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Racionalismo X empirismo

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Racionalismo X empirismo AF
A parte da filosofia que se dedica a investigação do conhecimento é a gnosiologia, aborda o conhecimento e suas relações, seus tipos, sua possibilidade, origem e essência, além das relações teológicas que envolvam o conhecimento. A relação sujeito objeto da gnosiologia centra-se no sujeito e se este consegue total ou parcialmente o conhecimento e se este é real ou ilusório.
O conhecimento já é material de estudo filosófico desde a Grécia antiga, embora o termo não existisse ainda, o conhecimento em si foi tema de Sócrates e Platão, onde havia o mundo inteligível e real e o mundo sensível, o qual vivenciamos através dos nossos sentidos é apenas uma réplica e o conhecimento verdadeiro jamais pode ser alcançado. O mundo sensível está em constante mudança então não produz um conhecimento definitivo, além disso, cada sujeito sente o mundo a sua maneira.
No referente à origem do conhecimento duas teorias são básicas, ou seja, servem de base e suporte para todas as teorias posteriores, são elas o racionalismo e o empirismo, tema desta coluna.
O racionalismo atribui o conhecimento à razão, aos pensamentos, toda a realidade é construída através do pensamento lógico. Nossa mente através do uso da razão alinha logicamente fatos que levem a uma conclusão, observando assim a validação do conhecimento, esta era a única maneira. Se minha razão julga aquele conhecimento como verdadeiro e que deve ser exclusivamente assim e não pode ser de outra maneira, seja em qualquer lugar, esse conhecimento é autêntico e tem validade universal.
Para o racionalismo mesmo que um pensamento não possa ser provado empiricamente (através de experiências e o uso dos sentidos) ele existe, pois tudo tem uma causa inteligível, assim sendo só a razão pode prover uma verdade absoluta e os sentidos podem nos enganar.
O racionalismo se divide em várias vertentes: transcendente, epistemológico, metafísico, etc. Essas formas de racionalismo surgiram em diferentes épocas e contextos, divergem sobre a questão do conhecimento ser ou não inato, sobre o processo de “iluminação” dos conhecimentos em nossa mente e sobre a validade e a participação dos sentidos na construção do conhecimento através da razão. 
O pensamento lógico matemático é a base do racionalismo, seu método de validação é a dedução, sempre através da lógica. Os principais autores racionalistas são Descartes, Leibniz e Espinosa.
A teoria contrária ao racionalismo é o empirismo, este atribui o conhecimento à experiência, a realidade é construída através dos sentidos, não há conhecimentos inatos, não há verdades a priori, mesmo os conceitos abstratos e universais partem de fatos concretos.
Assim como o racionalismo o empirismo também possui teóricos que vieram antes de seu nome surgir, os estoicos já falam sobre o conhecimento comparando o ser humano a uma tábua onde não há nada escrito, ideia que foi base para teoria empirista de Locke, já na idade moderna.
Para explicar os conhecimentos abstratos, alguns empiristas dividiam as sensações em internas e externas, as externas obtidas através dos sentidos conferem uma sensação, as internas conferem uma reflexão, a soma de ideias obtidas através dos sentidos. As reflexões podem ser memórias, cópias ou fantasias e jamais são idênticas às sensações, para a maioria dos teóricos empiristas somente as sensações são válidas.
Enquanto o racionalismo se baseava na matemática, o empirismo se baseia nas ciências naturais e a observação direta de experiências repetidas e a indução substitui o raciocínio e a dedução. Os principais autores do empirismo são Francis Bacon, Locke, Berkeley e Hume.
Além dessas teorias e a partir dessas teorias existem outras teorias a respeito da origem do conhecimento, mas para a compressão de todas as ramificações é necessário partir do racionalismo e do empirismo, ambas com vertentes aceitas e praticadas até hoje.

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