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Diagnóstico da Brucelose Exame clínico: deve ser considerado com cautela, pois os sintomas são inespecíficos sendo que os principais sintomas – o aborto e a infertilidade - podem ter etiologia diversa; O abortamento costuma ocorrer após o 5° mês de gestação, sendo comum a retenção fetal por 24-72 horas após a morte; Ocorre com frequência a retenção de placenta e endometrite; O feto abortado é aparentemente saudável pois não há infecção fetal. Diagnóstico CLÍNICO LABORATORIAL Direto Indireto Diagnóstico Laboratorial Presença do agente etiológico: Isolamento do agente em meio de cultura e identificação bioquímica Detecção de DNA (PCR) DIRETOS INDIRETOS Pesquisa de anticorpos específicos: Testes sorológicos Alto risco Diagnóstico Bacteriológico VANTAGENS: Fácil execução e interpretação Rapidez na obtenção dos resultados Baixo custo (triagem e algumas confirmatórias) Maioria das provas é padronizada internacionalmente Diagnóstico Sorológico Diagnóstico Sorológico DESVANTAGENS: Nem todo animal positivo está infectado (vacinado, outros agentes) – FALSO POSITIVO Nem todo animal negativo está livre da doença (período inicial da doença, ac incompletos) – FALSO NEGATIVO Especificidade e sensibilidade variáveis conforme o teste Colheita de Soro para Diagnóstico Sorológico da Brucelose Colheita de Soro para Diagnóstico Sorológico da Brucelose Colheita de Soro para Diagnóstico Sorológico da Brucelose Colheita de Soro para Diagnóstico Sorológico da Brucelose Colheita de Soro para Diagnóstico Sorológico da Brucelose Colheita de Soro para Diagnóstico Sorológico da Brucelose Colheita de Soro para Diagnóstico Sorológico da Brucelose Brucelas lisas poduzem anticorpos contra brucelas lisas Reação cruzada: B. abortus, B. melitensis, B. suis Brucelas rugosas produzem anticorpos contra brucelas rugosas Reação cruzada: B. canis, B. ovis Diagnóstico Sorológico Reação antígeno-anticorpo em resposta à infecção Diagnóstico Sorológico Principal antígeno envolvido: Reação antígeno-anticorpo em resposta à infecção Diagnóstico Sorológico LPS E. coli O:157 Salmonella O:30 Vibrio cholerae O:1 Yersinia enterocolítica O:9 Reações cruzadas 0 100 200 0 5 12 Tempo em meses Tí tu lo de A nt ico rp os e m U I IgG1 IgM IgA IgG2 Resposta dos principais isotipos de anticorpos em bovinos infectados com amostra patogênica de B. abortus - período prolongado Resposta Imune em Bovinos Resposta dos principais isotipos de anticorpos em fêmeas vacinadas entre 3-8 meses de idade com B19 0 100 200 0 5 12 Tempo em meses Tí tul o d e A nti co rp os em U I IgG1 IgM IgA IgG2 Resposta Imune em Bovinos Teste do Anel em Leite - Ring Test Prova do Antígeno Acidificado Tamponado - AAT Teste do 2-Mercaptoetanol - 2-ME Teste de Fixação de Complemento - FC Diagnóstico da Brucelose em Bovídeos Teste de Polarização Fluorescente -FPA Teste do Antígeno Acidificado Tamponado (AAT) Teste do Anel em Leite (TAL) Diagnóstico Sorológico da Brucelose (Provas Oficiais PNCEBT) Testes de Triagem 2-Mercaptoetanol (2-ME) Teste de Fixação de Complemento (FC) Teste da Polarização Fluorescente (TPF) Diagnóstico Sorológico da Brucelose (Provas Oficiais PNCEBT) Testes Confirmatórios Antes do Teste Depois do Teste Diagnóstico Sorológico Teste de triagem Teste qualitativo de fácil execução, boa sensibilidade Antígeno a 8%; tamponado em pH ácido – 3,65 - 3,65 (aumenta o poder de aglutinação da IgG1 e reduz a reatividade da IgM) Corado com rosa bengala Soro e antígeno em T° 22°C +/- 4°C, no mínimo 30 minutos Presença ou ausência de IgG1 Teste de aglutinação = Ag + Ac Antígeno Acidificado Tamponado (AAT) - Rosa Bengala • Antígeno para AAT • Soros a testar • Micropipetador de 30 µL ou de volume ajustável • Ponteiras • Placas com quadrados de 4 cm delimitados • Misturadores de plástico ou de metal • Caixa com luz indireta para leitura • Soro controle positivo • Soro controle negativo • Agitador de placas (opcional) Material Antígeno Acidificado Tamponado (AAT) - Rosa Bengala Antígeno suspensão B. abortus amostra 1119-3 inativada, corada pelo Rosa Bengala Soro e antígeno temp. 22°C +/- 4°C, no mínimo 30 minutos Depositar 0,03 ml de soro sobre uma placa de vidro (placa de Huddleson) ou plástico Posição vertical 0,03 ml (1 gota) de antígeno ao lado da porção do soro sem encostar no mesmo Misturar o soro e antígeno com bastão de vidro ou de metal em movimentos tais, que proporcionem forma ovalada (4 minutos) Antígeno Acidificado Tamponado (AAT) - Rosa Bengala Ausência de grumos – NÃO REAGENTE Interpretação dos Resultados Presença de grumos – REAGENTE Antígeno Acidificado Tamponado (AAT) - Rosa Bengala Testes de Diagnóstico de Brucelose negativo positivo Teste de triagem Antígenos corados com hematoxilina boa sensibilidade, pode ser usado para monitorar rebanhos leiteiros Teste do Anel em Leite (TAL) • Antígeno para TAL • Amostras do leite a ser testado • Tubos de 10 mm x 75 mm ou 10 mm x 100 mm • Grade para tubos • Pipetas de 1 mL • Micropipetador calibrado para 30 µL • Estufa ou banho-maria a 37ºC Teste do Anel em Leite (TAL) Material 1) Equilibrar as amostras de leite e o antígeno à temperatura ambiente por 1 hora 2) Misturar bem as amostras de leite 3) Colocar 1 mL de leite em tubos 10 mm x 100 mm 4) Adicionar ao leite uma gota (30 μL) de antígeno 5) Tampar o tubo e misturar por inversão várias vezes 6) Deixar em repouso por 1 minuto e verificar se a mistura está homogênea. Não deve sobrar antígeno nas paredes do tubo 7) Incubar por 1 hora a 37ºC. Teste do Anel em Leite (TAL) Técnica Anel de creme branco e coluna de leite azul: NÃO REAGENTE Interpretação dos resultados Anel de creme azul e coluna de leite branca ou azulada: REAGENTE Teste confirmatório Executada em paralelo com a prova lenta em tubos Presença de IgM = - no 2ME e + na lenta Presença de IgG = + nas duas 1:25 1:50 1:100 1:200 Testes de Diagnóstico de Brucelose 2-Mercaptoetanol (2-ME) Teste de referência e para trânsito internacional boa sensibilidade, boa especificidade, também pode ser usado como opção de teste confirmatório Testes de Diagnóstico de Brucelose negativo positivo Fixação do Complemento (FC) Teste de Polarização Fluorescente (FPA) Testes de Diagnóstico de Brucelose Teste confirmatório Antígenos – cadeia O Pode ser usado em soro e leite Tendo Ac – formação de complexos Ag – Ac conjugado – velocidade de rotação inferior ao Ag – Ac isolado Teste rápido Suínos, equinos e caprinos: AAT Ovinos: imunodifusão Caninos: imunodifusão, aglutinação lenta Homem: aglutinação lenta, PCR Diagnóstico Sorológico Testes Utilizados em Outras Espécies TRICOMONOSE: repetição de cio, ciclo irregular, abortamento no primeiro terço da gestação, morte e maceração fetal, piometra, infertilidade temporária ou permanente, machos portadores sãos LISTERIOSE: abortamento no terço final de gestação, autólise fetal VIBRIOSE: abortamento aos 4-8 meses de gestação, não há retenção de placenta ou de feto morto, feto aparentemente normal LEPTOSPIROSE: abortamento em qualquer fase da gestação, predominando no terçofinal, retenção fetal e de placenta, feto autolisado TOXOPLASMOSE: abortamento ocorrerá caso infecção tenha se procedido na primeira metade da gestação, necrose e calcificação dos cotilédones da placenta, feto abortado aparentemente saudável RINOTRAQUEÍTE INFECCIOSA BOVINA (IBR): aborto na segunda metade da gestação, retenção fetal, feto autolisado, vulvovaginite. DIARRÉIA VIRAL BOVINA (BVD): reabsorção embrionária, mumificação fetal, aborto no final da gestação, feto abortado aparentemente saudável Diagnóstico Diferencial Controle da Brucelose Vacinação contra a Brucelose Não induzir anticorpos que interfiram com o diagnóstico sorológico mesmo quando aplicada repetidamente Ser altamente atenuada, administrável em animais de qualquer idade, não provocar abortos em animais prenhes Uma única dose deve induzir uma imunidade forte e duradoura Ser estável Ser relativamente barata e fácil de preparar Características de uma vacina ideal Vacina viva atenuada – amostra B19 Dose única É de reduzida virulência e estável em fêmeas jovens Protege 65-75% das fêmeas Grau e duração da proteção nas bezerras é igual ao das adultas Apenas a vacinação não erradica a enfermidade Vacinação com a B19 Persistência de anticorpos é evitada com vacinação 3-8 meses Vacinação de infectados não altera curso da doença Vacinação previne a brucelose clínica Pode provocar o aborto quando aplicado em fêmeas prenhes Causa doença quando aplicada em machos PATOGÊNICA PARA O HOMEM Vacinação com a B19 LIPID A CORE Cadena - O LISA RUGOSA MUY INMUNODOMINANTE ANTICUERPOS B.abortus B melitensis B. suis Cadeia O Muito imunodominante ANTICORPOS RB51 B19 Cadeia O Características mínimas: 1. Ser atenuada, de preferência mais atenuada que as vacinas existentes 2. Ser capaz de replicar no animal por um período curto para induzir uma boa reação imunológica do tipo celular 3. Proteger contra o aborto e infecção Vacinação com amostra rugosa que carece de cadeia O evitaria a formação de anticorpos contra cadeia O e por isso, não daria sorologia positiva Vacina RB51 B. abortus 2308 rifampicina RB51 Amostra rugosa viva atenuada de Brucella abortus Não interfere nas provas sorológicas oficiais Vacina oficial nos EUA e Chile Uso permitido, juntamente com B19, na Colômbia, México, Costa Rica, Paraguai e Venezuela EUA: vacinação de bovinos entre 4 a 12 meses de idade Outros países: revacinação após 12 meses Proteção semelhante à B19 Vacina não Indutora de Anticorpos Aglutinante Vacinação com a RB51 Permitirá aumentar a cobertura vacinal Recomendado o uso em: Fêmeas adultas que nunca foram vacinadas Falha na imunidade do rebanho (FOCO), com eliminação dos animais reagentes ao teste, seguido de vacinação dos restantes Situações de alto risco de infecção Vacinações estratégicas Vacinação com a RB51 Vacina não Indutora de Anticorpos Aglutinante Não deve ser utilizada em machos e fêmeas prenhes Cuidados na aplicação Não pode ser usada fora das especificações Vacinação com a RB51 PATOGÊNICA PARA O HOMEM Anticorpos contra a cadeia “O” NÃO PROTEGEM contra a brucelose A proteção é dada pela indução de IMUNIDADE CELULAR Testes sorológicos a intervalos regulares (2 a 6 meses) com dois resultados negativos sucessivos para todo plantel Sacrifício ou abate sanitário dos animais reatores Quarentena para fêmeas que tenham abortado ou parido, só introduzindo no rebanho novamente após dois resultados sorológicos negativos Adotar a mesma conduta para animais que participaram de feiras e exposições, ou animais recém adquiridos, mesmo portando declaração de exame negativo Controle da Brucelose Quanto à fonte de infecção Restringir o tráfego de pessoas e animais estranhos à propriedade Programa de higiene e desinfecção de instalações Manter as pastagens baixas para facilitar a incidência de luz solar Orientar a população sobre os riscos da ingestão de alimentos que não sofreram inspeção oficial ou preparo adequado Controle da Brucelose Quanto às vias de transmissão Vacinação das bezerras bovinas e bubalinas - entre 3 e 8 meses de idade – Vacina B -19 Vacinação com vacina RB51 em fêmeas adultas em caso de focos de brucelose Controle da Brucelose Quanto aos suscetíveis Equipamento de Proteção Individual Marcação das bezerras vacinadas Marcação das bezerras vacinadas Marcação de Animais Reagentes à Brucelose ou Tuberculose Combate à Brucelose Bovina Educação sanitária Vacinação das fêmeas Rotina de testes sorológicos Abate sanitário ou destruição dos animais reagentes Desinfecção das instalações e destruição de restos placentários, fetos abortados e secreções Piquetes maternidade Quarentena de animais introduzidos no rebanho Exame de saúde das pessoas envolvidas Profilaxia da Brucelose Humana Consumo de leite pasteurizado ou simplesmente fervido Consumo de produtos de origem animal com inspeção veterinária Uso de EPI Matadouros: bom sistema de ventilação, EPI
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