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MÉTODO DÁDER SEGUIMENTO/ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO Farmacoterapia Utilização de medicamentos: Melhorar a qualidade de vida do paciente; Promovendo a cura ou controlando os sintomas das doenças. Seguimento Farmacoterapêutico (SF) Prática clínica ( Monitorar e avaliar a farmacoterapia. Submetida à decisão livre e responsável de um profissional - FARMACÊUTICO Características: Compromisso; Continuidade; Sistematizado; Documentado; Colaborativo. Serviço profissional Detectar problemas relacionados com os medicamentos para prevenir e resolver resultados negativos associados à medicação Implica em compromisso De modo contínuo, sistemático e documentado Colaborando com o doente e com a equipe de saúde Atingir resultados concretos que melhorem a qualidade de vida dos doentes. Terceiro Consenso de Granada sobre PRM e RNM. 2007 Problema de saúde (PS): Qualquer queixa, observação ou fato que o paciente e/ou o médico percebam como um desvio da normalidade que tenha afetado, possa afetar ou afeta a capacidade funcional do paciente. Intervenção Farmacêutica (IF): Ação do farmacêutico com a finalidade de melhorar os resultados clínicos dos Medicamentos, mediante a modificação da utilização dos mesmos. Esta intervenção se dá dentro de um plano de atuação previamente acordado com o Paciente. História Farmacoterapêutica: Conjunto de documentos, elaborados e/ou reunidos pelo farmacêutico durante o processo de assistência ao doente, que contêm os dados, opiniões (pareceres clínicos) e informações de qualquer índole, destinados a monitorar e a avaliar os efeitos da farmacoterapia utilizada pelo paciente. Método Dáder Universidade de Granada, ES – 1999; ( Grupo de Investigación en Atención Farmacéutica. É um procedimento operativo simples que permite realizar SF a qualquer doente, em qualquer âmbito assistencial, de forma sistematizada, continuada e documentada. A sua aplicação permite registrar, monitorar e avaliar os efeitos da farmacoterapia utilizada por um doente, através de procedimentos simples e claros. História Farmacoterapêutica do paciente Avaliação do Estado de Situação Identificação dos PRM Intervenções Farmacêuticas Resolução dos PRM Avaliação dos resultados obtidos Fases: Oferta do serviço; Entrevista Farmacêutica (primeira entrevista); Análise situacional (Estado da situação); Fase de estudo; Fase de avaliação; Fase de intervenção (Plano de atuação); Entrevistas farmacêuticas sucessivas (resultado da intervenção). Oferta do serviço Estratégia de abordagem. Apresentação do serviço de SF: Objetivo Papel do farmacêutico Co-responsabilidade do paciente Aceitação do paciente: Agendamento da Primeira Entrevista Trazer na Entrevista: sacola com todos os medicamentos que tem em casa, todos os documentos relacionados à sua saúde. Entrevista Farmacêutica (primeira entrevista) Objetivos: obter a informação inicial sobre os problemas de saúde e os medicamentos do doente, que permita iniciar a história farmacoterapêutica ; fornecer alguma informação de interesse para o paciente; iniciar determinadas ações destinadas a resolver alguma situação indesejada para a sua saúde. Etapas: A. Preocupações e problemas de saúde B. Medicamentos C. Revisão geral por sistemas Dados pessoais. Preocupações e problemas de saúde: Inicia-se com uma pergunta aberta onde o paciente deverá descrever quais são seus problemas de saúde. Para cada problema de saúde referido, o ideal seria obter informação, considerada básica, que facilite a análise do caso e oriente a tomada de decisões. Informações Básicas Registrar e avaliar a preocupação do doente pelo problema de saúde; Conhecer o início dos problemas de saúde; Conhecer a percepção do doente sobre o controle de cada problema de saúde. Perguntas: Quais sinais e sintomas estão relacionados ao PS? Qual a magnitude e gravidade desses sintomas, quando o PS não está controlado? Quais situações ou causas que associa ao descontrole do PS? Qual a periodicidade de acompanhamento médico? Questionar sobre o estilo de vida e medidas higiênico-dietéticas que associa ao controle do PS referido. Medicamentos: Separar todos os medicamentos trazidos na sacola de medicamentos registrando as informações pertinentes: Nome comercial, princípio ativo e grupo terapêutico. Indicação, dose, apresentação e duração do tratamento segundo o paciente. Origem da prescrição de cada medicamento. Tempo de utilização de cada medicamento. Como são armazenados. Se possível a quantidade que resta em cada embalagem e prazo de validade. Coletar informação necessária que permita identificar o conhecimento e a adesão do doente, assim como, a efetividade e a segurança da farmacoterapia. Perguntas: Toma/utiliza o medicamento? Para que o toma/utiliza? Quem o prescreveu/indicou? Desde quando toma/usa o medicamento? Até quando deve tomá-lo/usá-lo? Quanto toma/utiliza? Esquece-se alguma vez de o tomar/usar? Quando está bem, deixa de tomar/usar? E quando se sente mal? Está melhor? Sente o efeito do medicamento? Como o utiliza? Tem alguma dificuldade na administração do medicamento? Conhece a(s) precaução(ões) de utilização? Nota algo de estranho relacionado com o medicamento? Revisão geral por sistemas: Perguntas sobre o funcionamento do organismo: revisão “cabeça aos pés”. Registrar: alergias, peso, altura, pressão arterial, e outros parâmetros possíveis. Verificar a informação obtida anteriormente, os aspectos que não tenham ficado claros. Corrigir qualquer erro e esclarecer confusões que o paciente possa apresentar. Análise situacional (Estado da situação); É um documento que mostra , em forma de resumo, a relação dos problemas de saúde e os medicamentos do paciente em uma data determinada. Objetivos: Avaliar a farmacoterapia do paciente – identificando RNM’s e PRM’s (causa). Visualizar o panorama geral do estado de saúde do paciente. Recomendações: Cada ES corresponde a uma data determinada; Cada medicamento será relacionado com o PS que trata; Registrar a data de inicio de cada medicamento; Analisar o risco de desenvolver PS por uso de algum medicamento (risco. Ex. AINE). Analisar a presença de medicamentos sem que exista um problema de saúde associado que justifique o seu uso. Fase de estudo É a etapa que permite obter informação objetiva sobre os problemas de saúde e a medicação do doente. Trata-se de encontrar a melhor evidência científica disponível a partir de uma pesquisa de informação, que se realizará com o maior rigor possível, nas fontes mais relevantes e focada na situação clínica do doente. Problemas de saúde: Definição e conceito do problema de saúde. Causas do problema de saúde Controle do problema de saúde Critérios de encaminhamento ao médico Fatores que podem influenciar no controle do problema de saúde Tratamento do problema de saúde Atuações com a equipe de saúde Educação para a saúde Problemas de saúde: Definição e conceito do problema de saúde. Causas do problema de saúde Controle do problema de saúde Critérios de encaminhamento ao médico Fatores que podem influenciar no controle do problema de saúde Tratamento do problema de saúde Atuações com a equipe de saúde Educação para a saúde Fase de avaliação Objetivo: Identificar os resultados negativos associados à medicação que o doente apresenta (quer os manifestados, quer as suspeitas de RNM). Visão de conjunto ( revisar o Estado de Situação Perguntas a serem feitas para cada estratégia terapêutica de um problema de saúde: O paciente necessita do(s) medicamento(s)?Está(ão) sendo efetivo(s)? E é seguro? Necessidade e efetividade devem ser avaliadas conjuntamente na estratégia terapêutica. O final desta fase é a elaboração de uma lista de suspeitas de PRM. � � Fase de intervenção (Plano de atuação) É um programa de trabalho continuado no tempo, desenhado em conjunto com o paciente, onde ficam registradas as diferentes intervenções farmacêuticas que vão ser empreendidas para melhorar ou preservar o estado de saúde do doente. Etapas: Definir objetivos (estabelecer metas exequíveis, que permitam melhorar e/ou manter o estado de saúde do doente. Hierarquizar por prioridade ( relevância clínica dos problemas de saúde (gravidade objetiva dos problemas de saúde), assim como as preferências dos doentes (gravidade subjetiva). Determinar as intervenções; Formas de Intervenção: Farmacêutico – paciente: RNM devido a causas derivadas da iniciativa do paciente quanto a forma de utilizar os medicamentos. A Intervenção poderá acontecer de forma verbal ou escrita. Farmacêutico – paciente – médico: a estratégia definida pelo médico não consegue o efeitos esperados ou quando o paciente apresenta um problema de saúde que precisa ser diagnosticado. A Intervenção Farmacêutico – paciente – médico deverá ser por meio de um informe escrito abordando os seguintes aspectos: Apresentação do paciente – dados dos problemas de saúde e medicamentos; Motivo do encaminhamento ao médico. Avaliação do farmacêutico – correlação entre os medicamentos e os problemas de saúde Finalização do informe – outorgar ao médico a avaliação risco benefício da intervenção e oferecer colaboração. Estabelecida a Intervenção com o paciente, elaborar um informe parecer que lhe será entregue com cópia para o médico. Resultado das Intervenções - Objetivo: Determinar o resultado da intervenção farmacêutica para a resolução do problemas de saúde estabelecido. Resultado da intervenção ( novo Estado de Situação. Os resultados das intervenções podem ser: Intervenção aceita, problemas de saúde resolvido. Intervenção aceita, problemas de saúde não resolvido. Intervenção não aceita, problemas de saúde resolvido. Intervenção não aceita, problemas de saúde não resolvido. Entrevistas farmacêuticas sucessivas (resultado da intervenção Processo cíclico; Objetivos: Conhecer a resposta do doente e/ou do médico à proposta de intervenção realizada pelo farmacêutico; Comprovar a continuidade do processo de intervenção; Obter informações sobre os resultados das intervenções anteriores; Iniciar novas intervenções previstas no plano de atuação; Iniciar novas intervenções farmacêuticas que possam ir surgindo de acordo com as circunstâncias; Verificar o surgimento de novos problemas de saúde; Atender as solicitações do paciente. Não esqueça que todos os passos devem ser registrados e documentados durante o seguimento farmacoterapêutico. CASO CLÍNICO Paciente de 69 anos, sexo masculino, aposentado, IMC -28 . Portador de: HAS, em uso de: losartan 100mg 1-0-0 DM tipo 2, em uso de: metiformina 850mg 1-0-1 Hipercolesterolemia em uso de: Atorvastatina 10mg 0-0-1 Paciente em seguimento farmacoterapêutico há 2 meses. Últimos exames: CT – 165mg/dl; LDL-c 92mg/dl; HDL –c 55mg/dl; TG 111mg/dl. Hemoglobina glicada 6,9% e as glicemias capilar nos dois últimos meses oscilaram entre 94 e 116mg/dl. Valores registrados da PA- última semana –180/110mmHg;160/108mmHg; 150/104mmHg; 150/100mmHg. Paciente com adesão ao tratamento. Avaliação: N E S Suspeita de RNM losartan 100mg 1-0-0 sim não sim Inefetividade não quantitativa metiformina 850mg 1-0-1 sim sim sim Não atorvastatina 10mg 0-0-1 sim sim sim Não Paciente com síndrome metabólica, IMC: sobrepeso, alto RCV- Problema de saúde não tratado N – necessidade; E – efetividade; S - segurança Ler o Método Dáder – HERNÁNDEZ,D,S; CASTRO, M.M.S; FAUS DÁDER , M.J. Método Dáder. Manual de Seguimento Farmacoterapêutico, GIAF-UGR 3 ed. 2007. Método Dáder. Manual de Seguimento Farmacoterapêutico, 2009, versão em português europeu (acordo ortográfico) Disponível em anexo
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