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Dermatofilose em Animais

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Dermatofilose
Dermatite superficial, Acomete animais e humanos – mais comum em bovinos, ovinos, equinos e caprinos. Enfermidade infecto-contagiosa – caráter zoonótico. Forma dermatológica – epidermite exsudativa. 
Etiologia- Agente etiológico: Dermatophilus congolensis, Bactéria cocoide gram positiva, Cocóide com tufo de flagelos - motilidade. Zoósporo – elemento multiplicador, Anaeróbico facultativo, Filamentos ramificados. Condições adequadas (umidade e nutrientes), Germinação do zoósporo, Origina a hifa (elemento filamentoso ), Desenvolve-se linearmente e se ramifica. 
Hifa sofre septações longitudinais e transversais, formando numerosas micro células, condensação de material nuclear + envolvimento por um citoplasma + membrana e parede celular, novos zoósporos (cadeias de cocos dentro das hifas). 
Epidemiologia- Distribuição mundial, Microrganismo permanece nas crostas 3 a 4 meses, Morbidade: 10 a 20%, Áreas endêmicas – morbidade > 50%, Ocorrência em áreas úmidas, Quimiotaxia positiva pelo CO2 (isso influência a atração pela pele que elimina CO2). Transmissão: Contato direto entre animais, Fômites de animais contaminados, Moscas que entram em contato com a pele contaminada, Ectoparasitas, Insetos sugadores. Ovelhas - tosquia. Equinos: rasqueadeiras, arreios, cordas, chicotes, contato com crosta contendo zoósporos na sua superfície: Cercas, Paredes, Árvores. 
Patogenia- Barreiras naturais da pele: pelos (barreira física), gordura produzida pelas glândulas sebáceas (possui ação microbicida), estrato córneo (barreira física). Ação contínua da água (chuva), emulsificação da gordura - consequente retirada da superfície da pele - maceração do estrato córneo, Umidade: zoósporo germina, hifa produzida será atraída pelo CO2 eliminado pela pele, penetra na epiderme e inicia a dermatite exsudativa, Quimiotaxia positiva pelo CO2, Zoósporo - contato com a pele - atraído para o seu interior, Germina e penetra através da epiderme. Infecção pelo Dermatophilus congolensis, Formação de crostas secas, Superposição de camadas de células da epiderme, contendo o Dermatophilus congolensis e neutrófilos, Dermatite exsudativa em animais. Microrganismo não queratinofílico – localização limitada à epiderme, barreira de neutrófilos localizada entre a epiderme e a derme, Dermatophilus congolensis cresce lateralmente Procura ultrapassar a barreira, nova barreira de neutrófilos é formada (entre a epiderme e a derme). ocorre a regeneração da epiderme lesada, Crescimento do microrganismo, Repetição da formação da barreira de neutrófilos, formação de crostas secas e duras (crostas com concavidade em sua porção inferior), Pele abaixo das crostas: elevada, inflamada e com exsudato.
Sinais clínicos- Pápulas e pústulas – exsudação serosa, Crostas elevadas, Erosões, úlceras e pús, Lesões crônicas: Crostas secas, Descamações, Alopecia. * descamação parecendo farinha.
Diagnóstico diferencial- Dermatofitose X Dermatofilose, Sinais clínicos característicos, Identificação do agente: Cultura e Biópsia.
Diagnóstico- Coletar as crostas para exame microbiológico. Crescimento em ágar sangue Colônias visíveis em 24 a 48 hs. 2 dias incubação a 37 °C em ágar sangue Colônias beta-hemolíticas. 
Tratamento- Antimicrobianos: Eritromicina, Penicilina G, Ampicilina, Estreptomicina, Cloranfenicol, Tetraciclinas. Infecções crônicas: Penicilina - 22,000 IU/kg IM, Estreptomicina - 22 mg/kg IM, Combinação (Penicilina + Estreptomicina) – 5d, Oxitetraciclina - 20 mg/kg IM – 1 vez.

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