Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
HISTOPLASMOSE A histoplasmose é uma doença infecciosa causada por um fungo, denominado Histoplasma capsulatum, que é eliminado nas fezes de aves e morcegos e encontra-se viável em solo ou fezes úmidas. Esta micose pode infectar cães e gatos e é considerada uma zoonose, pois pode infectar seres humanos que inalam os esporos, no entanto, não é transmitida diretamente pelos animais infectados. Sua distribuição concentra-se principalmente em regiões de clima temperado a subtropical, estando amplamente distribuída no Brasil e ocorre sobretudo em indivíduos imunossuprimidos. Ambientes considerados de alto risco para contaminação com o fungo incluem regiões com matéria orgânica acumulada, como cavernas, galinheiros, terrenos baldios e telhados de casas abandonadas. Uma vez que os esporos são inalados por cães e gatos, o fungo se espalha pelo organismo provocando alterações que podem progredir sem sinais clínicos, mas também podem evoluir até manifestações de sinais graves, cujas complicações põem em risco a vida dos pets. A infecção se inicia no trato respiratório, mas pode se disseminar por todo organismo através das células do sistema imune que são parasitadas pelo fungo. A forma clínica da histoplasmose e seus sintomas variam com a resposta do sistema imune de cada animal, podendo se apresentar como uma doença silenciosa, restrita ao sistema respiratório, gastrointestinal ou neurológico, ou mesmo de forma disseminada. Filo: Ascomycota Fungo Termodimórfico: se apresenta no ambiente sob a forma filamentosa e no organismo do hospedeiro adquire forma de levedura Forma infectante = micelania Forma patogênica = levedura • Crescimento micelial entre 22° e 28°C e leveduriforme entre 35°C e 37°C. Em geral, essas formas são reversíveis • A fase micelial ou saprofítica é a forma infectante (geralmente) e está presente no ambiente • A fase leveduriforme ou parasitária é encontrada nos tecidos Filamentosa Textura algodonosa ou finamente pulverulenta, de coloração branca a creme, tornando-se acastanhadas com o passar do tempo, e reverso incolor ou amarelo acastanhado. Incubado a 37°C – leveduriforme Colônias cremosas, por vezes cerebriforme, lisas, brilhantes e úmidas, branco a creme •H. capsulatum var. capsulatum – doença clássica da histoplasmose •H. capsulatum var. duboisii - histoplasmose africana – patógeno humano – micose de pele, mucosas que pode se tornar sistêmica •H. capsulatum var. farciminosum – linfangite epizoótica dos equinos Fatores de Virulência ❖Termotolerância, ❖Glucanas (α e β) da parede celular e estruturas complementares responsáveis pela adesão aos tecidos dos hospedeiros ❖Produção de melanina ❖Fosfolipases, proteases e elastases ❖Catalase, enzimas que decompõem o peróxido de hidrogênio ❖Dimorfismo Patogenia Conídios inalados chegam aos alvéolos pulmonares → Cerca de duas semanas depois ocorre o dimorfismo para leveduras → Células mononucleares e macrófagos não as destroem, e estas multiplicam-se no interior delas. Atingem Linfonodos mediastinais e circulação sanguínea Focos em outros órgãos e linfonodos (fígado, baço, medula óssea) Formação de granulomas epitelióides, com células gigantes, forte resposta Th1 e posterior necrose caseosa, que posteriormente fibrosam e calcificam (3 a 4 semanas •A forma pulmonar pode ser autolimitante ou cursar com : emagrecimento, febre, mucosas pálidas, secreção nasal, tosse, dispnéia e nódulos calcificados no parênquima pulmonar Histoplasmose felina : •Pulmonar, gastro-intestinal, disseminada A forma pulmonar pode ser aguda ou crônica •Aguda: tosse, taquipneia, dispneia, ruídos pulmonares anormais, febre e forte mal-estar •Crônica: Tosse, dispneia, pneumonia granulomatosa Exame citológico da lesão nasal. Coloração de Giemsa Micológico – padrão Ouro •Exame direto •Cultivo Punção de medula óssea, linfonodos, lavado bronco-alveolar, sangue e biópsias ou swabs cutâneos Os meios de cultivo normalmente utilizados são ágar-Sabouraud dextrose, o ágar-batata e Mycosel® 25° C por 6 a 12 semanas – FATOR LIMITANTE •Necessário a caracterização do dimorfismo térmico •Ágar infusão de cérebro e coração (BHI), acrescido ou não de sangue, a 37°C Histopatologia •Giemsa (ou Wright), os fungos mostram uma massa cromática polar, azul e na forma de meia lua • Corados pelo PAS, apresentam-se na cor vermelha •Metenamina de Grocott, na cor negra ou marrom-escura TRATAMENTO •Itraconazol - mínimo de 4 a 6 meses, até pelo menos 2 meses após o desaparecimento dos sinais clínicos •Fluconazol, cetoconazol •Anfotericina B ESPOROTRICOSE - A esporotricose é uma micose cutânea ou subcutânea que afeta também os vasos linfáticos próximos ao local da lesão, de evolução crônica, causada pelo fungo dimórfico do Complexo Sporothrix. Também pode ter forma pulmonar. Espécies: schenckii e brasiliensis, mexicana, globosa, albicans. A espécie S. brasiliensis foi considerada mais virulenta em modelos animais, fazendo com que a invasão de tecidos ocorra de forma rápida, com altas taxas de letalidade. 25 a 30° = forma de hifas, nos componentes do ambiente; 37° = levedura, forma parasitária, se multiplica pelas lesões de pele É uma saprozoonose e antropozoonose. Saprozoonose : o agente precisa desenvolver parte do seu ciclo no ambiente Antropozoonose= zoonose; A doença tem sido associada a arranhaduras ou mordeduras de ratos, cães e gatos, mas são estes últimos os animais mais suscetíveis. Desde 1998, RJ vive uma epidemia de esporotricose, onde a espécie S. brasiliensis tem sido predominantemente isolada. Para isolamento, deve-se observar que S. brasilienses cresce em meio com rabitol, enquanto a s. schenckii cresce em meio com sacarose, rafinose e rabitol. É uma micose profunda que acomete animais e humanos, é muito transmitida em zonas rurais e afeta pessoas que mexem com terra e tenham lesões, s. schenckii está presente no solo e associado a materiais em decomposição. → CONTATO TRAUMÁTICO + CONTATO COM SOLO OU ANIMAIS DOENTES. Lesões são parecidas com rosário; doenças imunossupressoras podem piorar a doença. Tratamento é longo; Úlceras nasais, sinais respiratórios como espirros, lesão em patas. Tratamento Anfotericina B - é recomendado, mas Terbinafina 30 mg/kg Formas clinicas - linfocutânea - cutânea fixa - mucocutânea - extra cutânea disseminada - pulmonar → principal é extracutânea disseminada em gatos Linfocutânea Causa traumatismo com sinais em 5 dias; Nódulo pequeno: CANCRO ESPOROTRICÓTICO Após semanas: nódulos dos vasos linfáticos pela multiplicação de leveduras. NÃO ADIANTA FAZER EXAME DIRETO DE MATERIAL PARA ESPOROTRICOSE, fazer cultivo com microbiotic. GATOS POSSUEM MAIOR PREVALÊNCIA POR CAUSA DA FIV/FELV. Não usar IODO TÓPICO pois produz NECROSE. Deformação do espelho nasal, com secreção nasal purulenta bilateral. Lesões cutâneas circulares elevadas, caracterizadas por nódulos, crostas e ulcerações. Diagnóstico laboratorial Exame micológico com hidróxido de potássio (KOH) - sempre negativo A coloração ou método de Kinyoun, é um procedimento “ácido-rápido” usado para colorir quaisquer espécies dos gêneros Mycobacterium e espécies Nocardia. ← USAR PARA DESCARTAR NOCARDIA. Diagnostico laboratorial Cultivo em sabouraud e cloranfenicol (microbiotic) a 37° e identificação BHI em 37°. Ophiostoma stenocereus não cresce em BHI. TRATAMENTO - iodeto de potássio via oral - 0,5g/dia por 6 semanas ou 25 gotas de solução saturada - solução de potássio a 20% - dose diária de 0,5mg/kg por 1 mes - ITRACONAZOLE - 5mg/kg/dia até desaparecerem as lesões CRIPTOCOCOSE - micose profunda, não é zoonose, contaminação por aspiração Cryptococcus neoformans A ANFOTERICINA B pode ser utilizada, mas causa INSUFICIÊNCIA RENAL em gatos!!! → A criptococose é uma micose de natureza sistêmica oportunista, considerada uma zoonose causada pelo complexo Cryptococcus neoformans que compreende dois agentes etiológicos, o C. neoformans e o C. gattii, capazes de acometer aves, homens, animais domésticos e silvestres É um fungo parecido com a Malassezia, basidiomycota, sendo um COGUMELO naforma sexuada que vive no meio ambiente, PRINCIPALMENTE SOB ARVORES. É levedura na forma assexuada; possui cápsula de polissacarídeo, formando uma estrutura arredondada com HALO. Cripto = ao lado de; NEOFORMANS - mais relacionado com infecções urbanas, ligados a fezes de pombos GATTI - mais relacionado com infecções na área rural, ligado a árvores. A criptococose está ligada ao HIV e FIV, pela imunossupressão. Membrana citoplasmática = ERGOSTEROL Parede celular Cápsula formada de açúcares, TEM UMA CÁPSULA DE POLISSACARÍDEOS, principalmente mananas. A CRIPTOCOCOSE PODE CAUSAR MENINGITE. A melanina aumenta a virulência. A levedura produz melanina. O sistema de defesa tem fagossomos que reduzem o oxigênio e matam a partícula (viral, bacteriana, fúngica…) e isso envelhece a célula, com isso, ocorre a morte da mesma por apoptose. A melanina afeta a integridade da parede celular dos hospedeiros e induz a resistência à anfotericina B. Faz proteção contra substâncias oxidantes, proteção contra luz UV e inibe a fagocitose. Além da resistência ao calor e ao frio. O ácido cafeico estimula a produção de melanina. Ou seja, a presença de melanina protege o cryptococcus!! A melanina é um importante fator de virulência, colaborando para a proteção do fungo contra danos oxidativos causados por fagócitos e radiações ionizantes, e ainda, pode proteger o patógeno contra a ação de agentes antifúngicos. A produção de melanina é uma característica amplamente utilizada para a identificação de Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii em laboratório, quando o fungo cresce em meios que contêm compostos fenólicos ou difenólicos na sua composição, como ágar semente de girassol. Cresce a 25° e a 38°, pela resistência Animais mais susceptíveis: gatos, papagaios, cães, pombos, vacas, coalas Eucalipto tem muita susceptibilidade para C. gatti COCO DE POMBO = C. NEOFORMANS Sinais clínicos: olhos vermelhos e lacrimejantes em gatos, alteração no nariz (nariz otomano/de palhaço), edema, infecção de linfonodos (é outro tipo de criptococose) DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: ESPOROTRICOSE Animal com problema neurológico fazer punção do líquido cerebrorraquidiano; se o animal tiver lesões na pele + problemas neurológicos. Necropsia- todos os órgãos com lesões, nódulos claros no baço e pulmão. DIAGNOSTICO Fazer isolamento com SABOURAUD (sda) com CLORANFENICOL - 25 a 37°C NÃO UTILIZAR MICOBIOTIC PQ INIBE O CRESCIMENTO Diferenciação: Canavanina – Glicina - Azul de Bromotimol (CGB) ágar - meio destinado à diferenciação de Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii. → os isolados de C. gatti utilizam a glicina e são resistentes à canavanina - o meio fica azul pela degradação glicina (alcalinização pela amônia) PODE-SE FAZER PCR PARA DIAGNÓSTICO. 6 pontos que justificam extrema virulência das cepas patogênicas ● há substâncias oxidantes, redutoras de oxigênio como óxido nítrico e hipoclorito que atuam defendendo o organismo. ● proteção contra luz uv no coco das pombas para não morrerem ao sol ● ácido caféico estimula a levedura a produzir melanina, então há possibilidade de se tornar virulenta no ambiente se houver fornecimento. ● ● em preto tinta nankin- coloração negativa, cápsula não absorve a tinta e aparece Diagnóstico com isolamento por fezes de pombo - ágar niger Sorológico por soroaglutinação de partículas de latex TRATAMENTO Itraconazole - 50 a 100mg por 24h Fluconazole passa a barreira hematoencefálica, podendo ser usado para caso com meningite; Fluconazole - 50 mg/kg - menos tóxico Anfotericina B pode ser usada se a cepa não for metalogenética , 0,25 mg/kg Terbinafina - 10 mg/kg Tratamento para papagaios: itraconazole 5mg/kg 2x ao dia Profilaxia Desinfetar superfícies contaminadas com fezes de pombo com 500g de cal hidratado em 4,4l de água e DEPOIS fazer a limpeza das instalações; PITIOSE - Pythium insidiosum Os zoósporos vivem em águas acima de 30°C, as lesões estão localizadas nas partes em que os animais tiveram contato com a água. Humanos podem pegar pitiose, é comum em plantações de arroz; Lesão úmida Lesões colorretais e intestinais em cães são comuns, tumor no intestino do cão Em humanos, o pitium entre por uma lesão cutânea e se locomove pelo endotélio de vasos sanguíneos, veias e artérias, gostando das femorais, as pernas devem ser amputadas, pois vão necrosando, há formação de trombos conforme há inflamação do endotélio e as lesões subindo gerando trombose, 96% das pessoas morriam, hoje usa-se azitromicina, menos no japão que é proibido Em humanos, a pitiose migra pelas artérias, Talassemia= distúrbio genético que altera a produção de hemoglobinas. Não há kunkers em humanos e as lesões são normalmente unilaterais Bovinos - bovinos não morrem de pitiose, não emagrecem, pode apenas ter um pouco de miíase nas lesões, mas depois eles se recuperam, pois não há uma resposta inflamatória equivocada, como há nos cães, equinos e humanos → LESÕES CUTÂNEAS; Pitiose- hifas não septadas na imunohistoquímica Diagnóstico principalmente ELISA Em ovinos o problema é nasal, parecido com conidiobolus, parasitos e lesão por grama podem desencadear EM EQUINOS - a lesão cresce rápido, precisa ter uma forma de entrada para penetração e produção de hifas. Formação de “kunkers” (coral)- envolvimento da hifa centro da lesão forma uma capa/infiltrado eosinofílico. GRANULOMA EOSINOFÍLICA. OS PELOS ATRAEM OS ZOÓSPOROS PELA CARGA ELÉTRICA OPOSTA! SE TIVER UMA LESÃO, ELES ENTRAM. PRECISA TER LESÃO PRÉ-EXISTENTES e secretam enzimas (antígenos) para iniciar a infecção. As lesões podem ser em QUALQUER parte do corpo, mais comum é no rosto e pernas. Os zoósporos sobrevivem ao pH do estômago. Não é zoonose. Lesão ÚMIDA, com “líquido” EMAGRECIMENTO DE EQUINOS COM PITIOSE → o granuloma/tumor causa um aumento nos processos metabólicos das proteínas. Foi comprovado que pacientes com tumores com altos níveis de interleucina 6 (IL-6) e citocinas pró-inflamatórias. Ambos são compostos estimulantes autofágicos. Eles fazem com que as células do corpo se autodestroem. Células de câncer cultivadas em laboratório também apresentam a mesma característica. ● linfa escorrendo, não tem pus ● não dá miíase em equinos ● equinos podem ter lesões na boca e os dentes caem, mas não pegaram ao morder a pata pq não passa assim, só por zoósporos ● deve-se mandar os kunkers para o laboratório jamais em gelo pois pitium não suporta frio, mas pode ser em agrovet,-penicilina mais estreptomicina- e não é para mandar pedaços de tecido ● minociclina, azitromicina e tigeciclina inibem crescimento de pitium insidioso → animais emagrecem, pois há estímulo a apoptose e metabolismo ● o pitium é do reino Straminipila (tem flagelos), é mais velho que os fungos verdadeiros ● os pitium isolados no brasil são todos iguais e são muito parecidos com os dos outros locais do mundo ● pitium foi detectado em larva de mosquito na índia Diagnóstico Fazer isolamento com sabouraud agar + cloranfenicol com temperatura acima de 25°C, crescimento rápido com hifas entrando no meio parecendo raízes Pode-se colocar os kunkers em um frasco com agrovet (penicilina + azitromicina) Descobriu-se que a minociclina (atb macrolídeo) + azitromicina e digocilicina inibem o crescimento da pitiose. ● Histopatologia: Grocott, HE, imunohistoquímica ● Imunohistoquímica cora soro hiperimune e mostra hifas com anticorpo em volta ● DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL= esporotricose, habronemose -mais lenta, menos necrótica, é um parasito estomacal que contamina a pele, sarcóide, CCE, BASIDIOBOLUS fungo verdadeiro que produz kankers raro no Br ● usavam um corticoide forte cinolona para a pitiose que pode funcionar no início e depois o animal morre ● todos os kunkers devem ser retirados, se ficam um só volta tudo de novo, faz-se cirurgia para remoção, precisa por telas/enxertos após para aproximar pele TRATAMENTO= cirúrgico (extirpação total/radical do tecido granulomatoso) + pitium-vac Por fármacos: Iodeto de potássio 0,75g/45kg ou Iodeto de potássio 1g/kg Azitromicina 20mg/kge minociclina 10mg/kg/dia diminui a carga de pitiose cutânea e pode levar a cura São no mínimo 4 doses até a cura. 34 mg de proteína + água MECANISMO DE AÇÃO DOS IMUNOTERÁPICOS → A doença entra por uma ferida/picada/lesão pré-existente na derme, o zoósporo se aproxima pela carga elétrica do pelo do animal. Após a entrada, há produção de um tubo germinativo e imediatamente inicia a liberação de antígeno (substâncias proteicas). Essas proteínas têm células chamadas de CÉLULAS APRESENTADORAS DE ANTÍGENO (APC ou célula ovo frito). Essa célula pega e passa para um mediador químico, no caso, para a interleucina 4, que só se relaciona com linfócitos T auxiliares (Th0). O Th0 manda o Th2 chamar a interleucina 5, que libera eosinófilos, possuem enzimas/grânulos que são liberadas. Há um acúmulo de eosinófilos que formam vasos, tecido conjuntivo fibroso etc, uma parede, chamada KUNKERS. A liberação de IgE chama mastócitos, que é um grande estimulador de histamina, provocando prurido intenso. Toda vez que há mediação por TH2 é crônica A imunoterapia faz com que a resposta inflamatória não seja mais por TH2 e sim Th1, graças a imobilização por interferon gama. O interferon medeia reação de doença/infecção aguda. O interferon gama inibe a produção de th2, desmanchando a reação crônica. Ao inibir o Th2, as células de defesa conseguem lisar as paredes das hifas e também inibir os mastócitos que liberam histamina. O muro que fica em volta do pitium se desmancha, as hifas crescem sem proteção. O interferon gama inibe o Th2, interrompendo a liberação de interleucina 4. IMUNIDADE CELULAR/humoral SAPROLEGNIA EM PEIXES - problema para alevinos e peixes ornamentais É um zoósporo, parece com ICTO que é protozoário. É UM GRANDE PROBLEMA PARA PEIXES DE ÁGUA DOCE E ALEVINOS. Parece um algodão branco. Há liberação de um cisto primário, dps um zoósporo secundário e depois há infecção do peixe. Esporângio libera esporos; Cresce em meio de cultura com semente de gergelim Agente: Saprolegnia sp.- oomyceto produtor de zoósporos, comum em peixes ornamentais, não ataca peixes de mar pela salinidade alta. Insetos mortos em aquário são grandes propagadores de saprolegnia Sinais clínicos: micose ulcerativa, boca algodonosa. Micose superficial. Causas: água fria, trauma mecânico (como o transporte), troca de escamas, feridas, imunossupressão. As lesões causam estresse osmótico e desequilíbrio eletrolítico. Cultura com semente de gergelim, observar o esporângio para identificar. Usar para isolamento meios pobres em nutrientes (ágar fubá) que diminui a contaminação por bactérias. A saprolegnia forma um biofilme que impede a entrada do antifúngico. Tratamento: ● Clean - sulfato de cobre, azul de metileno, verde de malaquita, formalina. ● Sal 2% ● Bromopol (pycese) - imersão 15 mg/L em imersão diária de 60 min durante 30 dias. RINOSPORIDIOSE- infecção crônica não contagiosa caracterizada pelo crescimento de estruturas polipóides em membranas e mucosas. NÃO É FUNGO VERDADEIRO. Agente: Rinosporidium seeberi Pode infectar mamíferos Reportado em países tropicais e subtropicais. Contaminação ocorre por meio ambiente em ambientes esporádicos; ataca humanos (banho em lagos, entre animais)- acomete mais cisnes, patos, gansos e outras aves aquáticas. Pode afetar bovinos, cães, gatos, caprinos, equinos, muares. A CONTAMINAÇÃO OCORRE POR EPITÉLIO TRAUMATIZADO PREVIAMENTE. Ainda não foi isolado. Contato da mucosa com água estagnada. Infecções podem ser oculares. A liberação de endósporos de esporângios maduros é estimulada por secreções das mucosas. Uma vez implantados, os endósporos provocam uma reação piogranulomatosa focal e grave. Trofócito (esporangio juvenil) → esporangio juvenil com vesícula contendo cromatina → esporângio juvenil bilamelar com corpos laminados → esporângios intermediários com endósporos maduros → liberação de esporangiosporos Sinais clínicos: dificuldade respiratória, estertores, nariz sangrento, inchaço nasal, corrimento nasal, espirros, chiado Tratamento: remoção cirúrgica da massa Diagnóstico histopatológico com HE Dermatofilose - dermatite exsudativa e proliferativa com formação de crostas. - estreptotricose cutânea em bovinos - lã de pau e strawberry foot rot em ovinos - pele de elefante em equinos Dermatophilus congolensis Ordem Actinomycetales Bactéria Gram+ (azul) não álcool-ácido-resistente Aeróbica e capnofilica (avidez por CO2) Pode ser isolada em ágar sangue; parece um cérebro Saprófita de solo ou pele dos animais. Animais infectados podem ser assintomáticos e reservatórios. Essa doença não acontece em locais frios, é tropical. Estrato córneo, epiderme e derme → para que ocorra a infecção, tem que haver a remoção do estrato córneo. Fatores predisponentes: - redução ou alteração das barreiras naturais existentes na pele; - chuva, umidade e altas temperaturas - animais jovens são mais afetados que adultos - defeito no sistema imunológico A transmissão pode ser direta entre animais ou indireta por cercas, postes, cochos contaminados. Também pode ser transmitida por vetores mecânicos como insetos. A prevalência depende dos animais infectados, disseminação e hospedeiros suscetíveis. Patogenia - zoósporos e hifas do D. congolensis - Meios mecânicos penetram as células epidérmicas, invadem a bainha dos folículos pilosos e de lã, causando processo inflamatório agudo que leva a acumulo de exsudato, pêlos e fragmentos. Abaixo destas forma-se nova camada de epiderme que será novamente invadida. Formam-se crostas características. Germinação de propágulos infectantes. Linfa coagulada + neutrófilos + bactéria D. congolensis = crostas Manifestações clínicas e patológicas:lesões na cabeça, pescoço, dorso e laterais do animal. Elevações abaixo do pelo. Lesões generalizadas aparentam barro seco, sendo esses animais mais propensos a infecções e perda de peso. Borrego não tem o estrato córneo 100% formado ao nascer, sendo mais fácil de infectar. Em ovinos, há perda de lã, lã endurecida. Lesões crostosas podem ser observadas nos olhos e narinas, particularmente em cordeiros. A raça mais comum é merina. Bovinos - vesículas, pápulas ou edema e pus sob placas de pelos aderidos. Dermatite exsudativa - exsudatos secos e células epidérmicas em camadas alternadas. Material para diagnostico CROSTAS Diagnostico laboratorial com presença do D. congolensis (empilhado de moedas- zoosporos) em crostas trituradas em água. Coloração de GRAM Coloração- Cristal violeta, lugol, etanol-acetona e fucsina básica. Deve-se ter um tubo com anaerobiose, colocar solução salina, CO2 DD= dermatomicose, fotossensibilização, papilomatose, ectima contagioso ou sarna TRATAMENTO Penicilina e estreptomicina - uma dose única de 50000 UI/kg PV de penicilina + 5mg/kg PV de estreptomicina Doses diárias: oxitetraciclina - 20 mg/kg PV Actinomycetota ou Actinobacteria é um filo de bactérias gram-positivas, conhecidas também como actinomicetos ou actinobactérias. Estas bactérias são constituídas por micélios, com organização filamentosa, muitas vezes ramificada. Dada sua semelhança com fungos e por produzirem, como estes, cadeias de esporos semelhantes a conídios, os Actinomicetos são com frequência erroneamente classificados como tais. Nesse sentido, a organização filamentosa ramificada é semelhante à hifa fúngica, porém mais estreita, com diâmetro de 0,5 a 1,0 µm e, fisiologicamente, se assemelha às bactérias. Além disso, ao contrário dos fungos, as actinobactérias são organismos procarióticos e, em sua grande maioria, aeróbios. Esses tipos de bactérias compartilham duas características: todas são gram-positivas e apresentam alta razão de G+C (guanina/citosina) em seu DNA. NOCARDIA - cheiro de mofo, é um actinomiceto N. asteroides, N. brasiliensis, N. caviae, N. farcinica Tem forma filamentosa e em cocobacilos. A fase exponencial de crescimento é a mais virulenta. Doença clássica: doença nodular, purulenta e granulomatosa; produz micetomas (tumores causados por “fungos”) Ataca mais bovinos e cães, refratária ao tratamento ATB,tratamento complicado. A Nocardia tem resistência térmica à pasteurização. Em bovinos, causa mastite, linfadenite, linfangite A nocardia leva 72h para crescimento em cultura. Coleta e envio da amostra: higienizar teto acometido, colocar o leite em tubo estéril, identificar e enviar congelado para o LABAC. CANINOS - abscessos cutaneos e subcutanseos, lesões pleurais com secreção semelhante a suco de tomate; - o fator predisponente é cinomose Patogenia: inibem macrofagos, lisossomos e enzimas lisossomicas. Fator de virulência: A bactéria produz glicopeptídeos que inibem a fusão fago-lisossômica, também produzem superóxido dismutase, catalase e peroxidase, enzimas que aumentam a virulência. Destoxificam radicais superóxido e H2O2 (oxido-redução). ISOLAMENTO EM AGAR SANGUE E AGAR SABOURAUD. Histologico: lesão piogranulomatosa Coloração Kinyoum: alcool acido resistente Grocott é para fungos Trtatamento: excisão das proliferações granulomatosa; fazer drenagem e lavagem dos abscessos, empiemas, efusões Na parede, a bactéria tem uma estrutura chamada Ácido diaminopimélico (DAP) é um aminoácido não proteinogênico, QUE RESISTE A QUASE TODOS ANTIBIÓTICOS. ACTINOMICOSE - é uma osteomielite piogranulomatosa. A. bovis, a. hordeovulneris, a. israelli, a. viscosus, a. suis Morfologia: bacilos, filamentos com ramificações, ornamentos difteróides. NÃO ESPORULAM E SÃO IMÓVEIS. Gram+ Fonte de infecção: mucosa oral e dentes molares. Estão presentes na garganta. Transmissão: endógena, lesão, mordeduras. Patogenia: forma pequenos granulos (complexo fosfato de calcio e proteina), é anaerobica. Forma reação inflamatoria mt grande, formando pus. - osteomielite cronica proliferativa. AS LESÕES SÃO DURAS. Caracteristicas culturais: microaerófilos, anaerobicos Tioglicolato Crescem em meio enriquecido com soro ou sangue. Agar sangue (BHI) Tratamento: compostos iodinicos, penicilina benzatina, estreptomicina +dihidroes, retirada cirúrgica + solução iodada local 2% - iodopec - agrovet (penicilina + estreptomicina) e iodeto de potassio -
Compartilhar