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www.euvoupassar.com.br Atualidades - 2017 Matéria: Atualidades – Professor: Felipe Liberal ATUALIDADES Drogas no Brasil (Parte 2) Cracolândia – o que é? É uma denominação popular para uma área na centro da cidade de São Paulo, nas imediações das Avenidas Duque de Caxias, Ipiranga, Rio Branco, Cásper Líbero, Rua Mauá, Estação Júlio Prestes e da Praça Princesa Isabel, onde historicamente se desenvolveu intenso tráfico de drogas e prostituição. Fica mais propriamente situada no bairro de Santa Efigênia, e coincide parcialmente com a região da Boca do Lixo. Cracolândia – o que é? ● É considerado o maior local de consumo de drogas a céu aberto do mundo. ● O problema é iniciado na década de 60. ● Construção histórica através de cinemas pornôs, tráfico de drogas e centros de entretenimento. Página 1 www.euvoupassar.com.br Dados da Cracolândia: ● Movimentação de 20 milhões de reais por mês ● Média de consumo de 16 pedras por dia per capita ● Trago de crack – 5 reais/Pedra (2 tragos) – 10 reais ● Gasto médio diário per capita – 100 reais Caso Richthofen: Irmão de Suzane Richthofen – Andreas Von Richthofen “Vocês não sabem o que é viver minha vida” Programa “De Braços Abertos”: ● Implantar ações intersetoriais e integradas nas áreas de assistência social, direitos humanos, saúde e trabalho ● Construir a rede de serviços para atendimento aos usuários; sob a ótica da REDUÇÃO DE DANOS, pela oferta de moradia e emprego ● Disponibilizar serviços de Atenção Integral a Saúde ● Fortalecer a rede social visando a inserção dessa população nas políticas públicas ● Estimular a participação e apoio da sociedade Programa “Redenção”: ● O programa possui características do programa De Braços Abertos (Haddad) e do programa Recomeço (Alckmin) ● Será oferecido emprego em empresas privadas aos que voluntariamente decidirem se tratar. ● Haverá internação compulsória, em alguns casos. ● Terá oferta de moradia aos usuários em comunidades terapêuticas ou hotéis, fora da Cracolândia. Drogas no Brasil (Parte 3) Drogas no Brasil Proibição das drogas: Produzir, vender e portar drogas, em qualquer quantidade, é crime. Em geral, atividades ligadas à produção e à distribuição são punidas com prisão. As penas relacionadas ao uso costumam ser mais brandas, mas em muitos países também levam à cadeia. A compra e venda pode ser autorizada por órgãos específicos, quando comprovado o uso com finalidades religiosas, medicinais ou científicas. Este modelo visa diminuir a oferta das drogas proscritas, com o intuito de aumentar seu preço e reduzir o consumo. Onde acontece: Essa é a política dominante nos 183 países participantes das três convenções sobre drogas da ONU, de 1961, 1971 e 1988 (inclusive o Brasil). As regras desses tratados se aplicam a mais de cem substâncias naturais e sintéticas catalogadas. Página 2 www.euvoupassar.com.br Descriminalização das drogas: Usuários flagrados com pequenas quantidades de drogas (para uso pessoal) recebem, no máximo, penas administrativas, como multas de trânsito. Essas quantidades geralmente são estabelecidas por regulamento ou lei própria, como no caso de Portugal, que permite o porte de até 25 gramas de maconha. Portar grandes quantidades de drogas, ou vendê-las continua levando à prisão. A descriminalização pode ser feita alterando a lei ou o modo como os juízes a interpretam. Esse modelo visa reduzir danos para usuários e dependentes e concentrar esforços na prevenção e no combate à oferta. Onde acontece: é adotado em alguns países da Europa e da América Latina, e no caso da maconha em estados americanos e australianos. Em países como Portugal, República Tcheca, Espanha, Itália, Costa Rica, Equador, México e Uruguai a descriminalização vale para pequenas quantidades de qualquer droga. No Brasil: a discussão que está havendo no STF trata da inconstitucionalidade do artigo 28 da Lei de Drogas. Legalização das drogas: O governo estabelece regras para o comércio de cada droga, impondo restrições de idade, locais e horários, por exemplo, e/ou exigindo registro e autorizações especiais para compra e venda. Geralmente, quanto mais perigosa é a droga, mais rigoroso e restritivo é o controle sobre seu mercado. Este modelo visa reduzir o uso problemático de drogas e os problemas causados pela criação de mercados ilegais. É adotado no mundo inteiro com relação ao álcool e tabaco – a não ser em países muçulmanos, onde o álcool geralmente é ilegal. O comércio de medicamentos sob prescrição pode ser incluído nesse caso. Onde acontece: no Canadá, Uruguai e em Estados dos EUA, o uso medicinal e/ou recreacional de maconha está legalizado. 10 motivos para ser contra a legalização das drogas 1- Drogas matam, viciam, ceifam vidas, acabam com futuros, trazem sequelas, produzem esterelidade, destroem as ligações do cérebro, desagregam famílias, trazem doenças e acabam com a produtividade dos indivíduos. As pessoas estão vivas para encarar a realidade e não para fugir dela. 2- Está bem, legalizaram as drogas, os traficantes vão fazer o que? Arrumar um emprego? Estudar? Virar pastor? Ou será que vão assaltar, sequestrar e cometer outros ilícitos? 3- Por trás desse problema existe a desigualdade social que as drogas amenizariam, pois os mais ricos compram as drogas nas comunidades mais pobres, distribuindo assim a renda nessas regiões. 4- A legalização acarretaria num aumento de usuários, que dependeriam da ajuda do governo para tratar de suas doenças decorrentes do uso de drogas. Quanto custaria construir hospitais e centros de recuperação para esses novos dependentes químicos? 5- Como o Estado conseguiria produzir tantas toneladas de drogas para suprir a demanda das pessoas? O tráfico ainda existiria para suprir o resto desta demanda. O tráfico não seria extinto. 6- Teria de haver milhões de hectáres de plantações de papoula e canabis no Brasil para suprir a demanda. Um agricultor, preferiria plantar arroz ou plantar papoula? Papoula o daria muito mais lucro. Com isso a produção de alimentos diminuiria e seus preços aumentariam, afetando a população mais pobre.. 7- Para oferecer tantas drogas, sua distribuição seria cara para o governo se ele a quisesse subsidiar. Logo, a legalização beneficiaria apenas os ricos que podem pagar pelos entorpecentes. 8- O Brasil, como aconteceu na Holanda, seria invadido por turistas e viciados em busca de drogas. Vale lembrar que a Holanda permitiu a venda em UM bairroe desde então vem restringindo progressivamente o uso. A experiência no estrangeiro não se traduz num sucesso. 9- Onde se instala uma boca de fumo, cresce a violência e o número de assaltos, devido a demanda de drogas por parte dos viciados. Se as drogas fossem liberadas haveria o risco de aumentar o número de viciados e de quebra, também o de crimes. Página 3 www.euvoupassar.com.br 10- Com a legalização, estaríamos colocando nas mãos de milhões de jovens um fardo muito pesado. Muitos iriam se viciar e perderiam sua independência e individualidade para se tornarem escravos das drogas, sem que o Estado pudesse impedí-los. 10 motivos para ser favorável a legalização das drogas 1- Todos devem ter o direito de fazer o que quiserem com suas próprias vidas, a criminalização mitiga a liberdade individual. o Estado não pode impor suas decisões a vida íntima dos cidadãos. 2 – O álcool e o cigarro matam muito mais gente e destroem milhares de famílias e são legalizados. Porque as outras drogas não são legalizadas também? 3 – É gasto MUITO tempo, esforço e DINHEIRO na guerra contra as drogas, se houvesse a legalização esses recursos seriam usados para combater crimes mais importantes. Muitas pessoas MORREM por causa dessa guerra desnecessariamente. Além disso, legalizar esvaziaria cadeias e melhoraria as condições prisionais. A criminalização corrompe a polícia e as instituições, deixando um legado de corrupção. Vide o que aconteceu na Chicago da Lei Seca. 4- A criminalização faz com que muitas pessoas se tornem criminosas, uma vez que a demanda por drogas torna o negócio incrivelmente lucrativo. 5- Com a criminalização, muitos jovens usuários são presos portando entorpecentes, caindo desnecessariamente no mundo do crime e se tornando traficantes nas suas escolas. Se as drogas fossem vendidas na farmácia isso deixaria de ocorrer. 6- A qualidade das drogas vendidas muitas vezes é péssima, acabando por prejudicar a saúde dos usuários, que vão posteriormente se tratar em hospitais públicos. Se houvesse a legalização, haveria um controle de qualidade das drogas. 7- Com a criminalização e marginalização do uso de drogas, muitas pessoas adquirem doenças transmissíveis por se utilizar das drogas sem os devidos cuidados. Se houvesse a legalização o Estado poderia controlar a forma de uso e dose das drogas. 8- Com o derretimento da velha moral e dos valores religiosos, somado a uma forte propaganda de setores da mídia, as drogas se tornarão um ato de ostentação de liberdade e rebeldia. A falência da família e as dificuldades da vida empurram cada vez mais pessoas para o uso de drogas. Cada vez mais pessoas estão experimentando drogas. Logo, proibir um ato que é cada vez mais feito e tolerado pela sociedade é um retrocesso hipócrita que apenas marginalizará uma parcela crescente da sociedade. 9- A criminalização encarece MUITO as drogas e obriga muitos a ter de roubar para sustentar o vício. Quando a legalização acontecer, vamos olhar pra trás e ver como a política de repressão era medieval e injusta. 10- Muitas drogas podem ser usadas de forma mais efetiva e barata para tratar muitas pessoas que estão doentes. Criminalizar as drogas significa negar a estas pessoas um alívio para suas dores. Página 4 www.euvoupassar.com.br Tráfico Humano O que é tráfico humano? ● Comércio ilegal de pessoas/vidas ● Definição da ONU-DC: “forma de escravidão contemporânea baseada na mercantilização da vida” Dados do tráfico humano: ● 3ª maior atividade do crime organizado ● Movimenta 32 bilhões de dólares por ano ● 21 milhões de pessoas são traficadas por ano no mundo ● No Brasil, 2,5 milhões de pessoas são traficadas por ano, sendo 30% crianças ● Protocolo de Palermo (2004) – 115 metas Cenário do tráfico humano ● Principal grupo criminoso: Camorra (Itália) ● O tráfico humano geralmente caminha com outras atividades criminosas ● Os aliciados geralmente são pessoas pobres e vulneráveis/Vítimas de catástrofes ● Fatores de vulnerabilidade: ❏ Desejo de conhecer uma cultura diferente ❏ Desejo de transformar o corpo ❏ Desejo de casar com um estrangeiro ❏ Pessoas que sofrem violência doméstica Perfil da vítima de tráfico humano: ❏ Mulheres ❏ Solteiras ❏ De famílias numerosas ❏ Faixa etária: 10 aos 29 anos ❏ Nível médio/Último emprego no setor terciário Página 5 www.euvoupassar.com.br Pilares do combate ao tráfico humano: ● Prevenção ● Repressão ● Atenção Quais os tipos de tráfico humano? - Tráfico humano para a exploração sexual - Tráfico de crianças para adoção ilegal - Tráfico para o trabalho análogo à escravidão - Tráfico para extração de órgãos - Tráfico para o casamento servil Punição para o tráfico humano: ● Pena de reclusão – 3 a 8 anos ● Necessidade de reformulação do código penal Página 6 www.euvoupassar.com.br Denúncia de Michel Temer Questões gerais: ● Temer foi denunciado por corrupção passiva – teria recebido propina da JBS ● Primeira vez que um presidente da república é acusado da prática de um crime comum no exercício do cargo ● Delação de Joesley e Wesley Batista Como é feita a votação? A votação é nominal e aberta, a exemplo do que ocorreu quando a Câmara aceitou o pedido de impeachment contra Dilma, em abril de 2016. Qual será a ordem da votação? Feita a verificação da presença de ao menos 342 deputados, Maia abre a votação. Outros quatro deputados (dois favoráveis e dois contrários a Temer) falam. Em seguida, os líderes de partidos terão um minuto para orientar como suas bancadas devem votar. Em seguida, a votação será pelas bancadas estaduais, como foi no Impeachment, tendo alternância geográfica. Quantos votos seriam necessários para aprovar a denúncia? Seriam necessários 342 votos (dois terços de 513) para autorizar a abertura do procedimento criminal. Temer, portanto, precisava de 172 votos (entre contrários, abstenções e ausentes) para barrar a denúncia. O Senado Federal também precisa votar a denúncia? Não. O rito de análise exigido pela Constituição neste caso é diferente. Em um processo de impeachment, a Câmara abre o processo e o Senado julga. Quando há uma denúncia criminal (caso de Temer), cabe aos deputados autorizar ou não o prosseguimento do processo. Mas quem julga é o Supremo. Qual foi o resultado? Temer “venceu”.A denúncia foi barrada pela Câmara dos Deputados. Resultado: O Ministério Público Federal pode recorrer? Não. Uma vez rejeitada, a denúncia fica parada, mas pode voltar a ser apreciada pela Justiça quando Temer deixar a Presidência. Enquanto estiver no cargo, o peemedebista só pode ser processado criminalmente com aval da Câmara, como determina a Constituição. Página 7
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