como um “sistema vivo 
de ideias” (RUIZ e BELLINI, 2011, p.32). 
44,90%
10,20%
44,90%
Alunos
SIM
NÃO
AS VEZES
8 
 
Questão 02 - Você gosta do estudo da geometria? 
 
 
Gráfico 2: Preferência pela geometria 
Fonte: Elaborado pelo autor com base na pesquisa 
 
No gráfico 2, a 2ª pergunta aponta que 30,61% dos alunos gostam da disciplina de 
geometria, e 42,86% responderam as vezes, e somente 13 alunos que representam 26,53% dos 
pesquisados responderam que não gostam da disciplina. A geometria é a parte da matemática 
que estuda as formas planas e especiais com as suas propriedades, ela está ausente ou quase 
ausente da sala de aula devido à dificuldade de alguns professores para ensinar tal disciplina, 
por falta de matéria didática pedagógica e quando é ensinada torna-se de difícil compreensão e 
até mesmo sem significado para aprender, contribuindo assim para o desinteresse dos alunos. 
 
Questão 03 - Você é motivado a assistir as aulas de geometria/matemática? 
 
 
Gráfico 3: Motivação para assistir as aulas de matemática 
Fonte: Elaborado pelo autor com base na pesquisa 
 
 
Quanto à motivação em assistir as aulas de geometria/matemática, o gráfico 3 
demostra um resultado bem positivo, onde quase metade dos alunos, cerca de 48,98% 
responderam que sim, 28,57% responderam as vezes, e somente 22,45% apontaram a não 
30,61%
26,53%
42,86%
Alunos
SIM
NÃO
AS VEZES
48,98%
22,45%
28,57%
Alunos
SIM
NÃO
AS VEZES
9 
 
motivação. Um fator motivador para o ensino-aprendizagem da geometria, nos parece ir além 
das aulas participativas e expositivas, de maneira interativa, com a utilização do livro didático, 
e de outros recursos pedagógicos motivadores de conteúdos geométricos, com aulas práticas 
em laboratório especifico. 
“Existem algumas motivações para o ensino da Geometria. O professor de 
Matemática pode trabalhar juntamente com professores de outras disciplinas, 
como desenvolver a representação do espaço físico (vivenciado ou imaginado) 
num trabalho com a Geografia, Educação Física, Física e Desenho, em 
atividades interdisciplinares, como: interpretar e construir mapas, desenhos, 
plantas, maquetes; - desenvolver a noção topológica envolvendo fronteira, 
exterior, cruzamento; perceber e adotar diferentes pontos de vista e estratégias 
na representação do espaço”. Búrigo (1994, p. 27) 
 
Questão 04 - A sua família ajuda na sua aprendizagem? 
 
 
 
Gráfico 4: Ajuda da família na aprendizagem 
Fonte: Elaborado pelo autor com base na pesquisa 
 
Conforme gráfico 4, os dados apontaram que 44,90% dos alunos têm ajuda da família 
de forma significativa na sua aprendizagem, e 24,49% revelam que as vezes são ajudadas por 
seus familiares, e apenas 30,61% responderam que não. Diante disso, a escola precisa criar 
ações transformadoras para o ensino da geometria/matemática com a participação da família, 
de tal forma que considere os conhecimentos adquiridos no dia a dia do aluno, muitas vezes 
anterior à vida escolar, ampliando-os progressivamente e mostrando sua adequação prática, em 
busca de uma aprendizagem significativa de conceitos geométricos/matemáticos. 
 
Questão 05 - A escola ajuda de alguma forma os alunos que sentem dificuldades em 
geometria? 
 
 
 
44,90%
30,61%
24,49%
Alunos
SIM
NÃO
AS VEZES
10 
 
 
Gráfico 5: Ajuda da escola aos alunos com dificuldades em geometria 
Fonte: Elaborado pelo autor com base na pesquisa 
 
Quanto à cooperação da escola diante dos alunos que apresentam dificuldades na 
aprendizagem, o gráfico 5 revela que 40,82% dos alunos responderam que sempre a escola 
discute a aprendizagem dos alunos com dificuldades, e 40,82% responderam que as vezes e 
somente 18,37% dos entrevistados disseram que não. 
 
“As causas do abandono da Geometria podem ser encontradas na atuação dos 
professores, que muitas vezes não detém os conhecimentos geométricos 
necessários para seu ensino, e a falta de incentivo da escola em oferecer o 
cursos de formação continuada para os professores.” Lorenzato (1995, p 3-4) 
 
 
Questão 06 - O seu professor influência na sua aprendizagem? 
 
 
Gráfico 6: Influência do professor na aprendizagem 
Fonte: Elaborado pelo autor com base na pesquisa 
 
Analisando o questionamento da influência do professor na aprendizagem no gráfico 
6, um percentual de 87,76% dos alunos afirmam ser de fundamental importância os 
conhecimentos repassados pelos professores, e 8,16% responderam que as vezes e apenas 
4,08% não acreditam nessa influência. Para o PCNs (1998, p.38), o professor de Matemática é 
40,82%
18,37%
40,82%
Alunos
SIM
NÃO
AS VEZES
87,76%
4,08%
8,16%
Alunos
SIM
NÃO
AS VEZES
11 
 
fundamental no processo de ensino-aprendizagem, segundo orientação do PCNs, (1998), o 
professor tem o papel de organizador, facilitador, mediador, incentivador e avaliador da 
aprendizagem, devendo fornecer elementos que o aluno não teve condições de obter sozinho. 
 
Questão 07 - A sua família ajuda nas atividades extraclasse? 
 
 
 
Gráfico 7: Ajuda da família nas atividades extraclasse 
Fonte: Elaborado pelo autor com base na pesquisa 
 
Quanto à ajuda da família nas atividades extraclasse, os dados demonstraram no 
gráfico 7, que somente 24,49% dos alunos sempre têm ajuda da família nas atividades de casa, 
e 26,53% as vezes, e quase a metade, cerca de 48,98% afirmam não são ajudados. A escola 
considera que o êxito do processo educacional depende, e muito, da atuação e participação da 
família, que deve estar atenta a todos os aspectos do desenvolvimento do aluno, desde o 
acompanhamento nas atividades extraclasse até nas atividades da escola. 
 
Questão 08 - A geometria influencia no seu cotidiano? 
 
 
Gráfico 8: Influência da geometria no cotidiano 
Fonte: Elaborado pelo autor com base na pesquisa 
 
Quanto ao conteúdo de geometria e a sua relação com o cotidiano do aluno, o gráfico8 ilustra que 48,98% dos alunos responderam que sim, 24,49% as vezes, e 26,53% responderam 
24,49%
48,98%
26,53%
Alunos
SIM
NÃO
AS VEZES
48,98%
26,53%
24,49%
Alunos
SIM
NÃO
AS VEZES
12 
 
que não. A grande dificuldade desse ramo da matemática está na relação com o cotidiano do 
aluno, onde muitos professores ao ensinar esta ciência não conduzem exemplos da aplicação 
dos conteúdos para a utilização no dia a dia. 
 
“Diz que a natureza e as condições da aprendizagem por recepção significativa 
ativa exigem, dentre outros fatores, um tipo de aula, que poderá ser expositiva, 
mas que leve em consideração o princípio da diferenciação progressiva e 
integração que caracterizam a aprendizagem, a retenção e a organização do 
conteúdo na estrutura cognitiva do aluno. Assim a correlação dos conteúdos 
da Geometria com o cotidiano do aluno e de seus conhecimentos prévios nos 
parece contribuir para a redução da problemática da assimilação da 
Geometria”. Ausubel, Novak e Hanesian (1980, p.74) 
 
 
Questão 09 - O método que o professor usa você aprende com facilidade? 
 
 
Gráfico 9: Método usado pelo professor para facilitar a aprendizagem 
Fonte: Elaborado pelo autor com base na pesquisa 
 
O gráfico 9 mostra que, o método usado no ensino da geometria é aprovado por 44,90% 
dos alunos, já 51,02% responderam que somente as vezes, e somente 4,08% discordam de todos 
os métodos utilizados pelos professores. Segundo o Karling (1991: 245 -258) os recursos 
didáticos, assim como o método devem ser usados para facilitar, acelerar e intensificar a 
aprendizagem ajudam enormemente a comunicação, a compreensão e a estruturação da 
aprendizagem. Os recursos didáticos têm função importante no incentivo e no alcance dos 
objetivos. 
 
Questão 10 - Você ao ir à escola, observa as figuras geométricas? 
44,90%
4,08%
51,02%
Alunos
SIM
NÃO
AS VEZES
13 
 
 
Gráfico 10: Observação das figuras geométrica 
Fonte: Elaborado pelo autor com base na pesquisa 
 
De acordo com gráfico 10, quando questionado se o aluno observa as figuras 
geométricas no seu cotidiano, as respostas ficaram divididas, 36,73% responderam que sim, 
32,65% que não e 30,61% que as vezes. O processo ensino-aprendizagem da geometria, mais 
especificamente sobre o conceito e a importância no seu cotidiano, deve ser uma preocupação 
do Sistema Educacional atual, onde determinadas temáticas e conceitos geométricos devem 
sempre ser repassados através da relação com a realidade do aluno. 
 
“Ressalta que a Geometria pode ser considerada como “uma ferramenta muito 
importante para a descrição e inter-relação do homem com o espaço em que 
vive”, uma vez que consiste na parte da Matemática mais intuitiva, concreta e 
ligada com a realidade”. Passos (2000, p. 49.) 
 
Os trabalhos foram desenvolvidos em sala de aula com atividades práticas, na Escola 
de Ensino Fundamental Professora Alba Araújo, através da medição de perímetro e área de 
figuras, manipulação e desenho de figuras geométricas planas e tridimensionais construídas 
com varetas. Neste trabalho os alunos demonstraram conhecimento das figuras geométricas, 
porém apresentaram dificuldades em relacionar as figuras geométricas com o seu cotidiano. 
Esse fato ocorre devido ao atraso existente no Ensino Fundamental, em que a geometria nem 
sempre é demonstrada ao aluno inter-relacionada com os demais conteúdos estruturantes. 
Durante todo o processo prático didático, os alunos se demonstraram interessados e motivados, 
com a manipulação dos objetos geométricos didáticos produzidos. Também foi possível 
verificar que muitos alunos apresentaram dificuldades na representação (desenho) de figuras 
geométricas tridimensionais em um plano (papel) para cálculo de área e volume. As figuras 
solicitadas para a transcrição no plano (desenho) foram: Prisma, Cilindro, Cone e Esfera. 
Segundo Soller (1991 p. 9), a transferência de informação da Geometria Plana para a 
Espacial, e vice-versa, pode causar diversas dificuldades: para interpretar desenhos que 
36,73%
32,65%
30,61%
Alunos
SIM
NÃO
AS VEZES
14 
 
representam formas tridimensionais, para representar em desenho as linhas paralelas e 
perpendiculares que revelam no desenho a profundidade, e para orientar corretamente as vistas 
laterais do objeto, entre outras. 
Diante das observações divergentes que os alunos tiveram no decorrer da realização 
do questionário e das atividades práticas pedagógicas e do referencial teórico desta investigação 
foi possível aprovar a hipótese: a verdadeira aprendizagem da geometria acontece quando o 
aluno está entusiasmado, incentivado e, principalmente quando as circunstâncias da 
aprendizagem está regrada em recursos pedagógicos adequados, do vínculo com o dia a dia, 
colaborando para uma aprendizagem expressiva, considerável e a diminuição das dificuldades 
no processo de ensino. 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O ensino da geometria dentro da matemática atravessou inúmeras transformações 
consideráveis, mas essa mudança não tem sido satisfatória para atender as dificuldades 
enfrentadas pelos professores e alunos. São inúmeros os motivos que inibem a sua 
aprendizagem, dentre os quais, podemos evidenciar: o conceito pré-idealizado de que a 
“Matemática é difícil”, especialmente a área de geometria, a qualificação inapropriada dos 
professores por ausência de embasamento, a metodologia usual com destaque intenso ao 
cálculo, a busca ineficaz a novos meios didáticos que incentive o aluno na sua aprendizagem e 
a falta de contextualização e a linguagem. 
Podemos identificar que uma das partes mais significativa é a transformação das 
estruturas metodologias, bem como dos recursos didáticos que se fazem necessário e vital para 
que o professor transforme suas aulas, deixando-as mais fascinantes e chamativas. Além do 
mais, possa descomplicar o aprendizado dos alunos nas aulas de geometria. 
Um meio para a solução dos problemas na aprendizagem da geometria/matemática 
passa absolutamente por conteúdos que sejam lecionados de forma relacionada a utilidade dos 
mesmos pelo aluno no seu dia a dia, com o objetivo de qualificá-lo para uma ampla atuação na 
vida social. 
A utilização de recursos no ensino de matemática e geometria inclui o aluno de 
maneira que os mesmos tenham curiosidade, o que desperta a vontade, o desejo de aprender. 
As tarefas lúdicas e práticas, com os recursos pedagógicos adequados ao conteúdo permitem 
15 
 
uma melhor relação entre os alunos, fortalece o proveito, o interesse, a curiosidade, a eficiência 
em pesquisar e refletir os conceitos geométricos. 
 Com exceção de alguns trabalhos já terem sido desenvolvidos com o propósito de 
reparar ou pelo menos atenuar as problemáticas sobre o ensino e aprendizagem da matemática 
e geometria, muito ainda há para se desenvolver e ampliar, e deve ser visto como prioridade, 
por meio de uma elaboração a médio e longo prazo, com a cooperação ativa e essencial de todas 
as pessoas que fazem parte da comunidade escolar, com relação direta ou indireta com o ensino 
da geometria/matemática. 
 
 
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 
 
BERTON, B. C. J. Geometria: brincadeiras e jogos. 1ª ciclo do Ensino Fundamental – 
livraria da Física- 1ª Edição – São Paulo – 2008. 
 
BRASIL - Ministério da Educação e Cultura Parâmetros Curriculares Nacionais. Ensino 
Fundamental II – (1998). 
 
BRASIL - Secretaria de Educação Fundamental, Parâmetros Curriculares Nacionais, Brasília 
MEC/SEF, 1997. 
 
CATALÁ, C.A; Flamarich, C.B e AYMEMMI, J.M.F. invitacion a la Didactica de la 
Geometria. Madid: Editorial Sintesis. 1995 Ausubel-NOVAK, HANESIAN Almauloude 
Marique, Crowley Howard Gardner Smole Estela Kaufmam, Hoffer 
 
FLORES. C. R. Olhar, saber, representar: sobre representação em perspectiva. São 
Paulo: Musa, 2007. 
 
LORENZATO, Sergio. Porque não ensinar geometria? A Educação matemática em 
revista. SBEM, ano 3, p. 3-13, jan/jun.1999. 
 
PAVANELLO, R.M. O abandono do Ensino de Geometria no Brasil: causas e 
consequências. Jn Zetetiké. Campinas: UNICAMP/FE/CEMPEM. Ano 1, n.1, março, pp.7-
17,1993.

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