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Trabalho de Português



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Escola Estadual Aroldo de Azevedo
Trabalho
De
Português
Valéria Conceição das Graças Santos 3º TC
São Paulo, Maio de 2017
Literatura de Vanguarda
A literatura de vanguarda é o corpo do texto surgido sob as premissas que o movimento vanguardista apresentou nas primeiras décadas do século XX. Basicamente, os critérios guiados pelas vanguardas envolviam uma rejeição nas normas estéticas estabelecidas ao defender a experimentação e a busca pela arte que refletia nas mudanças vislumbradas tanto no social como no especificamente cultural. Desde esta perspectiva, é correto afirmar que as características fundamentais destas literaturas era ter um caráter de grande inovação e orientar tópicos que não só eram tradicionalmente considerados estéticos, mas também beiravam o decadente. 
Esta obsessão com tópicos pouco desenvolvidos no passado pode ser explicada quando se observa o contexto que surgiram estas expressões literárias. Durante as primeiras décadas do século XX o mundo sofreu um dos processos de mudança mais vertiginosos da história. Em primeiro lugar, já se vivia um clima de certa convulsão devido à herança da revolução industrial. Em segundo lugar, foram os acontecimentos políticos e sociais que afetaram todo o mundo. A primeira guerra mundial, a revolução russa, a crise econômica dos anos 30, foram fatos extremamente difíceis de enfrentar e com enormes implicâncias.
As experiências mais relevantes da literatura vanguardista são: o surrealismo, que imbuído das contribuições de Freud buscava plasmar os ecos do inconsciente através da palavra fazendo uso de uma escritura automática; o expressionismo, que buscava expressar as emoções interiores sobre uma descrição imparcial do exterior; e finalmente o ultraismo, que foi uma reação ao modernismo e que tentava revitalizar o papel da metáfora e eliminar as rimas. 
Além de escrever um capítulo na história da literatura, o certo é que nenhum destes movimentos pode superar o conjuntural e projetar-se no tempo, embora seja inegável sua influência. 
Pré-Modernismo
O Pré-Modernismo foi um período da literatura brasileira, que teve seu desenvolvimento nas décadas de 1910 e 1920. Muitos estudiosos da literatura brasileira afirmam que foi um período de transição entre o simbolismo e o modernismo.
 
Contexto histórico
 
O Pré-Modernismo brasileiro situa-se no contexto histórico da consolidação da República. A expectativa de um novo Brasil, mais justo e moderno, com o advento do regime republicano foi frustrada. No novo regime, as desigualdades continuaram, a oligarquia se manteve no poder, a participação política ficou restrita às elites e os conflitos sociais (exemplos: Guerra da Vacina, Guerra do Contestado, Cangaço e Revolta da Chibata) pipocaram pelo Brasil. Foi este contexto que influenciou a produção literária das duas primeiras décadas do século XX.
 
Principais características do Pré-Modernismo no Brasil:
 
- Abordagem de problemas sociais brasileiros (desigualdade, conflitos, pobreza e exclusão social e política). Estes temas serão retratados, principalmente, nas obras de dois importantes escritores do período: Lima Barreto e Euclides da Cunha.
 
- Regionalismo: valorização de aspectos culturais de regiões do Brasil.
 
- Estética literária marcada por valores do Naturalismo.
 
- Mistura de estilos literários de escolas anteriores.
 
- Surgimento, em alguns escritores (Lima Barreto, por exemplo) do uso da linguagem coloquial.
 
- Surgimento, embora o conservadorismo ainda se faça presente, de inovações técnicas na forma de expressão literária.
 
* importante: por não se tratar de uma escola literária, mas sim um período de transição, as características acima não estão presentes nas obras de todos os escritores pré-modernistas. Cada escritor possui seu próprio estilo e suas próprias temáticas de destaque.
 
Principais escritores pré-modernistas e suas obras:
 
- Lima Barreto – escritor carioca, autor de Triste Fim de Policarpo Quaresma.
 
- Monteiro Lobato – escritor paulista, autor de Cidades Mortas e Urupês.
 
- Graça Aranha – escritor maranhense, autor de Canaã.
 
- Euclides da Cunha – escritor carioca cuja principal obra foi Os sertões.
 
- João Simões Lopes Neto – escritor gaúcho, autor de Contos Gauchescos e Lendas do Sul.
 
- Augusto dos Anjos – poeta paraibano, autor da obra Eu.
Produção de Texto Argumentativo e Dissertativo
O Texto Dissertativo-Argumentativo é um dos tipos de gêneros textuais. Outros tipos são texto narrativo, texto descritivo, texto expositivo e texto injuntivo.
Este tipo de texto consiste na defesa de uma ideia por meio de argumentos e explicações, à medida que é dissertativo; bem como seu objetivo central reside na formação de opinião do leitor, ou seja, caracteriza-se por tentar convencer ou persuadir o interlocutor da mensagem, sendo nesse sentido argumentativo.
No Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) esse é o tipo de texto solicitado aos alunos, cujo tema ronda questões de ordem social, científica, cultural ou política.
Quer se dar bem no Enem? Aprenda aqui como fazer um bom texto dissertativo-argumentativo.
Planejamento
A produção textual requer planejamento. Assim, antes de começar a escrever, convém elaborar um plano daquilo que será abordado e de que forma (estratégia). Essa planificação servirá de ponte para o sucesso do texto, muito embora o mais importante para se alcançar esse resultado seja observar atentamente os fatores de coesão e coerência.
Saiba mais sobre esse tema em: Coesão e Coerência.
Para melhor exemplificar, as etapas necessárias para produzir um texto dissertativo-argumentativo são:
Problema: No momento inicial busca-se o problema, ou seja, os fatos sobre o tema pretendido e, ademais a tese (ideia central do texto).
Opinião: A opinião pessoal sobre o tema reforçará a argumentação, por isso é importante buscar uma verdade pessoal ou juízo de valor sobre o assunto abordado.
Argumentos: O mais importante de um texto dissertativo-argumentativo é a organização, clareza e exposição dos argumentos. Para tanto, é importante selecionar exemplos, fatos e provas a fim de assegurar a validade de sua opinião, sem deixar de justificar.
Conclusão: Nesse momento busca-se a solução para o problema exposto. Assim, é interessante apresentar a síntese da discussão, a retomada da tese (ideia principal) e além disso, a proposta de solução do tema com as observações finais.
Estrutura
O texto dissertativo-argumentativo segue o padrão dos modelos de redação, ou seja, introdução, desenvolvimento e conclusão.
Introdução
Na introdução devem ser mencionados os temas que são abordados no texto - ou o problema - de modo a situar o interlocutor.
Esta parte deve compreender cerca de 25% da dimensão global do texto.
Desenvolvimento
Todas as ideias mencionadas na introdução devem ser desenvolvidas de forma opinativa e argum	entativa nessa parte do texto, cuja dimensão deve compreender cerca de 50% do mesmo.
Conclusão
A conclusão deve ser uma síntese do problema abordado mas com considerações que expressam o resultado do que foi pensado ao longo do texto.
A sua dimensão contempla cerca de 25% do texto.
Exemplo
É frequente ouvirmos falar sobre os atos violentos na escola. Não bastasse a sua presença nas ruas, os ambientes supostamente seguros - nomeadamente as escolas - são mais do que nunca alvo de ações de violência.
Os valores se perdem a ponto de não só entre alunos, mas entre alunos e professores, ou vice-versa, serem inúmeros os casos de agressões noticiados frequentemente.
A força é tomada em detrimento da razão e os conflitos são resolvidos de forma irracional desde a infância, cujas crianças absorvem cedo esse tipo de comportamento por influência da sociedade cada vez mais violenta em que vivemos.
A participação dos pais na vida escolar dos filhos é fundamental para estabelecer normas e restaurar valores que tem vindo a se perder. A aproximação entre pais e escola é um dos principaispropulsores para a mitigação desse problema.