Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
SUCESSÕESSUCESSÕES Prof. Ms. Conrado Paulino da Rosa contato@conradopaulinoadv.com.br Herança Universalidade (única massa de bens) Todo unitário, ainda que vários sejam os herdeiros. Herança Até a partilha, o direito dos co-herdeiros, quanto à propriedade e posse da herança, será indivisível, e regular- se-á pelas normas relativas ao condomínio. (1.791 CC). O herdeiro não responde por encargos superiores às forçasO herdeiro não responde por encargos superiores às forças da herança (1.792 CC). Princípio da saisine: Ficção jurídica. Transmissão automática dos direitos sucessóriosTransmissão automática dos direitos sucessórios aos herdeiros no momento da morte de seu titular, independentemente de aceitação. 1.784 CC Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários. Nomenclatura: �Autor da herança “De cujus”�“De cujus” �Hereditando �Inventariando Art. 5° XXX CF: é garantido o direito de herança Sistemas: � Concentração obrigatória � Liberdade testamentária � Divisão necessária No Brasil: divisão necessária (existem herdeiros necessários que o autor da herança não pode afastá-los). 1.789 CC Havendo herdeiros necessários, o testador só poderá dispor da metade da herança. 1.845 CC São herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o cônjuge. 1.846 CC Pertence aos herdeiros necessários, de pleno direito, a metade dos bens da herança, constituindo a legítima 1.847 CC Calcula-se a legítima sobre o valor dos bens existentes na abertura da sucessão, abatidas as dívidas e as despesas do funeral, adicionando-se, em seguida, o valor dos bensadicionando-se, em seguida, o valor dos bens sujeitos a colação 544 CC A doação de ascendentes a descendentes, ou de um cônjuge a outro, importa adiantamento do que lhes cabe por herança. 544 CC A doação de ascendentes a descendentes, ou de um cônjuge a outro, importa adiantamento do que lhes cabe por herança. 2.002 a 2.012 CC I - INVENTÁRIO JUDICIAL Prof. Ms. Conrado Paulino da Rosa contato@conradopaulinoadv.com.br I - INVENTÁRIO JUDICIAL Art. 982 a 1.030 CPC � Não existir consenso sobre a partilha� Não existir consenso sobre a partilha � Existência de herdeiros incapazes � Presença de testamento PRAZOS Prof. Ms. Conrado Paulino da Rosa contato@conradopaulinoadv.com.br PRAZOS Prazo para início do inventário: � 30 dias (1.796 CC) � 60 dias (983 CPC) 983 CPC O processo de inventário e partilha deve ser aberto dentro de 60 (sessenta) dias a contar da abertura da sucessão, ultimando-se nos 12 (doze) meses subseqüentes, podendo o juiz(doze) meses subseqüentes, podendo o juiz prorrogar tais prazos, de ofício ou a requerimento de parte. COMPETÊNCIA Prof. Ms. Conrado Paulino da Rosa contato@conradopaulinoadv.com.br COMPETÊNCIA Competência: 1.785 CC A sucessão abre-se no lugar do último domicílioA sucessão abre-se no lugar do último domicílio do falecido. Competência: 96 CPC O foro do domicílio do autor da herança, noO foro do domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade e todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro. Competência: 96 § único CPC É, porém, competente o foro:É, porém, competente o foro: I - da situação dos bens, se o autor da herança não possuía domicílio certo; Competência: 96 § único CPC É, porém, competente o foro:É, porém, competente o foro: II - do lugar em que ocorreu o óbito se o autor da herança não tinha domicílio certo e possuía bens em lugares diferentes. Até o compromisso do inventariante, a administração da herança caberá (1.797): � ao cônjuge ou companheiro; � ao herdeiro que estiver na posse e administração dos bens, e, se houver mais de um nessas condições, ao mais velho;se houver mais de um nessas condições, ao mais velho; � ao testamenteiro; � a pessoa de confiança do juiz. 986 CPC O administrador provisório representa ativa e passivamente o espólio, é obrigado a trazer aopassivamente o espólio, é obrigado a trazer ao acervo os frutos que desde a abertura da sucessão percebeu, tem direito ao reembolso das despesas necessárias e úteis que fez e responde pelo dano a que, por dolo ou culpa, der causa. LEGITIMIDADE Prof. Ms. Conrado Paulino da Rosa contato@conradopaulinoadv.com.br LEGITIMIDADE 987 CPC A quem estiver na posse e administração do espólio (...)espólio (...) 988 CPC Tem, contudo, legitimidade concorrente: I - o cônjuge supérstite; II - o herdeiro;II - o herdeiro; III - o legatário; IV - o testamenteiro; V - o cessionário do herdeiro ou do legatário; 988 CPC Tem, contudo, legitimidade concorrente: Vl - o credor do herdeiro, do legatário ou do autor da herança; Vll - o síndico da falência do herdeiro, doVll - o síndico da falência do herdeiro, do legatário, do autor da herança ou do cônjuge supérstite; Vlll - o MP, havendo herdeiros incapazes; IX - a Fazenda Pública, quando tiver interesse. 989 CPC O juiz determinará, de ofício, que se inicie o inventário, se nenhuma das pessoas mencionadas nos artigos antecedentes o requerermencionadas nos artigos antecedentes o requerer no prazo legal. NOMEAÇÃO DO INVENTARIANTE Prof. Ms. Conrado Paulino da Rosa contato@conradopaulinoadv.com.br INVENTARIANTE 990 CPC I – o cônjuge ou companheiro sobrevivente, desde que estivesse convivendo com o outro ao tempo da morte deste;tempo da morte deste; II – o herdeiro que se achar na posse e administração do espólio, se não houver cônjuge ou companheiro sobrevivente ou estes não puderem ser nomeados; 990 CPC III - qualquer herdeiro, nenhum estando na posse e administração do espólio; IV - o testamenteiro, se Ihe foi confiada aIV - o testamenteiro, se Ihe foi confiada a administração do espólio ou toda a herança estiver distribuída em legados; 990 CPC V - o inventariante judicial, se houver; Vl - pessoa estranha idônea, onde não houver inventariante judicial.inventariante judicial. Parágrafo único. O inventariante, intimado da nomeação, prestará, dentro de 5 (cinco) dias, o compromisso de bem e fielmente desempenhar o cargo. 993 CPC No prazo de 20 dias, prestará as primeiras declarações que, em síntese, se restringem a: � Indicar os herdeiros; � Arrolar os bens; � Arrolar as dívidas e encargos. 999 CPC O juiz mandará citar: � o cônjuge; os herdeiros;� os herdeiros; � os legatários; � a Fazenda Pública; � o MP, se houver herdeiro incapaz ou ausente; � o testamenteiro, se o finado deixou testamento . 1.000 CPC No prazo de 10 dias poderão: I - argüir erros e omissões;I - argüir erros e omissões; II - reclamar contra a nomeação do inventariante; III - contestar a qualidade de quem foi incluído no título de herdeiro. 1.014 a 1.016 CPC No mesmo prazo deverão trazer à colação as doações recebidas em vida. 2.002 a 2.012 CC 1.002 CPC A Fazenda terá 20 dias para se manifestar acerca do valor atribuído aos bens imóveis. 1.008 CPC Não havendo concordância pelos herdeiros quanto ao valor atribuído, será realizada avaliação dos bens.avaliação dos bens. 1.011 CPC Aceito o laudo ou resolvidas as impugnações suscitadas a seu respeito lavrar-se-á em seguida o termo de últimas declarações, no qual oo termo de últimas declarações, no qual o inventariante poderá emendar, aditar ou completar as primeiras. 1.012 e 1.013 CPC Ouvidas as partes sobre as últimas declarações no prazo comum de 10 dias,proceder-se-á ao cálculo do imposto.cálculo do imposto. Sobre ele serão ouvidas todas as partes no prazo comum de 5 dias, e em seguida, a Fazenda Pública . 1.017 e 1.021 CPC Pagas as dívidas, inicia-se a partilha. 1.022 CPC As partes, no prazo de 10 dias, formulam seus pedidos de quinhão. O despacho de deliberação da partilha, resolvendo os pedidos das partes e designando os bens que devam constituir quinhão de cada herdeiro e legatário . 1.023 e 1.024 CPC O partidor organizará o esboço da partilha. Feito o esboço, dirão sobre ele as partes noFeito o esboço, dirão sobre ele as partes no prazo comum de 5 dias. Resolvidas as reclamações, será a partilha lançada nos autos. 1.026 CPC Pago o imposto de transmissão a título de morte, e junta aos autos certidão ou informação negativa de dívida para com a Fazenda Pública, onegativa de dívida para com a Fazenda Pública, o juiz julgará por sentença a partilha. 1.027 CPC Após o trânsito em julgado, cada herdeiro receberá um formal de partilha. No caso de ser atribuída a herança a apenas um herdeiro, expede-se carta de adjudicação. 1.040 CPC Ficam sujeitos à sobrepartilha os bens: (...)(...) II - da herança que se descobrirem depois da partilha; 1.041 CPC Observar-se-á na sobrepartilha dos bens o processo de inventário e partilha. Parágrafo único. A sobrepartilha correrá nos autos do inventário do autor da herança. 1.043 CPC Falecendo o cônjuge meeiro supérstite antes da partilha dos bens do pré-morto, as duas heranças serão cumulativamente inventariadas eserão cumulativamente inventariadas e partilhadas, se os herdeiros de ambos forem os mesmos. 1.043 CPC 1o Haverá um só inventariante para os dois inventários. § 2o O segundo inventário será distribuído por dependência, processando-se em apenso ao primeiro. 1.045 CPC (...) prevalecerão as primeiras declarações, assim como o laudo de avaliação, salvo se se alterou o valor dos bens.valor dos bens. 1.044 CPC Ocorrendo a morte de algum herdeiro na pendência do inventário em que foi admitido e não possuindo outros bens além do seu quinhãonão possuindo outros bens além do seu quinhão na herança, poderá este ser partilhado juntamente com os bens do monte. II - ARROLAMENTO SUMÁRIO Prof. Ms. Conrado Paulino da Rosa contato@conradopaulinoadv.com.br II - ARROLAMENTO SUMÁRIO Art. 1.031 a 1.035 CPC � Existe consenso sobre a partilha� Existe consenso sobre a partilha � Somente herdeiros capazes 2.015 CC Se os herdeiros forem capazes, poderão fazer partilha amigável, por escritura pública, termo nos autos do inventário, ou escrito particular,autos do inventário, ou escrito particular, homologado pelo juiz. 1.031 CPC A partilha amigável será homologada de plano pelo juiz, mediante a prova da quitação dos tributos relativos aos bens do espólio e às suastributos relativos aos bens do espólio e às suas rendas. Havendo herdeiro único, basta o pedido de adjudicação dos bens. 1.032 CPC Na petição de inventário os herdeiros: � Indicar os herdeiros; Indicar o inventariante;� Indicar o inventariante; � Arrolar os bens; � Arrolar as dívidas e encargos. 1.034 CPC É desnecessária a citação da Fazenda Pública. Como a partilha é feita segundo o valor estimadoComo a partilha é feita segundo o valor estimado pelos herdeiros, reconhecendo o fisco a existência de diferenças, deverá utilizar processo administrativo para complementação (§ 1º). III - ARROLAMENTO COMUM Prof. Ms. Conrado Paulino da Rosa contato@conradopaulinoadv.com.br III - ARROLAMENTO COMUM Art. 1.036 CPC � O valor dos bens do espólio devem ser de� O valor dos bens do espólio devem ser de pequeno valor 1.036 CPC Quando o valor dos bens do espólio for igual ou inferior a 2.000 (duas mil) Obrigações do Tesouro Nacional - OTN, o inventário processar-se-á naNacional - OTN, o inventário processar-se-á na forma de arrolamento, cabendo ao inventariante nomeado, independentemente da assinatura de termo de compromisso, apresentar, com suas declarações, a atribuição do valor dos bens do espólio e o plano da partilha. � E a pessoa jurídica? Qual é o valor de 2.000 OTN’s? OFÍCIO-CIRCULAR Nº 289/06-CGJ R$ 31.336,00 (TRINTA E UM MIL, TREZENTOS E TRINTA E SEIS REAIS), ATUALIZADO PELO IGP-M .SEIS REAIS), ATUALIZADO PELO IGP-M . Pode ser utilizado mesmo existindo testamento e herdeiros incapazes ou ausentes, intervindo nestes casos o MP. 1.036 § 5º CPC Provada a quitação dos tributos relativos aos bens do espólio e às suas rendas, o juiz julgará a partilha.partilha. OAB 2007/3 – Questão 5 Prof. Ms. Conrado Paulino da Rosa contato@conradopaulinoadv.com.br OAB 2007/3 – Questão 5 Joel e Marta faleceram em um acidente automobilístico, não tendo sido possível supor ou provar qual deles faleceu primeiro. Casados pelo regime da comunhão parcial de bens, Joel e Marta, que não tinham descendentes, deixaram os seguintes bens a inventariar: um imóvel residencial de propriedade do casal, no valor de R$ 150.000,00, e um apartamento decasal, no valor de R$ 150.000,00, e um apartamento de propriedade exclusiva de Marta, no valor de R$ 80.000,00. Os pais de Joel estão vivos e Marta tem como parentes, ainda vivos, a mãe, a avó materna e duas irmãs. Considerando a situação hipotética acima e diante do fato de que os parentes dos falecidos, todos maiores e capazes, pretendem a abertura do inventário pelo rito do arrolamento sumário, redija, na condição de advogado constituído, um texto argumentativo acerca da sucessão de Joel e Marta, apresentando esboço da partilha amigável dos dois bens imóveis.imóveis. �Imóvel do casal – R$ 150.000,00 �Exclusivo de Marta – R$ 80.000,00�Exclusivo de Marta – R$ 80.000,00 Joel Marta Joel Marta Avô de Marta MartaJoel Irmãs de Marta Pais de Joel Mãe de Marta Herdeiros necessários (1.845): � Descendentes Ascendentes� Ascendentes � Cônjuge Herdeiros legítimos (1.829): Ordem de vocação hereditária Descendentes� Descendentes � Ascendentes � Cônjuge � Colaterais Art. 1.836 CC Na falta de descendentes, são chamados à sucessão os ascendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente. § 1o Na classe dos ascendentes, o grau mais próximo exclui o mais remoto, sem distinção de linhas Avô de Marta MartaJoel Irmãs de Marta Pais de Joel Mãe de Marta �Imóvel do casal – R$ 150.000,00 �Exclusivo de Marta – R$ 80.000,00�Exclusivo de Marta – R$ 80.000,00 ESBOÇO DE PARTILHA Do imóvel do casal (R$ 150.000,00) caberá metade (R$ 75.000,00) aos herdeiros de Joel e metade (R$ 75.000,00) a herdeira de Marta (sua mãe).mãe). Os herdeiros de Joel são os seus ascendentes, de modo que o pai herdará metade (R$ 37.500,00) e mãe metade (R$ 37.500,00). ESBOÇO DE PARTILHA A herdeira de Marta, herdará metade do imóvel comum (R$ 75.000,00), mais a totalidade do apartamento exclusivo de Marta, qual seja, R$ 80.000,00, totalizando o montante de R$80.000,00, totalizando o montante de R$ 155.000,00. IV – INVENTÁRIO E PARTILHA EXTRAJUDICIAIS Prof. Ms. Conrado Paulino da Rosa contato@conradopaulinoadv.com.br EXTRAJUDICIAIS 982 CPC Havendo testamento ou interessado incapaz, proceder-se-á ao inventário judicial; se todos forem capazes e concordes, poderá fazer-se oforem capazes e concordes, poderá fazer-se o inventário e a partilha por escritura pública, a qual constituirá título hábil para o registro imobiliário. 982 § 1º CPC O tabelião somente lavrará a escritura pública se todas as partes interessadas estiverem assistidas por advogado comum ou advogados de cada umapor advogado comum ou advogados de cadauma delas ou por defensor público, cuja qualificação e assinatura constarão do ato notarial. 982 § 2º CPC A escritura e demais atos notariais serão gratuitos àqueles que se declararem pobres sob as penas da lei.da lei. Art. 982 CPC � Consenso sobre a partilha� Consenso sobre a partilha 1.808 CC Não se pode aceitar ou renunciar a herança em parte, sob condição ou a termo. Art. 982 CPC � Somente herdeiros capazes� Somente herdeiros capazes 5° § único CC I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; II - pelo casamento;II - pelo casamento; III - pelo exercício de emprego público efetivo; IV - pela colação de grau em curso de ensino superior; V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria. 1.798 CC Legitimam-se a suceder as pessoas nascidas ou já concebidas no momento da abertura da sucessão.sucessão. Art. 982 CPC � Ausência de testamento� Ausência de testamento 1.881 CC Toda pessoa capaz de testar poderá, mediante escrito particular seu, datado e assinado, fazer disposições especiais sobre o seu enterro,disposições especiais sobre o seu enterro, sobre esmolas de pouca monta a certas e determinadas pessoas, ou, indeterminadamente, aos pobres de certo lugar, assim como legar móveis, roupas ou jóias, de pouco valor, de seu uso pessoal 1.857 § 2° CC São válidas as disposições testamentárias de caráter não patrimonial, ainda que o testador somente a elas se tenha limitado.somente a elas se tenha limitado. � Presença de advogado � A quitação dos tributos incidentes� A quitação dos tributos incidentes 1.793 § 3° CC Ineficaz é a disposição, sem prévia autorização do juiz da sucessão, por qualquer herdeiro, de bem componente do acervo hereditário,bem componente do acervo hereditário, pendente a indivisibilidade. Resolução n. 35 / 2007 - CNJResolução n. 35 / 2007 - CNJ Prof. Ms. Conrado Paulino da Rosa contato@conradopaulinoadv.com.br DISPOSIÇÕES DE CARÁTER GERALGERAL Prof. Ms. Conrado Paulino da Rosa contato@conradopaulinoadv.com.br Art. 1º - Res. 35/2007 CNJ Para a lavratura dos atos notariais de que trata a Lei nº 11.441/07, é livre a escolha do tabelião de notas, não se aplicando as regras de competência do Código de Processo Civil.competência do Código de Processo Civil. Art. 2 - Res. 35/2007 CNJ É facultada aos interessados a opção pela via judicial ou extrajudicial; podendo ser solicitada, a qualquer momento, a suspensão, pelo prazo de 30 dias, ou a desistência da viapelo prazo de 30 dias, ou a desistência da via judicial, para promoção da via extrajudicial. Art. 3º - Res. 35/2007 CNJ As escrituras públicas de inventário e partilha, separação e divórcio consensuais não dependem de homologação judicial e são títulos hábeis para o registro civil e o registro imobiliário, para a transferência de bens e direitos, bem comopara a transferência de bens e direitos, bem como para promoção de todos os atos necessários à materialização das transferências de bens e levantamento de valores (DETRAN, Junta Comercial, Registro Civil de Pessoas Jurídicas, instituições financeiras, companhias telefônicas, etc.) Art. 4º - Res. 35/2007 CNJ O valor dos emolumentos deverá corresponder ao efetivo custo e à adequada e suficiente remuneração dos serviços prestados, conforme estabelecido no parágrafo único do art. 1º daestabelecido no parágrafo único do art. 1º da Lei nº 10.169/2000, observando-se, quanto a sua fixação, as regras previstas no art. 2º da citada lei. Art. 1 Lei 10.169/2000 Os Estados e o Distrito Federal fixarão o valor dos emolumentos relativos aos atos praticados pelos respectivos serviços notariais e de registro, observadas as normas desta Lei.registro, observadas as normas desta Lei. Parágrafo único. O valor fixado para os emolumentos deverá corresponder ao efetivo custo e à adequada e suficiente remuneração dos serviços prestados Art. 2 Lei 10.169/2000 Para a fixação do valor dos emolumentos, a Lei dos Estados e do Distrito Federal levará em conta a natureza pública e o caráter social dos serviços notariais e de registro, atendidas aindaserviços notariais e de registro, atendidas ainda as seguintes regras: Art. 2 Lei 10.169/2000 I – os valores dos emolumentos constarão de tabelas e serão expressos em moeda corrente do País; II – os atos comuns aos vários tipos de serviços notariais e de registro serão remunerados por emolumentos específicos, fixados para cada espécie de ato; Art. 2 Lei 10.169/2000 a) atos relativos a situações jurídicas, sem conteúdo financeiro, cujos emolumentos atenderão às peculiaridades socioeconômicas de cada região; b) atos relativos a situações jurídicas, com conteúdo financeiro, cujos emolumentos serão fixados mediante a observância de faixas que estabeleçam valores mínimos e máximos, nas quais enquadrar-se-á o valor constante do documento apresentado aos serviços notariais e de registro. Art. 616-A CNNR Os emolumentos pela lavratura de escritura pública de partilha de bens serão cobrados como sendo um único ato com conteúdo financeiro, tendo como base de cálculo a soma do valor de todos os bens que constituirão o monte mor, limitado ao valor deconstituirão o monte mor, limitado ao valor de emolumentos contido no número 1, letra i, da Tabela de Emolumentos. LEI ESTADUAL 12.692/06 - de valor até 1.000,00 R$ 89,80 50.000,01 até 60.000,00 R$ 373,80 100.000,01 até 120.000,00 R$ 594,80 180.000,01 até 200.000,00 R$ 916,40 220.000,01 até 240.000,00 R$ 1.077,20220.000,01 até 240.000,00 R$ 1.077,20 240.000,01 até 260.000,00 R$ 1.157,00 260.000,01 até 280.000,00 R$ 1.238,00 280.000,01 até 300.000,00 R$ 1.318,50 400.000,01 até 500.000,00 R$ 1.961,40 acima de 500.000,01 R$ 2.209,30 Fonte: www.colegioregistralrs.org.br Art. 5º - Res. 35/2007 CNJ É vedada a fixação de emolumentos em percentual incidente sobre o valor do negócio jurídico objeto dos serviços notariais e de registro (Lei nº 10.169, de 2000, art. 3º,e de registro (Lei nº 10.169, de 2000, art. 3º, inciso II). Art. 6º - Res. 35/2007 CNJ A gratuidade prevista na Lei n 11.441/07 compreende as escrituras de inventário, partilha, separação e divórcio consensuais. Art. 7º - Res. 35/2007 CNJ Para a obtenção da gratuidade de que trata a Lei nº 11.441/07, basta a simples declaração dos interessados de que não possuem condições de arcar com os emolumentos,condições de arcar com os emolumentos, ainda que as partes estejam assistidas por advogado constituído. Art. 8º - Res. 35/2007 CNJ É necessária a presença do advogado, dispensada a procuração, ou do defensor público, na lavratura das escrituras decorrentes da Lei 11.441/07, nelas constando seu nome eda Lei 11.441/07, nelas constando seu nome e registro na OAB. Art. 9º - Res. 35/2007 CNJ É vedada ao tabelião a indicação de advogado às partes, que deverão comparecer para o ato notarial acompanhadas de profissional de sua confiança. Se as partes não dispuserem deconfiança. Se as partes não dispuserem de condições econômicas para contratar advogado, o tabelião deverá recomendar-lhes a Defensoria Pública, onde houver, ou, na sua falta, a Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil. Art. 10 - Res. 35/2007 CNJ É desnecessário o registro de escritura pública decorrente da Lei n 11.441/2007 no Livro "E" de Ofício de Registro Civil das Pessoas Naturais, entretanto, o Tribunal de Justiça deveráentretanto, o Tribunalde Justiça deverá promover, no prazo de 180 dias, medidas adequadas para a unificação dos dados que concentrem as informações dessas escrituras no âmbito estadual, possibilitando as buscas, preferencialmente, sem ônus para o interessado. DISPOSIÇÕES REFERENTES AO INVENTÁRIO E À PARTILHAINVENTÁRIO E À PARTILHA Prof. Ms. Conrado Paulino da Rosa contato@conradopaulinoadv.com.br Art 11 - Res. 35/2007 CNJ É obrigatória a nomeação de interessado, na escritura pública de inventário e partilha, para representar o espólio, com poderes de inventariante, no cumprimento de obrigaçõesinventariante, no cumprimento de obrigações ativas ou passivas pendentes, sem necessidade de seguir a ordem prevista no art. 990 do Código de Processo Civil. NOMEAÇÃO DO INVENTARIANTE Prof. Ms. Conrado Paulino da Rosa contato@conradopaulinoadv.com.br INVENTARIANTE 990 CPC I – o cônjuge ou companheiro sobrevivente, desde que estivesse convivendo com o outro ao tempo da morte deste;tempo da morte deste; II – o herdeiro que se achar na posse e administração do espólio, se não houver cônjuge ou companheiro sobrevivente ou estes não puderem ser nomeados; 990 CPC III - qualquer herdeiro, nenhum estando na posse e administração do espólio; IV - o testamenteiro, se Ihe foi confiada aIV - o testamenteiro, se Ihe foi confiada a administração do espólio ou toda a herança estiver distribuída em legados; 990 CPC V - o inventariante judicial, se houver; Vl - pessoa estranha idônea, onde não houver inventariante judicial.inventariante judicial. Parágrafo único. O inventariante, intimado da nomeação, prestará, dentro de 5 (cinco) dias, o compromisso de bem e fielmente desempenhar o cargo. Art. 613-C CNNR O meeiro e os herdeiros poderão, antes da confecção de escritura pública definitiva de partilha, prestarem declarações por meio de instrumento público, nomeando representante ao espólio com poderes para representar este perante estabelecimentosrepresentar este perante estabelecimentos bancários e instituições fiscais, seja para possibilitar o acesso a dados bancários e fiscais que possam ser relevantes à partilha, seja para tornar viável a transferência de titularidade de conta bancária da pessoa falecida. Art. 613-C CNNR A escritura referida no caput conterá o comprometimento do meeiro e dos herdeiros de realizarem a escritura pública de partilha definitiva em prazo máximo de 60 dias, sob pena de remessa pelo tabelião de cópia do documento público formalizado ao cartório dadocumento público formalizado ao cartório da direção do foro local, para encaminhamento ao juízo competente, em atendimento ao art. 989 do CPC. Art. 12 - Res. 35/2007 CNJ Admitem-se inventário e partilha extrajudiciais com viúvo(a) ou herdeiro(s) capazes, inclusive por emancipação, representado(s) por procuração formalizada por instrumento público com poderes especiais, vedada apúblico com poderes especiais, vedada a acumulação de funções de mandatário e de assistente das partes. Art. 13 - Res. 35/2007 CNJ A escritura pública pode ser retificada desde que haja o consentimento de todos os interessados. Os erros materiais poderão ser corrigidos, de ofício ou mediantecorrigidos, de ofício ou mediante requerimento de qualquer das partes, ou de seu procurador, por averbação à margem do ato notarial ou, não havendo espaço, por escrituração própria lançada no livro das escrituras públicas e anotação remissiva. Art. 14 - Res. 35/2007 CNJ Para as verbas previstas na Lei n 6.858/80, é também admissível a escritura pública de inventário e partilha. Art. 15 - Res. 35/2007 CNJ O recolhimento dos tributos incidentes deve anteceder a lavratura da escritura. Art. 614 CNNR A escritura pública de partilha, que será antecedida do pagamento do tributo correspondente, deverá conter os requisitos estabelecidos pelo art. 993 dorequisitos estabelecidos pelo art. 993 do CPC. Art. 16 - Res. 35/2007 CNJ É possível a promoção de inventário extrajudicial por cessionário de direitos hereditários, mesmo na hipótese de cessão de parte do acervo, desde que todos osde parte do acervo, desde que todos os herdeiros estejam presentes e concordes. Art. 17 - Res. 35/2007 CNJ Os cônjuges dos herdeiros deverão comparecer ao ato de lavratura da escritura pública de inventário e partilha quando houver renúncia ou algum tipo de partilha que importe em transmissão, exceto se o casamento seem transmissão, exceto se o casamento se der sob o regime da separação absoluta. Art. 613-A CNNR A renúncia de herdeiro poderá constar na própria escritura de partilha e, se comprovada em declaração anterior, judicialmente ou por escritura pública, dispensará a presença do renunciante quando da lavratura do ato.renunciante quando da lavratura do ato. Art. 18 - Res. 35/2007 CNJ O(A) companheiro(a) que tenha direito à sucessão é parte, observada a necessidade de ação judicial se o autor da herança não deixar outro sucessor ou não houver consenso de todos os herdeiros, inclusive quanto aotodos os herdeiros, inclusive quanto ao reconhecimento da união estável. Art. 19 - Res. 35/2007 CNJ A meação de companheiro(a) pode ser reconhecida na escritura pública, desde que todos os herdeiros e interessados na herança, absolutamente capazes, estejam de acordo.de acordo. Art. 20 - Res. 35/2007 CNJ As partes e respectivos cônjuges devem estar, na escritura, nomeados e qualificados (nacionalidade; profissão; idade; estado civil; regime de bens; data do casamento; pacto antenupcial e seu registro imobiliário, se houver;antenupcial e seu registro imobiliário, se houver; número do documento de identidade; número de inscrição no CPF/MF; domicílio e residência). Art. 21 - Res. 35/2007 CNJ A escritura pública de inventário e partilha conterá a qualificação completa do autor da herança; o regime de bens do casamento; pacto antenupcial e seu registro imobiliário, se houver; dia e lugar em que faleceu o autor da herança;dia e lugar em que faleceu o autor da herança; data da expedição da certidão de óbito; livro, folha, número do termo e unidade de serviço em que consta o registro do óbito; e a menção ou declaração dos herdeiros de que o autor da herança não deixou testamento e outros herdeiros, sob as penas da lei. Art. 22 - Res. 35/2007 CNJ Na lavratura da escritura deverão ser apresentados os seguintes documentos: a) certidão de óbito do autor da herança; b) documento de identidade oficial e CPF dasb) documento de identidade oficial e CPF das partes e do autor da herança; c) certidão comprobatória do vínculo de parentesco dos herdeiros; d) certidão de casamento do cônjuge sobrevivente e dos herdeiros casados e pacto antenupcial, se houver; Art. 22 - Res. 35/2007 CNJ Na lavratura da escritura deverão ser apresentados os seguintes documentos: e) certidão de propriedade de bens imóveis e direitos a eles relativos; f) documentos necessários à comprovação da titularidade dos bens móveis e direitos, se houver; g) certidão negativa de tributos; h) Certificado de Cadastro de Imóvel Rural - CCIR, se houver imóvel rural a ser partilhado. Art. 613-B CNNR Quando se tratar de partilha por direito de representação ou contemplar herdeiros da classe posterior na ordem da vocação hereditária, será exigida certidão de óbito do representado e dos herdeiros pré-mortos.representado e dos herdeiros pré-mortos. Art. 23 - Res. 35/2007 CNJ Os documentos apresentados no ato da lavratura da escritura devem ser originais ou em cópias autenticadas, salvo os de identidade das partes, que sempre serão originais.originais. Art. 24 - Res. 35/2007 CNJ A escritura pública deverá fazer menção aos documentos apresentados.Art. 25 - Res. 35/2007 CNJ É admissível a sobrepartilha por escritura pública, ainda que referente a inventário e partilha judiciais já findos, mesmo que o herdeiro, hoje maior e capaz, fosse menor ou incapaz ao tempo do óbito ou do processoincapaz ao tempo do óbito ou do processo judicial. 1.040 CPC Ficam sujeitos à sobrepartilha os bens: (...)(...) II - da herança que se descobrirem depois da partilha; Art. 26 - Res. 35/2007 CNJ Havendo um só herdeiro, maior e capaz, com direito à totalidade da herança, não haverá partilha, lavrando-se a escritura de inventário e adjudicação dos bens. Art. 27 - Res. 35/2007 CNJ A existência de credores do espólio não impedirá a realização do inventário e partilha, ou adjudicação, por escritura pública. Art. 28 - Res. 35/2007 CNJ É admissível inventário negativo por escritura pública. Art. 1.792 O herdeiro não responde por encargos superiores às forças da herança; incumbe-lhe, porém, a prova do excesso, salvo se houver inventário que a escuse, demostrando o valor dos bens herdados.dos bens herdados. Art. 1.593 CC Não devem casar: I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros;do casal e der partilha aos herdeiros; Art. 1.641 CC É obrigatório o regime da separação de bens no casamento: I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas dainobservância das causas suspensivas da celebração do casamento; Art. 29 - Res. 35/2007 CNJ É vedada a lavratura de escritura pública de inventário e partilha referente a bens localizados no exterior. Art. 30 - Res. 35/2007 CNJ Aplica-se a Lei n.º 11.441/07 aos casos de óbitos ocorridos antes de sua vigência. Art. 31 - Res. 35/2007 CNJ A escritura pública de inventário e partilha pode ser lavrada a qualquer tempo, cabendo ao tabelião fiscalizar o recolhimento de eventual multa, conforme previsão em legislaçãomulta, conforme previsão em legislação tributária estadual e distrital específicas. Prazo para início do inventário: � 30 dias (1.796 CC) � 60 dias (983 CPC) 983 CPC O processo de inventário e partilha deve ser aberto dentro de 60 (sessenta) dias a contar da abertura da sucessão, ultimando-se nos 12 (doze) meses subseqüentes, podendo o juiz(doze) meses subseqüentes, podendo o juiz prorrogar tais prazos, de ofício ou a requerimento de parte. Art. 32 - Res. 35/2007 CNJ O tabelião poderá se negar a lavrar a escritura de inventário ou partilha se houver fundados indícios de fraude ou em caso de dúvidas sobre a declaração de vontade de algum dos herdeiros, fundamentando a recusa porherdeiros, fundamentando a recusa por escrito. NulidadeNulidade Prof. Ms. Conrado Paulino da Rosa contato@conradopaulinoadv.com.br Art. 205 CC A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor Art. 171 CC Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico: II - por vício resultante de erro, dolo, coação,II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores. Art. 171 CC É de o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado: I - no caso de coação, do dia em que elaI - no caso de coação, do dia em que ela cessar; II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se realizou o negócio jurídico; III - no de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade. . Prof. Ms. Conrado Paulino da Rosa contato@conradopaulinoadv.com.br Entre em contato!
Compartilhar