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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO 
ADOLESCENTE
PROF. ALEXANDDRE NÁPOLES FILHO
alexandre_napoles@hotmail.com
INTRODUÇÃO
• Criança (Art. 2º) – até 12 anos incompletos
• Adolescente - entre 12 e 18 anos de idade. 
OBS: Convenção sobre os Direitos da Criança da ONU, art. 1º, estabelece que 
toda pessoa menor de 18 anos é criança. 
A distinção no ECA traz algumas consequências, por exemplo: 
1) Medida socioeducativa – não se aplica tal medida contra criança infratora, 
somente ao adolescente infrator (art. 112). À criança aplica-se medida de 
proteção (art. 101).
2) Adoção – o adolescente deve ser necessariamente ouvido (art. 45, §2º). A 
criança poderá ser ouvida, mas sua opinião não impedirá que seja colocada 
em família substituta.
INTRODUÇÃO
Aplica-se o ECA às pessoas entre 18 e 21 anos?
Sim, em caso de medida excepcional ou em casos expressos em lei, 
apesar de já ser considerado ADULTO (§único, art. 2º). 
Ex: Ato infracional cometido por adolescente com 17 anos e 11 meses. 
Ele ficará internado até os 21 anos de idade, quando haverá a 
desinternação compulsória (art. 121, §5º).
CUIDADO: Segundo o STF (HC 94938/RJ), a emancipação civil não altera a 
incidência do ECA, uma vez que a proteção integral é devida em função 
da faixa etária da pessoa, utiliza-se o critério objetivo-cronológico. 
INTRODUÇÃO
O CC de 2002 alterou o ECA para reduzir a maioridade civil de 21 anos 
para 18?
A doutrina majoritária, o STJ (HC 180.066/RJ e RHC 27535) e o STF (HC 
97.539/RJ) entendem que o CC não interferiu no ECA, já que este é lei 
especial. 
Assim, o Novo Código Civil não revogou o art. 121, § 5.º, do ECA, 
devendo permanecer a idade de 21 anos como limite para a liberação 
compulsória de adolescente em cumprimento de medida 
socioeducativa, pois leva-se em consideração apenas a idade do 
adolescente ao tempo do fato (§ único, art. 104), sendo irrelevante o 
adolescente atingir a maioridade civil ou penal durante seu 
cumprimento.
PRINCÍPIOS 
Os princípios devem ser interpretados em consonância com as garantias 
fundamentais previstas em favor das crianças e adolescentes. 
1) Da Prioridade Absoluta
A proteção da criança e do adolescente é dever da família, da sociedade e 
do Estado. Nestes termos, o art. 227 da CF, c/c art. 4º do ECA, estabelece: 
“É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao 
adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à 
saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, 
à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e 
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, 
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.”
PRINCÍPIOS 
A garantia de prioridade compreende (§ único, art. 4º ECA):
a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;
b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública;
c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;
d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a 
proteção à infância e à juventude.
ATENÇÃO: O STF (AgRg no RE 410715/SP) entendeu não ser possível opor a 
tese da reserva do possível em face desse princípio. 
PRINCÍPIOS 
2) Da Proteção Integral
Lançado no art. 1º do ECA, se opõe à ultrapassada doutrina da situação 
irregular prevista no Código de Menores (Lei nº 6.697/79) que focava a 
atenção da norma somente nos menores em situação irregular. Ou seja, a 
proteção integral contempla diversas políticas públicas a todas as crianças e 
adolescentes, não reduzindo a intervenção a apuração de atos infracionais. 
Aspectos da proteção integral (arts. 3º e 4º): 
1) Sobrevivência (Direito à vida, à saúde e à alimentação)
2) Desenvolvimento pessoal e integral (Direito à educação, à cultura, ao lazer e à 
profissionalização) 
3) Respeito à integridade física, psíquica e moral (Direito à liberdade, respeito, 
dignidade, convivência familiar e comunitária)
PRINCÍPIOS 
3) Da Brevidade e da Excepcionalidade 
Devem ser aplicados quando da imposição de qualquer medida 
privativa de liberdade, conforme dispõe o art. 227, §3º, V, da CF. 
Segundo o princípio da brevidade a manutenção de uma medida 
privativa de liberdade deve durar somente o prazo necessário para 
a ressocialização do adolescente. 
O princípio da excepcionalidade impõe que a aplicação da privação 
de liberdade apenas deva ocorrer se não houver outra mais 
adequada, dando preferência às medidas em meio aberto. 
PRINCÍPIOS 
4) Do interesse superior da criança ou do adolescente
Levando em consideração que são sujeitos de direitos, o interesse 
superior do público infanto-juvenil deve ser respeitado em 
qualquer situação, e não apenas quando haja ameaça/violação de 
direitos. 
Segundo o art. 100, IV, do ECA, quando da aplicação de medidas de 
proteção a intervenção deve atender prioritariamente aos 
interesses e direitos da criança e do adolescente, sem prejuízo da 
consideração que for devida a outros interesses legítimos no âmbito 
da pluralidade dos interesses presentes no caso concreto. 
PRINCÍPIOS 
5) Da condição peculiar de pessoa em desenvolvimento
Previsto no art. 6º do ECA, significa dizer que toda e qualquer 
medida aplicada à criança e ao adolescente deverá considerar que 
eles estão experimentando um processo de formação e 
transformação psíquica e física. 
6) Da participação popular 
Fica garantida a participação popular na formulação das políticas 
públicas e no controle das ações vinculadas à infância e à juventude 
através de organizações representativas (art. 227, §§ 3º e 7º c/c art. 
204, II, ambos da CF). 
PRINCÍPIOS 
(TRT-SP/Juiz do Trabalho/2012) A garantia de prioridade absoluta assegurada 
à criança e ao adolescente concernente a efetivação dos direitos referentes 
à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à 
profissionalização e à cultura, dentre outros, compreende:
a) Procedência de atendimento apenas nos serviços públicos.
• R: ERRADA. Não somente nos serviços públicos, mas também nos de 
relevância pública (§único, “b”, art.4º).
b) Primazia de receber proteção e socorro em circunstâncias pré-estabelecidas 
pelo Poder Público.
• R: ERRADA. O socorro é assegurado em quaisquer circunstâncias (§único, 
“a”, art.4º).
PRINCÍPIOS 
c) Preferência exclusiva na formulação das políticas sociais públicas.
• R: ERRADA. A preferência na formulação e também na execução das 
políticas públicas (§único, “c”, art.4º). 
d) Destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a 
proteção à infância e à juventude.
• R: CORRETA. (§único, “d”, art.4º). 
e) Apenas os deveres da família e do poder público na adoção destas medidas 
prioritárias.
• R: ERRADA. A comunidade e a sociedade em geral também têm o dever de 
assegurar essas medidas (art.4º). 
PRINCÍPIOS 
(CESPE/TJ-AC-Juiz/2012) No que tange aos princípios gerais orientadores do 
ECA, assinale a opção correta.
a) O princípio da prioridade absoluta não pode ser interpretado de forma 
isolada, devendo ser interpretado de forma integrada aos demais sistemas 
de defesa da sociedade. Dessa forma, a decisão do administrador público 
entre a construção de uma creche e a de um abrigo para idosos, ambos 
necessários, deverá recair sobre a segunda, dada a prevalência da lei mais 
recente, no caso, o Estatuto do Idoso.
• R: ERRADA. O art. 4º, §único, “c” do ECA impõe que a garantia de 
prioridade compreende a preferência na formulação e na execução das 
políticas sociais públicas ou de relevância pública. Portanto, a decisão do 
administrador público deverá recair na construção de uma creche.
PRINCÍPIOS 
b) Buscando efetivar o princípio da prioridade absoluta, o legislador 
incluiu no ECA um rol taxativo de preceitosa serem seguidos.
• R: ERRADA. Não há um rol taxativo, mas exemplificativo, basta 
fazer a leitura do art. 3º do ECA que estabelece que “sem prejuízo 
da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, 
por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, 
a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, 
espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade”.
PRINCÍPIOS 
c) O princípio do melhor interesse tem aplicação limitada ao público 
infanto-juvenil cujos direitos reconhecidos no ECA forem 
ameaçados ou violados por ação ou omissão da sociedade ou do 
Estado, ou por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável.
• R: ERRADA. O princípio do melhor interesse não se limita a um 
público infanto-juvenil que se encontra em situação de risco, mas 
a todos os infantes. Lembre-se que o ECA garante,em seu art. 1º, a 
proteção integral à criança e ao adolescente. 
PRINCÍPIOS 
d) De acordo com o princípio da centralização, inovação promovida pelo 
ECA, a União tem competência para criar normas gerais e específicas 
de atendimento a crianças e adolescentes para sanar omissão dos 
governos estaduais e municipais.
• R: ERRADA. O ECA estabelece o princípio da descentralização 
político-administrativa, conforme seu art, 88, III, e não da 
centralização. Ademais, a CF/88 em seu art. 24, XV, estabelece a 
competência concorrente da União, dos Estados e do DF em legislar 
sobre a proteção à infância e à juventude; o § 1º desse artigo 
explicita que no âmbito da legislação concorrente, a competência da 
União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. 
PRINCÍPIOS 
e) Com importância reconhecida desde o século XIX, o princípio do 
melhor interesse foi adotado pela comunidade internacional, em 
1959, na Declaração dos Direitos da Criança e, por esse motivo, 
malgrado a diferença de enfoque, foi incluído no Código de Menores 
de 1979, ainda que sob a égide da doutrina da situação irregular.
• R: CORRETA. O Código de Menores (1979) incluiu o princípio do 
melhor interesse da criança em seu Art. 5º nos seguintes 
termos: “Na aplicação desta Lei, a proteção aos interesses do 
menor sobrelevará qualquer outro bem ou interesse juridicamente 
tutelado.”
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS - VIDA E SAÚDE
O ECA garante à criança e ao adolescente o direito a proteção à vida e 
à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que 
permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, 
em condições dignas de existência (Art. 7º).
Nesse sentido o ECA prevê vários direitos, quais sejam: 
• Atendimento à gestante (art. 8º e 10º): 
a) Via SUS no período pré e pós-natal;
b) atendimento obedecendo-se aos princípios de regionalização e 
hierarquização do Sistema;
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS - VIDA E SAÚDE
c) A parturiente será atendida preferencialmente pelo mesmo 
médico que a acompanhou na fase pré-natal.
d) apoio alimentar à gestante e à nutriz que dele necessitem.
e) assistência psicológica à gestante e à mãe, no período pré e pós-
natal, para prevenir ou minorar as consequências do estado 
puerperal. Essa assistência também deverá ser prestada a 
gestantes ou mães que manifestem interesse em entregar seus 
filhos para adoção.
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS - VIDA E SAÚDE
f) Os hospitais públicos e particulares são obrigados a:
I - manter registro, através de prontuários individuais, pelo prazo de 18 
anos;
II - identificar o recém-nascido e a mãe;
III - proceder a exames sobre o metabolismo do recém-nascido, bem 
como prestar orientação aos pais;
IV - fornecer declaração de nascimento;
V - manter alojamento conjunto, possibilitando ao neonato a 
permanência junto à mãe. 
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS - VIDA E SAÚDE
• Atendimento à criança e ao adolescente: 
a) será integral, por intermédio do SUS, garantido o acesso universal
e igualitário às ações e serviços para promoção, proteção e 
recuperação da saúde (art. 11). 
b) o poder público, as instituições e os empregadores propiciarão 
condições adequadas ao aleitamento, inclusive aos filhos de mães 
submetidas a medida privativa de liberdade (art. 9º c/c inciso L, do 
art. 5º da CF). 
c) Criança com deficiência tem direito à receber atendimento 
especializado (§1º, art. 11). 
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS - VIDA E SAÚDE
d) É obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados 
pelas autoridades sanitárias (§ único, art. 14).
e) Medicamentos, próteses e outros tratamentos serão fornecidos 
gratuitamente pelo poder público (§ 2º, art. 11).
f) Casos de maus-tratos contra criança ou adolescente serão 
obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva 
localidade, sem prejuízo de outras providências legais (Art. 13). 
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS - VIDA E SAÚDE
g) nos casos de internação os estabelecimentos de atendimento à 
saúde deverão proporcionar condições para a permanência em 
tempo integral de um dos pais ou responsável (art. 12). Os 
Hospitais também deverão manter alojamento conjunto, 
possibilitando ao neonato a permanência junto à mãe (V, art. 10).
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS – VIDA E SAÚDE
(IX EXAME) Assegurar o direito fundamental à vida e à saúde da criança e 
do adolescente é dever da família, da sociedade e do Poder Público. 
Acerca da regulamentação desses direitos pelo Estatuto da Criança e do 
Adolescente, assinale a afirmativa correta. 
A) Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção à saúde de 
gestantes, públicos e particulares, são obrigados a manter os 
prontuários individuais, pelo prazo de dez anos, assim como fornecer 
declaração de nascimento.
• R: ERRADA. Segundo o art. 10, I, os hospitais estão obrigados a manter 
os prontuários por 18 anos. O inciso IV, destaca que na declaração de 
nascimento deve constar as intercorrências do parto e do 
desenvolvimento do neonato. 
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS - VIDA E SAÚDE
B) Incumbe ao poder público proporcionar assistência psicológica à 
gestante e à mãe, no período pré e pós-natal, salvo se a mesma 
manifestar interesse em entregar seus filhos para adoção, quando será 
assegurada assistência psicológica pré-natal apenas. 
• R: ERRADA. Conforme estabelece o §5º, do art. 8º, essa assistência 
também deve ser assegurada às gestantes ou mães que manifestem 
interesse em entregar seus filhos para adoção. Tais medidas são para 
prevenir ou minorar as consequências do estado puerperal.
• Elas serão obrigatoriamente encaminhadas à Justiça da Infância e da 
Juventude (§ único, art. 13, introduzido pela Lei nº 12.010/2009).
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS - VIDA E SAÚDE
C) A gestante tem direito ao acompanhamento pré-natal, sendo-lhe 
assegurado o direito de ser atendida no parto pelo mesmo médico que a 
acompanhou, assim como de optar pelo tipo de parto a que será 
submetida. 
• R: ERRADA. O ECA não salvaguarda direito da gestante de optar pelo tipo do 
parto. Ademais, o §2º do art. 8º estabelece que preferencialmente a 
parturiente será acompanhada pelo mesmo médico que fez seu pré-natal. 
D) O atendimento pré-natal à gestante inclui o dever do poder público de 
propiciar apoio alimentar à gestante, como forma de assegurar o direito à 
vida e à saúde do nascituro.
• R: CORRETA. Previsto no §3º, art. 8º. 
(MPE-RO/2008) Como forma de proteção à criança, o ECA estabeleceu normas 
de proteção à gestante e à nutriz. No que concerne a essas normas, assinale 
a opção incorreta. 
A) A gestante tem direito, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), ao 
atendimento pré e perinatal. 
• R: CORRETA. Previsto no art. 8º. 
B) A parturiente deve ser atendida, preferencialmente, pelo mesmo médico 
que a acompanhou na fase pré-natal. 
• R: CORRETA. Art. 8, §2º. 
C) É dever do poder público propiciar apoio alimentar à gestante e à nutriz que 
dele necessitem.
• R: CORRETA. Art. 8, §3º.DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS - VIDA E SAÚDE
D) Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção à saúde de 
gestantes, públicos ou particulares, são obrigados a manter alojamento 
conjunto, que possibilite a permanência do neonato junto à mãe. 
• R: CORRETA. Art. 10, V. Os hospitais também são obrigados: I - manter 
registro das atividades desenvolvidas, através de prontuários individuais, 
pelo prazo de dezoito anos;
II - identificar o recém-nascido mediante o registro de sua impressão 
plantar e digital e da impressão digital da mãe, sem prejuízo de outras 
formas normatizadas pela autoridade administrativa competente;
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS - VIDA E SAÚDE
III - proceder a exames visando ao diagnóstico e terapêutica de 
anormalidades no metabolismo do recém-nascido, bem como prestar 
orientação aos pais;
IV - fornecer declaração de nascimento onde constem necessariamente 
as intercorrências do parto e do desenvolvimento do neonato;
E) O poder público, as instituições e os empregadores propiciarão 
condições adequadas ao aleitamento materno, excluídas as 
penitenciárias femininas, pois é vedada permanência de bebês no 
ambiente carcerário.
• R: ERRADA. O aleitamento materno também deve ser assegurado às 
detentas (art. 9º c/c art. 5º, L, da CF). 
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS - VIDA E SAÚDE
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS - CONVIVÊNCIA 
FAMILIAR E COMUNITÁRIA
• Espécies de Família: 
1) Natural – é a comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seus 
descendentes (art. 226, §4º, da CF, c/c art. 25 do ECA).
2) Família extensa ou ampliada - se estende para além da unidade pais e 
filhos ou da unidade do casal, formada por parentes próximos com os 
quais a criança ou adolescente convive e mantém vínculos de afinidade 
e afetividade (§ único, art. 25 do ECA).
3) Substituta - para a qual o menor deve ser encaminhado de maneira 
excepcional, por meio de qualquer das três modalidades possíveis, que 
são: guarda, tutela e adoção (art. 28 do ECA).
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS - CONVIVÊNCIA 
FAMILIAR E COMUNITÁRIA
• A regra é que a criança e o adolescente seja criado e educado no seio da 
sua família e, excepcionalmente, em família substituta em ambiente livre 
da presença de pessoas dependentes de substância entorpecentes (art. 19).
• É dever do Estado assegurar assistência à família criando mecanismos para 
coibir a violência no âmbito de suas relações (§ 8º, art. 226, CF).
Deveres dos pais: 
• sustento, guarda e educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no 
interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as determinações 
judiciais (art. 22). A CF também estabelece o dever de assistir, criar e 
educar os filhos menores (Art. 229). 
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS - CONVIVÊNCIA 
FAMILIAR E COMUNITÁRIA
O poder familiar:
• É o poder-dever dos pais de criarem e educarem seus filhos. Assim, é 
função típica dos pais, exercido igualmente pelo pai e pela mãe, e deve 
durar por toda a menoridade (até os 18 anos), não sendo suscetível de 
renúncia voluntária, aliás essa função é irrenunciável, inalienável e 
indelegável.
• A separação judicial, o divórcio e a dissolução da união estável não 
alteram as relações entre pais e filhos senão quanto ao direito, que aos 
primeiros cabe, de terem em sua companhia os segundos (Art. 1.632 do 
CC). As novas núpcias de um dos pais não dá ao novo cônjuge poder 
familiar quanto aos filhos do relacionamento anterior (Art. 1.636 do CC).
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS - CONVIVÊNCIA 
FAMILIAR E COMUNITÁRIA
• Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, 
terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer 
designações discriminatórias relativas à filiação (Art. 20).
Extinção, suspensão e perda do poder familiar:
• Não há poder familiar absoluto. Assim, em casos expressos em lei 
poderá haver a extinção, suspensão ou perda do poder familiar. 
• A falta ou a carência de recursos materiais não constitui motivo 
suficiente para a perda ou a suspensão do poder familiar (art. 23 ECA).
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS - CONVIVÊNCIA 
FAMILIAR E COMUNITÁRIA
Extingue-se o poder familiar (Art. 1.635 do CC):
1) pela morte dos pais ou do filho;
2) pela emancipação;
3) pela maioridade;
4) pela adoção;
5) por decisão judicial no caso de perda do poder familiar.
Suspende-se o poder familiar (Art. 1.637 do CC): 
1) por abuso de autoridade dos pais;
2) por dilapidação dos bens dos filhos; 
3) quando o pai ou a mãe forem condenados por sentença irrecorrível em 
virtude de crime cuja pena exceda a 2 anos de prisão.
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS - CONVIVÊNCIA 
FAMILIAR E COMUNITÁRIA
Perde-se o poder familiar (Art. 1.638 do CC):
1) castigar imoderadamente o filho;
2) deixar o filho em abandono;
3) praticar atos contrários à moral e aos bons costumes;
4) incidir, reiteradamente, nas faltas que causem suspensão do poder 
familiar
Perda x Extinção
• Perda é uma sanção imposta por sentença judicial, enquanto a extinção
são atos ou fatos jurídicos que naturalmente colocam fim ao poder 
familiar. 
ATENÇÃO: A perda é uma modalidade de extinção do poder familiar. 
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS - CONVIVÊNCIA 
FAMILIAR E COMUNITÁRIA
Procedimentos para extinção, suspensão e perda do poder familiar
1) No caso de extinção: Em se tratando de fatos jurídicos (morte e 
maioridade) não há procedimentos, a extinção é automática. 
No caso da emancipação poderá ser feita pelos pais ou por um deles na 
falta do outro, mediante instrumento público, independente de 
homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o 
menor tiver 16 anos completos (art. 5º, §único, I do CC)
2) No caso de perda ou suspensão (arts. 157 a 163 do ECA):
I. provocação do MP ou de quem tenha legítimo interesse. Não poderá se 
iniciar de ofício pelo magistrado;
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS - CONVIVÊNCIA 
FAMILIAR E COMUNITÁRIA
II. Ouvido o MP, poderá o juiz decretar a suspensão do poder familiar, 
liminar ou incidentalmente, até o julgamento definitivo da causa, 
ficando a criança ou adolescente confiado a pessoa idônea, mediante 
termo de responsabilidade;
III. Citação pessoal do Requerido para, no prazo de 10 dias, oferecer 
resposta escrita, indicando as provas a serem produzidas e oferecendo 
desde logo o rol de testemunhas e documentos;
IV. Não sendo contestado o pedido, o juiz dará vista dos autos ao MP, por 
5 dias, salvo quando este for o requerente, decidindo em igual prazo. 
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS - CONVIVÊNCIA 
FAMILIAR E COMUNITÁRIA
V. O juiz determinará a realização de estudo social ou perícia por equipe 
interprofissional ou multidisciplinar, bem como a oitiva de até 10 
testemunhas (juiz pode limitar a até 3 testemunhas) que comprovem a 
presença de uma das causas de suspensão ou destituição do poder familiar;
VI. Audiência de instrução e julgamento. É obrigatória a oitiva dos pais 
sempre que esses forem identificados e estiverem em local conhecido ;
VII. Sentença em até 120 dias que será averbada à margem do registro de 
nascimento da criança. 
OBS: as ações judiciais da competência da Justiça da Infância e da Juventude 
são isentas de custas e emolumentos, ressalvada a hipótese de litigância 
de má-fé (artigo 141, §2º) 
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS - CONVIVÊNCIA 
FAMILIAR E COMUNITÁRIA
Do acolhimento familiar ou institucional (art. 28 e parágrafos).
• É medida de proteção temporária e excepcional, pois a preferência é a 
manutenção ou reintegração do infante à sua família (§1º e 3º art. 34). 
• O acolhimento familiar terá preferência a seu acolhimento institucional 
(§1o, art. 34). 
• Reavaliação - no máximo, a cada 6 meses, devendo o magistrado, com 
base em relatório elaborado por equipe interprofissional, decidir de forma 
fundamentada pela possibilidade de reintegração familiar ou colocação em 
famíliasubstituta (guarda, tutela ou adoção).
• Tempo máximo de acolhimento - 2 anos, salvo comprovada necessidade 
que atenda ao seu superior interesse, devidamente fundamentada pela 
autoridade judiciária.
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS - CONVIVÊNCIA 
FAMILIAR E COMUNITÁRIA
Das entidades que desenvolvam programas de acolhimento familiar ou
institucional
• PRINCÍCIPIOS (Art. 92 do ECA):
I - preservação dos vínculos familiares e promoção da reintegração familiar;
II - integração em família substituta, quando esgotados os recursos de
manutenção na família natural ou extensa;
III - atendimento personalizado e em pequenos grupos;
IV - desenvolvimento de atividades em regime de co-educação;
V - não desmembramento de grupos de irmãos;
VI - evitar, sempre que possível, a transferência para outras entidades de
crianças e adolescentes abrigados;
VII - participação na vida da comunidade local;
VIII - preparação gradativa para o desligamento;
IX - participação de pessoas da comunidade no processo educativo.
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS - CONVIVÊNCIA 
FAMILIAR E COMUNITÁRIA
• Dirigente da entidade 
1) Status jurídico - é equiparado ao guardião, para todos os efeitos de 
direito.
2) Deveres:
a) Respeitar os princípios previstos no art. 92 do ECA;
b) remeter à autoridade judiciária, no máximo a cada 6 meses, relatório 
circunstanciado acerca da situação de cada criança ou adolescente 
acolhido e sua família, para fins da reavaliação. 
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS - CONVIVÊNCIA 
FAMILIAR E COMUNITÁRIA
PROCEDIMENTOS PARA O ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL
• Conselho Tutelar ou MP requer ao Magistrado. 
• Expedição de Guia de Acolhimento pela autoridade judiciária;
• A entidade após receber o infante deve elaborar um plano individual de 
atendimento (PIA), visando à reintegração familiar, ressalvada ordem escrita 
e fundamentada em contrário do magistrado;
• Verificada a possibilidade de reintegração familiar, o responsável pelo 
programa de acolhimento familiar ou institucional fará imediata 
comunicação à autoridade judiciária, que dará vista MP, pelo prazo de 5 
dias, decidindo em igual prazo.
Acolhimento sem determinação judicial – é uma exceção utilizada em 
caso de urgência, mas as entidades devem fazer comunicação do fato em 
até 24 horas ao Juiz da Infância e da Juventude, sob pena de 
responsabilidade (art. 93).
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Reconhecimento de filhos
• O reconhecimento poderá ser feito pelos pais, de maneira conjunta ou 
separadamente, no próprio termo de nascimento, por testamento, 
mediante escritura ou outro documento público, qualquer que seja a 
origem da filiação. 
• O reconhecimento pode preceder o nascimento do filho ou ser 
posterior ao seu falecimento, se ele deixar descendentes (art. 1.609, §
único, do CC e art. 26 do ECA).
• O reconhecimento é irrevogável e incondicional, sendo considerado 
ineficaz qualquer condição inserida no ato de reconhecimento do filho. 
É direito personalíssimo, indisponível e imprescritível, podendo ser 
exercido contra os pais ou seus herdeiros (Art. 27 do ECA). 
(XIII EXAME) Vilma, avó materna do menor Oscar, de quinze 
anos de idade, pretende mover ação de suspensão do 
poder familiar em face de Onísio e Paula, pais do menor. 
Argumenta que Oscar estaria na condição de evasão 
escolar e os pais negligentes, embora incansavelmente 
questionados por Vilma quanto as consequências negativas 
para a formação de Oscar. Considere a hipótese narrada e 
assinale a única opção correta aplicável ao caso. 
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A) Do ponto de vista processual, Vilma não tem legitimidade para 
propor a ação que deve ser movida exclusivamente pelo Ministério 
Público, diante da indisponibilidade do direito em questão, a quem 
a interessada deve dirigir a argumentação para a tomada das 
medidas judiciais cabíveis. 
• R: ERRADA. Vilma, o MP ou quem tenha o legítimo interesse 
podem propor a ação (vide art. 1.637 CC c/c Art. 155 do ECA). 
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B) Do ponto de vista material, os elementos indicados por Vilma são 
suficientes ao pleito de suspensão do poder familiar, do mesmo 
modo que a falta ou a carência de recursos materiais são, ainda 
que isoladamente, justo motivo para propositura da medida de 
suspensão do poder familiar. 
• R: ERRADA. Apesar do art. 22 ECA, incumbir aos pais o dever de 
sustento, guarda e educação dos filhos menores, o art. 23, destaca 
que a falta de recursos materiais, por si só, não autoriza a medida 
de suspensão do poder familiar, devendo a criança permanecer 
na família de origem, a qual deverá ser incluída em programas de 
oficiais de auxílio. 
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C) Do ponto de vista material, os argumentos indicados por Vilma são 
irrelevantes a dar ensejo à medida de suspensão de poder familiar, 
medida grave e excepcionalmente aplicada, mas são suficientes ao 
pleito de aplicação de multa e repreensão aos pais negligentes, 
por se tratar de infração administrativa. 
• R: ERRADA. O artigo 24 ECA determina expressamente que a perda 
e a suspensão do poder familiar serão decretadas judicialmente na 
hipótese de descumprimento injustificado dos deveres e 
obrigações a que alude o artigo 22 ECA, dentre os quais está o 
dever de educação dos filhos menores (entenda-se educação 
formal). 
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D) Do ponto de vista processual, Vilma possui legitimidade para propor 
a ação de suspensão do poder familiar e, tramitando o processo 
perante a Justiça da Infância e da Juventude, é impositiva a isenção 
de custas e emolumentos, independente de concessão da gratuidade 
de justiça, conforme dispõe expressa e literalmente o ECA. 
• R: CORRETA. Segundo o art. 155 ECA e 1.637 do CC, qualquer parente 
da criança ou adolescente pode requerer ao juiz a suspensão do 
poder familiar. No que diz respeito às custas, o artigo 141, §2º 
determina expressamente que as ações judiciais da competência da 
Justiça da Infância e da Juventude são isentas de custas e 
emolumentos, ressalvada a hipótese de litigância de má-fé. 
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(CESPE/OAB/2009.2) No que se refere ao direito à convivência 
familiar e comunitária, assinale a opção correta com base no ECA.
A) O pátrio poder não poderá ser exercido, simultaneamente, pelo 
pai e pela mãe. Em caso de discordância quanto a quem caberá 
titularizá-lo, a ambos será facultado o direito de recorrer à 
autoridade judiciária competente para a solução da divergência.
• R: ERRADA. O poder familiar será exercido em igualdade de 
condições pelo pai e pela mãe (art. 21). A expressão pátrio poder 
foi alterada por poder familiar pela Lei nº 12.010/2009. 
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B) Na ausência dos pais, o pátrio poder poderá ser delegado, nessa 
ordem: ao irmão mais velho, desde que já tenha alcançado a 
maioridade, ao tio paterno ou ao avô paterno. Na ausência de 
qualquer um desses, o pátrio poder poderá, excepcionalmente, 
ser delegado à avó materna.
• R: ERRADA. No ECA e no CC não há previsão de delegação do 
poder familiar. O poder familiar é irrenunciável, inalienável e 
indelegável. Nesse sentido, o CC estabelece, no art. 1.631, que 
compete o poder familiar aos pais; na falta ou impedimento de um 
deles, o outro o exercerá com exclusividade. 
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C) Toda criança ou adolescente tem direito à educação no seio da sua 
família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a 
participação efetiva da mãe biológica no convívio diáriocom o 
educando, em ambiente livre da presença de pessoas discriminadas.
• R: ERRADA. Primeira parte está correta. Será assegurada a convivência 
familiar e comunitária, em ambiente livre da presença de pessoas 
dependentes de substância entorpecentes (art. 19).
D) Os filhos, havidos, ou não, da relação do casamento, ou por adoção, 
terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer 
designações discriminatórias relativas à filiação.
• R: CORRETA. Texto expresso do art. 20. 
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(EXAME 2010.3) Com relação aos procedimentos para a perda e a 
suspensão do poder familiar regulados pelo Estatuto da Criança e do 
Adolescente, é correto afirmar que
A) a autoridade judiciária, ouvido o Ministério Público, poderá decretar 
liminar ou incidentalmente a suspensão do poder familiar, 
independentemente da gravidade do motivo. 
• R: ERRADA. Somente se houver motivo grave poderá haver a suspensão 
do poder familiar. A criança ou adolescente ficará confiado a pessoa 
idônea, mediante termo de responsabilidade (art. 157). 
• OBS: A suspensão é ato temporário e atinge somente o exercício e não 
a titularidade da função paterna, esta permanece intacta.
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B) o procedimento para perda ou suspensão do poder familiar dispensa 
que os pais sejam ouvidos, mesmo se estes forem identificados e 
estiverem em local conhecido. 
• R: ERRADA. É obrigatória a oitiva dos pais sempre que esses forem 
identificados e estiverem em local conhecido (ECA, art. 161, § 4°).
C) o procedimento para perda ou suspensão do poder familiar terá início 
por provocação do Ministério Público ou de quem tenha legítimo 
interesse.
• R: CORRETA. Tanto o MP quanto qualquer interessado podem dar início 
ao procedimento para perda ou suspensão do poder familiar (art. 155, 
ECA). 
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D) em conformidade com a nova redação dada pela Lei 12.010, de 3 de 
agosto de 2009, o prazo máximo para a conclusão do procedimento de 
perda ou suspensão do poder familiar será de 180 (cento e oitenta) dias.
• R: ERRADA. Afronta o art. 163, ECA, que determina prazo máximo de 
120 dias para a conclusão do procedimento de perda ou suspensão do 
poder familiar. 
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Colocação em família substituta
• É medida excepcional e somente existem três formas: guarda, tutela ou 
adoção. Pode ocorrer independentemente da situação jurídica da 
criança ou adolescente (art. 28 ECA).
• Na apreciação do pedido levar-se-á em conta o grau de parentesco e a 
relação de afinidade ou de afetividade, a fim de evitar ou minorar as 
consequências decorrentes da medida (§3º, art. 28). 
• Sempre que possível, a criança ou o adolescente será previamente 
ouvido por equipe interprofissional, respeitado seu estágio de 
desenvolvimento e grau de compreensão sobre as implicações da 
medida, e terá sua opinião devidamente considerada (§ 1º, art. 28).
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• Tratando-se de maior de 12 anos de idade, será necessário seu 
consentimento, colhido em audiência. (§ 2º, art. 28).
• Os grupos de irmãos serão colocados na mesma família substituta, 
ressalvada a comprovada existência de risco de abuso ou outra situação, 
procurando-se sempre evitar o rompimento definitivo dos vínculos 
fraternais (§4º, art. 28).
• A luz do princípio da proteção integral, não se deferirá colocação em 
família substituta à pessoa que demonstre, por qualquer modo, 
incompatibilidade com a natureza do instituto ou que não ofereça 
ambiente familiar adequado (art. 29). 
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• Preparação gradativa e acompanhamento posterior será necessária 
para a colocação em família substituta, realizados pela equipe 
interprofissional a serviço da Justiça da Infância e da Juventude, 
preferencialmente com o apoio dos técnicos responsáveis pela 
execução da política municipal de garantia do direito à convivência 
familiar (§5º, art. 28).
• A colocação em família substituta estrangeira constitui medida 
excepcional, somente admissível na modalidade de adoção (Art. 31).
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• No caso de criança ou adolescente indígena ou quilombola é ainda 
obrigatório (§6º, art. 28):
I - que sejam respeitadas sua identidade social e cultural, costumes, 
tradições e instituições, desde que não sejam incompatíveis com os 
direitos fundamentais reconhecidos pelo ECA e CF.
II - que a colocação familiar ocorra prioritariamente no seio de sua 
comunidade ou junto a membros da mesma etnia;
III - a intervenção e oitiva de representantes do órgão federal 
responsável pela política indigenista, no caso de crianças e 
adolescentes indígenas, e de antropólogos, perante a equipe 
interprofissional ou multidisciplinar que irá acompanhar o caso. 
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(XIV EXAME) A Declaração Universal dos Direitos da Criança 
reconhece como necessária ao desenvolvimento completo e 
harmonioso das crianças e dos adolescentes a necessidade de 
cuidados e um ambiente de afeto e de segurança moral e material, 
o que prioritariamente deve ocorrer na companhia e sob a 
responsabilidade dos pais. Mas, em circunstâncias excepcionais, a 
criança ou o adolescente podem ser confiados às chamadas 
famílias substitutas. A respeito da colocação de criança ou 
adolescente em família substituta, segundo os termos do Estatuto 
da Criança e do Adolescente, assinale a afirmativa correta. 
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A) O ECA disciplina procedimento específico para a colocação em 
família substituta de criança ou adolescente indígena, que requer, 
obrigatoriamente, a intervenção e oitiva de representantes de 
órgão federal responsável pela política indígena e de antropólogos. 
• R: CORRETA. Também abarca quilombolas. O § 6º, do art. 28 ainda 
prevê: I – o respeito a identidade social e cultural, os seus 
costumes e tradições, bem como suas instituições; II – prioridade
de colocação no seio de sua comunidade ou junto a membros da 
mesma etnia. 
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B) A criança ou adolescente será prévia e necessariamente ouvida pela 
equipe interprofissional no curso do processo, dispensando-se o 
consentimento da criança ou adolescente, que será substituído pelo 
parecer da equipe.
• R: ERRADA. O §1º, do art. 28, estabelece que SEMPRE QUE POSSÍVEL o 
infante será previamente ouvido por equipe interprofissional, 
respeitado seu estágio de desenvolvimento e grau de compreensão 
sobre as implicações da medida. Também indica que a sua opinião será 
devidamente considerada, não sendo substituída por parecer da 
equipe.
• Lembre-se que se for maior de 12 anos de idade, será NECESSÁRIO seu 
consentimento, colhido em audiência (§2º, art. 28).
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C) A colocação da criança ou adolescente em família substituta, por 
ser de caráter provisório e precário, exime o guardião ou o tutor 
dos deveres de companhia e guarda, que poderão ser transferidos 
a terceiros. 
• R: ERRADA. O guardião e o tutor estão obrigados a prestação de 
assistência material, moral e educacional à criança ou 
adolescente, conferindo a seu detentor o direito de opor-se a 
terceiros, inclusive aos pais (art. 33). Lembre-se que a tutela 
implica necessariamente o dever de guarda (§único, art. 36). 
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D) A guarda e a tutela são as únicas modalidades de colocação da 
criança ou adolescente em família substituta,que pode ser 
nacional ou estrangeira, sendo a adoção medida de colocação em 
família definitiva, não em família substituta. 
• R: ERRADA. Adoção também é uma das forma de colocação em 
família substituta (art. 28). A adoção é medida excepcional e 
irrevogável (§1º, art. 39) e poderá haver, excepcionalmente, na 
modalidade internacional.
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(IX EXAME) A respeito da família substituta, com base no Estatuto da 
Criança e do Adolescente, assinale a afirmativa correta. 
A) A colocação em família substituta de maior de doze anos de idade 
far-se-á mediante consentimento do menor, colhido em audiência. 
• R: CORRETA. Previsão do §2º, art. 28. Ademais, sempre que possível, 
a criança ou o adolescente será previamente ouvido por equipe 
interprofissional, respeitado seu estágio de desenvolvimento e grau 
de compreensão sobre as implicações da medida, e terá sua opinião 
devidamente considerada (§1º, art. 28).
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B) Os grupos de irmãos serão sempre colocados sob adoção, tutela ou guarda 
da mesma família substituta. 
• R: ERRADA. Sempre não. Poderá ser em famílias distintas se comprovada 
existência de risco de abuso ou outra situação que justifique plenamente a 
excepcionalidade da solução, procurando-se, em qualquer caso, evitar o 
rompimento definitivo dos vínculos fraternais (§ 4º, art. 28).
C) A colocação em família substituta estrangeira constitui medida excepcional, 
somente admissível na modalidade de tutela. 
• R: ERRADA. É medida excepcional, mas somente é admissível na 
modalidade de adoção (art. 31). 
• Adoção internacional - aquela na qual a pessoa ou casal postulante é 
residente ou domiciliado fora do Brasil (art. 51).
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D) A colocação em família substituta far-se-á mediante guarda, tutela 
ou adoção, sendo esta limitada pela situação jurídica da criança ou 
adolescente.
• R: ERRADA. Primeira parte está correta (art. 28). Mas, a colocação 
será independentemente da situação jurídica da criança ou 
adolescente (art. 28, caput), ou seja, tanto faz se a criança ou 
adolescente está numa família ou numa entidade sob 
acolhimento.
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Guarda
• É modalidade de colocação em família substituta confiada à terceiros 
sempre que os pais não possuem condições de exercer o poder familiar. 
• Diferencia-se da tutela e da adoção, em especial, por não pressupor 
destituição ou suspensão do poder familiar dos pais (família natural).
• Obriga a prestar assistência material, moral e educacional, conferindo a 
seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos pais (art. 33). 
• A guarda destina-se a regularizar a posse de fato, podendo ser deferida, 
liminar ou incidentalmente, nos procedimentos de tutela e adoção, 
exceto no de adoção por estrangeiros (§1º art. 33).
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Espécies de Guarda:
1) De fato – Quando há criança ou adolescente que já esteja sendo criado 
por alguém, mas que não possui o termo de guarda. Assim, irá tornar de 
direito uma situação meramente fática. O ECA não considera a guarda 
de fato como uma espécie, mas como uma finalidade para da guarda de 
direito, ou seja, regularizar situação de posse de fato (art. 33, §1º). 
2) Provisória – Ocorre quando, durante o processo de tutela ou adoção, os 
futuros tutores ou pais adotivos solicitam a guarda da criança ou 
adolescente. Poderá ser deferida liminar ou incidentalmente. 
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3) Permanente – É medida excepcional deferida fora dos casos de tutela 
e adoção para atender eventual ausência dos pais ou responsável ou 
outra situação peculiar (§2º do art. 33). 
4) Especial – É o acolhimento estimulado pelo poder público, sob a 
forma de guarda, de criança ou adolescente afastado do convívio 
familiar (art. 34). Será concedido incentivos fiscais e subsídios.
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Guarda Previdenciária? 
A guarda confere à criança ou adolescente a condição de dependente, 
para todos os fins e efeitos de direito, inclusive previdenciários (§3º, art. 
33). Mas, não se pode deferir a guarda tão somente para fins 
previdenciários, pois configura desvio de finalidade da guarda (STJ RESP 
696204). Deve existir guarda de fato, para então ser concedido o 
benefício previdenciário à criança e ao adolescente. 
• ATENÇÃO: Qualquer espécie de guarda poderá ser revogada a qualquer 
tempo, mediante ato judicial fundamentado, ouvido o MP (art. 35). 
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• Visitação e Alimentos - o deferimento da guarda a terceiros não impede 
o exercício do direito de visitas pelos pais, assim como o dever de 
prestar alimentos (§4º, art. 33).
Tutela
• É uma das formas definitivas de colocação em família substituta.
• Pressupõe a morte dos pais, sua declaração de ausência, ou prévia 
decretação da perda ou suspensão poder familiar (ex: castigo 
imoderado, abandono, abuso de autoridade) e implica necessariamente 
o dever de guarda (§único, art. 36 do ECA, c/c art. 1.728 do CC). 
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• O Tutor terá poderes para reger e administrar os bens do infante.
• Idade limite para tutela - será deferida a pessoa de até 18 anos 
incompletos.
Adoção
• A adoção é medida excepcional e irrevogável, à qual se deve recorrer 
apenas quando esgotados os recursos de manutenção da criança ou 
adolescente na família natural ou extensa (§1º do art. 39).
• Idade mínima do adotante - 18 anos, independentemente do estado civil 
(art. 42).
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• Idade máxima do adotando - 18 anos à data do pedido, salvo se já estiver 
sob a guarda ou tutela dos adotantes (Art. 40). 
Se for maior de 18 anos a adoção tramitará na Vara de Família e será 
regida pelo CC, aplicando-se o ECA subsidiariamente. Salvo se o menor já 
estava sob a guarda ou tutela do adotante e o processo tenha iniciado até 
os 21 anos do adotado, quando a competência será da Vara da Infância e da 
Juventude. 
• Diferença de idade entre adotante e adotado – O adotante há de ser, pelo 
menos, 16 anos mais velho do que o adotando (§3º, art.42). 
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• Restrições para adotar:
1) É vedada a adoção por procuração (§2º, art. 39); 
2) Não podem adotar os ascendentes e os irmãos do adotando (§1º, art. 42). 
ATENÇÃO à Tio pode adotar sobrinho, pois não existe proibição de que 
colaterais adotem;
3) Enquanto não der conta de sua administração e saldar o seu alcance, não 
pode o tutor ou o curador adotar o pupilo ou o curatelado (art. 44). 
• Formas de adoção:
1) Adoção conjunta - é indispensável que os adotantes sejam casados 
civilmente ou mantenham união estável, comprovada a estabilidade da 
família (§ 2o , art. 42). 
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2) Adoção por casais separados - Os divorciados, os judicialmente separados e 
os ex-companheiros podem adotar conjuntamente, contanto que acordem 
sobre a guarda e o regime de visitas e desde que o estágio de convivência 
tenha sido iniciado na constância do período de convivência e que seja 
comprovada a existência de vínculos de afinidade e afetividade com 
aquele não detentor da guarda (§4º, art. 42). 
3) Adoção unilateral – é permitido que o cônjuge ou concubino adote o filho 
do outro, caso em que são mantidos os vínculos de filiação entre o adotado 
e o pai/mãe biológico e os respectivos parentes (§ 1º, art. 41).
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4) Adoção post mortem – poderá ser deferida ao adotante que, após 
inequívoca manifestação de vontade, vier a falecer no curso do 
procedimento, antes de prolatada a sentença (§ 6º, do art. 42).
5) Adoção em união homoafetiva – O STJ, no Resp 889852/RS, permitiu a 
adoção por casais que vivam em união homoafetiva. O fundamento da 
decisão foi a análise da adoção apresentar reais vantagens para o 
adotando, conforme estabelece o art. 43 do ECA. 
O STF, na ADI 4277/DF e na ADPF 132/RJ, já reconheceu a união estável 
para casais do mesmo sexo. Nesse sentido, o CNJ aprovou a resolução nº 
175 que obriga os cartórios de todo o país a celebrar o casamento civil e 
converter a união estável homoafetiva em casamento.
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6) Adoção por estrangeiros - aquela na qual a pessoa ou casal postulante é 
residente ou domiciliado fora do Brasil (art. 51). É medida excepcional (art. 
31).
Requisitos: 
a) que a colocação em família substituta é a solução adequada ao caso 
concreto;
b) que foram esgotadas todas as possibilidades de colocação da criança ou 
adolescente em família substituta brasileira, após consulta aos cadastros; 
c) que, em se tratando de adoção de adolescente, este foi consultado, por 
meios adequados ao seu estágio de desenvolvimento, e que se encontra 
preparado para a medida, mediante parecer elaborado por equipe 
interprofissional. 
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OBS: Os brasileiros residentes no exterior terão preferência aos estrangeiros, 
nos casos de adoção internacional de criança ou adolescente brasileiro (§2º, 
art. 51).
• Efeitos da Adoção:
1) A adoção é irrevogável, por isso que a morte dos adotantes não restabelece 
o poder familiar dos pais naturais (arts. 39, §1º e 49). 
2) Atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres, 
inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e 
parentes, salvo os impedimentos matrimoniais (art. 41).
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3) É recíproco o direito sucessório entre o adotado, seus descendentes, o 
adotante, seus ascendentes, descendentes e colaterais até o 4º grau, 
observada a ordem de vocação hereditária (§2º, art. 41).
4) O adotado tem direito de conhecer sua origem biológica, bem como de obter 
acesso irrestrito ao processo, após completar 18 anos. O acesso ao processo 
também poderá ser deferido ao menor de 18 anos, a seu pedido, assegurada 
orientação e assistência jurídica e psicológica (art. 48).
5) O vínculo da adoção constitui-se por sentença judicial, que será inscrita no 
registro civil mediante mandado do qual não se fornecerá certidão. A 
inscrição consignará o nome dos adotantes como pais, bem como o nome de 
seus ascendentes (art. 47). 
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• O mandado judicial, que será arquivado, cancelará o registro original do 
adotado e a pedido do adotante, o novo registro poderá ser lavrado no 
Cartório do Registro Civil do Município de sua residência (§§ 2º e 3 º do art. 
47).
• Nenhuma observação sobre a origem do ato poderá constar nas certidões 
do registro (§ 4º do art. 47).
• A sentença conferirá ao adotado o nome do adotante e, a pedido de 
qualquer deles, poderá determinar a modificação do prenome (§ 5º do art. 
47).
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(XII EXAME) Paulo, de 4 anos, é filho de Carla e não teve a 
sua paternidade reconhecida. Cláudio, avô de Carla e 
bisavô de Paulo, muito preocupado com o futuro do 
bisneto, pretende adotá-lo, tendo em vista que Carla 
ostenta uma situação financeira precária e, na opinião do 
avô, não é muito responsável. Acerca da possibilidade de 
adoção de Paulo por Cláudio, assinale a afirmativa correta. 
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A) Cláudio sendo bisavô de Paulo e membro de sua família extensa, terá 
prioridade na adoção da criança, exigindo-se, contudo, que Carla, 
mãe de Paulo, autorize e que o adotando dê o seu consentimento em 
juízo.
R: ERRADA. Cláudio não poderá adotar Paulo, pois é vedado os 
ascendentes adotar, bem como os irmãos do adotando (§1º, art. 42). 
Ademais, o consentimento do Paulo somente será imprescindível a 
partir dos 12 anos de idade (§2º, art. 45).
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B) Cláudio, por ser bisavô de Paulo, não poderá adotá-lo, mesmo que 
Carla consinta, já que tal medida excepcional não é permitida quando 
o adotante é ascendente ou irmão do adotando. 
• R: CORRETA. 
C) Como Cláudio só poderá adotar Paulo se Carla for destituída do 
poder familiar exercido em favor da criança, a medida, dada a sua 
excepcionalidade, só se justificaria na hipótese de adoção bilateral. 
• R: ERRADA. 
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D) Claudio, por ser bisavô de Paulo, por um lado, tem 
prioridade na adoção da criança, mas, por outro, só poderá 
adotá-lo se Carla, além de autorizar a medida, for 
destituída do poder familiar. 
• R: ERRADA. 
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(X EXAME) Acerca da colocação da criança ou do adolescente em 
família substituta na modalidade adoção, assinale a afirmativa 
correta. 
A) A adoção extingue os vínculos pretéritos entre o adotado e a 
família anterior, porém, excepcionalmente, no caso de 
falecimento dos adotantes, o poder familiar dos pais naturais 
poderá ser restabelecido, se atender ao melhor interesse do 
menor. 
• R: ERRADA. A adoção é irrevogável (§1º, art. 39). A morte dos 
adotantes não restabelece o poder familiar dos pais naturais 
(art. 49). 
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS - CONVIVÊNCIA 
FAMILIAR E COMUNITÁRIA
B) A adoção produz os seus efeitos a partir do trânsito em 
julgado da sentença declaratória do estado de filiação, 
porém, se o adotante vier a falecer no curso do 
procedimento os efeitos retroagirão à data do óbito. 
• R: ERRADA. A sentença é constitutiva, não declaratória, 
conforme dispõe o art. 47, §7º. Ademais, deve haver 
inequívoca manifestação de vontade de adoção pelo 
adotante no curso do procedimento (§ 6º, art. 42).
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS - CONVIVÊNCIA 
FAMILIAR E COMUNITÁRIA 
C) A adoção depende do consentimento do adotando, se 
maior de 12 anos de idade, e dos pais do adotando ou do 
representante legal deste ou do guardião legal ou de fato, 
na falta dos primeiros. 
• R: ERRADA. O ECA não prevê o consentimento do guardião, 
somente dos pais e do representante legal (art. 45).
• OBS: O consentimento será dispensado em relação à 
criança ou adolescente cujos pais sejam desconhecidos ou 
tenham sido destituídos do poder familiar (§1º, art. 45).
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS - CONVIVÊNCIA 
FAMILIAR E COMUNITÁRIA
D) A adoção produz os seus efeitos a partir do trânsito em 
julgado da sentença constitutiva, porém, se o adotante vier 
a falecer após inequívoca manifestação de vontade no 
curso do procedimento, os efeitos retroagirão à data do 
óbito.
• R: CORRETA. Texto expresso do § 7º, art. 47 - Adoção post 
mortem. 
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS - CONVIVÊNCIA 
FAMILIAR E COMUNITÁRIA 
(VI EXAME) Um famoso casal de artistas residente e domiciliado nos 
Estados Unidos, em viagem ao Brasil para o lançamento do seu mais 
novo filme, se encantou por Caio, de 4 anos, a quem pretende adotar. 
Caio teve sua filiação reconhecida exclusivamente pela mãe Isabel, 
que, após uma longa conversa com o casal, concluiu que o melhor 
para o filho era ser adotado, tendo em vista que o famoso casal 
possuía condições infinitamente melhores de bem criar e educar 
Caio. Além disso, Isabel ficou convencida do amor espontâneo e 
sinceroque o casal de imediato nutriu pelo menino. Ante a situação 
hipotética, é correto afirmar que
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS - CONVIVÊNCIA 
FAMILIAR E COMUNITÁRIA 
A) a adoção só é concedida quando for impossível manter a criança ou 
o adolescente em sua família, razão pela qual o consentimento de 
Isabel é irrelevante para a apreciação do pedido do famoso casal, 
que será deferido caso represente o melhor interesse de Caio. 
• R: ERRADA. Apesar de se levar em consideração as vantagens reais 
para Caio e os motivos legítimos (art. 44), a adoção dependerá do 
consentimento de Isabel (art. 45), já que ela não foi destituída do 
poder familiar.
• LEMBRE-SE: Se Caio fosse maior de 12 anos de idade, seria também 
necessário o seu consentimento (§2º, art. 45 c/c III, art. 51).
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS - CONVIVÊNCIA 
FAMILIAR E COMUNITÁRIA
B) independentemente da manifestação de vontade de Isabel, o 
famoso casal terá prioridade na adoção de Caio, depois de 
esgotadas todas as possibilidades de colocação de Caio em uma 
família brasileira. 
• R: ERRADA. A manifestação de Isabel será relevante (art. 45). A 
adoção internacional somente será deferida se, após consulta ao 
cadastro de pessoas ou casais habilitados à adoção, não for 
encontrado interessado com residência permanente no Brasil (§
10º art. 50 c/c II, art. 51). 
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS - CONVIVÊNCIA 
FAMILIAR E COMUNITÁRIA 
C) Tendo em vista o consentimento da mãe de Caio, o famoso casal terá 
prioridade em sua adoção em face de outros casais já previamente 
inscritos nos cadastros de interessados na adoção, mantidos pela 
Justiça da Infância e da Juventude. 
• R: ERRADA. Quem terá prioridade na adoção serão os casais 
brasileiros cadastrados e habilitados com residência permanente no 
Brasil (§ 10º art. 50 c/c II, art. 51). 
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS - CONVIVÊNCIA 
FAMILIAR E COMUNITÁRIA 
D) a adoção internacional é medida excepcional; entretanto, em virtude 
do consentimento de Isabel para a adoção de seu filho pelo famoso 
casal, este só não terá prioridade se houver casal de brasileiro, 
residente no Brasil, habilitado para a adoção.
• R: CORRETA. (art. 31 c/c art. 45 e §10º, art. 50). 
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS - CONVIVÊNCIA 
FAMILIAR E COMUNITÁRIA
(V EXAME) Fernando e Eulália decidiram adotar uma menina. Iniciaram 
o processo de adoção em maio de 2010. Com o estágio de 
convivência em curso, o casal se divorciou. Diante do fim do 
casamento dos pretendentes à adoção, é correto afirmar que
A) a adoção deverá ser suspensa, e outro casal adotará a menor, 
segundo o princípio do melhor interesse do menor, pois a adoção é 
medida geradora do vínculo familiar.
• R: ERRADA. Fernado e Eulália poderão realizar a adoção conjunta se 
acordarem sobre a guarda e o regime de visitas, já que o estágio de 
convivência iniciou enquanto casado. Mas, deverá ser comprovada a 
existência de vínculos de afinidade e afetividade com aquele não 
detentor da guarda (§4º, art. 42). 
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS - CONVIVÊNCIA 
FAMILIAR E COMUNITÁRIA
B) a adoção poderá prosseguir, contanto que o casal opte pela guarda 
compartilhada no acordo de divórcio, mesmo que o estágio de 
convivência não tenha sido iniciado na constância do período de 
convivência.
• R: ERRADA. O estágio de convivência deve se iniciar ainda enquanto 
casados. Ademais, desde que demonstrado efetivo benefício ao 
adotando, será assegurada a guarda compartilhada (§ 5º, art. 42). 
• LEMBRE-SE: A regra é que para adoção conjunta, é indispensável que 
os adotantes sejam casados civilmente ou mantenham união 
estável, comprovada a estabilidade da família, sendo exceção a 
adoção entre divorciados. 
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS - CONVIVÊNCIA 
FAMILIAR E COMUNITÁRIA
C) a adoção será deferida, contanto que o casal acorde sobre a guarda, 
regime de visitas e desde que o estágio de convivência tenha sido 
iniciado na constância do período de convivência e que seja 
comprovada a existência de vínculo de afinidade e afetividade com 
aquele que não seja o detentor da guarda que justifique a 
excepcionalidade da concessão.
• R: CORRETA. Conforme estabelece o §4º, art. 42. 
D) a lei não prevê tal hipótese, pois está em desacordo com os ditames 
constitucionais da paternidade responsável.
• R: ERRADA. 
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS – EDUCAÇÃO
• A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno 
desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da 
cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes (art. 
53):
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - direito de ser respeitado por seus educadores;
III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às 
instâncias escolares superiores;
IV - direito de organização e participação em entidades estudantis;
V - acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência.
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS – EDUCAÇÃO
• Direito à participação das propostas educacionais - É direito dos pais 
ou responsáveis ter ciência e participação do processo pedagógico (§
único do art. 53).
• Repartição de competências: 
1) União - sistema federal de ensino e o dos Territórios (§ 1º, 211, CF); 
2) Estados e o DF - prioritariamente o ensino fundamental e médio (§
3º, 211, CF);
3) Municípios - prioritariamente o ensino fundamental e a educação 
infantil (§ 2º, 211, CF). 
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS – EDUCAÇÃO
• É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente (Art. 54):
I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a 
ele não tiveram acesso na idade própria. Esse direito é público 
subjetivo (§ 1º, art. 54) . O não oferecimento do serviço ou sua 
oferta irregular importa responsabilidade da autoridade competente 
(§ 2º, art. 54) .
II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino 
médio;
III - atendimento educacional especializado aos portadores de 
deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino (art. 54, III, 
c/c art. 208, III, CF);
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS – EDUCAÇÃO
IV - atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a 5 anos de 
idade (art. 208, IV, da CF - EC nº 53/2006). No ECA a idade é até 6 
anos (art. 54, IV). 
CUIDADO: A CF foi alterada e agora destaca que a educação básica será 
obrigatória e gratuita dos 4 aos 17 anos de idade, assegurada 
inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram 
acesso na idade própria (art. 208, I, CF – Ec nº 59/2009). Haverá 
também progressiva universalização do ensino médio gratuito (art. 
208, II, CF – EC nº 14/1996).
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS – EDUCAÇÃO
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS – EDUCAÇÃO
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação 
artística, segundo a capacidade de cada um;
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do 
adolescente trabalhador;
VII - atendimento no ensino fundamental, através de programas 
suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação 
e assistência à saúde.
• Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou 
pupilos na rede regular de ensino (Art. 55).
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS – EDUCAÇÃO
• Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental 
comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de (Art. 56):
I - maus-tratos envolvendo seus alunos;
II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os 
recursos escolares;
III - elevados níveis de repetência.
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS – EDUCAÇÃO
(VII EXAME) Com forte inspiração constitucional, a Lei nº. 8.069, 
de 13 de julho de 1990, consagra a doutrina da proteção 
integral da criança e do adolescente, assegurando ‐ lhes direitos 
fundamentais, entre os quais o direito à educação. Igualmente, 
é ‐lhes franqueado o acesso à cultura, ao esporte e ao lazer 
preparando ‐ os para o exercício da cidadania e qualificação 
para o trabalho, fornecendo ‐ lhes elementos para seu pleno 
desenvolvimento e realização como pessoa humana. De acordo 
com as disposições expressas no Estatuto da Criança e do 
Adolescente, é correto afirmar que
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS – EDUCAÇÃO
A) Toda criança e todo adolescente têm direito a serem respeitados por 
seus educadores, mas não poderão contestar os critérios avaliativos, 
uma vez que estes são estabelecidos pelas instâncias educacionais 
superiores, norteados por diretrizes fiscalizadas pelo MEC.
• R: ERRADA. A primeira parte está correta, prevista no art. 53, II. 
Porém, o ECA garante o direito à contestar os critérios avaliativos, 
podendo recorrer às instâncias escolares superiores (III, art. 53). 
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS – EDUCAÇÃO
B) é dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente o ensino 
fundamental, obrigatório e gratuito, mas sem a progressiva extensão 
da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio. 
• R: ERRADA. Há o direito ao ensino fundamental obrigatório e gratuito 
(prevista no art. 54, I). Mas, o ECA expressamente prevê que o ensino 
médio terá uma progressiva extensão da obrigatoriedade e 
gratuidade (II, art. 54). 
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS – EDUCAÇÃO
C) Não existe obrigatoriedade de matrícula na rede regular de 
ensino àqueles genitores ou responsáveis pela criança ou 
adolescente que, por convicções ideológicas, políticas ou 
religiosas, discordem dos métodos de educação escolástica 
tradicional para seus filhos ou pupilos.
• R: ERRADA. É dever dos pais matricular os filhos na rede 
regular de ensino (art. 55). Os pais podem inclusive responder 
criminalmente por abandono intelectual (art. 246, CP). 
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS – EDUCAÇÃO
D) Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental 
comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de maus‐tratos 
envolvendo seus alunos, a reiteração de faltas injustificadas 
e a evasão escolar, esgotados os recursos escolares, assim 
como os elevados níveis de repetência.
• R: CORRETA. Previsto no Art. 56. 
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS -
PROFISSIONALIZAÇÃO E PROTEÇÃO NO TRABALHO
OBS: O art. 60 do ECA foi tacitamente revogado pela EC nº20/98 que 
alterou o art. 7º, XXXIII, da CF/88. 
IDADE POSSIBILIDADE DE TRABALHAR
Menor de 
14 anos 
Não é possível o trabalho, nem na condição de aprendiz.
De 14 até 16 
anos 
incompletos
Trabalho permitido só na condição de aprendiz. 
Vedado trabalho noturno (das 22h às 5h), perigoso, insalubre ou 
penoso.
De 16 anos 
a 18 anos 
Trabalho permitido. Mas, é vedado o trabalho noturno, 
insalubre, periculoso, penoso, em locais prejudiciais a sua 
formação e desenvolvimento, e em horários ou locais que não 
permitam a frequência à escola.
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS -
PROFISSIONALIZAÇÃO E PROTEÇÃO NO TRABALHO
O que é aprendizagem? 
• É a formação técnico-profissional ministrada segundo as diretrizes e 
bases da legislação de educação em vigor (art. 62 do ECA). Essa 
formação obedecerá aos seguintes princípios (art. 63):
I - garantia de acesso e freqüência obrigatória ao ensino regular;
II - atividade compatível com o desenvolvimento do adolescente;
III - horário especial para o exercício das atividades.
• Bolsa de aprendizagem – assegurada ao aprendiz (cuidado com Art. 
64).
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS -
PROFISSIONALIZAÇÃO E PROTEÇÃO NO TRABALHO
• Direitos trabalhistas e previdenciários – são assegurados ao 
adolescente aprendiz, maior de 14 anos (Art. 65).
• Ao adolescente portador de deficiência é assegurado trabalho 
protegido (Art. 66).
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS -
PROFISSIONALIZAÇÃO E PROTEÇÃO NO TRABALHO
(IV EXAME) Washington, adolescente com 14 (quatorze) anos, 
movido pelo desejo de ajudar seus genitores no sustento do 
núcleo familiar pobre, pretende iniciar atividade laborativa como 
ensacador de compras na pequena mercearia Tudo Tem, que 
funciona 24h, localizada em sua comunidade. Recentemente, esta 
foi pacificada pelas Forças de Segurança Nacional. Tendo como 
substrato a tutela do Estatuto da Criança e do Adolescente no 
tocante ao Direito à Profissionalização e à Proteção no Trabalho, 
assinale a alternativa correta. 
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS -
PROFISSIONALIZAÇÃO E PROTEÇÃO NO TRABALHO
A) Washington poderá ser contratado como ensacador de compras, 
mesmo não sendo tal atividade de aprendizagem, pois, como já 
possui 14 (quatorze) anos, tem discernimento suficiente para firmar o 
contrato de trabalho e, assim, prestar auxílio material aos seus pais, 
adotando a louvável atitude de preferir o trabalho às ruas. 
• R: ERRADA. Por 2 motivos: 1) A atividade de ensacador não é 
enquadrada como de formação técnico-profissional, não sendo 
atividade de aprendiz; 2) Washington não poderá laborar à noite até 
completar 18 anos, nem em trabalho perigoso ou insalubre (art. 7º, 
XXXIII, CF, c/c art. 60 e 67 do ECA). 
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS -
PROFISSIONALIZAÇÃO E PROTEÇÃO NO TRABALHO
B) Como a comunidade onde reside Washington foi pacificada pelas 
forças de paz, não há falar em local perigoso ou insalubre para o 
menor; assim, poderá o adolescente exercer a carga horária 
laborativa no período das 22h às 24h, sem qualquer restrição 
legal, desde que procure outra atividade laborativa que seja de 
formação técnico-profissional. 
• R: ERRADA. É vedado o trabalho noturno aos menores de 18 anos 
(art. 7º XXXIII, CF). É considerado noturno o trabalho das 22h às 5h 
(art. 67, I, ECA). 
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS -
PROFISSIONALIZAÇÃO E PROTEÇÃO NO TRABALHO
C) Washington não poderá trabalhar na mercearia como ensacador 
de compras, pois tal atividade não é enquadrada como de 
formação técnico-profissional; portanto, não se pode afirmar que 
o menor exercerá atividade laborativa na condição de aprendiz.
• R: CORRETA.
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS -
PROFISSIONALIZAÇÃO E PROTEÇÃO NO TRABALHO
D) Na condição de aprendiz, não é necessário que o adolescente 
goze de horário especial compatível com a garantia de acesso e 
frequência obrigatória ao ensino regular. 
• R: ERRADA. Constitui-se como princípio da formação o acesso e 
frequência obrigatória ao ensino regular; que a atividade seja 
compatível com o desenvolvimento do adolescente e em horário 
especial (art. 63).
DA PREVENÇÃO ESPECIAL
• Diversões e espetáculos públicos - O poder público regulará 
informando sobre a natureza deles, as faixas etárias a que não se 
recomendem, locais e horários em que sua apresentação se mostre 
inadequada (Art. 74).
Deverá ser afixada pelos responsáveis das diversões e espetáculos 
públicos, em lugar visível e de fácil acesso, informação destacada 
sobre a natureza do espetáculo e a faixa etária especificada no 
certificado de classificação.
DA PREVENÇÃO ESPECIAL
• Acesso de acesso às diversões e espetáculos públicos - Toda criança 
ou adolescente terá acesso de acordo com a classificação da sua faixa 
etária. As crianças menores de 10 anos somente poderão ingressar e 
permanecer nos locais de apresentação ou exibição quando 
acompanhadas dos pais ou responsável (art. 75).
Quais os produtos proibidos de venda à criança ou ao adolescente?
I - armas, munições e explosivos;
II - bebidas alcoólicas;
III - produtos cujos componentes possam causar dependência física ou 
psíquica ainda que por utilização indevida;
DA PREVENÇÃO ESPECIAL
IV - fogos de estampido e de artifício, exceto aqueles que pelo seu 
reduzido potencial sejam incapazes de provocar qualquer dano físico 
em caso de utilização indevida;
V - revistas e publicações contendo material impróprio ou inadequado. 
Estas deverão ser comercializadas em embalagem lacrada, com a 
advertência de seu conteúdo. As que contenham mensagenspornográficas ou obscenas devem ser protegidas com embalagem 
opaca (art. 78);
VI - bilhetes lotéricos e equivalentes.
• OBS: Em caso de descumprimento o ECA prevê sanções penais e 
administrativas. 
DA PREVENÇÃO ESPECIAL
• Hospedagem de criança ou adolescente (Art. 82) - É proibida em 
hotel, motel, pensão ou estabelecimento congênere, salvo se 
autorizado ou acompanhado pelos pais ou responsável (namorado 
não é responsável).
Autorização para Viajar
• Viagem Nacional – Adolescente não precisa de autorização para 
viajar. A criança precisará de autorização judicial para viajar para fora 
da comarca onde reside, se estiver desacompanhada dos pais ou 
responsável (art.83). 
DA PREVENÇÃO ESPECIAL
• A autorização não será exigida quando (§1º, art. 83):
a) tratar-se de comarca contígua à da residência da criança, se na mesma 
unidade da Federação, ou incluída na mesma região metropolitana; E
b) a criança estiver acompanhada:
I) de ascendente ou colateral maior, até o 3º grau, comprovado 
documentalmente o parentesco; OU 
II) de pessoa maior, expressamente autorizada pelo pai, mãe ou 
responsável.
OBS: A autoridade judiciária poderá, a pedido dos pais ou responsável, 
conceder autorização válida por 2anos.
DA PREVENÇÃO ESPECIAL
• Viagem internacional – a regra é que a criança ou adolescente 
precisará de autorização judicial. Esta será dispensável, se a (art. 84):
I - estiver acompanhado de ambos os pais ou responsável; OU
II - viajar na companhia de um dos pais, autorizado expressamente 
pelo outro através de documento com firma reconhecida.
Sem prévia e expressa autorização judicial, nenhuma criança ou 
adolescente nascido em território nacional poderá sair do País em 
companhia de estrangeiro residente ou domiciliado no exterior (Art. 
85).
DA PREVENÇÃO ESPECIAL
(VIII EXAME) João e Maria, ambos adolescentes, com 
dezessete e dezesseis anos, respectivamente, resolvem 
realizar uma viagem para comemorar o aniversário de um 
ano de namoro. Como destino, o jovem casal elege 
Armação dos Búzios, no estado do de Janeiro, e efetua a 
reserva, por telefone, em uma pousada do balneário. 
Considerando a normativa acerca da prevenção especial 
contida na Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990, assinale a 
afirmativa correta.
DA PREVENÇÃO ESPECIAL
A) O casal poderá hospedar‐se na pousada reservada sem quaisquer 
restrições, já que ambos são maiores de dezesseis anos e, 
portanto, relativamente capazes para a prática desse tipo de ato 
civil, não podendo ser exigido que estejam acompanhados dos 
pais ou responsáveis nem que apresentem autorização destes.
• R: ERRADA. João e Maria devem ter autorização ou estar 
acompanhados pelos pais ou responsável, pois é proibida a 
hospedagem de criança ou adolescente em hotel, motel, pensão 
ou estabelecimento congênere (Art. 82). 
DA PREVENÇÃO ESPECIAL
B) O Estatuto da Criança e do Adolescente proíbe apenas a hospedagem 
de crianças e adolescentes em motel, desacompanhadas de seus pais 
ou responsável, sendo permitida a hospedagem em hotéis ou 
estabelecimentos congêneres, uma vez que este são obrigados a 
manter regularmente o registro de entrada de seus hóspedes.
• R: ERRADA.
C) A proibição da legislação especial refere ‐ se apenas às crianças, na 
definição do ECA consideradas como as pessoas de até doze anos de 
idade incompletos, sendo, portanto, dispensável que os adolescentes 
estejam acompanhados dos pais ou responsáveis, ou, ainda, 
autorizados por estes para a regular hospedagem.
• R: ERRADA.
DA PREVENÇÃO ESPECIAL
D) O titular da pousada, ou um de seus prepostos, pode, 
legitimamente e fundado na legislação especial que tutela a 
criança e o adolescente, negar ‐ se a promover a hospedagem do 
jovem casal, já que ambos estão desacompanhados dos pais ou 
responsável e desprovidos, igualmente, da autorização específica 
exigida pelo ECA.
• R: CORRETA. Art. 82. 
DA PREVENÇÃO ESPECIAL
(XIII EXAME) João e Joana são pais de Mila, 9 anos, e de Letícia, 8 anos. 
João mudou-se para Maringá depois do divórcio, e levou sua filha 
mais nova para morar com ele. Nas férias escolares, Letícia quer ir ao 
Rio de Janeiro visitar sua mãe, enquanto Mila deseja passar seus dias 
livres com seu pai em Maringá. Avalie as situações apresentadas a 
seguir e, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, 
assinale a afirmativa correta. 
DA PREVENÇÃO ESPECIAL
A) Letícia poderá viajar sem autorização judicial se a sua prima, Olívia, 
que tem 19 anos, aceitar acompanhá-la. Mila poderá viajar sem 
autorização, se a sua avó, Filomena, a acompanhar. 
• R: ERRADA. Mila poderá viajar com sua avó, sem autorização judicial, 
pois está acompanhada de ascendente. Mas, Letícia não poderá 
viajar, porque Olívia é prima. Poderia se estivesse acompanhada de 
ascendente ou colateral maior, até o 3º grau (tio, irmão) comprovado 
documentalmente o parentesco; ou se estivesse acompanhada de 
pessoa maior, expressamente autorizada pelo pai, mãe ou 
responsável (art. 83, §1º, b).
DA PREVENÇÃO ESPECIAL
B) Se houver prévia e expressa autorização dos pais ou responsáveis, 
Letícia e Mila ficam dispensadas da autorização judicial e poderão 
viajar desacompanhadas dentro do território nacional. 
• R: ERRADA. Elas podem ficar dispensadas da autorização judicial, se 
estiverem acompanhadas de pessoa maior de idade, já que possuem 
autorização expressa dos pais ou responsável. 
DA PREVENÇÃO ESPECIAL
C) Letícia poderá viajar desacompanhada dos pais por todo território 
nacional se houver autorização judicial, que poderá ser concedida 
pelo prazo de dois anos. Mila não precisará de autorização judicial 
para ir a Maringá se seu tio José aceitar acompanhá-la. 
• R: CORRETA. Previsão art. 83. Cabe um destaque quanto a Mila. 
Realmente ela não precisará de autorização judicial para ir a Maringá 
se seu tio José aceitar acompanha-la, pois o tio é parente colateral de 
3 ̊ grau, desde que ele seja maior e o parentesco esteja comprovado 
documentalmente. 
DA PREVENÇÃO ESPECIAL
D) Mila poderia aproveitar a ida de sua vizinha Maria, de 23 anos, para 
acompanhá-la, desde que devidamente autorizada por seus pais, 
enquanto Letícia não precisaria de autorização judicial se seu 
padrinho, Ricardo, primo do seu pai, a acompanhasse. 
• R: ERRADA. Mila poderia viajar nessas condições. Mas, Letícia não, 
pois precisaria de autorização judicial para viajar com Ricardo, pois o 
mesmo não é colateral até o 3º grau. 
MEDIDAS DE PROTEÇÃO
• São aplicáveis sempre que os direitos das crianças e adolescentes 
forem ameaçados ou violados (art. 98):
I - por ação ou omissão da sociedade ou do Estado;
II - por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável;
III - em razão de sua conduta.
Parâmetros para aplicação das medidas (art. 100): 
1) as necessidades pedagógicas; 
2) preferência por medidas que visem ao fortalecimento dos vínculos 
familiares e comunitários.
MEDIDAS DE PROTEÇÃO
• Princípios que regem a aplicação das medidas (§único, art. 100):
- condição da criança e do adolescente como sujeitos de direitos;
- proteção integral e prioritária; 
- interesse superior da criança e do adolescente;
- intervenção precoce e mínima pelas autoridades e instituições. 
- responsabilidade primária e solidária do poder público;
- responsabilidade parental. 
MEDIDAS DE PROTEÇÃO
• As medidas de proteção são (rol não taxativo - art. 101): 
I - encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de 
responsabilidade (Ex: infante em situação de rua);
II - orientação, apoio e acompanhamento temporários (Ex: infante com os 
vínculos familiares fragilizados);
III - matrícula e frequência obrigatórias em estabelecimento oficial de 
ensino fundamental (Ex: infante

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