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ANEXO IV DISCIPLINAS E CONTEÚDOS DO PROGRAMA (DELEGADO DE POLÍCIA DO ESTADO DE SÃO PAULO)
DIREITO PENAL
Introdução
 - Direito Penal: Conceito e Caracteres 
Qual o conceito de Direito Penal sob o aspecto formal ou estático? É um conjunto de normas que qualifica certos comportamentos humanos como infrações penais, define os seus agentes e fixa as sanções a serem aplicadas.
Qual o conceito de Direito Penal sob o aspecto material? Refere-se a comportamentos considerados altamente reprováveis ou danosos ao organismo social, afetando bens jurídicos indispensáveis À sua própria conservação e progresso .
Qual o conceito de Direito Penal sob o aspecto sociológico ou dinâmico? DP é mais um instrumento de controle social de comportamentos desviados, visando assegurar a necessária disciplina social, bem como a convivência harmônica dos membros do grupo.
O que é o funcionalismo teleológico ou moderado? A Função do Direito Penal é assegurar bens jurídicos, assim considerados aqueles valores indispensáveis à convivência harmônica em sociedade, valendo-se de medidas de política criminal. (maior expoente: Claus Roxin).
O que é o funcionalismo sistêmico ou radical? A função do Direito Penal é assegurar o império da norma, ou seja, resguardar o sistema, mostrando que o direito posto existe e não pode ser violado. Aquele que se desvia da norma por princípio não oferece qualquer garantia de que comportará como pessoa; por isso, não pode ser tratado como cidadão, mas deve ser combatido como inimigo. (maior expoente: Jakobs).
O que é o DP substantivo e o adjetivo? Substantivo : norma. Adjetivo: processo. Perdeu razão de existir com o DPP foi reconhecido como ramo autônomo.
O que é Direito Penal Objetivo e Subjetivo? Objetivo: conjunto de leis penais em vigor no país. Subjetivo: direito de punir do Estado ( “ jus puniendi”).
Quem exerce o ius puniedi? Tanto exerce o ius puniendi o Poder Legislativo, quando
cria as figuras típicas, como o Poder Judiciário, quando, depois do devido processo legal,
condenado o agente que violou a norma penal, executa sua decisão.
Pode-se afirmar que o Direito Penal viveu duas fases no que tange à aplicação de penas? Sim. A fase aflitiva ( que o corpo do delinquente era o que pagava – perdurou até meados dos século XVIII) e depois a fase de privação de liberdade ( que é relativamente recente).
O que foram as ordálias germânicas? Punições que retirava o senso humano, era DEUS quem decidia. Colocar a mão na agua fervente, andar sobre a brasa ardente...
Quem é o pai do Direito Penal Moderno? Fuerbach. A partir daí , o Direito Penal começou a ser visto como Dogmática Jurídica. A Dogmática jurídica consiste na descrição das regras jurídicas em vigor. Seu objeto é a regra positiva considerada como um dado real.
O que é a teoria causal-naturalista (Teoria Clássica)? É uma teoria tripartida do crime , origina no século XIX, onde o crime é fato típico, antijurídico ( interpretada a contrário sensu, pois em tese o que é típico é ilícito, logo a antijuridicidade é a verificação de causas excludentes dessa contrariedade a norma penal de forma objetiva e puramente formal) e culpável ( imputabilidade <como pressuposto da culpabilidade) + dolo ou culpa < relação psicológica entre o autor e o fato >). A obsessão da época era a Segurança Jurídica. Maior defensor dessa teoria foi Belling, no seu tratado de Direito Penal de 1906. Influenciado pela visão de Kant: Fenomênico (o mundo dos fatos, concreto, naturalm dos fenômenos perceptíveis pelo ser humano) + numênico (o mundo espiritual, transcendental, ou seja, o mundo psicológico, o mundo da vontade, do pensamento). É fato que na ideia de Kant, o fenomênico ficava na tipicidade e o numênico na culpabilidade. A teoria causal naturalista, também conhecida como teoria psicológica da culpabilidade não explicava a tentativa, crimes omissivos, especiais fins de agir.... Adota a teoria da ratio cognoscendi para explicar a relação entre tipicidade e antijuridicidade.
Resumo: ação típica (fator externo) + antijurídica (fator externo) + culpável (fator interno – ligação psicológica entre o autor e o fato praticado)
Ação típica = ação humana voluntária que exige um resultado + subsunção do fato à norma de forma objetiva.
Antijurídica = causas que excluem a ilicitude de forma objetiva
Culpabilidade = tem como pressuposto para sua verificação a imputabilidade ( psicológica). Após a verificação verifica-se o dolo e a culpa.
O que a teoria neoclássica da culpabilidade (normativa)? Frank e Mezger tentam aperfeiçoar a teoria causal-naturalista, adicionamento alguns elementos normativos à culpabilidade. Se na teoria causal-naturalista a culpabilidade tinha a imputabilidade como pressuposto para verificação da culpabilidade e o dolo e a culpa como ligação psicológica entre o autor e o fato, para Frank a culpabilidade seria a imputabilidade como integrante da culpabilidade, juntamente ao dolo e a culpa, dolo aqui entendido como dolus malus, ou seja, o dolo com conhecimento da ilicitude. Para complementar os elementos da culpabilidade, ainda somava-se a exigibilidade de conduta diversa. A teoria normativa (psicológico-normativa ou neoclássica) é considerada, ainda, uma evolução teórica no sistema causal. Vale lembrar que por Mezger, essa teoria adotou a ratio essendi, ou seja, a antijuridicidade como elementos negativos do tipo e não apenas indícios.
Resumo: ação típica + antijurídica + culpabilidade 
Ação típica = ação humana voluntária que exige um resultado + subsunção do fato à norma de forma objetiva.
Antijurídica = causas que excluem a ilicitude de forma objetiva, mas também passa a ver a questão material.
Culpabilidade = aqui reside a maior mudança. A imputabilidade deixa de ser pressuposto para ser elementos da culpabilidade. O dolo passa a ser normativo ( dolus malus, ou seja, consciência da ilicitude). Por fim, Frank, adiciona o requisito da exigibilidade de conduta diversa. Assim, a teoria normativa responde os problemas de coação irresistível e obediência hierárquica, porém ainda não explica a essência dos crimes omissivos.
O que era a ação típica para os causalistas? Era a mera subsunção do fato à norma. Não existia conduta e sim uma ação. Ação era um ato voluntário humano que causava uma modificação no mundo exterior e um resultado, não havia animus.
O que é a teoria finalista da ação ou teoria normativa pura? Na teoria Finalista da Ação de Hans Welzel (1930) crime é o fato típico (subsunção formal + dolo natural <sem consciência da ilicitude, é o querer, independente de ser bom ou ruim> ou culpa + tipo complexo < objetivo e subjetivo) + antijuridicidade (objetiva e subjetiva) + Culpabilidade ( imputabilidade + potencial consciência da ilicitude < Welzel separou os elementos do dolo normativo, deixou a potencial consciência da ilicitude na culpabilidade e transferiu o dolo natural para o fato típico > + inexigibilidade de conduta diversa, teoria criada por Frank em 1907 para explicar a coação moral irresistível por ex ). Welzel ainda tentou adicionar no fato típico a necessidade da relevância social, o que ficou denominada de teoria social da ação (não prosperou), fato típico era a subsunção do fato a norma + dolo natural ou culpa + relevância social. Welzel dizia que a finalidade é vidente e a causalidade é cega. A teoria de Welzel não explicava a culpa e , portanto, sofreu severas críticas por Mezger, pois para este, se a conduta tem que ser voltada a uma finalidade, nenhum crime culposo o agente queria a finalidade alcançada. Porém, Welzel faz uma reelaboração em um sua teoria e assim define: Dolo é a finalidade lícita que utiliza de meios para um resultado ilícito. No crime doloso, então, a finalidade é ilícita. No crime culposo, a finalidade é lícita ( pegar um copo com água) e o resultado é lícito ( tomar a água), porém os meios são descuidados (falta do dever de cuidado).
Quais são as teorias do crime? clássica, neoclássica, finalista, social e funcionalismo
O que se defende na teoria da ação social? É uma conduta voluntária e voltadaa uma finalidade desde que tenha uma relevância social. A crítica para essa teoria é a extrema vagueza do termo relevância social.
O que é o funcionalismo de Roxin? É o instituto que procura explicar os institutos penais com base na política criminal e das finalidades da pena. Ex.: verificar o fato típico com base na política criminal e nas finalidades da pena. A função do Direito Penal é defender a sociedade das condutas mais intoleráveis (a função do DP é a proteção aos bens jurídicos mais relevantes e intoleráveis < direito penal mínimo>). Roxin crítica o Finalismo e o Causalismo, pois defende que os institutos penais devem ser verificado no caso concreto após o crime, com base na política criminal e nos fins da pena e não antes (prévio). Roxin crítica o pensamento antológico do finalismo e do causalismo, fixação de conceitos como dogma. Só se aplica a pena se for necessária, sendo assim, a pena dois aspectos: tem prevenção geral e especial. Na geral serve para intimidar para que não se delinquia e a especial serve para separar o indivíduo da sociedade e a recuperação. Roxin critíca crimes de perigo abstrato e de preparação. A teoria da imputação objetiva vem do funcionalismo de Roxin.
O que é o funcionalismo de Jakobs? É a proteção das normas jurídicas e não dos bens jurídicos. A sociedade é um contrato social com relação de confiança entra as pessoas baseado nas ideias do filósofo Luhman. Com isso, o Direito Penal vem para proteger essa relação de confiança entre as pessoas. Aplicação da pena para Jakobs visa a prevenção geral positiva, que é reafirmar a vigência da norma, logo, para Jakobs, não existe o princípio da insignificância. A sociedade pode incriminar com qualquer coisa, pois o fim é defender a norma, logo quem impõe os limites é a sociedade.
Qual teorias estamos vivendo em pleno século XXI? Teoria Constitucional do Direito Penal. Tal teoria veio por meio dos estudos de Claus Roxin no finalismo teleológico (do que recai a intervenção mínima, insignificância, alteridade, lesividade...). Logo, nessa teoria, o fato típico deve ser materialmente típico e não apenas formalmente típico.
- Escolas Penais - Evolução histórica do Direito Penal no Brasil 
Qual a importância da obra “ dos delitos e das penas’’ de Cesare Bonesana (Marquês de Beccaria)? Beccaria (Italiano de Milão) rompe com o pensamento absolutista, momento em que as penas eram aflitivas, desrespeitando qualquer dignidade da pessoa humana. Nesse contexto, de revolução do pensado absolutista para o iluminista, Beccaria foi o precursor corajoso em defender suas ideais de aplicação de penas justas que respeitassem a dignidade da pessoa humana e a legalidade. Logo, a coragem de Beccaria ,em divulgar sua obra, é marco central e divisor para o Direito Penal como conhecemos hoje.
Qual a importância de John Howard para o sistema penitenciário? Inglês, Howard foi um dos grandes responsáveis pela mudança dos sistemas prisionais. “Se a obra de Howard é considerada por muitos a obra de partida da reforma carcerária, não podemos olvidar sua transcendência e atualidade, já que seus princípios seguem vigentes hoje, encontrando-se muitas de suas propostas incorporadas nas disposições que na atualidade regem os estabelecimentos penitenciários do Ocidente.
Qual a importância dos estudos de Jeremy Bentham? Arquitetura penitenciária, enquanto Howard percebeu a necessidade de melhorias nos estabelecimentos prisionais de forma mais empírica, o também inglês Bentham, preocupou-se na questão arquitetônica, ou seja, como criar um estabelecimento mais digno e efetivo. Seu plano arquitetônico ficou conhecido como o panóptico de Bentham.
O que é o aborto eugênico? feita nos casos em que há suspeita de que a criança possa vir a nascer com defeitos físicos, mentais ou anomalias, implicando em uma técnica artificial de seleção do ser humano.
Pode-se dizer que vitimologia nasceu após a 2ª Guerra Mundial? Sim. Justamente pelos excessos causados pelo nazismo.
O que é a teoria absoluta (retributiva) da aplicação da pena? A concepção retributiva da pena parte do pressuposto de que o homem é livre, que possui o direito e a faculdade de escolher entre o bem e o mal. Se opta por praticar o mal, deve receber a sanção previamente determinada pelo Estado. Sua preocupação não está na prevenção de futuros atos semelhantes praticados pelo próprio agente, ou mesmo por outras pessoas. Por isso, a teoria retributiva é conhecida, também, como uma teoria absoluta, já que a pena é um fim em si mesma.
O que foi a teoria relativa ( preventiva) de aplicação da pena? Baseava-se na prevenção geral (negativa e positiva) e na prevenção especial (negativa e positiva). “a prevenção especial não busca a intimidação do grupo social nem a retribuição do fato praticado, visando apenas àquele indivíduo que já delinquiu para fazer com que não volte a transgredir as normas jurídico-penais.
No que a Escola Clássica se fundamentava? A Escola Clássica estava fundamentada, resumidamente, nos seguintes postulados: a) livre arbítrio; b) dissuasão, c) prevenção e d) retribuição. Principais teóricos: Beccaria e Carrara. Problemas da escola: o homem nem sempre possuía o livre arbítrio para cometer ilícitos ( coação moral ou física por ex). O caráter retributivo da pena não buscava evitar o cometimento de novos delitos.
No que a Escola Positivista se fundamentava? No estudo do criminoso e não do crime. (a) o crime é fenômeno natural e social, estando sujeito às influências do meio e aos múltiplos fatores que atuam sobre o comportamento. Exige, portanto, o método experimental ou o método positivo para explicação de suas causas; (b) a responsabilidade penal é responsabilidade social (resultado do simples fato de viver o homem em sociedade), tendo por base a periculosidade do agente; (c) a pena é exclusivamente medida de defesa social, visando à recuperação do criminoso ou à sua neutralização, nos casos irrecuperáveis; (d) o criminoso é sempre psicologicamente um anormal, de forma temporária ou permanente, apresentando também muitas vezes defeitos físicos; e (e) os criminosos podem ser classificados em tipos (ocasionais, habituais, natos, passionais e enfermos da mente). Principais teóricos: Lombroso (criminoso nato), Ferri (sociologia) e Garófalo.
O que foi a Terza Scuola? Surgiu com a finalidade de conciliar as posições das Escolas Clássica e Positiva, tendo Alimena, Carnevale e Impalomeni como seus principais defensores. O crime se apresenta como fenômeno individual e social, condicionado pelos fatores que Ferri determinou. A pena tem por fim a defesa social, mas não perde o caráter aflitivo e se distingue essencialmente da medida de segurança.
Como se deu a evolução do Direito Penal no Brasil? No início da colonização vigoravam as Ordenações Afonsinas, de caráter religioso, influenciado pelo direito romano. Em 1514 foram revogadas pelas Ordenações Manuelinas, mantendo a base das precursoras, não definindo tipo ou quantidade de pena, ato discricionário do juiz. A compilação deu lugar às Ordenações Filipinas, vigorando por mais de duzentos anos, sendo seu marco inicial o século XVII. O Direito era confundido com moral e religião, punindo-se com rigor os hereges, apóstatas, feiticeiros e benzedores. As penas eram cruéis e desumanas, tendo como fim principal infundir o temor pelo castigo.
Quantos Códigos nós já tivemos no Brasil e em qual Código a Pena de Morte foi abolida? 
– Código Criminal do Império do Brasil, aprovado em 16 dezembro de 1830; 
– Código Penal dos Estados Unidos do Brasil, Decreto nº 847, de 11 de outubro de 1890 (abolição da pena de morte); 
– Consolidação das Leis Penais, aprovada e adotada pelo Decreto nº 22.213, de 14 de dezembro de 1932 (não conta como Código); 
– Código Penal, Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – cuja Parte Especial, com consideráveis alterações, encontra-se em vigor até os dias de hoje;
 – Código Penal, Decreto-Lei nº 1.004, de 21 de outubro de 1969 – que permaneceu por um período aproximado de nove anos em vacatio legis, tendo sido revogadopela lei nº 6.578, de 11 de outubro de 1978, sem sequer ter entrado em vigor; 
– Código Penal, Lei nº 7.209, de 11 de julho de 1984 – com esta lei foi revogada, tão somente, a Parte Geral do Código Penal de 1940.
Em resumo: Qual foi o Código Penal Brasileiro que aboliu a pena de morte em tempo de paz? O de 1890 (Primeiro : 1830 /Segundo: 1890/ Terceiro: 1940), logo, tivemos 3 códigos até hoje.
Normas Penais
Pode-se dizer que a norma penal em branco heterogênea afronta o princípio da legalidade? Maior parte da doutrina entende que não.
O que é anomia ? A anomia pode ser concebida de duas formas: em virtude da ausência de normas, ou, ainda, embora existindo essas normas, a sociedade não lhes dá o devido valor, continuando a praticar as condutas por elas proibidas como se tais normas não existissem, pois confiam na impunidade.
Quais são os critérios para se resolver um antinomia jurídica? Critério cronológico, hierárquico e critério da especialidade.
Qual a diferença de especialidade e subsidiariedade? “A diferença que existe entre especialidade e subsidiariedade é que, nesta, ao contrário do que ocorre naquela, os fatos previstos em uma e outra norma não estão em relação de espécie a gênero, e se a pena do tipo principal (sempre mais grave que a do tipo subsidiário) é excluída por qualquer causa, a pena do tipo subsidiário pode apresentar-se como ‘soldado de reserva’ e aplicar-se pelo residuum.” Para Rogério Greco essa distinção não faz sentido, pois uma norma subsidiária só é aplicada em virtude da especialidade.
Crime pode ser absorvido por uma contravenção? Crime tipificado no Código Penal não pode ser absorvido por infração descrita na Lei das Contravenções Penais.
A venda pelo ladrão da coisa furtada como própria não constitui estelionato. C ou E. Certo. Absorção pós-fato
Se o agente falsifica moeda e depois a introduz em circulação pratica apenas o crime de moeda falsa (art. 289, CP). C ou E. Certo.
O que o princípio da alternatividade no conflito aparente de normas? O princípio da alternatividade indica que o agente só será punido por uma das modalidades inscritas nos chamados crimes de ação múltipla, embora possa praticar duas ou mais condutas do mesmo tipo penal. Rogério Greco assevera que a alternatividade não é de fato um dos métodos de se solucionar antinomia de normas, pois não se está diante de duas normas, mas de uma com mais de um núcleo.
- Interpretação da Lei Penal 
O que é a interpretação objetiva? Busca-se descobrir a suposta vontade da lei
O que é a interpretação subjetiva? Procura-se alcançar a vontade do legislador.
Quanto ao sujeito que a realiza, como a interpretação legislativa pode ser dividida? Quanto ao sujeito: Autêntica (contextual e posterior): é aquela feita no próprio texto legal. Na contextual a interpretação já vem no próprio texto originário (art. 327 CP que define o que é funcionário público). Já na posterior, a explicação vem depois da produção do texto. Nesse aspecto, a exposição de motivos poderia ser considerado uma interpretação autêntica? Definitivamente não, pois não possui natureza formal de lei, sendo mais adequado falar em interpretação doutrinária, uma vez que a exposição de motivos sequer é votada nas casas do Congresso Nacional. Interpretação doutrinária: é aquela realizada pelos estudiosos do direito, os quais, comentando sobre a lei que se pretende interpretar, emitem opiniões pessoais. Embora seja extremamente importante para que as falhas e os acertos da lei possam ser apontados, não é de obediência obrigatória. Interpretação judicial : é a realizada pelos aplicadores do direito, ou seja, pelos juízes de primeiro grau e magistrados que compõem os tribunais. A interpretação judicial deve ser sempre nos autos do processo, logo, se ministros do STF ou do STJ emitirem suas opiniões, interpretando a lei penal em palestras, congressos etc., jamais poderemos considerar esse tipo de interpretação como de natureza judicial. Quanto aos meios empregados temos a interpretação literal ou gramatical: é aquela em que o exegeta se preocupa, simplesmente, em saber o real e efetivo significado das palavras. A interpretação teleológica: o intérprete busca alcançar a finalidade da lei, aquilo a que ela se destina a regular. Interpretação sistêmica: Interpreta-o com os olhos voltados para o todo, e não somente para as partes (Ex.: latrocínio ser julgado na vara comum e não no júri). Interpretação histórica: o intérprete volta ao passado, ao tempo em que foi editado o diploma que se quer interpretar, buscando os fundamentos de sua criação, o momento pelo qual atravessava a sociedade etc. Interpretação progressiva: busca-se aplicar a lei conforme o cenário atual. O exemplo é o crime de ato obsceno que em 1950 poderia considerar um beijo em público como violação de tal dispositivo e que , em 2020, é um indiferente penal. Quanto aos resultado. Intepretação Declaratória: o intérprete não amplia nem restringe o seu alcance, mas apenas declara a vontade da lei. Interpretação restritiva é aquela em que o intérprete diminui, restringe o alcance da lei, uma vez que esta, à primeira vista, disse mais do que efetivamente pretendia dizer (Ex.: art. 28, II do CP deve excluir a embriaguez patológica). Interpretação extensiva: quando, para que se possa conhecer a exata amplitude da lei, o intérprete necessita alargar seu alcance (Ex.: bigamia, também irá abranger poligamia). Interpretação analógica: quer dizer que a uma fórmula casuística, que servirá de norte ao exegeta, segue-se uma fórmula genérica. Podemos perceber que a uma fórmula casuística – com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura – o Código fez seguir uma fórmula genérica – ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum. Podemos, portanto, entender que a interpretação extensiva é o gênero, no qual são espécies a interpretação extensiva em sentido estrito e a interpretação analógica (a grande diferença recai que na interpretação analógica temos uma fórmula casuística e genérica pré-estabelecida). Interpretação conforme a Constituição Federal: é o método de interpretação por meio do qual o intérprete, de acordo com uma concepção penal garantista, procura aferir a validade das normas mediante seu confronto com a Constituição.
O que fazer quando sugir dúvida quanto a interpretação da lei penal? Conforme preleciona Hungria: na dúvida interpretativa, deverá prevalecer o in dubio pro reo.
O que é analogia? Segundo Rogério Sanches é caracterizada pela utilização de outra disposição normativa para integrar a lacuna existente no ordenamento jurídico.
A súmula vinculante é de obediência obrigatória na Administração Pública direta ou indireta da União, Estados e Municípios? Sim. Ressalta-se que o quórum de aprovação é de 2/3.
Quem pode propor a edição, revisão ou cancelamento de uma SV? Por aqueles que podem propor ADI (além dos próprios min do STF).
Se o órgão administrativo não aplicar a SV, o que acontece? Enseja a anulação do ato administrativo. Na esfera judicial fala-se em cassação da sentença.
Qual o instrumento cabível para alegar a não aplicação de um Súmula Vinculante? Reclamação ao STF.
OBS: A Constituição exige o voto de oito Ministros para aprovação de súmula com efeito vinculante (2/3), porém nada impede que o voto de seis Ministros aprove uma súmula não vinculante. Se for proposta sua revisão e pelo menos oito Ministros concordarem com uma nova redação, passará então a ter efeito vinculante.
É correto afirmar que Súmula Vinculante precisa ser de matéria constitucional? Sim, é o que preconiza o art. 103-A da CF/88.
- Princípios fundamentais do Direito Penal 
Qual o sentido descriminalizador do princípio da intervenção mínima? A função do Direito Penal é tutelar apenas os bens jurídicos mais relevantes, sendo assim, situações que hoje podem ser relevantes, em um futuro podem não ser. Portanto, ao passo que o princípio da intervenção mínima auxilia na seleção dos bens jurídicos mais importantes a serem tutelados, também serve como ferramenta para a descriminalização dosque já não necessitam de tão extrema medida jurídico-normativa que é o Direito Penal.
O que é o princípio da exclusiva proteção a bens jurídicos? Só é legítima a intervenção penal para proteger as condições mínimas de coexistência social ( Claus Roxin).
O que é o princípio da alteridade? só é legítima a intervenção do Direito Penal para coibir condutas que afetam bens jurídicos de terceiros.
Usar droga é crime? Não! Portar para usar é crime.
O que é o princípio da fragmentariedade? Só é legítima a atuação do Direito Penal para proteger bens jurídicos contra os ataques mais intoleráveis.
O que é o princípio da intervenção mínima (ultima ratio)? Só é legítima a intervenção do Direito Penal quando outros ramos do direito não forem suficientes para proteger o bem jurídico.
O que o princípio da Lesividade? Na verdade, o princípio da lesividade/ofensividade e o princípio da intervenção mínima são duas faces da mesma moeda. Só é legítima a intervenção do Direito Penal contra condutas que efetivamente ofendam ou possam ofender bens jurídicos alheios. Não é possível a tipificação de condutas que constituam meras atitudes internas. Destina-se ao legislador e ao juiz. Nas lições Nilo Batista, o referido princípio possui quatro principais funções, a saber: 
a) proibir a incriminação de uma atitude interna;
b) proibir a incriminação de uma conduta que não exceda o âmbito do próprio autor; 
c) proibir a incriminação de simples estados ou condições existenciais; 
d) proibir a incriminação de condutas desviadas que não afetem qualquer bem jurídico
OBS: segundo o entendimento majoritário, é típica a conduta de porte ilegal de arma mesmo que desmuniciada, pois é um crime de perigo abstrato.
O que é o princípio da insignificância? Não é legítima a intervenção do Direito Penal em caso de lesão irrelevante ao bem jurídico. Dirige-se ao legislador e ao juiz.
Vetores:
OPRI
Mínima ofensividade da conduta
Nenhuma periculosidade do comportamento
Reduzidíssima reprovabilidade social da ação
Inexpressividade da lesão provocada
Cabe o princípio da insignificância em sonegação de impostos? Sim!
Aplica-se o princípio da insignificância no contrabando? Não!
Info 665 STJ: Princípio da insignificância pode incidir em furto qualificado.
O que é o princípio da bagatela imprópria? Não há necessidade de pena quando constatar-se no caso concreto a irrelevância jurídica do fato. Na bagatela imprópria o fato nasce com relevância penal, mas em face da circunstâncias concretas o juiz pode isentá-lo de pena. Na bagatela própria o fato já nasce irrelevante. Ex.: furto de uma banana. Bagatela imprópria não gera atipicidade e sim isenção de pena.
O que é o princípio da Adequação Social? Não é legítima a intervenção do Direito Penal quanto a condutas socialmente adequadas. Ex.: furar orelha de um bebê. Prevalece que a venda de CDs e DVDs piratas não se insere no conceito de adequação social sendo penalmente típica. 
Súmula nº 502. Presentes a materialidade e a autoria, afigura-se típica, em relação ao crime previsto no art. 184, § 2º, do CP, a conduta de expor à venda CDs e DVDs piratas.
Aplica-se o princípio da adequação social na contravenção do “ jogo do bicho”? Não!
A Constituição da República consagra o Princípio da Individualização da Pena. Compreende três fases: cominação, aplicação e execução. C ou E? Certo.
Quais são os outros nomes dados ao princípio da intranscendência? Responsabilidade pessoal ou princípio da pessoalidade.
Pode a pena de multa ser cobrada dos sucessores? Não, pois a pena de multa possui caráter pessoal.
Quem pode pagar a pena de multa ou de prestação pecuniária? Qualquer pessoa. Verdadeira exceção ao princípio da pessoalidade ( cuidado, não é que a pena é cobrada após a morte, apenas é uma opção de amigos , por ex, do condenado, pagar a multa).
O que acontece se a multa não for paga? se a multa não for paga, ela será considerada dívida de valor e deverá ser cobrada do condenado pela Fazenda Pública por meio de execução fiscal.
O que é o princípio da humanidade? as penas degradantes e cruéis não podem ser aplicadas no ordenamento jurídico nacional.
Qual a diferença do princípio da legalidade formal e material? âmbito formal (processo legislativo) ou em âmbito material (direitos e garantias fundamentais).
O que é o princípio da Legalidade? Princípio criado por Fuerbach, previsão no art.5, XXXIV da CF (não há crime sem lei anterior que o defina, nem crime sem prévia cominação legal). 
O que é o princípio da Reserva Legal ou Legalidade em sentido estrito? Apenas a lei em sentido estrito pode veicular o Direito Penal. 
Medida Provisória pode versar sobre matéria penal? Medida Provisória não pode versar sobre matéria Penal. OBS: O STF entende que é possível medida provisória em matéria penal quando seu conteúdo for benéfico ao réu. 
Medida Provisória é uma Lei? Não, medida provisória tem força de lei. A uma, porque não nasce no Poder Legislativo. A duas, que teria caráter apenas unipessoal por alguém (PR) escolhido para administrar o país e não editar leis.
Em caso de falta grave, o juiz poderá revogar até 1/3 (um terço) do tempo remido, observado o disposto no art. 57, recomeçando a contagem a partir da data da infração disciplinar. C ou E? Certo. Art. 127 LEP.
O que é crime permanente? É quando sua execução se perpetua no tempo.
Ocorrendo a abolitio criminis, o apenado permanece como reincidente? Não. Deverá ser providenciada a retirada do nome do agente do rol dos culpados, não podendo sua condenação ser considerada para fins de reincidência ou mesmo antecedentes penais.
A aplicação da lex mitior após o transito em julgado da sentença penal condenatória pelo juiz da execução encontra limites? Sim. O juiz das execuções penais deverá se ater a realizar a aplicação da lex mitior quando se tratar de questões meramente matemáticas. Ou seja, quando se tratar da necessidade de analisar o mérito, deverá ser proposto revisão criminal pelo advogado do detento para que o juízo de 2ª instância aplique a referida novatio legis in mellius.
Como proceder em caso de dúvida de qual a lei mas benéfica ao réu? Segundo o escólio de Hungria, se houver dúvidas quanto à aplicação da lei que melhor atenda aos interesses do agente, o réu, por intermédio de seu advogado, deverá ser consultado a fim de que faça a escolha daquela que, segundo a sua particular situação, seja tida como a mais favorável.
O princípio da irretroatividade in pejus se aplica às medidas de segurança? Não.
O que é a vactio legis indireta? Quando em seu próprio corpo, prevê um outro prazo para que determinados dispositivos possam ter aplicação, a exemplo do que ocorreu com o art. 30 do Estatuto do Desarmamento.
A quem compete legislar sobre Direito Penal? Compete privativamente a União legislar sobre Direito Penal, no entanto a União pode delegar aos Estados, mediante LC, a competência para tratar de matérias específicas. Ex.:Vitória-Régia.
O que é o princípio da taxatividade? A lei penal tem que ser precisa e taxativa, marcando exatamente a conduta incriminada.
O que é norma penal em branco? Norma penal em branco é aquela cujo preceito primário é incompleto e precisa ser completado por outro ato legal ou infralegal.
O que é a norma penal em branco homogênea ou imprópria ou em sentido lato? Lei/Lei
O que é a norma penal em branco heterogênea ou própria ou em sentido estrito? Lei/ato infralegal.
O que é a norma penal em branco ao avesso, inversa, ao revés? É aquela cujo preceito secundário ( a pena) é incompleto e deve ser completado por outra lei (é sempre homogênea, pois só uma lei pode prever uma pena). Ex.: Lei de genocídio
O que é o princípio da anterioridade? A lei tem que ser anterior ao fato incriminado (Lex previa).
Qual a teoria adotada para o tempo do crime? Atividade. Considera-se praticado o crime no momento da ação ou da omissão ainda que outro seja o momento do resultado (art.4º CP).
O que é o princípio da atividade da lex gravior? Lex gravior é a lei que de qualquer modo prejudicar o agente. Atividade significa que a lei não retroage e nem é ultra-ativa.Existe alguma hipótese que a lex gravior retroage?A Lex gravior NUNCA retroage, por expressa disposição do art.5, XXXX da CF.
Uma lex gravior pode ser ultra-ativa para prejudicar? O princípio da não ultra-atividade da lex gravio tem uma exceção. Segundo o art. 3º do CP, a lei excepcional ou temporária mesmo que mais severa contínua se aplicando aos fatos praticados na sua vigência mesmo após revogada.
Uma lei temporária ou excepcional pode retroagir? NUNCA.
O que a lex mitior? Lex mitior é a lei que de qualquer modo favorecer o agente. Pode constituir novatio legis in mellius ou abolitio criminis.
O que é extra-atividade? Extra-atividade significa que lei mais benéfica retroage e é ultra-ativa.
A abolitio crimins extingue todos os efeitos penais da sentença penal condenatória? Não. Os efeitos civis continuam existindo.
O que a continuidade típico normativa? Ocorre quando a conduta deixa de configurar um crime mas contínua a configurar outro. Exemplo.: atentado violento ao pudor que agora está inserido no art. 213 CP (estupro).
A quem compete aplicar a lei benéfica após o trânsito em julgado? Compete ao juízo da execução aplicar a lei benéfica após o trânsito em julgado. Súmula 611 STF.
A bigamia é um crime instantâneo com efeitos permanentes? Sim.
Quando se aplica a lex gravior nos crimes permanentes e continuados? Aplica-se a lei mais severa ao crime permanente e ao crime continuado desde que tenha entrado em vigor antes de cessada a continuidade ou a permanência. Súmula 711 STF
O que é o crime continuado? É aquele que mediante as mesmas condições de tempo, espaço e modo de execução continua a ser praticado. São vários crimes. Ex.: furto da bolsa da patroa. Aplica-se a pena do crime aumentado de 1/6 a 2/3 (art. 71 CP).
Aplica-se a lex tertia no Ordenamento Jurídico brasileiro? Não (súmula 501 STJ). Admite-se a retroatividade da Lei 11.343/06 desde que o resultado da aplicação integral dos seus dispositivos seja bem mais benéfico do que a lei 6368/76, vedada a combinação de leis.
Pode-se aplicar a lei mais benéfica no período de vacatio legis dessa lei? É inadmissível a aplicação da lei mais benéfica no período de Vacatio Legis.
O que é a lex intermedia ?Quando em uma sucessão de leis penais a lei intermediária for a mais benéfica, ela que deverá ser aplicada.
O complemento da norma penal em branco retroage? O complemento da norma penal comporta-se da mesma forma que a própria norma. Se for mais severo não retroage, se for mais benéfico retroage. Se o complemento tem caráter excepcional ou temporário (Ex: tabela de preço) será ultra-ativo.
O que é a teoria da ubiquidade? Considera-se praticado o crime tanto no lugar em que foi praticado a ação ou omissão, no todo ou em parte, tanto no lugar que se produziu ou deveria se produzir o resultado.
O que é o princípio da territorialidade temperada? Aplica-se a lei brasileira ao crime praticado no Brasil, sem prejuízo de tratados, convenções ou regras de Direito Internacional (art.5º CP).
O que é intraterritorialidade? Chama-se de intraterritorialidade a aplicação de lei estrangeira a crimes praticados no Brasil. Ex.: diplomata.
O que é o princípio da extraterritorialidade? É a aplicação da lei brasileira a crimes praticados fora do Brasil.
O que é extraterritorialidade incondicionada? Nessas hipóteses aplica-se a lei brasileira ao crime praticado no exterior independentemente de qualquer condição, ainda que o agente já tenha sido absolvido ou cumprido pena no estrangeiro pelo mesmo crime. É uma exceção a dupla punição (bis in idem).
MNEMÔNICO INCONDICIONADOS
PAG julga ainda que absolvido no estrangeiro ; )
PAG (Presidente da República <vida e liberdade>, administração <patrimônio, fé pública e crimes funcionais> e genocídio <desde que o agente seja brasileiro ou domiciliado no Brasil>) 
O que é extraterritorialidade condicionada? Nesses casos só se aplica a lei brasileira se estiverem presentes cumulativamente as seguintes condições (cumulativos): entrar o agente em território nacional, ser o fato considerado crime no lugar em que foi praticado, não ter havido extinção da punibilidade segundo a lei mais favorável, não ter sido absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido pena, o crime praticado está entre aqueles que autorizariam a extradição (ex.: contravenção não admite extradição). Aplica-se aos menores de idade? Não!
MNEMÔNICO CONDICIONADOS
TAB (tratado e convenção < crime que por tratado ou convenção o Brasil se obrigou a reprimir>, aeronave ou embarcação < crime em aeronave ou embarcação privada brasileira quando praticado no estrangeiro e ali não tenha sido julgado>, brasileiro autor ou vítima < crime praticado por ou contra brasileiro>)
HIPERCONDICIONADO
Ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, além das condições previstas no §2º, para a aplicação da lei brasileira é preciso observar ainda ( além do brasileiro maconheiro): (i) não ter sido pedida ou ter sido negada a extradição, (ii) ter havido requisição do ministro da Justiça.
As embaixadas são extensão do território brasileiro? Não!
O prazo de contagem no que tange ao direito de liberdade dos cidadãos, é penal ou processual? Esses prazos, pela sua natureza, deverão ser considerados prazos penais, a exemplo da contagem da decadência, do período de seis meses, como regra, para a apresentação da representação ou oferecimento da queixa em juízo, do cumprimento da pena, da prescrição etc.
Por que o art. 28 da Lei nº 11.343/2006 quebra a regra de distinção entre uma contravenção e um crime? Porque o crime de porte de drogas para consumo próprio não prevê pena de prisão e nem de multa. Crime é a infração penal a que a lei comina pena de reclusão ou de
detenção, quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a pena de
multa; contravenção, a infração penal a que a lei comina, isoladamente, pena de prisão
simples ou multa, ou ambas, alternativa ou cumulativamente.
O Código Penal de 1940 preceitua o que é crime? Não. Tal interpretação fica a cargo da doutrina. Entretanto, o Código Criminal de 1830 e o Código Penal de 1890 previam a definição de crime no próprio texto legal do diploma.
O que é crime no sentido formal ,material e analítico? Formal: todo o fato humano, proibido pela lei penal. Material: todo o fato humano lesivo de um interesse capaz de comprometer as condições de existência, de conservação e de desenvolvimento da sociedade. Analítico: típico, ilícito e culpável.
O que é o conceito estratificado de crime? Quer dizer o mesmo que conceito analítico, asseverando que o crime é composto pelos seguintes estratos: ação típica, ilicitude e culpabilidade.
O que são crimes de conduta mista? São aqueles que apresentam um hibridismo entre a comissão e a omissão. Ex.: Art. 169 CP (apropriação de coisa achada) Na infração penal sub examen, o agente acha coisa alheia perdida e dela se apropria (comportamento comissivo), total ou parcialmente, deixando de restituí-la (comportamento omissivo) ao dono ou legítimo possuidor ou de entregá-la à autoridade competente, dentro do prazo de 15 (quinze) dias.
O que é a absoluta impropriedade do objeto? Matar o morto.
O que é crime de mera conduta? Aquele que o tipo penal proibi um comportamento ( não exigindo qualquer resultado). OBS: todo crime exige um resultado? Sim (lesão ou o perigo de lesão ao bem juridicamente protegido pelo tipo). Porém, nem todo o crime possui um resultado material (naturalístico).
Candidato, cite um exemplo de crime de crime bipróprio: crime de maus tratos (art. 136 CP).
Infanticídio é crime de mão própria? Não. Crime de mão própria é aquele que não admite autoria mediata. Crimes de mão própria: deserção, prevaricação, falso testemunho.
O que são crimes multitudinários? Crimes multitudinários são aqueles cometidos por uma multidão delinquente, geralmente, numa situação de tumulto.
O que é crime de dano? É aquele que exige um dano concreto ao sujeito passivo. Ex.: art. 121, 
art. 129.
Cite exemplos de crimes de efeitos permanentes: homicídio e bigamia.
O que é crime a prazo?Exige um determinado tempo para sua consumação. Ex.: lesão corporal grave.
Diferencie crimes de intenção de resultado cortado e crimes mutilados de dois atos: no crime de Intenção, o sujeito ativo quer um resultado dispensável para a consumação. Pode ser de duas espécies: crime de resultado cortado e delito mutilado de dois atos. Os dois são espécies de crimes formais, porém no primeiro, o resultado (dispensável) visado dependerá de ato de terceiro e não do próprio sujeito ativo (extorsão mediante sequestro); já no segundo, a ocorrência do resultado (dispensável) está na esfera de decisão e atuação do agente (moeda falsa).
Cite um exemplo de crime habitual: curandeirismo, previsto no art. 284 do Código Penal.
...prescrevendo, ministrando ou aplicando, habitualmente, qualquer substância...
O que é crime de ímpeto? chama-se crime de ímpeto a infração penal em que o agente pratica a conduta nele prevista de forma impensada, explosiva, emocionada, sem que, para tanto, tenha tempo para refletir a respeito do seu comportamento criminoso.
O que é o crime de atentado ou empreendimento? É aquele que a consumação e tentativa estão previstas no próprio tipo. Ex.: Art. 352. Evadir-se ou tentar evadir-se o preso ou o indivíduo submetido a medida de segurança detentiva, usando de violência contra a pessoa.
O que são crimes vagos? Crimes vagos, na definição de Damásio de Jesus, “são os que têm por sujeito passivo entidades sem personalidade jurídica, como a família, o público ou a sociedade. Ex.: ato obsceno (CP, art.233).
O que é crime remetido? o tipo penal remete o intérprete a outra figura típica, para que ele possa ser entendido e aplicado, como acontece, por exemplo, na hipótese prevista pelo art. 304 do Código Penal, que diz: Art. 304. Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se referem os arts. 297 a 302.
O que são os crimes de acumulação ou crimes de dano cumulativo? determinadas condutas são incapazes, isoladamente, de ofender o valor ou interesse protegido pela norma penal. Contudo, a repetição delas, cumulativamente consideradas, constitui crime. Ex.: jogar lixo uma única vez em um rio não é crime. Porém, jogar sucessiva vezes caracteriza a infração penal contida no art. 54 da Lei nº 9.605/98 – Lei dos Crimes Ambientais.
Qual é a teoria utilizada no Direito Penal Brasileiro para a teoria do Crime? Teoria Finalista Tripartite.
Quem são os responsáveis pela teoria causalista? a teoria causalista foi elaborada por Franz von Liszt, Ernst von Beling e Gustav Radbruch no início do século XIX (Alemanha).
Quem é o autor da teoria finalista? Hans Welzel na Alemanha em 1930.
Qual a grande conquista da teoria finalista de Hans Welzel? Deslocar o dolo e a culpa para a tipicidade e não na culpabilidade (causalista).
A teoria finalista bipartite é originária da teoria finalista? Não. O finalismo bipartite é criação brasileira ( Damásio de Jesus). Para tal teoria o crime é fato típico e ilícito e a culpabilidade não integra o crime, mas é pressuposto da pena.
Qual seria um maneira técnica de falar sobre a teoria finalista tripartite? Crime= conduta, típica, ilícita e culpável. Porém a mais usual é falar em crime ser um fato típico ( fato<conduta> + tipicidade, ilícito e culpável. 
Todo crime exige resultado e nexo de causalidade? Não. É o exemplo do crime tentado.
É correto afirmar que o conceito analítico de crime é escalonado? Sim. Deve ser analisado primeiro o fato típico ( Conduta e tipicidade) ....
O que é a conduta? É a ação ou omissão humana voluntária e consciente dirigida a uma finalidade.
Pode existir a responsabilidade penal de uma PJ? Só é possível em caso de crime ambiental (art. 225 CF). 
A responsabilidade penal das PJ afasta a das pessoas físicas? Não. A responsabilidade penal da PJ não afasta a das pessoas físicas. Letra de Lei.
Para punir a PJ é necessário punir a PF. Para o STJ a dupla imputação é necessária, ou seja, não pode haver punição da PJ sem punição das pessoas físicas responsáveis. Para o STF, no entanto, a dupla imputação não é necessária.
Quais são as causas de exclusão da conduta? Coação física irresistível, hipnose e sonambulismo e ato reflexo (movimento involuntário < não é aquele que bate por reflexo> trata-se, aqui da epilepsia por ex). MNEMÔNICO CHA
O que é a coação física ( excludente da conduta) ? O coator usa o corpo do coagido como um objeto inanimado. Ex.: apertar o gatilho ( sobrepor o dedo da vítima e apertar o gatilho) e matar alguém.
O que é coação moral? O coator constrange o coagido, mediante violência ou ameaça, viciando a sua vontade. Exclui a culpabilidade. Ex.: extorsão mediante sequestro que exige que A mate B para liberar seu filho.
Cite exemplos de crimes comissivos. Art. 155, art. 121, art. 157e Art 213.
Cite exemplos de crimes omissivos. Próprios: art. 135 (omissão de socorro), art. 168- A (apropriação indébita previdenciária) e art. 244 (abandono material). Impróprios (comissivos por omissão): art. 13, §2º Crime omissivo impróprio é o crime previsto de forma comissiva , mas praticado na realidade por omissão. Isso só pode ocorrer quando quem se omite tinha o dever de agir para impedir o resultado (podia E devia)Ex.: art. 121, art. 155 e art. 213, etc.
Conduta é dividida em comissiva, omissiva e omissiva imprópria. C ou E. Certo.
O que é o resultado? É a modificação do mundo exterior causada pela conduta, mas diversa dela.
O que é o crime de consumação cortada ou antecipada? É o crime formal ; )
O que é o crime material? É aquele que o tipo exige um resultado naturalístico.
O que é o crime formal? O tipo prevê o resultado, mas não exige que ele ocorra.
O que é o crime de mera conduta? O tipo não prevê nem exige resultado. Ex.: art. 150, porte ilegal de arma de fogo (art. 14 da lei 11.343/03)
Quais são os tipos de resultado de um crime? Material, formal e de mera conduta.
Quando a conduta é o centro do tipo, qual o resultado do crime? Crime formal. Ex.: art. 158 e 159.
Quando o resultado é o centro do tipo, qual o resultado do crime? Crime material. Ex.: art. 121 e art. 171.
Súmula 500 STJ: O crime de corrupção de menores prescinde da prova da efetiva corrupção do menor por tratar de crime formal.
O que é adequação típica de subordinação mediata ou indireta? O auxílio de uma norma de extensão para a perfeita subsunção do fato à norma abstrata. Ex.: tentativa. Utiliza-se do conceito do art. 14, II (norma de extensão) conjugado com o art. 121 para dizer que houve homicídio mesmo que por circunstância alheias a vontade do agente o crime não tenha se consumado.
Qual a diferença do tipo total de injusto e do injusto penal? O tipo total de injusto é aquele defendido pela teoria da ratio essendi ( teoria dos elementos negativos do tipo, identidade) onde a tipicidade e a antijuricidade andam juntas. Logo, para os adeptos dessa teoria, crime é o injusto total ( tipicidade com os elementos negativos do tipo <excludente de antijuridicidade>) + culpabilidade. O injusto penal é , por sua vez, a verificação da tipicidade e depois da antijuridicidade em momentos distintos. Se o fato é típico e depois verifica-se que é ilícito, temos um injusto penal. A teoria do injusto é defendida pelos adeptos da teoria da ratio cognoscendi .
O que é o tipo penal congruente e incongruente? Congruente ou simétrico é aquele que não necessita de uma finalidade. Ex.: Art. 121. Incongruente ou assimétrico é aquele que precisa de um fim. Ex.: art. 159. Extorquir com o fim de...
O que é o tipo cumulativo? é aquele prevê mais de uma conduta no tipo e que o agente responderá em concurso se cometê-los. 
Existe o crime de corrupção de menores no CP? Não. A corrupção de menores é prevista no ECA e nada tem a ver com relação sexual.
Sujeito passivo formal será sempre o Estado, que sofre toda vez que suas leis são desobedecidas. Sujeito passivo material é o titular do bem ou interesse juridicamente tutelado sobre o qual recai a conduta criminosa, que, em alguns casos, poderá ser também o Estado. C ou E? Certo.
Quem é o sujeito passivo em um crime de maus tratoscontra um animal? A coletividade. O animal é o objeto material do crime.
Quem é o sujeito passivo e ativo no crime de rixa? No crime de rixa os rixosos são ao mesmo tempo sujeitos ativos e passivos.
Qual é o conceito de nexo causal? É o elo que liga a conduta ao resultado.
Quais são as teorias sobre o nexo causal? Como regra, no art. 13 , caput, o CP adota a teoria da “conditio sine qua non” ou das equivalência (todas as causas são equivalentes) dos antecedentes causais. Segundo essa teoria considera-se causa toda a ação ou omissão sem a qual não teria ocorrido o resultado (método hipotético de eliminação, alguns problemas com o regresso ao infinito, por isso deve ser observado o Dolo e a Culpa). Como exceção: art. 13, §1º, teoria da causalidade adequada (não pode ser tudo como na teoria da causalidade adequada, só é causa aquilo que pode gerar algum resultado). Apesar de discussões, a teoria da equivalência dos antecedentes causais continua sendo a regra. 
Quando se utilizada a teoria da causalidade adequada? Art.13,§1º: a causa superveniente relativamente independente exclui a imputação quando por si só tiver produzido o resultado. Os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou. Ex.: ambulância. Responde por tentativa.
Cite um exemplo de tentativa no Crime de Lesão Corporal. o exemplo clássico é o lançamento frustrado de vitríolo no rosto da vítima.
A infecção médica rompe o nexo causal? Não. Não caracterizando, portanto, o rompimento da causa superveniente relativamente independente, sendo, assim, desdobramento normal (hospital tem alto índice de contaminação). Outro exemplo, seria a vítima morrer em cirurgia.
O resultado que seja uma consequência do agravamento ou do emprego dos meios para curar a primeira lesão, não rompe o nexo causal. Da mesma forma, segundo entendimento do STF, no caso de infecção hospitalar também não irá romper o nexo de causalidade.
O que acontece se o agente interfere em um resultado que aconteceria de qualquer forma? Ex.: uma pessoa que está pendurada em um galho altíssimo , sem qualquer chance de se salvar, e um agente vai lá em balança o galho para apressar a morte. Nesse caso o agente não deve interferir na cadeia causal, sob pena de responder pelo resultado, mesmo que este, sem sua colaboração, fosse considerado inevitável.
A omissão de socorro é um tipo aberto? Sim.
Pode-se falar em omissão de socorro qualifica dolosa e culposa? Sim.
Qual a diferença de resultado naturalístico e resultado jurídico? No resultado naturalístico, atinente aos crimes materiais, há uma mudança no mundo exterior após a conduta do agente, o que não explicaria, por exemplo, os crimes omissivos ou os formais. O resultado jurídico, entretanto, é a lesão ou perigo de lesão ao bem juridicamente protegido pelo tipo penal. O art. 13 ,caput, do CP, deve ser interpretado como um resultado jurídico.
O que é a teoria da imputação objetiva? Nada mais é do que imputar algo a alguém ( envolve o resultado ou o comportamento do agente). o termo mais apropriado seria o de teoria da não imputação, uma vez que a teoria visa, com as suas vertentes, a evitar a imputação objetiva (do resultado ou do comportamento) do tipo penal a alguém. OBS: uma vez concluída pela não imputação objetiva, afasta-se o fato típico. Elementos da imputação objetiva Para Jakobs (cumprir o papel na sociedade):
a) risco permitido;
b) princípio da confiança;
c) proibição de regresso;
d) competência ou capacidade da vítima.
Cite as concausas e os exemplos. Concausa Absolutamente independente (antecedente, concomitante e superveniente). Técnica a ser utilizada: exclusão hipotética. 
Absolutamente independente antecedente: “A” atira em “ B “ que já tinha acabo de ingerir veneno. Se “ A “ não tivesse atirado “ B “ morreria? Sim!
Absolutamente independente concomitante: “ A “ atira em “ B “ que é atingido por um raio no mesmo momento. Se “ A “ não tivesse atirado “ B “ morreria? Sim!
Absolutamente independente superveniente: “ A “ atira em “ B “ que sem perceber atravessa a rua e é atropelado. Se “ A “ não tivesse atirado “ B “ morreria? Sim!
Concausa relativamente independente (antecedente, concomitante e superveniente). Técnica a ser utilizada: exclusão hipotética.
Relativamente independente antecedente: “A” atira em “ B “ que é hemofílico, vindo a morrer em decorrência do sangramento. Se “ A “ não tivesse atirado “ B “ morreria? Não!
Relativamente independente concomitante: “ A “ atira em “ B “ em uma noite fria e o tiro só pega no braço, porém “ B “ vem a morrer em virtude do agravante pela noite fria. Se “ A “ não tivesse atirado “ B “ morreria? Não!
ATENÇÃO: ATÉ AQUI ERA UTILIZADO A TEORIA DO SINE QUA NON ( TEORIA DOS ANTECEDENTES CAUSAIS). A PARTIR DAQUI, APLICA-SE A TEORIA DA ADEQUAÇÃO DO FATO, CORTANDO O NEXO DE CAUSALIDADE.
Relativamente independente superveniente: “ A “ atira em “ B “ que é resgado por uma ambulância que acaba por se chocar em um poste e mata “ B “ . Como a causa é relativamente superveniente, “ A “ não responde pelas causas que não possuem relação direta com o fato, logo responderá por tentativa de homicídio. 
O que é tipicidade? O fato concreto tem que estar previsto na lei. Formal: adequação do fato à Lei. Subsunção do fato à lei. Material: lesão ou ameaça relevante de lesão ao bem-jurídico.
O que a tipicidade formal objetiva? Elementos do tipo.
O que a tipicidade formal subjetiva? Dolo, culpa ou preterdolo.
Quais são os excludentes da tipicidade material? Falta de ofensividade/lesividade, insignificância e adequação social. 
O que é tipicidade conglobante? Teoria criada por Raúl Zaffaroni. Antinormatividade (contrariedade ao ordenamento global). Segundo esta teoria, para que aja tipicidade conglobante, a conduta precisa contrariar o ordenamento jurídico globalmente considerado. Não pode ser considerada típica uma conduta que outro ramo do direito autoriza. Portanto, situações tradicionalmente consideradas como excludente de antijuridicidade passam a ser consideradas como excludentes de tipicidade (exercício regular do direito e estrito cumprimento do dever legal). Logo, para Zaffaroni o estrito cumprimento do dever legal e o exercício regular de direito são excludentes de tipicidade.
O que é Dolo? É a consciência e vontade de realizar os elementos objetivos do tipo. Dolo direito de 1º grau: o agente prevê e deseja o resultado. 2º grau: prevê o resultado e sabe que ele certamente ocorrerá ( eu não quero, mas sei que vai acontecer. Ex.: quero matar “ A “ e jogo a bomba em um carro e mato “ A “ e mais cinco pessoas. Dolo Indireito: a) eventual: prevê e assume o riso da ocorrência. B) alternativo: um ou outro. Ex.: Quero matar “ A “ ou “ B “.
Quais são as teorias do Dolo no Brasil? Dolo direto = teoria da vontade. Dolo eventual = teoria do consentimento ou da assunção. OBS: não se adota quanto ao Dolo a teoria da representação, para qual seria suficiente a mera consciência do risco. A mera consciência do risco gera culpa e não dolo. Pela teoria da representação, não há distinção entre o dolo eventual e a culpa consciente, bastando a previsibilidade. 
O que é o dolo de consequências necessárias? É o dolo direto de 2º grau.
Qual a diferença de dolo alternativo objetivo e subjetivo? No objetivo é quanto ao resultado ( matar ou ferir). Já no subjetivo é quando a pessoa ( matar A ou B).
O que é o dolo geral? quer dizer que o dolo acompanhará todos os seus atos até a produção do resultado. Ex.: A atira em B e, achando estar morto, o joga em um rio, que morre afogado. Nesse caso A responderia por tentativa de homicídio pela primeira conduta e por homicídio culposo pela segunda? O dolo geral defende justamente o crime único, se a vontade era de matar e por uma aberratio causae morre por outro, há que se falar em dolo em ambos e , portanto, em crime único. OBS: não confundir com dolo genérico. No dolo genérico o agente não tinha um fim específico. Adotando a teoria finalista, não há se falar em distinção em dolo genérico e específico, pois todos os crimes devem possuir uma finalidade.Qual a diferença da teoria extremada do dolo e a da limitada (causalistas)? Ambas classificações originadas na teoria psicológico-normativa (neoclássica). Na extremada o dolo é normativo e está na culpabilidade, sendo que dentro do dolo encontra-se a vontade, atual consciência da ilicitude (o dolus malus dos Romanos) e a previsibilidade . A teoria limitada do dolo, originada por Mezger, visa aperfeiçoar a extremada (legitimar o regime Nazista), momento em que retira-se a atual consciência da ilicitude pela potencial consciência da ilicitude, além disso, exige-se a consciência material e não somente a formal ( o dolo também é o normativo). Tanto na classificação extremada, quanto na limitada, o erro de tipo e de proibição excluem o dolo.
Admite-se no Brasil o dolo subsequente? Não. Ex.: A tem um desafeto B, que por uma conduta culposa de A, acabar a vir a óbito. A fica extremamente feliz por isso, porém não há que se falar em dolo posterior.
O que mudar o crime ser de dolo de 1º grau e 2º grau? NENHUM! DOLO É DOLO
Existe presunção de DOLO? Não. A única presunção que existe é o da inocência.
O que é a culpa? É a inobservância de um dever de cuidado objetivo (homem médio), exige um juízo de valor do juiz.
Quais são os elementos do crime culposo? Conduta, inobservância de um dever de cuidado objetivo, resultado, previsibilidade objetiva do resultado (se não é , temos o caso fortuito), nexo causal e tipicidade.
Aplica-se o princípio da insignificância aos crimes culposos? Sim, perfeitamente.
Qual o maior exemplo de tipos abertos? O crime culposo. Haja vista que exige um complementação interpretativa pelo juiz no caso concreto. Existe exceção? Sim, receptação culposa ( art. 180, §3º).
Existe crime de lesão corporal culposa leve, grave ou gravíssima? Não. As circunstâncias de gravidade da lesão culposa serão aferidas apenas na fixação da pena base ao ser analisado as circunstâncias judicias do art. 59 do CP ( consequências do crime).
O que é a culpa imprópria (também conhecida como culpa por assimilação, por extensão ou por equiparação) ? É aquela derivada de descriminante putativa ( 2ª parte do art. 20, §1º do CP). Quando o agente, embora tendo agido com dolo, nos casos de erro vencível, nas descriminantes putativas, responde por um crime culposo.
Crime culposo é voluntário e dirigido a uma finalidade? Sim. A grande diferença entre um crime doloso e um culposo reside na finalidade da conduta, em ambos os casos exige-se uma conduta voluntária e uma finalidade. Acontece que a finalidade da conduta dolosa é ilícita e na culposa é lícita. Assim, no crime culposo, a voluntariedade voltada a uma finalidade lícita (ex.: chegar em casa rapidamente) é acometida por uma falta de dever objetivo de cuidado no meio para se chegar à finalidade. Como assim? Apesar da finalidade ser lícita no crime culposo, os meios utilizados para se chegar a essa finalidade são descuidados. Ex.: quero chegar em casa rapidamente e acabo atropelando uma criança. Voluntariedade + finalidade lícita = chegar em casa + rapidamente (meio) é que foi indevido e descuidado. Entenderam?
Excepcionalidade do crime culposo. Salvo quando houver previsão expressa na lei, só se pune a conduta quando praticada dolosamente. Ex.: art. 121 e 129 (único contra a pessoa que possuem a forma culposa). Em tais hipóteses de culpa imprópria é que a doutrina vislumbra a possibilidade de tentativa em delitos culposos. Isso porque, como foi dito, a conduta é dolosa, só que punida com as penas correspondentes ao crime culposo.
Diferencie concorrência de culpas e compensação de culpa no Direito Penal. Na concorrência, há dois crimes culposos causados ao mesmo tempo em uma mesma situação fática, em que os agentes são réus e vítimas ao mesmo tempo. Nesse caso o fato da concorrência será levado em consideração na aplicação das circunstâncias judiciais do art. 59 do CP. Por outro lado, quando se fala em compensação, estar-se-ia afirmando na anulação das culpas, o que não é permitido no Direito Penal Brasileiro.
Qual o único crime contra o patrimônio que possui a previsão de crime culposo? Art. 180 ( Receptação).
Quantos crimes contra a dignidade sexual admitem a forma culposa? Nenhum!
Quais crimes contra a Adm Pública admite a forma culposa? Só o peculato (art. 312)
O que é negligência? É a falta da ação cuidadosa.
O que é imprudência? É a realização da ação perigosa.
O que é a imperícia? É a falta de habilidade técnica para determinado exercício profissional.
O que é culpa consciente? O agente prevê mas espera que o resultado não ocorra.
O que é culpa inconsciente? O agente não prevê o resultado.
Qual a teoria adotada na culpa? Representação.
O que muda a culpa ser consciente ou inconsciente? NADA.
O que é o crime preterdoloso? É o crime qualificado pelo resultado, em que há dolo no antecedente e culpa no consequente. Ex.: art. 129, §3º (lesão corporal culposa seguida de morte.
O que é ilicitude ou antijuridicidade (art. 23 e art. 25)? É a relação de contrariedade ao Direito. Significa que a conduta é proibida pelo ordenamento jurídico. CURIOSIDADE: O Código Penal na redação original de 1940 previa o termo antijuridicidade. Entretanto o Ministro da Justiça Francisco de Assis Toledo, propôs mudar para ilícito com o fundamento que nenhuma norma jurídica é antijurídica .
Qual a relação entre ilicitude e a tipicidade? 
Teoria do tipo descritiva, avalorado ou acromático ( sem cor) - Belling 1906- : A tipicidade não tem qualquer relação com a ilicitude ( estão separados).
Teoria dos elementos negativos do tipo ou “ ratio essendi ’’ - Mezger em 1930 - : a ilicitude pertence a tipicidade, portanto as excludentes de ilicitude são na verdade elementos negativos do tipo e, se estiverem presentes, excluem a própria tipicidade (estão juntos).
Teoria indiciária ou do “ ratio cognoscendi “ – Mayer 1916 - : a tipicidade gera um indício ou presunção de ilicitude. No entanto, tal presunção , pode ser afastada se estiver presente uma excludente de ilicitude (Aplicada no BRASIL).
O que são excludentes de ilicitude ou justificante? São situações nas quais em razão de uma ponderação de interesses o ordenamento jurídico permite a prática de fatos típicos.
Qual a única excludente supralegal aplicada no Brasil? Consentimento do ofendido (capacidade do ofendido + direito disponível). Se a discordância é elemento do tipo – exclui a tipicidade (Ex.: invasão de domicílio). Se a discordância não é elemento do tipo – exclui a ilicitude (Ex.: 50 tons de cinza).
O que é legítima defesa (art. 23 e art. 25)? Agem em legítima defesa quem pratica o fato para repelir injusta agressão , atual ou iminente, a direito próprio ou alheio, usando moderadamente os meios necessários.
Para que o agente possa estar acobertado da excludente de ilicitude, deve haver o caráter subjetivo da conduta? Sim. O agente tem que saber que está atuando em excludente de ilicitude. Logo, não basta a mera visão objetiva do caso concreto, deve-se verificar o caráter subjetivo de quem atua com a excludente.
A expressão que não provocou por sua vontade, a nosso ver, quer dizer não ter provocado dolosamente a situação de perigo. C ou E? Certo. Ou seja, o estado de necessidade não foi gerado pela vontade do agente de forma dolosa ( podendo ter sido de forma culposa).
Qual a diferença da teoria unitária (adota no Brasil) e a diferenciadora do estado de necessidade? A diferenciadora é divida em estado de necessidade justificante e exculpante. O estado de necessidade justificante acontece quando o bem sacrificado é de menor valor do que o protegido, acarretando em excludente de ilicitude. O estado de necessidade exculpante , por sua vez, ocorre quando o bem sacrificado é de valor igual ou maior do que o protegido, gerando a exclusão da culpabilidade. A teoria unitária não se divide, para ela, age em estado de necessidade quem sacrifica bem de igual ou menor valor do que o protegido e sempre excluirá a ilicitude. Caso o bem jurídico sacrificado seja de maior valor, haverá, nos termos do artigo 24, § 2º, do Código Penal, umacausa obrigatória de redução de pena, de 1/3 a 2/3, entendida majoritariamente como direito subjetivo do réu – e não ato discricionário do julgador.
Para a teoria finalista, o injuto penal é abrangido por elementos objetivos e subjetivos? Sim. Tanto a tipicidade quanto a ilicitude devem conter elementos objetivos e subjetivos.
Suponha que “A” ,defendendo-se de um cachorro que pula o muro, dispara contra o animal e o projétil além de perfurar o animal acaba perfurando a cabeça de outra pessoa que passa pelo local, vim a mesma à óbito. Pergunta: Qual a responsabilização de “ A “? Trata-se de verdade estado de necessidade defensivo com aberratio delicti. Se “ A “ não estivesse amparado por excludente de ilicitude, responderia a título de culpa se previsto em lei, pelo resultado diverso do pretendido. Acontece que como ele está amparado pela excludente de ilicitude do estado de necessidade defensivo , por nada responderá.
Entendimento Majoritário : A miserabilidade do agente do furto não constitui causa excludente da criminalidade, caso contrário, ter-se-ia uma legião de miseráveis praticando furto impunemente, com grave repercussão na ordem pública. Certo ou Errado. Certo, é o entendimento majoritário.
Quem age em estado de necessidade possui o dever de reparar o dano causado? Sim. Por mais que o agente não responda criminalmente, consoante art. 186 e 927 do CC/02, o fato de um evento ter ocorrido em estado de necessidade, não isenta aquele que deu causa ao dever de ressarcir os danos sofridos pela vítima.
a)Agressão: é a conduta humana que ofende um bem jurídico protegido.
1.Cabe legítima defesa contra conduta culposa? Sim.
2.Para agir em Legítima Defesa a agressão tem que ser criminosa? Não.
3. Cabe legítima defesa de ação não humana? Não.
O furto de uso é um ilícito de qual natureza? Civil.
b) Atual e iminente: É a que está ocorrendo ou preste a ocorrer.
Cabe legítima defesa de agressão passada? Não. Aí seria legítima vingança kkkk.
c) Injusta: é a agressão não autorizada pelo ordenamento jurídico.
Cabe legítima defesa contra agressão amparada por excludente de ilicitude. Não. Portanto, não cabe LD contra LD (LD recíproca).
Cabe LD contra o excesso de excludente de ilicitude? Sim. Portanto, cabe legítima defesa contra o excesso de legítima de defesa ( legítima defesa sucessiva).
Cabe legítima defesa contra descriminante putativa? Sim. Portanto, cabe legítima defesa real contra legítima defesa putativa.
Cabe legítima defesa putativa contra legítima defesa real? Sim.
É cabível legítima defesa putativa contra legítima defesa putativa? Sim.
Resumindo: só não cabe LD x outra excludente de ilicitude. O resto vale tudo.
Cabe legítima defesa contra provocação? Não.
O que acontece com a provocação para criação de situação de legítima defesa? Não acarreta a causa de justificação, por verdadeira burla as excludentes de ilicitude.
É possível defender qualquer direito próprio ou de terceiro? Sim. Todavia, com moderação.
Qual o limite para a legítima defesa de terceiros? O bem ser disponível ou não. Caso o bem se disponível, a terceira pessoa deverá autorizar a intervenção.
Cabe legítima defesa contra ataque de inimputáveis? Sim. Alguns doutrinadores entendem ser caracteriza como estado necessidade. Entretanto, estou com aquela corrente que entende que contra o ataque de inimputáveis deve ser erigida a legítima defesa, com as ressalvas feitas, e não o estado de necessidade.
Qual a posição majoritária da doutrina e dos tribunais quanto a aplicação de LD recíproca? Acórdão: “Havendo dúvida sobre quem teria começado as agressões físicas ou agido em legítima defesa, a absolvição se impõe, até porque a perícia apontou a ocorrência de lesões recíprocas”
O que é meio necessário? Meio necessário é o menos lesivo dentre os disponíveis.
O que é o uso moderado? É o suficiente para repelir a agressão.
A possibilidade fuga Cômoda afasta a incidência de legítima defesa? Não. E nem configura excesso. (Ex.: tenho uma faca e uma porta para fugir. Eu não sou obrigado a fugir se posso enfrentar em legítima defesa (desde que com o uso moderado da força).
Haverá excesso se o meio escolhido por superior ao necessário ou se o uso for imoderado? Sim.
O que constitui excesso intensivo? É aquele que está previsto desde o início da reação. 
O que constitui excesso extensivo? É aquele que surge quando já cessada a agressão e perpetuasse a reação.
O excesso será punido quando por culposo ou doloso. Quando for inevitável será impunível. Nome: Legítima Defesa subjetiva ( não é a putativa).
O que é o requisito subjetivo da Legítima Defesa? É a consciência e intenção de agir para defender direito próprio ou alheio.
Se o agente agir em excesso doloso ou culposo, como será a responsabilização? Se o excesso por doloso responderá pelo praticado após cessada a agressão (Ex.: continuou atirando e matou, responderá por homicídio). Se e o excesso por doloso responderá por descriminante putativa parte “b” do art. 20, §1º ( se invencível isenta de pena, se vencível responderá por crime culposo se previsto em lei).
O que é o excesso exculpante? É a situação em que o ofendido age em Legítima Defesa e por medo, surpresam ou perturbação de ânimo em face da situação, acaba agindo em excesso. Caso isso ocorra, a doutrina entende que há uma excludente de culpabilidade. OBS: não confundir com excesso culposo.
Admite-se legítima defesa sucessiva no ordenamento jurídico brasileiro? Sim.
O que são ofendículos? São aqueles dispositivos de segurança colocados na casa para evitar ações criminosas (arames farpados, vidros, etc). É aceito em nosso ordenamento apesar da divergência doutrina em ser tratado como exercícios regular de direito ou legítima defesa ( sem relevância prática).
Há o dever de indenizar por quem comete ato amparado por legítima defesa? Não, art. 188 do CC/02.
Qual a grande diferença entre EN E LD? Estado de necessidade não é situação de agressão e sim de perigo.
No EN o direito defendido é de valor maior ou igual que o sacrificado. Na LD é de qualquer direito.
O que é Estado de Necessidade? Age em Estado de Necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual que não provocou por sua vontade e não podia de outra forma evitar direito próprio ou alheio cujo sacrifício não seria razoável exigir-se.
O que é o perigo? É qualquer situação que ponha em risco um bem jurídico protegido.
O que é atual? É o que está acontecendo no momento.
A lei não prevê Estado de Necessidade contra perigo iminente. Parte da doutrina, entende que tal se justifica pois o perigo é já a iminência do dano. No entanto outra parte da doutrina considera que pode se aplicar o Estado de Necessidade iminente em Analogia in bonam partem.
O que é voluntário? É o perigo que não foi criado dolosamente pelo agente.
Prevalece que cabe Estado de Necessidade pra quem tenha provocado culposamente o perigo.
É possível EN x EN? Sim.
Não cabe Estado de Necessidade para quem tem o dever de enfrentar o perigo. OBS: Ninguém tem o dever de enfrentar a morte certa.
O que é o direito próprio ou alheio cujo sacrifício não seria razoável exigir-se? É o direito superior ou equivalente ao bem sacrificado.
Se o bem salvo for inferior, haverá somente redução de pena de 1/6 a 2/3.
Qual a teoria adota pelo Brasil? O Brasil adota a teoria unitária, para qual o Estado de Necessidade é sempre justificante. A Alemanha adota a teoria diferenciadora, para qual o Estado de Necessidade pode ser justificante (excludente de ilicitude) ou exculpante (excludente de culpabilidade) de acordo com a proporcionalidade dos bens em conflito.
É preciso que o perigo não pudesse ser evitado de modo menos lesivo. Ex.: No Estado de Necessidade se eu conseguir evitar o perigo eu devo evitar. Já na LD eu posso enfrentar.
Qual o requisito subjetivo do Estado de Necessidade? É a consciência e vontade de agir para salvar o bem jurídico de perigo.
O que é o exercício regular de direito? Age em exercício Regular de Direito quem pratica fato previamente autorizado pelo ordenamento jurídico. Ex.: MMA. Atividade médica invasivadesde que com consentimento do paciente (mudança de sexo é um exemplo). Se não há consentimento, mas existe perigo atual e inevitável caberá estado de necessidade.
O que é o estrito cumprimento do dever legal? Age em estrito do cumprimento legal quem pratica o fato, imposto por dever de ofício (prevalece na doutrina que seria os funcionários públicos). Ex.: policial que pratica prisão.
Prevalece que o policial que mata em serviço não age em estrito cumprimento do dever legal e sim em legítima defesa própria ou de terceiro casos estejam presentes os seus requisitos, caso contrário comete crime.
O integridade física é disponível? A doutrina entende que bens indisponíveis são aquele de interesse público e os disponíveis os de interesse privado. Sendo assim, a vida é um bem indisponível. A dúvida que surge é quanto a integridade física ser ou não disponível. Greco, posição que adotamos, entende que a integridade física é disponível desde que seja leve (Ex. tatuagem), caso seja grave ou gravíssima será indisponível.
O que é culpabilidade? É o juízo de reprovação que recai sobre o injusto (ilícito).
Quais são os elementos da culpabilidade e excludentes?
Qual a causa supralegal que exclui a culpabilidade? Inexigibilidade de conduta diversa.
Haverá exclusão da culpabilidade quando em virtude da anormalidade das circunstâncias o agente não podia ser obrigado a se comportar de forma diferente.
Se durante a permanência o agente completa 18 anos ele será imputável? Sim.
Qual o critério adotado no CP para a menoridade? Leva em consideração apenas a idade (critério biológico). Não importa as questões jurídicas (emancipação por ex).
O que é a embriaguez? É a intoxicação aguda por álcool ou substância de efeitos análogos .
Quais são as espécies de embriaguez? Acidental: caso fortuito (situação imprevisível) ou por força maior (irresistível – coação). Não acidental: culposa – por imprudência. Voluntária – intencional. Preordenada – o agente se embriaga para cometer o crime. Patológica – vício.
Quais as consequências da embriaguez acidental? Completa – exclui a imputabilidade – culpabilidade e isenta de pena. Incompleta – causa de diminuição de pena de 1/3 a 2/3.
Como saber se a embriaguez é acidental? Leva em consideração o caráter biopsicossocial , leva em consideração a capacidade de entendimento e auto determinação.
Quais as consequências da embriaguez não acidental? Não isenta de pena nem reduz . Teoria da “ actio libera in causa’’ . A embriaguez preordenada agrava a pena.
O que acontece com a embriaguez patológica? Embora não seja disciplina pelo CP, a doutrina considera que pode excluir a culpabilidade com fulcro no art. 26 CP, por tratar-se de situação equiparada a doença mental.
O que é a doença mental? É patologia mental grave, como por exemplo a esquizofrenia.
O que é o desenvolvimento mental retardado? É a deficiência mental . Oligofrenia ( idiota – 0 aos 3 anos, imbecíl - 3 aos 7 anos. Débil Mental 7 aos 12 anos.
O que é o desenvolvimento mental incompleto? É o caso do silvícola (quem ou quem nasce ou vive na selva – Ex.: indígena) inadaptado.
Qual a consequência para o inimputável por doença mental? Absolutamente incapaz: exclui a culpabilidade – isenta de pena. Aplica-se, todavia, medida de segurança. Relativamente incapaz: causa de diminuição de pena ( 1/3 a 2/3) . O CP adota quanto a ser imputável o sistema vicariante (alternativo). Segundo esse sistema, o juiz pode substituir a pena por medida de segurança se entender que o agente precisa de especial tratamento curativo.
RESUMO: para o imputável só cabe a pena. Para o inimputável só cabe medida de segurança. Para o semi imputável cabe medida de segurança, mas o juiz pode aplicar medida de segurança.
Critério biopsicológico: exame de insanidade mental.
Pode o MP deixar de oferecer denúncia se verificar a inimputabilidade do agente por doença mental? Não. É por meio do contraditório e ampla defesa que deverá ser verificado toda essa situação.
A embriaguez patológica exclui a imputabilidade? Depende. Se completa isenta de pena, caso seja relativamente completa, reduz de 1 a 2/3.
Quais são as espécies de medidas de segurança (art. 97 CP)? Internação (reclusão) e tratamento ambulatorial (detenção). 
Qual a duração da medida de segurança? Mínimo: 1 a 3 anos (após o prazo mínimo, verificação anual). Prazo máximo: art. 97 (indeterminado). Todavia, temos um súmula:
Súmula 527 STJ: O prazo máximo da medida de segurança não pode ultrapassar o máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime.
O que é erro de proibição? É o erro que recai sobre o caráter ilícito do fato. O agente sabe o que faz, mas não sabe que é proibido. 
Diferencie erro de proibição direto e indireto. No erro de proibição direto, o agente age por não saber que é proibido. Ex.: holandês que fuma maconha no Brasil. No erro de proibição indireto, o agente age em uma situação que sabe ilícita, porém acredita estar amparado por uma causa de justificação (Ex.: vai atrás do estuprador de sua filha para mata-lo em legítima defesa) ou age por erro nos limites dessa causa de justificação.
O mero desconhecimento da lei é inescusável x erro de proibição: ninguém pode alegar que não conhece a lei. Todavia, pode desconhecer que algo é proibido.
Aberratio Criminis/ delicti : Quero quebrar uma janela com uma pedrada e acabo acertando uma pessoa e a mato ( Coisa – Pessoa ou Pessoa – Coisa). Logo, respondo pelo o que realmente atingi de forma culposa ( se houver). Se o crime praticado não admite a forma culposa, só resta punir o agente pela tentativa do crime pretendido.
No aberratio ictus e no aberratio criminis se houver resultado complexo ( P1 + P2 ou C + P), haverá concurso formal perfeito.
Qual a 7ª modalidade de erro? Erro sobre o nexo causal (aberratio causae) – não tem previsão na lei, mas é considerado um erro acidental pela doutrina. O agente planeja cometer o crime de determinado modo, mas acaba cometendo de outro. Esse erro é irrelevante, ou seja, o agente responderá pelo crime que deseja praticar de forma dolosa e consumada em virtude da teoria do dolo geral. Prevalece que o agente responderá pela forma que queria praticar o crime (Ex.: se queria matar a tiros, mas matou asfixiada após enterrar pensando estar morta, responde por homicídio simples e não qualificado). Homicídio + ocultação de cadáver de quem acha que está morto. Concurso de crimes? Não, pois não tem como ocultar cadáver vivo, logo responderá apenas por homicídio.
Cogitação é punível? NUNCA! Princípio da lesividade/ofensividade.
O exaurimento só afeta a dosimetria da pena. C ou E? Certo!
Teorias sobre o início da execução	
O que é a teoria objetivo-formal? A execução do crime começa com a realização do verbo do tipo (adotado pelo Brasil).
O que é a teoria objetivo-material? A execução do crime começa com o último ato inequívoco antes da realização do verbo.
O que é a teoria objetivo-subjetiva ( ou objetivo-individual)?A execução começa segundo o plano individual do autor.
Qual a teoria adota pelo Brasil quanto a tentativa? Teoria objetiva temperada. Salvo disposição legal em contrário, a pena da tentativa será igual à do crime consumado reduzida de 1/3 a 2/3.
Exemplo de disposição legal em contrário de tentativa art.352: Evadir-se ou tentar evadir-se o preso ou o indivíduo submetido a medida de segurança detentiva, usando de violência contra a pessoa. O crime já prevê a pena de tentativa e consumação no próprio tipo.
O art. 14, II do CP é uma norma de extensão? Sim, o instituto da tentativa é uma norma de extensão.
Quais crimes não admitem a tentativa? Só beber um CCHOUP ( contravenções, crimes culposos, habituais, omissivos próprios, unissubsistentes e preterdolosos).
Quanto à conduta
O que é a tentativa Imperfeita ou inacabada? O agente não esgota os meios de execução dos quais dispõe. Ex.: arma de fogo que poderia atirar 6 vezes e atirou 5 vezes.
O que é a tentativa perfeita, acabada ou crime falho? O agente esgota os meios de execução dos quais dispõe. Ex.: descarrega a arma.
O que é a teoria

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