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Juliana de Toledo Romero 1 Imputabilidade dia 26/09/14 - capacidade de imputação jurídica - entende (razão) + comportar (livre arbítrio) - imputação do fato (se é sintoma da doença ou é da pessoa) A capacidade de imputação jurídica é uma capacidade psicologia da pessoa. A imputação do fato é um atributo do fato. Existem dois tipos de direito penal: do cidadão e do inimigo. No Brasil, é o direito penal do cidadão, dos fato e da culpabilidade do seu autor. O que importa é o fato e não o que ele é. Direito penal do inimigo: Jean Charles Menezes. Imputabilidade do psicopata Ele não é doente mental. Ele entende o caráter ilícito do fato. Porém não consegue se comportar de acordo com esse entendimento. Já o doente mental não entende o caráter ilícito do fato e não se comporta de acordo com entendimento nenhum. O psicopata será imputável se o os sintomas, se as manifestações da psicopatia forem leves e o fato praticado não tiver relação com a psicopatia. Crimes de psicopata: são perversos. A maioria dos psicopatas são semimputáveis. As manifestações da psicopatia são mais evidentes, e o fato praticado tem relação com ela. Entretanto, ele consegue brecar o impulso mórbido se este lhe for desfavorável. Por fim, será inimputável se as manifestações da psicopatia forem severas, se o fato praticado tem relação com ela e ele não consegue brecar nem o que lhe seja desfavorável. Ninguém é imputável ou inimputável em si mesmo, vai depender do fato praticado. Toxicomanias Só a partir de 1970 as toxicomanias foram encaradas como problema de saúde público. Foi a lei que definiu a toxicomania como desejo constante de utilizar substâncias psicoativas para obter um estado prazeroso ou de exaltação (calmo ou agitado). A lei definiu também dependência química (pode ser física, sintomas físicos decorrentes da falta ou da diminuição da droga no organismo - crise de abstinência - frete, diarreia, cólica, sudorese) ou psíquica (a fissura que leva o indivíduo a obter a droga a qualquer custo. Tipos de drogas • Drogas psicoléticas: são aquelas que acalmam o indivíduo, dão sono, relaxam os músculos, e em altas doses matam por parada respiratória: → ópio e derivados (são excelentes analgésicos e anti-tosse), como morfina, diacetilmorfina (heroína), petidína, codeína. → Barbitúricos: sufanil uréia. Gardenal, → Calmantes e Tranquilizantes (utilizam para cometer suicídio): são problema de saúde pública pelo uso indiscriminado, podendo levar a dependência. Boa noite Cinderella. • Drogas psicoanalépticas: estimulam o sistema nervoso, diminuem o apetite, aumentam a disposição. → cocaína e derivados: crack e oxidato (oxi). (Delírio de percepção) → anfetaminas: componente dos remédios para emagrecer. • Drogas psicodisléptica: não estimula nem acalma, apenas perturba o sistema nervoso. Provoca delírio, alucinação. → Maconha → LSD (flashback) → mescalina (tirada de cacto peiote - índio norte americano) → psilocybina → santo daime (amaririi) → metanfetamina (compõe o ecstasy - MDMA - droga do amor) • Outras drogas: solventes, inalantes. São depressores. Inalantes são utilizados por menores de 16 anos. Juliana de Toledo Romero 2 Matéria da prova Sociologia criminal biologia criminal e psicologia criminal até aqui. Tudo no seguinte sentido: não esqueçam que na sociologia criminal, tem as escola de chicago, teoria da janela quebrada e anomia, Criminologia dia 07/10/14 Maria Louca Esteróides anabolizantes Drogas Sintéticas Analisar a capacidade jurídica e imputabilidade è Imputável: dependência leve (perturbação saúde mental), consome aos fins de semana em grupos è Semimputável: dependência moderada (perturbação saúde mental), consome nos dias de semana sozinho è Inimputável: dependência grave (consome cada vez que o efeito acaba), doença mental Alcoolismo 1. Alcoolismo agudo (acidentes, homicídios): não tem dependência (embriaguez) → Alcoolista social: bebe pouco, mas quando bebe... → Alcoolista habitual: bebe sempre 2. Alcoolismo crônico: fatores biológicos/psicológicos → Demência alcóolica: rebaixamento de todas as funções da mente → Delirium tremens: alucinações visuais, ex: mendigo na rua → Alucinose alcóolica: alucinação auditiva → Embriaguez patológica: embriaguez súbita (rápida) → Dipsomania: de repente, começa a beber sem parar → Psicose Korsakoff: memória não fixa nada, a mente cria uma história e o próprio indivíduo acredita nela; alucinação visual. Criminologia dia 17/10/14 Prevenção do delito no estado democrático de direito Se antecipar o delito para evitar que ele ocorra: verdadeira prevenção. Três tipos de prevenção que se baseiam nada estratégias usadas para prevenir e nas pessoas que se quer atingir com essas estratégias. --> prevenção primária: objetiva atingir todos os cidadãos e é a mais efetiva, pois se dirige à causa do conflito. Deve-se utilizar políticas econômicas, sociais, culturais que melhorem a qualidade de vida das pessoas, o grau de instrução, a capacitação das pessoas para o trabalho. Depende da boa vontade dos governantes. Os efeitos se manifestam a longo e médio prazo. Depende de política governamental. --> prevenção secundária: direcionada a população em risco de protagonizar, de cometer ou sofrer o delito e se tornar agressor ou vítima. É mais coercitiva e depende de uma política legislativa. Não é lei mais dura, é lei melhor. Depende de uma melhor qualificação da policia, do judiciario. Significa maior número de prisões e de estabelecimentos penitenciários. Diminui-se a cifra negra. A estatística fica mais perto da realidade. Aproxima-se a estatística oficial da criminalidade real. Além de melhor aparelhamento da polícia, também envolve controle dos meios de comunicação. (Associa-se com identificação diferencial de Gleiser) Traficante Viciado Imputável Inimputável Lucro Decadência financeira para obter a droga Intenção econômica Personalidade toxicofílica Juliana de Toledo Romero 3 --> prevenção terciária: atua numa população restrita, apenas em nível penitenciário, sobre os condenados e presos. Finalidade: diminuir a reincidência. É a mais parcial, insuficiente e tardia, mas previne a reincidência. Então, necessita-se da associação dos três tipos. Modelos de prevenção --> modelo clássico: acredita na função dissuasória (desmotivadora) da pena. O criminoso tem livre arbítrio. Lembrar da escola clássica, que estudava o crime, e não o criminoso pois não existiam fatores criminógenos. - Prevenção geral: a pena cumprida pelo criminoso vai servir de exemplo para que os outros não cometam crimes (prevenção geral negativa). - Prevenção especial: aquele que cumpriu a pena não vai querer passar de novo pelas mesmas coisas. Atuação da pena sobre quem cumpriu. (Prevenção especial negativa). Se fizer o criminoso estudar durante o tempo na cadeia, classifica-se como prevenção especial positiva. OBS.: motivos que levam os criminosos a delinquir: pedófilos (acha que não será pego); infratores de trânsito, meio ambiente e patrimônio público (se for pego, pagará o que deve); terroristas (não tem previsão nenhuma). --> modelo neoclássico: aposta numa maior efetividade do sistema penal. Como falado anteriormente, leva a um aumento do número de prisões. Influência da tolerância zero das janelas quebradas. --> modelo situacional: baseia-se na seletividade do crime, (Escola de Chicago) que escolhe local adequado, momento oportuno e a vítima propícia. Valoriza certos locais da cidade, ex: rua escura que ocorre crimes de estupro. Assim, vão atuar no local. A polícia evita que o crime ocorrano ambiente físico, assim iluminam aquela rua. Afastam estupradores porém atraem batedores de carteira. Misturam-se dois sistemas: escola de Chicago e tolerância zero das janelas quebradas). Projetos de embelezamento e iluminação urbana. --> modelo socialista: Karl Marx. Interfere nas condições econômicas e sociais, mas o custo para a população é muito alto. Tiram a liberdade do cidadão. OBS.: Esses modelos estão longe da prevenção primária. Apenas Marx tenta fazer algo, porém penaliza a população. O modelo ideal: Deve ter um custo social baixo. Utiliza a prevenção primária, sem desprezar a prevenção secundária e terciária. Ataca a causa do delito. O programa preventivo deve envolver a sociedade. Criminologia dia 24/10/14 Direito Penal Controle social formal. Conjunto de normas que visam estabelecer o que é o delito e sua consequência (o que é a pena, sanção, medida de segurança) correspondente. As finalidades do direito penal: manter a paz social, possibilitar vida em sociedade, proteger bem jurídico (valores ou interesses do indivíduo ou da coletividade reconhecidos pelo direito). Características do Direito Penal: → Ciência cultural → Formal → Prática → Normativa → Fragmentária → Sancionadora → Constitutiva → Pública Juliana de Toledo Romero 4 O direito penal é uma ciência cultural, formal, prática, normativa, fragmentária, sancionadora, constitutiva e pública do dever/ser. Ela delimita o delito, interpreta a norma e o delito estabelecido naquela norma. Da medida que é aplicado, também serve para administração da justiça pois separa o justo do injusto. Conjunto de normas e preceitos inquestionáveis (dogmas, dogmática penal). Abrange condutas que lesem os bem jurídicos com maior gravidade, não abrange todas as condutas que existem nos outros ramos do direito (por isso é fragmentário). Não abrange condutas imorais. É sancionador porque protege bens jurídicos já criados em outros ramos do direito, apenas acrescenta sua proteção no lado mais grave da lesão ao bem jurídico. Publico pois as normas valem para todos e ninguém pode fugir delas, são normas aplicáveis a todos e indisponíveis. Porém existem também ações penais privadas, quando entrar com a ação penal é desfavorável para quem entra com a ação. Assim o Estado deixa na mão do indivíduo desencadear a ação penal ou não. Exemplo: ação de retratação de difamação, legítima defesa. Para Zaffaroni, o direito penal é sempre constitutivo, pois mesmo que o bem jurídico já esteja protegido em outro ramo, a proteção do direito penal é diferente. Método do direito penal: dedutivo (escola clássica). Direito Penal Objetivo Leis escritas servem para proteger todas as pessoas. Conjunto de leis que visa controlar o estado, pois se não ele se torna arbitrário. Conjunto de leis que delimita ação do estado. Controla atuação do Estado. Controla o direito penal subjetivo. Conjunto d normas que controla essa dignidade do Estado Direito Penal Subjetivo É o que controla a dignidade do estado. Diz respeito ao direito do estado de punir. Só o estado tem direito de punir. Só o Estado detém o jus puniendi. É o direito de punir exclusivo do Estado. Direito Penal Substantivo Diz respeito a parte processual. Não muito mais importante. Conjunto das normas processuais. Direito Penal do Inimigo Queridinho da Neusa. Existe faz tempo, porém realmente veio a tona com o ataque às torres gêmeas. O criador, Gunther Jacobs, se inspirou na frase do Hobbes (o criminoso de alta traição não merece ostentar a característica de pessoa). O conceito de pessoa é do direito. Não significa que todo ser humano merece ostentar o estado de pessoa. Se não é conspirado pessoa, pode fazer com ele o que bem entender, aí reside o perigo. As normas são para as pessoas e ele não é pessoa. É o conjunto de regras elaboradas com total desrespeito às garantias matérias e processuais. Se destina àquele indivíduo do qual não se espera mais nenhuma correção. Só restaria neutralizá-lo, tirá-lo de circulação. Isso vai contra os princípios do nosso direito penal. Coexistiriam dois tipos de direito. É o direito penal do autor e da sua periculosidade. Ao invés de focalizar fatos pretéritos, focaliza fatos futuros. O criminoso é visto pelo o que ele é capaz de fazer, não o que ele fez. Exemplo: Jean Charles Menezes. Já incrimina atos preparatórios que são desconsiderados pelo direito penal do cidadão. Comete exageros no lado processual. Desrespeita garantias matérias e processuais, por isso é impossível no Brasil. Não está no código penal. Procede-se sem julgamento pois fere a dignidade da pessoa humana, garantias da constituição. Isolar o sujeito dentro da cela incomunicável também é direito penal do inimigo, pois não visa a recuperação do indivíduo. A prisão perpétua também pode ser considerada como direito penal do inimigo ou somente influencia dele, mesmo quando prevista em lei. Depende da finalidade da pena naquele local. No Brasil, a pena tem finalidade de recuperação do indivíduo. Assim, afastando a recuperação, somente neutralizando-o, considera-se direito penal do inimigo. Quando que o criminoso passa a ser considerado inimigo? Silva Sanches define 4 características: → Reincidência: prática crime após já ter sido condenado com uma sentença penal transitada em julgado. Cometer crime aos já ter uma sentença. Reincidência freqüente, não aquela com 10 anos de diferença. É como se o criminoso dissesse que aquela norma penal não existe. Abala a vigência de todo ordenamento jurídico. → Habitualidade criminosa → Profissionalismo delitivo → Pertencer a uma organização criminosa Juliana de Toledo Romero 5 Direito Penal do Cidadão Nosso direito. Direito penal do fato e da culpabilidade do seu autor. O fato é o que ele já cometeu, pretérito. Responde na medida da sua culpabilidade. No estado democrático de direito a pena é uma afirmação de que o ordenamento jurídico está vigente, mas também é uma forma de recuperar e ressocializar o criminoso. Criminologia dia 31/10/14 Fontes do Direito Penal • Fonte: o que dá origem e a forma como se exterioriza. Existem fontes materiais e formais. → Fonte material: de onde se origina o direito penal. Art 22, CF. É a união. → Fonte formal: forma como se exterioriza. Existem as imediatas e as mediatas. A imediata é a lei. É a formal que prevê os delitos e as penas. o Características das fontes imediatas (lei): ⇒ Exclusiva: só a união pode legislar em matéria penal. ⇒ Imperativa: juiz não pode deixar de aplicar a pena. ⇒ Geral: se aplica a todos, deve ser pública de modo a atingir todas as pessoas, que seja clara. ⇒ Impessoal: não se dirige a pessoas, se dirige a fatos futuros. Exceção: lei da anistia para os criminosos políticos. • Lei penal incriminadora: tem preceito primário e secundário. → Primário: A conduta criminosa está definida no preceito primário. ERGA OMNES. → Secundário: sanção a ser aplicada. Qual é pena. Se dirige ao juiz que representa o Estado. A lei penal não retroage, somente em benefício do réu. Juliana de Toledo Romero 6 • Lei penal não incriminadora: é uma norma penal permissiva. Permite uma conduta que é tida como crime. Exemplo: legítima defesa. Exclui a anti juridicidade do fato. → Lei penal exculpante: fala que não se pune, indivíduo não é culpado. Exemplo: aborto. Pena permanece, apenas tira a culpa. Porém continua constituído como crime. → Lei interpretativa: define determinados termos existentes em outro artigo. Exemplo: crime de funcionário público. Tem outro artigo que define o que é funcionário público. → Lei de aplicação: define limites de aplicação das leis penais. → Lei diretiva: define princípios que vão reger aquela matéria. Código: princípioda reserva legal. → Lei integrativa: para adequar a conduta ao tipo penal, deve-se integrar mais de um artigo. • Norma penal completa: tem tudo que precisa. Traz a pena, com limites. • Norma penal incompleta: o preceito secundário sempre é completo. O preceito primário precisa ser completado. → Norma penal em branco: o Lato sensu: precisa ser completada com outra norma que foi gerada pelo mesmo órgão que gerou o código penal, ou seja, vem da mesma fonte material. o Strito sensu: complemento vem de órgão diferente, exemplo: lei de drogas. Mas quais são elas: portaria do ministério da saúde. Não vem da mesma fonte material. → Norma penal do tipo aberto: quem faz o complemento é o juiz. Exemplo: honra, ato obsceno. Conceito de ato obsceno varia de local, tempo... • Fonte formal mediata: → Costume: tem aspecto objetivo e subjetivo. Costume pode aliviar um pouco a pena, exemplo: funcionário do jogo do bicho. o Objetivo: prática reiterada. o Subjetivo: achar que é obrigatório. → Princípios gerais do direito: princípios éticos que se utilizam para criar as leis. → Atos administrativos: Não criam leis, porém complementam normas penais em branco do tipos stricto sensu. → Doutrina: opinião de pessoa gabaritada interpretando lei → Jurisprudência: decisões reiteradas do tribunal, não são de obediência obrigatórias. → Tratados: não criam lei. • Princípio da Reserva Legal: não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia combinação legal. O tipo penal deve prever a conduta e a sanção, de modo a deixar nenhuma dúvida. Tem dois fundamentos: um político e outro jurídico. → Politico: impede arbitrariedade do estado. Amarrar mão do estado. → Jurídico: ter conduta escrita de forma que todo mundo conheça. Definir a conduta para que todo mundo conheça. Delimitar a conduta. → Princípio da Taxatividade ou Determinação ou da Sentença: o que está escrito não poder deixar dúvidas quanto a conduta ser enquadrada naquele tipo penal. o tipo aberto: não fere o princípio da reserva legal pois ele complementa no que não está tão bem definido. o norma penal em branco: também não fere o princípio da reserva legal. princípios genéricos é que ferem o princípio da legalidade. Exemplo: terrorismo é um conceito genérico. o contravenções penais: tem que estar escrita na lei das contravenções penais. O princípio da reserva penal também se aplica a essas contravenções penais. o penas: devem respeitar o princípio da reserva penal. São retribuições. o princípio da legalidade: ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer algo a não ser por efeito de lei. Alguns doutrinadores acreditam que é a mesma coisa que o princípio da reserva legal, porém não são iguais. o medida de segurança: é tratamento, enquanto a pena é retribuição. Tem correntes que acreditam que a medida de segurança deve obedecer ao princípio da reserva legal e outras não. Neusa é favorável que se siga o princípio. Juliana de Toledo Romero 7 Criminologia dia 07/11/14 Princípios Princípio da reserva legal: fundamento político, estado na figura do juiz só pode exercer direito de punir dentro do que está fundamentado em lei. Princípio da intervenção mínima: se dirige a quem faz a lei, conduzindo o legislador no sentido: só criminalize a conduta se não houver outra forma de controlar a situação. Princípio da fragmentariedade: junção do princípio da reserva legal e da intervenção mínima. O direito penal só deve conter condutas ou criminalizar condutas que afetem de maneira mais grave os bens jurídicos mais importantes. Princípio das culpabilidade: deve ser visto sob três aspectos. o Primeiro aspecto: pressuposto da pena. Para aplicar uma pena, o cara deve ser culpado pelo crime. Assim, precisa ser imputável. Garante que quem será responsabilizado pelo crime tenha razão mais livre arbítrio. Além de não se exigir conduta diversa. o Segundo aspecto: medida da pena. Cada um responde na medida da sua participação no crime. Exemplo: quem fica no carro enquanto os outros assaltam o banco. o Terceiro aspecto: ⇒ responsabilidade subjetiva: você responde pelo que faz. Se você agiu com dolo ou culpa. Culpa se divide em negligência, imprudência e imperícia. ⇒ responsabilidade objetiva: você responde independentemente de ter culpa. Não é utilizado no direito penal. Princípio da humanidade: não se admite uma penalidade que não tenha por objetivo a ressocialização do preso. Se não, você estará apenas tirando ele do convívio social e neutralizando-o, utilizando o direito penal do inimigo. Deve se cumprir objetivo de fazer justiça e não vingança. Princípio da irretroatividade da lei: lei tem que ser anterior à conduta. Ela só será criminosa se tiver uma lei editada antes dela ocorrer. A lei só pode retroagir em benefício do réu. Existem leis que fogem à regra desse princípio. São as leis temporárias e excepcionais. São ultra-ativas pois qualquer caso que ocorreu enquanto elas eram vigentes será julgado por aquela lei mesmo que ela não esteja mais vigente. o Leis temporárias: são editadas para atuar durante certo período. Vem com prazo determinado. o Lei excepcional: vem para situação de crise. Não tem prazo determinado. O limite é ditado pela situação que provocou sua criação. Exemplo: vírus ebola, cremar os corpos. Princípio da adequação social: Se uma conduta for adequada socialmente, for aceita socialmente, ela não deve ser criminalizada. Porém existem condutas que são crime e são toleradas socialmente, exemplo: jogo do bicho. Esse princípio não tem força para descriminalizar a conduta. Princípio da insignificância ou bagatela: responsável é Claus Roxin. Deve se observar se houve lesão efetiva ao bem jurídico protegido, pois se não houve, essa conduta poder ser considerada atípica. Claus Roxin fala que se então o caso é insignificante, não deve ser tipificado como crime. o primeira corrente: deve se considerar se aquela conduta afetou realmente o bem jurídico. Exemplo: furtar pacote de bolacha num supermercado. o segunda corrente: quando o legislador fez a lei, ele já considerou se a conduta afeta realmente o bem jurídico. Assim, se o juiz fizer isso, ele estará interferindo na divisão de poderes, ou seja, no legislativo. Princípio da ofensividade: o bem jurídico já foi escolhido pelo legislador. Se dirige tanto ao legislador quanto ao juiz. Legislador: só cria tipo penal se a conduta que está tipificando realmente afeta, lesa ou pelo menos coloca o bem jurídico em risco. Só criminalize uma conduta se ela realmente lesar ou pelo menos colocar em perigo o bem jurídico. Juiz: deve analisar o caso concreto. Juliana de Toledo Romero 8 Princípio da exclusiva proteção do bem jurídico: o direto penal não está aqui para proteger interesses religiosos, éticos. Não vai criar condutas penais ou criminais simplesmente porque feriram valores éticos, morais ou religiosos. Exemplo: a prostituição não é crime pois aqui entra em conflito valores éticos e morais. Porém, explorar a prostituição é crime. Princípio da proporcionalidade: Dirigida ao legislador. Fala para o legislador sobre a necessidade, adequação e proporcionalidade. Veja se há necessidade de incriminar essa conduta, se há outros meios de você agir. Se a conduta já está incriminada, veja se o meio que você está utilizando é adequado. Há proporção entre a ação é a reação? A pena imposta é proporcional à aquela ação? Princípio da razoabilidade: Delimita o princípio da proporcionalidade. O estado jamais deverá ser mais violento que o criminoso. Não justifica violência estatal. Quanto mais violenta a PM, mais violenta a reação dos criminosos. Exemplo: por isso não há pena de morte no Brasil.
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