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Resumo de Direito Civil familia

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Resumo de Direito Civil – Avaliação Parcial 01 – 1° B
Direito de Família – Conceito : é o complexo de normas que regulam: a) a celebração do casamento, sua validade e seus efeitos, b) as relações pessoais e econômicas da sociedade conjugal, c) a dissolução do casamento, d) a união estável, e) a relação entre pais e filhos, f) o vínculo de parentesco, g) a tutela e a curatela.
A relação entre pessoas: envolve aspectos pessoais, patrimoniais e assistenciais.
Objeto do Direito de Família – é a própria família.
As três definições de família:
Em sentido amplo – abrange todos os indivíduos que estiverem ligados pelo vínculo da consanguinidade e afinidade, incluindo estranhos( Art. 1.412, § 2° do CC);
Acepção Lata –restringe aos cônjuges ou companheiros e seus filhos, abrange os parentes da linha reta ou colaterais, bem como os afins ou naturais(Art. 1.591 e SS do CC);
Restrita – conjunto de pessoas unidas pelos laços do matrimônio e da filiação, ou seja, unicamente os cônjuges e a prole. ( Art. 226, § 1° e § 2° da CF / Art. 1.567 do CC e Art. 1.716 do CC) ou qualquer dos pais e prole.
Entidade Familiar – comunidade formada pelos pais, que vivem em união estável, ou por qualquer dos pais e descendentes (Art. 226, § 3° e § 4° da CF), independentemente da existência de vínculo conjugal que a tenha originado.
Família monoparental – desvincula-se da ideia de um casal relacionado com seus filhos, pois estes vivem apenas com um dos seus pais.
Caracteres da Família:
Biológico		c) Político			d) Econômico
Psicológico		e) Jurídico
Princípios do Direito de Família:
Ratio do Matrimônio – o fundamento básico é a afeição, perdure a completa comunhão de vida; comunhão material e espiritual;
Igualdade Jurídica dos cônjuges ( Art. 1.569 do CC) – desaparece o poder marital, decisões tomadas em comum acordo, autoridade indivisa;
Igualdade Jurídica de todos os filhos- nenhuma distinção entre filhos legítimos, naturais e adotivos. 
Pluralismo Familiar – abrange família matrimonial e entidades familiares.
Consagração do Poder Familiar – poder/dever é conjunto. Autoridade parental.
Liberdade – decisão livre do casal, opção pelo regime matrimonial,
Respeito da Dignidade da Pessoa Humana;
Superior interesse da criança e da adolescente;
Afetividade – afeição mútua, plena comunhão de vida.
Natureza do Direito de Família:
Direito das Pessoas/ Grupo Doméstico + Aspectos Patrimoniais + Interesses pessoais e familiares, que organizam-se em razão de seus membros.
É direito extrapatrimonial e personalíssimo ( irrenunciável, intransmissível, não admite condição e não admite exercício por procurador).
As relações estão delimitadas por normas que as organizam e as regulamentam;
As normas do direito de família são de ordem pública e é reduzida a esfera deixada à vontade humana. Normas são cogentes. Seus efeitos já são pré estabelecidos em lei.
Importância do Direito de Família – exerce influência sobre todos os ramos do direito público e privado:
Direito Privado – Civil – direito das obrigações/ direito das coisas/ direito das sucessões.
Direito Público – Constitucional/ Penal/ Tributário/ Previdenciário.
Direito Matrimonial: Art. 1.511 a Art. 1.582 do CC
Casamento – vínculo jurídico entre homem e mulher que visa auxílio mútuo material e espiritual (integração físicopsíquica e constituição de família).
O casamento não é apenas a legalização/ formalização da união sexual. Representa a prática de vida em comum: ajudar-se, socorrer-se, suportar o peso da vida, compartilhar destino, perpetuar a espécie. Plenitude do desenvolvimento da personalidade.
Fins do Matrimônio:
Institucionalização da Família Matrimonial – Casamento legalizado;
Procriação dos Filhos – Art. 226, § 7° da CF – aptidão física dos nubentes;
Legalização das relações sexuais;
Prestação de auxílio mútuo ( Art. 1.511 e Art. 1.566, inciso II;
Estabelecimento de deveres patrimoniais ou não ( Art. 1.566, incisos I e V) – dever legal de caráter patrimonial com os proventos; fidelidade recíproca;
Educação da prole ( Art. 1566 , inciso IV);
Atribuição do nome ao cônjuge e ao filho ( Art. 1.565, § 1°)
Características do Matrimônio:
Ordem Pública – instituída em lei, casamento legalizado através de lei;
União exclusiva – dever de fidelidade;
Comunidade de vida os cônjuges – compartilhar;
Não comporta termo ou condição – negócio jurídico puro e simples;
Natureza jurídica : Contrato ou Instituição ?
Contrato – regido pelas normas comuns a todos os contratos, aperfeiçoando-se pelo simples consentimento dos nubentes que há de ser recíproco e manifesto por sinais exteriores. Contrato “sui generis” com efeitos peculiares.
Instituição – um estado em que os nubentes ingressam, uma instituição social que reflete uma situação jurídica que surge da vontade dos contraentes. Normas, efeitos e forma está preestabelecido em lei. Não é permitido discutir seus direitos e deveres.
Teoria Mista – contrato e Instituição – Define o casamento como um ato complexo, que na sua formação guarda característica de contrato e no seu conteúdo assume característica de instituição, sendo que todos sabem dos direitos e deveres. Maria Helena Diniz é mais institucionalista, com sua visão mais romântica.
	Contrato
	Instituição
	Especulação
	Interesses são coincidentes
	Igualdade entre as partes
	Disciplina – respeito mútuo
	Mera relação – efeitos somente entre as partes
	Entidade que se impõe tanto às partes como a terceiros
	Relação exterior aos contratantes – laço obrigacional
	Uma interiorização
	Sem conflito nos interesses individuais – sendo produto da concorrência 
	Um corpo com destino a ser compartido por seus membros – produto da comunicação
	Precário – extinção com pagamento
	Duradoura – feita para durar
	Relação subjetiva – de pessoa a pessoa
	São objetivas e estatutárias
	
	
OBS: compará-lo a contrato é equipará-lo com uma venda, colocando em plano secundário seus nobres fins (amor, filhos e sentimento único).
Caracteres do Casamento
Liberdade na escolha do nubente ;
Solenidade do ato nupcial com suas formalidades ( Art. 1.511 a 1.516);
É de ordem pública- acima de convenções dos nubentes;
União permanente – até que a morte nos separe;
União exclusiva – o adultério deixou de ser crime – ilícito civil ( Art. 1.566, inciso I e Art. 1.573, inciso I) – dever de fidelidade.
Princípios do Direito Matrimonial
Livre união dos futuros cônjuges com seu consentimento;
Monogamia – vedado o casamento por bigamia – Art. 1.521, inciso VI / Art. 1.548, inciso II do CC e Art. 235 do CP.
União Indivisa – valoriza o aspecto moral da união sexual dos dois seres em plena comunhão – Art. 1.511 do CC.
Esponsais ( Noivado):
Conceito – é o compromisso entre 2 pessoas desimpedidas, de sexo diferente com o escopo de possibilitar que se conheçam melhor, que engrandeçam suas afinidades. Guardam as características de: a) passagem de estranhos para cônjuges, b) não tem obrigatoriedade, c) pode ser rompido a qualquer tempo.
Modernamente tem o único efeito de acarretar responsabilidade extracontratual, dando origem à ação por indenização por ruptura injustificada ( Art. 186 do CC). Para que se configure a responsabilidade é necessário que: a) a promessa de casamento tenha sido feita livremente pelos noivos, b) recusa de cumprir a promessa, c) haja ausência de motivo justo: erro essencial, infidelidade, injúria, prodigalidade, condenação criminal, mudança de religião, d) haja dano moral e material.
O inadimplemento doloso ou culposo acarreta: a) efeitos comuns ao simples desfazimento com a devolução dos presentes trocados, cartas e retratos, b) indenização por danos morais e materiais.
Condições Necessárias à Existência, Validade e Regularidade do Matrimônio:
São 03 requisitos essenciais ao casamento, cuja inobservância faz com que careça de valor jurídico reputando-se inexistente: Requisitos de Existência Jurídica ao ato nupcial:
O casamento tem como pilar fático a diversidade de sexo dos nubentes– Art. 1.514, Art. 1.517 e Art. 1.561 do CC, Art. 226, § 5° da CF.
Se não houver celebração na forma prevista em lei – Art. 1.533 a Art. 1.535 do CC.
Se não houver ausência total de consentimento.
A ideia de inexistência, ocasiona relevantes consequências como:
Não há necessidade de qualquer ação que declare sua ineficácia ou pelo menos não se requerem os rigores e solenidades de uma ação anulatória;
O casamento nulo ou anulável pode ser declarado putativo se ambos os cônjuges ou um deles o contrair de boa-fé, já o inexistente não;
No casamento inexistente os pseudocônjuges podem convolar núpcias sem fazer anular o precedente.
Condições Necessárias à validade do Ato Nupcial:
Sua inobservância acarreta nulidade ou anulabilidade – capacidade matrimonial dos nubentes:
Condições de aptidão física: a) puberdade (Art. 1.550, Art. 1.551 e Art. 1.520 do CC), b) potência no sentido de virilidade ( Art. 1.557, inciso III do CC, c) sanidade física ( Art. 1.557, inciso III do CC);
Condições de aptidão intelectual : a) grau de maturidade intelectual e sanidade mental, b) consentimento íntegro, isento de vícios – Art. 1.550, inciso III, Art. 1.556, Art. 1.557, Art. 1.558 e Art. 1.559 do CC – erro e coerção – concernente a identidade civil, a honra e boa fama, e ignorância de crime anterior ao casamento, desconhecimento físico irremediável ou de moléstia grave e transmissível por contágio ou herança, ignorância de doença mental grave anterior.
OBS: o casamento simulado coloca-se no plano de validade do vínculo matrimonial e caracteriza-se por: a) não tem a finalidade para fundar sociedade conjugal, b) para atingir consecução de outros fins. A doutrina reconhece como válido este casamento.
Condições de Ordem Moral e Social:
De ordem social – a) repressão à bigamia ( Art. 1.521, inciso VI e Art. 1.548, inciso II), b) prazo de viuvez ( Art. 1.523 , incisos I e II), c) idade militar, d) tutela e curatela enquanto não saldadas as contas ( Art. 1.523, inciso IV.
De ordem moral – a ) proibição de casamento em virtude de participação de parentesco ou afinidade ( Art. 1.521, inciso I a V), b) proibição do matrimônio por homicídio ou tentativa contra o consorte.
Impedimentos Matrimoniais de Causas Suspensivas:
O Código civil subordina o matrimônio a certos requisitos proibindo quem não se encontrar nas condições nele arroladas de convolar núpcias;
Tem como consequência impedir o casamento;
Fulminará de nulidade.
Constituem impedimentos aquelas condições positivas ou negativas, de fato ou de direito, físicas ou jurídicas, expressamente especificadas em lei, as quais, permanentemente ou temporariamente, proíbem o casamento ou um novo casamento ou um determinado casamento. 
OBS: não confundir incapacidade para o matrimônio com impedimento matrimonial, pois o impedido de casar não é incapaz de contrair casamento. 
A incapacidade constitui pressuposto material da realização do casamento, sendo por isso, relativa à vontade e à idade núbil – Art. 1.517 a Art. 1.520 do CC.
No impedimento consubstancia-se uma proibição que atinge uma pessoa em relação a outra ou outros – Art. 1.521 e Art. 1.522 do CC. Impedimento = ilegitimidade.
Causas Suspensivas – não proíbem o casamento, apenas adverte os nubentes que não devem casar-se, sob pena de sofrer sanção – Art. 1.523 e Art. 1.524 do CC.
Enumeração dos Impedimentos e das Causa Suspensivas:
Impedimentos – parentesco ( consanguíneo, afinidade, adoção), vínculo e crime.
Impedimento resultante de Parentesco – Art. 1.521, incisos I a V:
Consanguinidade que se funda em: a) razões morais para impedir núpcias incestuosas e a concupisciência no ambiente familiar; b) razões biológicas ou eugênicas para preservar a prole de malformações somáticas e defeitos psíquicos – todo e qualquer grau de parentesco em linha reta, quer seja por justas núpcias, quer natural proveniente e relações convencionais, concumbinárias ou esporádicas. Art. 1.521, inciso IV do CC – abrange irmão unilaterais ou bilaterais e os demais colaterais até o 3° grau inclusive ( 3° grau = tio e sobrinho/ tia e sobrinho. Art. 1° e 3° do Dec Lei 3.200/41 .
Das Causas Suspensivas:
Art. 1.523 , inciso I – para evitar a confusão patrimonial – não deve ser celebrado o casamento de viúvo ou viúva enquanto não fizer o inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros;
Art. 1.523 , inciso II – não deve ser contraído casamento de viúva ou de mulher cujo matrimônio era nulo ou foi anulado até 10 meses depois da viuvez- incerta a paternidade do filho.
Art. 5.23 , inciso III – não deve casar o divorciado enquanto não houver sido homologado ou decidida a partilha dos bens do casal – dano ao ex-cônjuge;
Art. 1.523 , inciso IV – não devem casar o tutor / curador com a pessoa tutelada ou curatelada enquanto não saldada as contas.
Impedimentos de Afinidade – Art. 1.521, inciso II do CC – parentesco por afinidade é aquele que se estabelece em virtude de casamento, ou união estável, entre um dos cônjuges, ou entre um dos companheiros e os parentes do outro – Art. 1.595, § 1° do CC. 
Afinidade só é impedimento em linha reta : sogro e nora/ sogra e genro/ padrasto e enteada.
Art. 1.595 do CC, § 2° do CC – não pode o viúvo casar com a mãe ou a filha de sua falecida mulher.
OBS: o cunhado desaparece com o desfazimento da união conjugal. Ex: viúvo se casa com a irmã de sua finada mulher. Afinidade colateral se extingue com a dissolução.
Impedimento de Adoção – Art. 1.521, incisos I, III e V do CC e Art. 1.593 do CC;
Impedimento por Vínculo – Art. 1.521, inciso IV do CC; proibição de bigamia, família tem base na monogamia; Art. 1.548 , inciso II do CC o casamento é nulo de pleno direito.
Impedimento por Crime – Art. 1.521 , inciso VII do CC, cria-se uma invencível incompatibilidade entre o cônjuge e o criminoso, requer condenação pelo crime ou pela tentativa.

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