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resumo civil 5 (direito de família) II unidade

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PARENTESCO 
 
Generalidades 
 
● relação jurídica estabelecida pela lei ou por decisão judicial entre uma pessoa e as 
demais que integram o grupo familiar 
● sentimento de pertencimento 
● parentesco =/= família 
● art. 1.593 → ​​parentesco natural (biológico) e parentesco civil (socioafetivo ou por 
afinidade) 
○ parentesco por afinidade é o que decorre do casamento e da união estável, 
vinculando-se com os parentes do cônjuge ou companheiro. limita-se aos 
ascendentes, descendentes e aos irmãos do cônjuge ou companheiro (​art. 
1.595, §1º​​) 
○ dentre as espécies de parentesco não biológico, além da afinidade, situam-se 
a adoção, a posse de estado de filiação e o derivado de inseminação 
heteróloga. 
● art. 1.521 → ​​não podem casar os ascendentes com os descendentes, seja 
parentesco natural ou civil, os afins em linha reta, o adotante com quem foi cônjuge 
do adotado e o adotado com quem o foi do adotante, os irmãos e demais colaterais, 
até o terceiro grau inclusive 
● art. 1.594 
● art. 1.626 → ​​o adotado assume integralmente a condição de filho do adotante, 
desligando-se de qualquer vínculo com a família e os parentes de origem biológica 
 
Parentesco em linha reta 
● ascendentes e descendentes 
● é infinita 
● os parentes mais próximos preferem aos mais remotos 
● parentes em linha reta não podem casar, sendo esse entendimento absoluto (​art. 
1.521, I), ​​não pode um adotar o outro, e entre eles há o direito de receber e dever de 
prestar alimentos, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau (​art. 1.696​​) 
● o direito também considera ascendente o que se vincula a outro por laços de 
afinidade, em decorrência do casamento (exemplo: sogro e genro), bem como 
descendente (ex.: afilhado) 
● a descendencia não pode ser desfeita por ato de vontade; pode haver modificações 
dos efeitos jurídicos do parentesco, mas nunca a rejeição voluntária. o pai poderá 
perder o poder familiar sobre o filho ou sua guarda, mas não deixará de ser pai, 
persistindo os demais efeitos previstos em lei, em virtude desse parentesco. 
● o parentesco pode ser extinto, todavia, na hipótese de adoção, pois esta desliga o 
adotado de qualquer vínculo com os pais e parentes consanguíneos 
 
Parentesco em linha colateral 
● os parentes se relacionam mediante um ancestral comum 
● na linha colateral, os graus sobem até o ascendente comum e descem até o parente 
cuja relação se pretende identificar 
○ até o 4º grau colateral para fins sucessórios 
○ até o 2º grau colateral para fins de obrigação alimentar 
○ até o 3º grau colateral para impedimentos em casamento 
● paulo lôbo diz que o CC02 uniformizou a relação de parentesco colateral para 
qualquer fim, inclusive sucessão e proteção dos direitos da personalidade 
● o parente colateral até o quarto grau pode exigir que cesse a ameaça ou lesão a 
direito da personalidade de parente morto e reclamar perdas e danos (​art. 12​​) 
● 
 
Parentesco por afinidade 
● estabelecido em decorrência do casamento ou de constituição de união estável 
● independe da vontade das partes ou da eventual rejeição dos que a ele ficam 
sujeitos 
● os parentes afins não são iguais ou equiparados aos parentes consanguíneos; são 
equivalentes, mas diferentes. o parentesco afim é normalmente considerado, pelo 
legislador e pela administração da justiça, para impedir a aquisição de algum direito 
ou situação de vantagem, em virtude da aproximação afetiva que termina por ocorrer 
entre os parentes afins e suas respectivas famílias 
● na linha reta, os ascendentes e descendentes de um dos cônjuges são parentes 
afins do outro cônjuge, de modo infinito, mas com qualificações e denominações 
distintas. 
○ esse parentesco jamais se extingue, levando, por exemplo, ao impedimento 
perpétuo de casamento entre sogro e nora ou entre genro e sogra (​art. 
1.521, II​​) 
● na linha colateral, não ultrapassa o segundo grau, e extingue-se com a dissolução 
do casamento ou da união estável, ou com o falecimento do cônjuge 
● o vínculo só existe entre o cônjuge e o parente do seu consorte, e não entre os 
parentes de ambos 
● STF, RMS n. 957-0 → ​​não há dever de alimentos entre os parentes afins, como 
entre sogro e nora 
 
 
 
FILIAÇÃO 
 
Generalidades 
 
● relação de parentesco que se estabelece entre duas pessoas, uma das quais é 
titular de autoridade parental e a outra a esta se vincula pela origem biológica ou 
socioafetiva 
● art. 1.596 → ​​os filhos de origem biológica e não biológica têm os mesmos direitos e 
qualificações, proibidas quaisquer discriminações 
● os critérios de aferição da socioafetividade são inteiramente objetivos, assentados 
na convivência familiar e na consolidação do estado de filiação 
● art. 1.597 → ​​os filhos podem provir de origem genética conhecida ou desconhecida 
 
Presunções legais de concepção dos filhos 
 
● presunção ​​pater is est quem nuptia demonstrant 
● presunção ​​mater semper certa est 
● presunção de paternidade atribuída ao que teve relações sexuais com a mãe, no 
período da concepção 
● presunção ​​exceptio plurium concubentium​​, que se opõe à anterior (a mãe teve 
relações com mais de um homem) 
● art. 1.597 
○ presunção de paternidade do marido, para os filhos concebidos cento e 
oitenta dias após o efetivo início da convivência conjugal/entre companheiros 
(não se conta a partir da celebração do casamento ou do início da união 
estável, mas do efetivo início da convivência!!!!!!!) 
○ presunção de paternidade, para os filhos concebidos até trezentos dias após 
a dissolução da sociedade conjugal 
 
Inseminação Artificial Homóloga 
● manipula gametas da mulher e do homem 
● o uso do sêmen do marido só é permitido se for de sua vontade e enquanto estiver 
vivo ou, caso morto, se deixar consentimento expresso para esse fim 
● dá-se a concepção quando se efetiva no aparelho reprodutor da mãe, ainda que o 
embrião tenha resultado de manipulação em laboratório (​in vitro​) 
● quanto aos embriões excedentários, o código civil é silente. entende-se por 
excedentários aqueles que, resultantes de técnicas de reprodução assistida, como a 
inseminação artificial homóloga, não são introduzidos no ventre da mãe, 
permanecendo armazenados nas instituições especializadas. 
○ o destino desses embriões vêm sendo um problema relacionado com a 
reprodução assistida, especialmente quando os cônjuges ou companheiros 
não têm mais interesse em conceber outros filhos, nem permitem que sejam 
utilizados em outras mulheres 
○ o código civil apenas trata da presunção de concepção em relação ao 
embrião que tiver sido introduzido no útero da mulher, silenciando quanto ao 
destino dos demais que permanecem na condição de excedentários 
○ apenas é admitida a concepção de embriões excedentários se estes 
derivarem de fecundação homóloga, ou seja, de gametas da mãe e do pai, 
sejam casados ou companheiros de união estável. por consequência, está 
proibida a utilização de embrião excedentário por homem e mulher que não 
sejam os pais genéticos. 
○ I Jornada de Direito Civil do CJF → ​​finda a sociedade conjugal, na forma 
do art. 1.571, a regra do inciso IV só poderáser aplicada se houver 
autorização prévia, por escrito, dos ex-cônjuges, para a utilização dos 
embriões excedentários, só podendo ser revogada até o início do 
procedimento de implantação desses embriões 
■ contudo, se a vedação for descumprida e ocorrer a concepção no 
útero de mulher que não seja a mãe genética, o filho será 
juridicamente da que pari-lo e, no caso de estar casada ou em união 
estável, do marido ou do companheiro, neste caso em virtude do 
princípio ​pater is est ​e da presunção de maternidade da mulher 
parturiente. 
■ o brasil não acolheu o uso instrumental do útero alheio, sem vínculo 
de filiação (gestação por substituição ou “barriga de aluguel”) 
 
Inseminação Artificial Heteróloga 
● dá-se quando é utilizado o sêmen de outro homem, normalmente doador anônimo, e 
não o do marido, para a fecundação do óvulo da mulher 
● a única exigência é que o marido tenha, previamente, autorizado a utilização de 
sêmen estranho ao seu (não precisa ser escrita, pode ser verbal e comprovada em 
juízo) 
● o consentimento é irrevogável e jamais a paternidade pode ser impugnada pelo 
marido, nem pode ser admitida a investigação de paternidade 
● fortalece a natureza fundamentalmente socioafetiva da filiação e da paternidade 
 
Presunções de Filiação na União Estável 
 
● art. 1.597 → ​​aplicação extensiva 
● a presunção de concepção do filho se aplica a qualquer entidade familiar 
○ enquanto no casamento a convivência é presumida a partir da celebração, na 
união estável deve ser provado o início de sua constituição, pois independe 
de ato ou de declaração 
○ no casamento, basta a respectiva certidão apresentada pela mãe para que o 
oficial do registro público faça consignar o nome do marido como pai. a união 
estável, por ser fundada em ato-fato jurídico, e não em ato jurídico, oferece 
dificuldades para a aplicação da presunção da paternidade do companheiro, 
justamente por faltar instrumento jurídico de constituição. 
■ a presunção de paternidade, na união estável, decorre do fato da 
existência não controvertida desta, para o que basta a declaração do 
nascimento feita pelo pai e sua declaração de que convive em união 
estável com a mãe, feitas perante o oficial do registro público 
 
Direito ao Conhecimento da Origem Genética 
● não está coligado à presunção de filiação e paternidade 
● sua sede é o direito da personalidade 
● para possibilitar o conhecimento da origem genética da pessoa concebida com 
gametas de doador anônimo, resguardada a identidade civil deste, o CFM 
estabelece que “as clínicas, centros ou serviços que empregam a doação devem 
manter, de forma permanente, um registro de dados clínicos de caráter geral, 
características fenotípicas e uma amostra de material celular dos doadores” 
● art. 48 do ECA → ​​direito do adotado de conhecer sua origem biológica mediante 
acesso ao processo de adoção, após completar 18 anos, ou quando menor com 
assistência jurídica e psicológica 
● Súmula 301 do STJ → ​​em ação investigatória, a recusa do suposto pai a 
submeter-se ao exame de DNA induz presunção ​juris tantum ​de paternidade 
○ contudo, essa súmula só pode ser aplicada se não houver constituição de 
estado de filiação, ou seja, quando do registro de nascimento não constar 
paternidade de qualquer origem 
● Lei 12.010/2009 → ​​faculdade de a gestante (ou a mãe, após o parto) entregar a 
criança à adoção regular, por meio do poder judiciário. não há anonimato, pois a 
criança é registrada com o nome da mãe e entregue ao juizado da infância e da 
juventude para adoção. 
 
Prova da Filiação 
 
● filiação provada mediante certidão do registro do nascimento 
● efeitos declaratórios 
● o registro possui presunção quase absoluta, pois apenas pode ser invalidado se se 
provar que houve erro ou falsidade. a declaração de nascimento do filho, feita pelo 
pai, é irrevogável. ao pai cabe apenas o direito de contestar a paternidade, se 
provar, conjuntamente, que esta não se constituiu por não ter sido o genitor biológico 
e não ter havido estado de filiação estável 
● art. 1.603 
● art. 1.604 → ​​eventual invalidação do registro 
○ o registro pode ser invalidado, mas não impugnado 
○ impugnável é o reconhecimento voluntário da filiação (​art. 1.614​​) 
● art. 1.605 → ​​prova do estado de filiação 
● art. 50 da Lei n. 6.015 → ​​todo nascimento deverá ser dado a registro, no lugar em 
que tiver ocorrido o parto ou no lugar de residência dos pais, dentro do prazo de 15 
dias 
● art. 52 da Lei n. 6.015 → ​​são obrigados a fazer a declaração de nascimento o pai 
ou, na falta ou impedimento dele, a mãe, ou, na falta e impedimento desta, o parente 
mais próximo, prosseguindo sucessivamente o ônus nas pessoas dos 
administradores de hospitais, médicos, parteiras, terceiros que tiverem assistido o 
parto. 
○ se o oficial tiver motivo para duvidar da declaração, poderá exigir atestado do 
médico ou parteira ou ir à casa onde se deu o parto 
● se a mãe for casada, o registro consignará o nome do marido como pai, em virtude 
da presunção ​pater is est​, que apenas pode ser afastada por impugnação dele e de 
ninguém mais 
● se a mãe não for casada, inclusive for companheira em uniao estável, o nome do pai 
apenas será consignado no registro se ele for o declarante, isoladamente ou em 
conjunto com ela, salvo quanod decorrer de reconhecimento voluntário ulterior ou de 
investigaçõa da paternidade 
● art. 5 da Lei 8.560/92 → ​​no registro dos filhos havidos fora do casamento não será 
consignado o estado civil dos pais ou a natureza da filiação 
● Lei 12.662/2012 → ​​emissão obrigatória da declaração de nascido vivo 
 
Validade e Eficácia do Registro de Nascimento 
 
● art. 1.604 → ​​ninguém poderá vindicar estado contrário ao que resulta do registro de 
nascimento (para as paternidades já reconhecidas) 
● vindicar a origem genética =/= vindicar a paternidade 
● a validade do registro pode ser impugnada nas hipóteses de erro ou falsidade 
○ erro é o desvio não intencional da declaração do nascimento, concernente ao 
próprio ato de registro, imputável ao oficial de registro, ou da informação do 
declarante legitimado, concernente à atribuição da paternidade ou 
maternidade da pessoa 
○ falsidade é a declaração intencionalmente contrária à verdade do nascimento 
■ não há falsidade quando a filiação é dada por caráter socioafetivo 
● quando se tratar de criança ou adolescente, é competente a justiça da infância e da 
juventude para determinar o cancelamento, a retificação, e o suprimento do registro 
de nascimento 
 
Posse do Estado de Filiação 
 
● situação fática na qual uma pessoa desfruta do status de filho em relação a outra 
pessoa, independentemente dessa situação corresponder à realidade legal 
● a pretensão é imprescritível 
● prova-se a filiação pela certidão do registro do nascimento 
● a doutrina identifica o estado de filiação por três elementos 
○ tractatus ​(comportamento) 
○ nomen 
○ fama ​(imagem social ou reputação) 
● qualquer meio de prova pode ser utilizado, desde que admitido em direito. todavia, 
as provas são complementares de dois requisitos alternativos que a lei prevê:existência de começo de prova por escrito, proveniente dos pais, ou presunções 
veementes da filiação resultante de fatos já certos 
● a posse do estado de filiação, consolidada no tempo, não pode ser contraditada por 
investigação da paternidade fundada em prova genética 
 
Legitimidade para a Prova Judicial da Filiação 
 
● a ação de estado de filiação não prescreve nem decai em tempo algum 
● o exercício da ação, ou a legitimidade ​ad causam​, constitui direito personalíssimo do 
filho, que não pode ser substituído 
○ significa dizer que não se pode, mediante ação judicial, atribuir 
compulsoriamente a paternidade ao filho contra sua vontade 
○ o direito à filiação não é indisponível 
● os herdeiros não têm direito de iniciativa da ação 
○ têm direito derivado, no sentindo de prosseguirem com a ação iniciada pelo 
titular, 
○ havendo parentes próximos que não queiram exercê-lo, não podem os mais 
remotos (os próximos preferem aos remotos) 
● em se tratando de filho menor, a ação de prova de filiação pode ser intentada 
mediante seu representante legal, porque será o próprio filho o autor da ação 
○ a legitimidade excepcional do ministério público para a ação de investigação 
de paternidade, autorizada pela Lei 8.560, não se estende à ação de prova 
de filiação 
 
Novas Núpcias da Mulher 
 
● no caso da viúva ou mulher que teve seu casamento invalidado, ou da divorciada, 
que contrair novas núpcias antes de completados dez meses da dissolução do 
casamento anterior e lhe nascer filho antes de completados trezentos dias da data 
da dissolução, presume-se este filho do primeiro marido 
● presume-se do segundo marido se o filho tiver nascido após cento e oitenta dias do 
início da convivência conjugal, desde que ultrapassado o prazo de trezentos dias da 
data da dissolução 
● presume-se do primeiro marido se o filho tiver nascido após cento e oitenta dias do 
início da convivência conjugal, mas antes de completados dez meses da dissolução 
do primeiro casamento 
● art. 1.598 → ​​cabível também em união estável 
● a presunção não é absoluta, pois pode ser ilidida mediante prova em contrário da 
paternidade do segundo marido 
● obs.: casos de inseminação homóloga com o sêmen do primeiro marido 
 
Impotência para gerar 
 
● impotência ​coeundi ​→ impotência propriamente dita, por razões físicas ou psíquicas 
○ importa saber se a impotência foi constatada no período em que teria 
ocorrido a concepção 
○ 3 tipos 
■ orgânica → doenças mentais, diabetes, doenças caquetizantes 
■ fisiopáticas → estados semiorgânicos, mal interpretados como formas 
psíquicas pois não há lesão evidente 
■ psíquica → inibição sexual inconsciente 
○ presume o impedimento para gerar 
○ os avanços da ciência tem tornado relativa a presunção 
● impotência ​generandi → ​é a referida na norma, que impede a geração, em virtude 
de absoluta esterilidade do homem ou da mulher 
○ art. 1.599 
○ vasectomia, ou oriunda de fatores físicos 
 
Presunção de Paternidade e o Adultério da Mãe 
 
● não pode o pai biológico interpor-se na relação familiar se o marido ou companheiro 
da mãe não tiver promovido a impugnação da paternidade, com fundamento no ​art. 
1.601 
○ ainda assim é preciso provar que o marido não teve relações com a mulher 
ou que não as podia ter, na época da concepção 
● norma inaplicável à união estável (a fidelidade não é dever comum dos 
companheiros) 
 
Impugnação da Paternidade pelo Marido da Mãe 
 
● direito exclusivo do marido da mãe 
● direito personalíssimo 
● a impugnação é proposta contra o filho que, sendo menor, será representado pela 
mãe 
● a sentença que a julgar procedente tem eficácia ​ex tunc e é oponível a todos, 
inclusive aos demais parentes do impugnante, que deixam de o ser em face do 
impugnado 
● os herdeiros do marido não têm iniciativa para impugnar a paternidade, apenas para 
prosseguir a ação 
● é imprescritível 
● para que possa ser impugnada a paternidade, deve o marido da mãe provar não ser 
o genitor, tampouco ter constituído estado de filiação de natureza socioafetiva 
○ se o próprio declarou perante o registro de nascimento, deve provar que foi 
induzido em erro ou em razão de dolo ou coação 
● a impugnação do filho por qualquer dos três tipos de inseminação artificial do ​art. 
1.597 impede a impugnação de paternidade pelo marido da mãe, salvo se provar 
que, na inseminação artificial homóloga, o profissional ou o hospital utilizaram sêmen 
que não foi o seu, com utilização de exame de dna 
 
Reconfiguração da Presunção Pater is est 
- 
 
Impugnação da Maternidade pela Suposta Mãe 
 
● art. 1.608 → ​​impugnação mediante prova de falsidade da declaração 
● o direito de impugnação da maternidade é privativo da mãe, não podendo ser 
exercido por qualquer outra pessoa nem pelo ministério público 
 
Adoção à Brasileira 
 
● registro civil de criança que não tem origem biológica nos declarantes 
● a convivência familiar duradoura transforma a “adoção à brasileira” em posse de 
estado de filho, que é espécie do gênero estado de filiação, que independe do fato 
originário da falsidade ou não da declaração. bastam para a posse do estado de filho 
o nome, o tratamento e a reputação, que são consolidados na convivência familiar 
duradoura 
 
 
 
RECONHECIMENTO DE FILHO 
 
Generalidades 
 
● apenas o filho, no prazo decadencial de quatro anos, após atingir a maioridade, 
pode impugnar o reconhecimento (​art. 1.614​​) 
 
Direito ao Reconhecimento Voluntário de Filho 
 
● o filho que não tiver sido regularmente registrado, por declaração dos pais ou dos 
legitimados a fazê-lo, poderá ser reconhecido por manifestação livre de vontade de 
ambos os pais ou de um deles 
● ato livre, pessoal, irrevogável e de eficácia erga omnes 
● ato jurídico em sentido estrito 
● voluntário, irrevogável, incondicional 
● o reconhecimento do filho só é possível se este foi havido fora do casamento 
● podem reconhecer os pais sem vinculo matrimonial, o menor relativamente capaz 
(com assistência dos pais), o cônjuge e o companheiro de união estável e a pessoa 
com deficiência mental 
○ o menor relativamente incapaz deve ser representado pelos pais ou pelo seu 
tutor (​art. 1.634​​) 
 
Modalidades de Reconhecimento Voluntário 
 
● reconhecimento no próprio registro do nascimento, cujo pai ou mãe que nele não 
constava promove o reconhecimento formal voluntariamente, perante oficial do 
registro, assinando o termo perante testemunhas 
● reconhecimento indireto, por manifestação que não é dirigida imediatamente ao 
registro do nascimento 
● reconhecimento em testamento 
● reconhecimento incidental quando o pai ou mãe fizer manifestação expressa e direta 
perante o juiz 
 
Direito ao Filho a Residir com o Genitor que o Reconheceu 
 
● art. 1.611 → ​​o filho reconhecido por um dos cônjuges só poderá residir no lar 
conjugal se o outro cônjuge o consentir 
○ mas o juiz deve ponderar o caso concreto e pode violar tal norma para 
permitir que o filho resida com o pai ou mãe 
 
Guarda do Filho Reconhecido 
 
● a guarda é exclusiva do genitor que reconheceu o filho 
○ se por exemplo a mãe fizera a declaração para o registro do nascimento, aguarda decorreu naturalmente desse fato; se o pai vem a reconhecer o filho 
em momento posterior, não obterá sua guarda, salvo se houver acordo ou se 
o juiz deferir-lhe o pedido, convencido de ser este o melhor interesse do filho 
menor 
● se ambos reconhecerem o filho, a guarda será objeto de acordo ou de decisão 
judicial que contemple o melhor interesse do menor 
 
Investigação da Paternidade e da Maternidade 
 
● direito indisponível 
● imprescritível (​art. 27 do ECA e Súmula 149 do STF​​) 
● a legitimidade da ação é exclusiva do filho, mas a contestação pode ser feita por 
qualquer pessoa que justo interesse tenha (interessados são todos aqueles que 
possam ser afetados pela decisão judicial, como o genitor biológico, o genitor 
registrado, o genitor socioafetivo, o cônjuge ou companheiro do suposto genitor e os 
herdeiros deste) 
○ parentes colaterais não tem interesse juridicamente protegido para 
ajuizamento da ação 
○ o registro da paternidade só pode ser (des)constituído se o pai for citado 
(​REsp 512.278​​) 
● se não houver provas, a recusa ao exame de DNA não pode ser considerada 
suficiente para confirmação da paternidade, mas pode ser feita em conjunto com 
contexto probatório 
○ súmula 301 do STJ → ​​em ação investigatória, a recusa do suposto pai a 
submeter-se ao exame de DNA induz presunção ​juris tantum ​de paternidade 
● o exame não confere a filiação, mas confirma (ou não) a origem genética 
○ mas a sentença judicial pode suprir a falta do reconhecimento voluntário e 
será averbada no registro de nascimento do filho, nos casos de ausência de 
um dos polos da filiação 
● eficácia ​erga omnes ​e ​ex tunc 
○ os efeitos da sentença retroagem à data do nascimento do reconhecido 
● art. 1.616 
● outro efeito é o da fixação de alimentos 
 
Consentimento e Impugnação do Reconhecimento pelo Filho 
 
● filho maior de 18 anos → necessário seu consentimento para o reconhecimento 
● o consentimento do filho menor é dispensado 
○ 1, porque incapaz 
○ 2, em virtude da presunção de ser feito o reconhecimento em seu benefício 
● a lei admite que, no prazo decadencial de 4 anos, o filho possa exercer o direito de 
rejeitar o reconhecimento (e essa rejeição pode acontecer tanto na filiação 
socioafetiva quanto na biológica) 
○ não necessita de provar inexistência de origem genética 
○ somente o filho pode impugnar o reconhecimento 
● o reconhecimento não depende do consentimento para ser considerado ​válido​, se 
for realizado mediante uma das espécies previstas no art. 1.609, mas sua ​eficácia, 
para que gere efeitos, depende 
○ o reconhecimento é ato complexo que depende do consentimento 
● reconhecimento do filho maior feito sem o seu consentimento e mesmo assim 
consumada averbação no registro do nascimento → ato nulo 
 
 
 
ADOÇÃO 
 
Generalidades 
 
● a origem se apaga no momento da adoção 
● direito ao reconhecimento da origem biológica como direito da personalidade 
● art. 27 do ECA ​​como direito ao reconhecimento do estado de filiação 
● adoção como ato jurídico em sentido estrito, de natureza complexa, pois depende de 
decisão judicial para produção de efeitos 
● irrevogável 
● ato personalíssimo, inadmissível de ser exercido por procuração (​art. 39 do ECA​​) 
● o nascituro pode ser adotado 
 
Legitimados a Adotar 
 
● maiores de 18 anos (inclusive pessoas com deficiência mental ou intelectual) 
○ menos de 18 anos → adoção nula 
○ são impedidos de adotar os ébrios habituais e os excepcionais 
○ não podem adotar também os ascendentes, descendentes e irmãos do 
adotando 
■ STJ, REsp 1.448.969 → ​​possibilidade de adoção por parte dos avós 
quando tiver sido comprovada a filiação socioafetiva (da mãe?) 
● a diferença de idade com o pretendido adotado deve ser superior a 16 anos 
○ O STF entendeu que a regra não é de cogência absoluta, podendo ser 
afastada em face de lei estrangeira que não a preveja (​STF, SE 3.838-0​​) 
● comprovação de “estabilidade da família” em juízo 
● art. 1.611 → ​​aplicação analógica. o filho adotado somente poderá residir no lar 
conjugal se houver o consentimento do cônjuge ou companheiro do adotante 
● art. 165, I, do ECA → ​​necessidade de anuência do outro cônjuge ou companheiro 
para adoção individual 
 
Estágio de Convivência 
 
● art. 46 do ECA 
● prazo fixado pela autoridade judiciária 
● adoção por estrangeiro ou brasileiro residente no exterior → estágio de 30 dias 
cumpridos no território brasileiro 
● determinante para a adoção conjunta de divorciados e ex-companheiros de união 
estável 
 
Consentimentos para Adoção e Hipóteses de sua Dispensa. Entrega pela Gestante para 
Adoção 
 
● pais do adotando conhecidos → o consentimento de ambos é indispensável 
○ mesmo em caso de serem casados ou companheiros, o consentimento de 
um não supõe o do outro, pois a autoridade parental é atribuída em conjunto 
(​art. 1.631​​) 
○ a recusa de qualquer um dos dois impede a adoção por terceiros 
○ há dois tipos de consentimento: 
■ o que se dá antes do adotando completar 12 anos 
■ o que é associado ao do adotando que tiver mais de 12 anos 
(assistência) 
○ dispensa-se o consentimento dos pais que perderam a autoridade parental 
(​art. 1.638​​), ou no caso de menor com pais desconhecidos ou desaparecidos 
● o consentimento pode ser feito por qualquer meio 
○ necessidade de ser reduzido a termo perante o juízo 
○ pode ser revogado no curso do processo 
○ irrevogável apos o trânsito em julgado da sentença 
● na falta dos pais, tutores e curadores podem exercer o papel de representantes 
legais 
● adotado maior de 18 anos → cessa a exigência de consentimento dos pais 
● art. 13 do ECA → ​​permissão para que a mãe entregue o filho, após o parto, para 
adoção 
 
Adoção por duas pessoas 
 
● art. 42, §2​​º​, do ECA → ​​proibição de que a mesma pessoa seja adotada por duas 
pessoas, salvo se forem cônjuges ou companheiros 
● um pode adotar 
● possibilidade de divorciados adotarem, procurando ressalvar situação de fato que já 
tinha sido constituída, quando o adotando já se encontrava integrado à convivência 
familiar que se desfez 
○ concordância quanto ao regime de guarda e de visitas do filho adotado 
● art. 42, §6, do ECA → ​​adoção póstuma 
○ o adotante, antes do falecimento, deve ter feito inequívoca manifestação de 
vontade de adotar determinada pessoa 
○ deve ter havido início de processo de adoção antes do falecimento 
 
Adoção de Maiores de 18 Anos 
 
● aplica-se no que couber o ECA 
● dispensa consentimento dos pais 
 
Requisitos do Processo Judicial e do Benefício do Adotando 
 
● possibilidade de adoção mediante escritura pública 
● competência das Varas de Infância e Juventude, quando o adotando for menor de 
18 anos (a​rt. 148, III, ECA​​) e varas de família quando +18 
● art. 47 do ECA → ​​requisitos para ultimação no registro civil 
● art. 50 do ECA → ​​determina que os postulantes à adoção sejam inscritos nos 
cadastros estadual respectivo e nacional 
● cumpre ao juiz avaliar as dimensões subjetiva (afinidade, afetividade) e objetiva 
(ambiente e condição familiar adequados) 
● independente da idade, sempre que possível, o adotando deverá ser previamente 
ouvido e sua opinião considerada 
○ +12 → obrigatoriedade do consentimento colhido em audiência 
● art. 167 e 168 → ​​procedimentosacautelatórios 
● lei 12.955 → ​​terão prioridade os processos de adoção em que o adotando for 
criança ou adolescente com deficiência ou com doença crônica 
 
Efeitos da Adoção 
 
● corte total com a família de origem, salvo para contrair matrimônio 
● art. 41 do ECA 
● manutenção de vínculo biológico no caso de um dos cônjuges ou companheiros 
adotar o filho do outro 
● atribuição ao adotado do sobrenome do adotante 
● os efeitos da adoção começam com o trânsito em julgado da sentença 
○ um desses efeitos é a inscrição no registro do nascimento 
○ a sentença não possui efeitos retroativos, dado seu caráter constitutivo 
■ em caso de falecimento do adotante, contudo, retroage-se para a data 
do falecimento 
● a adoção é irrevogável 
 
Adoção Internacional 
 
● estágio de convivência no brasil por 30 dias 
● exigência de inscrição em cadastro específico de pessoas interessadas 
● deve comprovar que está apto para adotar também em seu país e demonstrar 
estudo (laudo) psicossocial 
● arts. 51 e 52 do ECA 
● não é permitida a saída do adotando do país antes de consumada a adoção 
● convenção de haia → permite o efeito imediato da adoção no Brasil, sem 
necessidade de homologação (quando o Brasil for país de acolhida, ou seja, 
brasileiro adotando criança do exterior) (o país de saída deve ser signatário) 
 
 
 
 
AUTORIDADE PARENTAL 
 
Generalidades 
● horizontal 
● direitos e deveres recíprocos 
● ECA, arts. 21 a 24; 155 a 163 
○ regras procedimentais de caráter supletivo 
○ são legitimados para ação de perda ou suspensão da autoridade parental o 
mp ou “quem quer que tenha legítimo interesse” 
○ possibilidade de decretação liminar ou incidental de suspensão da autoridade 
parental, ficando confiado a pessoa idônea (​art. 157​​) 
○ a sentença que decretar perda ou suspensão será registrada à margem do 
registro de nascimento do menor (​art. 163​​) 
● ​ECA, arts. 22 e 24 → ​​previsão de perda da autoridade parental em casos de 
descumprimento de deveres de guarda, sustento e educação dos filhos 
○ lei 12.318 → ​​possibilidade de suspensão em caso de alienação parental 
● o exercício da autoridade parental é delegável a terceiro, no todo ou em parte, sendo 
preferencialmente membro da família 
 
Extinção da Autoridade Parental 
 
● art. 1.635 
○ extinção (interrupção definitiva da autoridade parental) 
○ rol taxativo 
 
Suspensão da Autoridade Parental 
 
● art. 1.637 
● não é preciso que seja permanente, basta o receio de que possa vir a se repetir no 
futuro 
● pode ser total ou parcial 
● a suspensão de um concentra o exercício do poder familiar no outro, salvo se 
incapaz ou falecido 
● o abuso da autoridade parental pode ser objeto de punição criminal por via da 
suspensão (​art. 232 do ECA​​) 
 
Perda da Autoridade Parental 
 
● art. 1.638 
○ castigo imoderado 
○ abandono do filho 
○ prática de atos contrários à moral e aos bons costumes (incesto/abuso) 
○ prática reiterada de hipóteses de suspensão 
● art. 93 do ECA → ​​competência da justiça da infância e da juventude 
● arts. 155 a 163 do ECA → ​​procedimentos, com provocação do mp ou de quem 
tenha legítimo interesse 
 
Abandono Afetivo 
 
● inadimplemento dos deveres jurídicos de paternidade, gerando reparação civil, que 
cumpre duas finalidades 
○ 1, de reparação de danos patrimoniais 
○ 2, de compensação por danos extrapatrimoniais (assistência moral e afetiva 
e criação) 
● a responsabilidade não é objetiva, pois depende de culpa do pai ou da mãe a quem 
se imputa o abandono afetivo 
○ os danos não são presumíveis, tendo que ser comprovados por quem alega 
○ o ônus da prova das excludentes (situações que excluam a responsabilidade) 
são do imputado pelo inadimplemento, devendo demonstrar que tenha 
tentado reverter a situação em momento anterior 
● o prazo prescricional das ações de reparação civil por abandono afetivo começa a 
fluir com a maioridade do interessado, sendo que prescreve em 3 anos para os 
danos materiais (os danos morais estão relacionados aos direitos da personalidade) 
 
Responsabilidade Civil dos Pais 
 
● responsabilidade sem culpa (os pais são responsáveis, ainda que comprovem que 
não agiram com culpa) 
● direito de regresso contra o outro genitor (em caso de guarda compartilhada de pais 
separados 
● a responsabilidade persiste mesmo que o filho seja maior quando do ajuizamento da 
ação pela vítima 
● atos do menor ocultando a idade tornam válidos o negócio jurídico e as obrigações 
que assumir 
 
Representação, Assistência e Curatela dos Filhos 
- 
 
Administração e Usufruto dos Bens dos Filhos 
 
● usufruto paterno ou materno não precisa ser submetido a registro público, se recair 
sobre imóvel, porque decorre de imposição legal 
● os atos de alienação dos bens imóveis dos filhos e as dívidas e obrigações 
contraídas em seus nomes, sem autorização judicial, são considerados nulos 
○ a nulidade é imprescritível; o filho pode requerer a qualquer momento, 
quando maior 
○ o filho menor pode requerer mediante representação do mp, que designará 
curador 
● art. 1.693 → ​​bens ou valores que não podem ser objeto de usufruto e daministração 
dos pais 
○ bens ou valores pecuniários que já estavam na titularidade do menor quando 
foi reconhecido, voluntária ou judicialmente, por um dos pais 
○ valores obtidos pelo menor em razão de seu trabalho 
○ bens recebidos por herança ou doação, com cláusula de impedimento 
○ bens daqueles que foram excluídos da sucessão da pessoa que os deixou 
(?) 
 
 
 
ALIMENTOS 
 
como foi a aula que eu mais prestei atenção não vou colocar resumo aqui, pelo avançado 
da hora, mas colocar algumas respostas de questões que acho que podem ser pertinentes 
e coisas que devem ser lembradas na sistemática das questões de concurso 
 
TESE DE REPERCUSSÃO GERAL STF. Tema 821: "​A utilização do salário mínimo como 
base de cálculo do valor de pensão alimentícia não viola a Constituição Federal​​." 
STJ. Súmula 596. A obrigação alimentar dos avós possui natureza complementar e subsidiária, 
somente se configurando no caso de impossibilidade total ou ​parcial de seu cumprimento pelos 
pais. 
 
Atenção! No REsp 1492861/RS que o neto carece de legitimidade ativa ad causam para propor 
ação objetivando o reconhecimento de vínculo socioafetivo entre sua mãe e seus avós, 
resguardando seu direito de demandar em nome próprio 
 
II. Qualquer descendente possui legitimidade, por direito próprio, para propor o reconhecimento 
do vínculo de parentesco em face dos avós ou de qualquer ascendente de grau superior, ainda 
que o pai não tenha iniciado a ação de prova da filiação em vida. ​CORRETO. Atualmente, a 
busca pela identidade genética constitui direito fundamental reconhecido pelo STF e STJ. 
Logo, não há condicionamentos ou entraves, sendo possível, portanto, a investigação de 
paternidade em face dos avós ou outros ascendentes, por exemplo, quando sobrevir o 
falecimento do suposto pai biológico. Enunciado 521 da V Jornada de Direito Civil do 
CJF: ​​Qualquer descendente possui legitimidade, por direito próprio, para propor o 
reconhecimento do vínculo de parentesco em face dos avós ou de qualquer ascendente 
de grau superior, ainda que o painão tenha iniciado a ação de prova da filiação em vida. 
 
IV. O cancelamento do pagamento de pensão alimentícia a filho que atingiu a maioridade está 
sujeito à decisão judicial, mediante contraditório, ainda que nos próprios autos. CORRETO. A 
maioridade civil NÃO é causa de extinção automática da pensão alimentícia, pois se deve 
aferir o binômio necessidade e possibilidade, afinal, embora cessado o poder familiar, 
persistirá o vínculo de parentesco e os deveres dele decorrentes (CC, art. 1695 e 1696). 
Veja, ainda, a súmula 358 do STJ. 
I. A guarda compartilhada não exclui a fixação do regime de convivência e não implica ausência 
do pagamento de pensão alimentícia.​CORRETO. Na guarda compartilhada existe fixação do 
regime de convivência (CC, art. 1583,p2), bem como persistirá o dever de pagar pensão 
alimentícia, por se tratar de algo inerente dos pais em relação aos filhos (dever de 
sustentar), não se modificando em razão do divórcio, separação ou dissolução de união 
estável (CC, art. 1579 e 1632). 
Beneficiários distintos. ​​Em análise da Lei 11.804/08, o ministro relator, Marco Aurélio Bellizze, 
esclareceu inicialmente que ​os alimentos gravídicos não se confundem com a pensão 
alimentícia, pois, enquanto este último se destina diretamente ao menor, os primeiros têm como 
beneficiária a própria gestante 
a) ​​com o nascimento com vida da criança, os alimentos gravídicos concedidos à gestante 
serão convertidos automaticamente em pensão alimentícia em favor do recém-nascido, 
com mudança, assim, da titularidade dos alimentos, sem que, para tanto, seja necessário 
pronunciamento judicial ou pedido expresso da parte. Correta. ​​Info 606 do STJ: Ação de 
alimentos gravídicos não se extingue ou perde seu objeto com o nascimento da criança. A ação 
de alimentos gravídicos não se extingue ou perde seu objeto com o nascimento da criança, pois 
os referidos alimentos ficam convertidos em pensão alimentícia até eventual ação revisional em 
que se solicite a exoneração, redução ou majoração de seu valor ou até mesmo eventual 
resultado em ação de investigação ou negatória de paternidade. STJ. 3ª Turma. REsp 
1.629.423-SP, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 6/6/2017 (Info 606). 
 
b) uma vez tendo o alimentante sido preso pelo inadimplemento das prestações alimentícias, 
estará i​sento de nova prisão por inadimplemento futuro​, nesse caso sendo possível apenas 
penhora em bens de que seja proprietário ou possuidor. ​Devedor de alimentos não pode ser 
preso novamente por não pagamento da mesma dívida: "De acordo com o ministro, tendo o 
paciente “cumprido integralmente a pena fixada pelo juízo da execução, não há falar em 
renovação pelo mesmo fato, não se aplicando a ​Súmula nº 309 do STJ, que apenas autoriza a 
prisão civil do alimentante relativa às três prestações anteriores ao ajuizamento da execução, 
bem como àquelas que vencerem no curso do processo”. O julgado se refere a mesma dívida, 
que compreende as três últimas prestações. No caso de novo inadimplemento futuro, pode-se 
prender novamente o devedor. 
Art. 1.708. Com o casamento, a união estável ou o concubinato do credor, cessa o dever de 
prestar alimentos. Parágrafo único. Com relação ao credor cessa, também, o direito a alimentos, 
se tiver procedimento indigno em relação ao devedor. 
Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos 
de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para 
atender às necessidades de sua educação. § 2​º Os alimentos serão apenas os indispensáveis à 
subsistência, quando a situação de necessidade resultar de culpa de quem os pleiteia. 
b) A doutrina afirma que a obrigação de alimentar possui como características básicas: 
irrenunciabilidade, intransmissibilidade e irrepetibilidade. = QUANDO ESTAMOS DIANTE DE 
ALIMENTOS ENTRE OS CONJUGES/COMPANHEIROS - É POSSÍVEL RENUNCIÁ-LOS NO 
DIVÓRCIO/DISSOLUÇÃO. 
d) Na doutrina e na jurisprudência vigentes o cônjuge culpado não sofre restrição quanto ao 
direito de pedir alimentos ao outro cônjuge. - SOFRE SIM, POIS O CULPADO RECEBERÁ 
APENAS OS ALIMENTOS INDISPENSÁVEIS À SUA SUBSISTÊNCIA - ART. 1694, §2º, CC/02 
 
O direito aos alimentos, é, em regra, irrenunciável (art. 1707, CC), embora o STJ admita a 
renúncia manifestada no momento do acordo de separação judicial ou de divórcio (INFO 553). 
Por outro lado, a obrigação alimentar é, sim, transmissível, conforme se infere a partir da leitura 
do art. 1700, CC. Art. 1.700. A obrigação de prestar alimentos transmite-se aos herdeiros do 
devedor, na forma do art. 1.694. Art. 1.707. Pode o credor não exercer, porém lhe é vedado 
renunciar o direito a alimentos, sendo o respectivo crédito insuscetível de cessão, compensação 
ou penhora. "São irrenunciáveis os alimentos devidos na constância do vínculo familiar (art. 
1.707 do CC). É válida e eficaz a renúncia manifestada no momento do acordo de separação 
judicial ou de divórcio. No entanto, por outro lado, não pode ser admitida a renúncia feita durante 
a vigência da união estável." 
"​na ação de alimentos, a sentença não se subordina ao princípio da adstrição, podendo o 
magistrado arbitrá-los com base nos elementos fáticos que integram o binômio 
necessidade/capacidade​​, sem que a decisão incorra em violação dos arts. 128 e 460 do CPC​"

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