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TESTES ERGOMETRICOS

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DR. LEÃO SAMPAIO 
CURSO DE BACHARELADO EM FISIOTERAPIA 
DISCIPLINA CARDIOFUNCIONAL APLICADA 
PROFª ALANA LIMA 
 
PROTOCOLOS E TESTES DE AVALIAÇÃO CARDÍACA 
 
 CÁLCULOS DE FREQUÊNCIA CARDÍACA 
 FC Máxima= 220-idade 
 FCT= FCrep + % (FCmáx – FCrep) 
o FCT: Frequência Cardíaca de Treino; 
o FCrep: Frequência Cardíaca de Repouso; 
o %: percentual da FC desejada para o treinamento que vai de 60 (0,6) a 85 (0,85), de acordo 
com a gravidade e condicionamento do paciente. 
 
CONSUMO DE VO2 MÁXIMO 
O consumo máximo de oxigênio vem sendo muito estudado e utilizado atualmente. Quando 
realizamos atividades de média e longa duração, necessitamos de uma grande capacidade de captar, 
transportar e utilizar o oxigênio, e com o aumento da intensidade de exercício, por exemplo, aumenta 
proporcionalmente o consumo de oxigênio pelo organismo, chegando até um valor máximo, que seria o 
limite de consumo de oxigênio pelo organismo, ou VO2 máximo. Uma equação, demonstrada por Fick, 
exemplifica o significado do VO2, na qual este é determinado pelo produto do débito cardíaco (FC x VE), 
pela diferença arteriovenosa de oxigênio. Em poucas palavras, seria a capacidade máxima do coração 
bombear sangue para o corpo, distribuindo o oxigênio para o organismo. O VO2 pode ser apresentado em 
valores relativos (ml/kg/min) e absolutos (l/min). Este demonstra o valor máximo em litros, que o coração 
bombeia de oxigênio, através do sangue, para o organismo em 1 minuto. Aquele demonstra valores 
relativos à massa corporal de cada indivíduo, e é um melhor indicador da performance física. 
O VO2 máximo vem sendo muito utilizado também para prescrição de exercícios para a 
população em geral, principalmente em programas de corrida e caminhada. O consumo máximo de 
oxigênio pode ser obtido de forma direta ou indireta. A forma direta é através de testes físicos, utilizando 
aparelhos analisadores de gases, no qual o indivíduo utiliza uma máscara, e todo o ar que expira é 
controlado por um programa (filtro, analisador, computador). O método direto é mais utilizado para 
atletas de auto rendimento, pois tem um custo de aparelhagem muito alto. 
A forma indireta pode ser feita de diversas maneiras. Existem testes de esteira, cicloergômetros, de 
banco, de quadra, de pista, etc. A maioria destes testes indica o valor do VO2 máximo através de 
fórmulas, criadas com base na comparação entre os testes propostos, e os valores obtidos no teste direto. 
Considerando que a capacidade de absorção de O2 está diretamente relacionada à capacidade de 
resistência, Hollmann e Hettinger (1983), afirmam que até os 12 anos a capacidade de absorção de O2 
aumenta paralelamente nos homens e mulheres. A partir dessa idade até os 18 anos o aumento é maior 
nos homens. A mulher atinge seu limite máximo em torno de 15-17 anos e entre os homens aos 23-24 
anos. 
Demonstramos a seguir as tabelas de classificação do VO2 de acordo com cada faixa etária: 
 
 
 
 CÁLCULOS DE VO2 RELATIVO: 
 VO2 relativo (idade, sexo e grau de condicionamento) 
o Homens Sedentários VO2máx: 
VO2máx= 57,8 - 0,445 x idade ml/kg/min 
o Mulheres Sedentárias VO2máx: 
VO2máx= 42,3 - 0,356 x idade ml/kg/min 
o Homens Ativos VO2máx: 
VO2máx= 69,7 - 0,612 x idade ml/kg/min 
o Mulheres Ativas VO2máx: 
VO2máx= 42,9 - 0,312 x idade ml/kg/min 
 VO2 independente de condicionamento 
o Homens VO2máx: 
VO2máx= 62 – 0,445 x idade ml/kg/min 
o Mulheres VO2máx: 
VO2máx= 58 – 0,445 x idade ml/kg/min 
 
TESTE DE CAMINHADA DE 6 MINUTOS: 
Testes de caminhada são comumente utilizados na prática clínica, desde a década de 60 . 
Inicialmente, o principal teste descrito na literatura foi o Teste de Caminhada de 12 minutos, realizado 
com o objetivo de predizer consumo máximo de oxigênio atingido durante avaliação de pessoas 
saudáveis. 
Indicações: O teste de caminhada de seis minutos pode ser utilizado com diferentes objetivos, 
principalmente durante avaliação de pacientes cardiopatas e pneumopatas crônicos: 
• Avaliação de intervenções médicas – antes e depois. 
• Avaliação de capacidade funcional. 
• Preditor de morbidade e mortalidade. 
Contra-indicações absolutas: 
• Angina instável. 
• Infarto agudo do miocárdio recente. 
Contra-indicações relativas: 
• Frequência cardíaca de repouso maior que 120 bpm. 
• Pressão arterial sistólica maior que 180 mmHg. 
• Pressão arterial diastólica maior que 100 mmHg. 
Além disso, antes da realização do teste, deve ser investigada a presença de arritmias graves nos 
últimos seis meses. 
Aspectos de Segurança: O teste de caminhada de seis minutos constitui um instrumento seguro 
de avaliação do sistema cardiorrespiratório. O índice de complicações relacionado à aplicação do teste é 
baixo e normalmente não se correlaciona com eventos graves. Durante a realização do teste, não é 
necessária a presença médica, porém o profissional responsável pela aplicação do instrumento deverá ser 
treinado em técnicas de ressuscitação, como, por exemplo, o Suporte Básico de Vida (BLS). Além disso, 
a segurança é maior quando o local de realização da avaliação é de fácil acesso a serviços de emergência, 
e quando estão disponíveis oxigênio e medicamentos como broncodilatadores e anti-anginosos. O teste 
deverá ser interrompido imediatamente, caso durante a realização dele o paciente apresente dor torácica, 
dispnéia intolerável, sudorese, palidez, tontura e/ou câimbras. 
Equipamentos necessários: 
• cronômetro; 
• cones para delimitação do circuito e cadeiras para auxílio ; 
• esfigmomanômetro; 
• estetoscópio; 
• oxímetro de pulso adequado para realização de atividade física. 
 Existem vários protocolos disponíveis na literatura. Para descrição dos procedimentos a seguir, 
foram utilizados como referência, principalmente, o Guidelines da ATS e o protocolo proposto por Steele. 
O teste deverá ser realizado pelo menos duas horas após as refeições. Os pacientes deverão ser instruídos 
a usar roupas e calçados confortáveis, além de manter medicação usual. Antes da realização do teste, os 
pacientes deverão fazer um período de repouso de no mínimo 10 minutos (22). 
Durante esse período, deverão ser avaliadas as contra-indicações, dados de pressão arterial, 
oximetria de pulso, nível de dispnéia (Escala de Borg), frequência cardíaca e respiratória. O teste deverá 
ser realizado em corredor com comprimento mínimo de 30 metros e que seja livre de circulação de 
pessoas. 
De acordo com o protocolo proposto pela ATS, o avaliador não deverá caminhar junto com o 
paciente. Entretanto, algumas vezes, esse procedimento torna-se necessário, como por exemplo, para 
carregar fonte de oxigênio ou dar maior segurança (principalmente idosos). Nesses casos, o avaliador 
deverá caminhar sempre atrás do sujeito. 
Durante a realização dos testes, frases de encorajamento podem ser utilizadas em períodos de 
tempos. Segundo a ATS, o encorajamento deverá ser utilizado a cada minuto, por meio de frases 
padronizadas. Oxigenioterapia poderá ser instituída, caso a oximetria de pulso do paciente registre valores 
inferiores a 85%. Ao término do teste, os dados vitais coletados inicialmente deverão ser novamente 
avaliados. Além disso, será calculada a distância caminhada pelo paciente. 
Interpretando os resultados: 
Sugere-se que pessoas saudáveis possam caminhar, durante o Teste de Caminhada de Seis 
Minutos, distâncias variando entre 400 e 700. Existem, na literatura, algumas fórmulas que podem 
predizer, com base em sexo, peso, altura e idade, qual a distância caminhada esperada durante o teste. 
 
 
TESTE DE BANCO DE NAGLE 
 
Teste aplicado a indivíduos de ambos os sexos, de 6 a 70 anos e ao público comcondições 
especiais como os obesos, cardíacos, indivíduos pós cirúrgico. 
Material Necessário - Cronômetro, metrônomo (marca ritmo), frequencímentro cardíaco, bancos 
com 4 cm, 8 cm, 12 cm, 16 cm, 20 cm, 24 cm, 28 cm, 32 cm, 36 cm, 40 cm, 44 cm, 48 cm e 52 cm de 
altura, planilha de coleta dos dados (nome, idade, sexo...) 
Procedimento de execução – Utilizar o ritmo fixo de 30 passadas por minuto (utilizar o 
metrônomo). Cada estágio terá a duração de 2 minutos. O teste é continuo e a cada estágio deverá ser 
substituído o banco nas sucessivas alturas. Recomenda-se a utilização dos seguintes bancos para início do 
teste: 28 cm para jovens sadios, 12 cm para adultos sedentários e 4 cm para indivíduos de alto risco (a 
escolha da altura inicial dependerá de exames prévios e análise de fatores de risco e o grau de 
condicionamento físico, bem como sexo e idade). Os bancos devem ser trocados na seguinte ordem: 4 cm, 
8 cm, 12 cm, 16 cm, 20 cm, 24 cm, 28 cm, 32 cm, 36 cm, 40 cm, 44 cm, 48 cm e 52 cm, a cada 2 minutos 
deve ser verificado a FC, quando ela atingir entre 85 a 90% o teste deve ser finalizado. Usar a altura do 
último banco para o cálculo. 
VO² máx= (0,875 x altura do banco) + 7,00 = 45,5 ml/kg/min. 
 
PROTOCOLO DE ESTEIRA DE BRUCE 
 
É o mais utilizado em nosso meio e apresenta aumentos progressivos da velocidade e da 
inclinação. O incremento de trabalho não é linear, com grandes e súbitos aumentos entre os estágios, 
devendo ser usado com prudência em indivíduos clinicamente limitados. Preferencialmente indicado para 
estabelecimento de diagnóstico e ou avaliação da capacidade funcional, em indivíduos que possuam 
algum grau de condicionamento físico. A estimativa do VO2 máximo para esse protocolo pode ser 
calculada pelas fórmulas: 
 
Estágio Velocidade % VO2 em 
Homens 
VO2 em 
Mulheres 
VO2 em 
Cardiopatas 
Minutos 
Mph Km/h Inclinação 
1 1,7 2,7 10 17,1 16,2 16,4 3 
2 2,5 4,0 12 25,9 24,7 23,4 3 
3 3,4 5,4 14 35,0 32,6 30,4 3 
4 4,2 6,7 16 43,6 40,8 37,4 3 
5 5,0 8,0 18 52,4 49,1 44,4 3 
6 5,5 8,8 20 61,2 57,3 3 
7 6,0 9,6 22 70,1 65,5 3 
 
PROTOCOLO DE BRUCE MODIFICADO: 
A mais conhecia modificação do protocolo de Bruce é a sugerida por Shefield que estabelece o 
primeiro estágio com a velocidade de 1,7 MPH ou 2,7 Km/h, a mesma do Bruce original, mas sem 
inclinação, por 3 minutos. O segundo estágio é constituído da velocidade de 2,7 Km/h, com inclinação de 
5 %. A partir do estágio três segue-se o protocolo original. Existem serviços que utilizam como Bruce 
modificado um estágio inicial com velocidade de 1 milha/hora (1,61 km/h) e 5% de inclinação pelo fato 
do 1º estágio do protocolo clássico ter gasto energético de 5 METS, o que é demasiado para pacientes 
com insuficiência cardíaca. As modificações do protocolo de Bruce objetivam atender a pacientes com 
capacidade mais baixa e idosa. 
Estágios Duração do estágio Velocidade (km/h) Inclinação (%) VO2 máx 
1 3’ 2,7 0,0 6,4 
2 3’ 2,7 5,0 10 
3 3’ 2,7 10,0 15 
4 3’ 4,0 12,0 25 
5 3’ 5,5 14,0 35 
6 3’ 6,8 16,0 45 
 
 PROTOCOLO DE NAUGTHON 
 
Reservado a indivíduos com limitação física importante, em especial idosos e sedentários, bem 
como a pacientes em evolução recente de IAM e portadores de insuficiência cardíaca congestiva 
compensada. 
Estágio Velocidade % VO2 METs Minutos 
Mph Km/h Inclinação 
1 1,0 1,6 0 6,0 1,7 2 
2 2,0 3,2 0 7,0 2,0 2 
3 2,0 3,2 3,5 10,5 3,0 2 
4 2,0 3,2 7,0 14,0 4,0 2 
5 2,0 3,2 10,5 17,5 5,0 2 
6 2,0 3,2 14,5 21,0 6,0 2 
7 2,0 3,2 17,5 24,5 7,0 2 
 
 ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO AO EXERCÍCIO 
ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO AO EXERCÍCIO 
Baixo 
Risco 
Pós IAM com evolução não complicada; CF> 6 METs; 
FE> ou = 50%; Assintomáticos em repouso; Capacidade adequada para realizar as 
atividades; Ausência de isquemia, disfunção ventricular esquerda ou arritmias complexas. 
Modera
do Risco 
CF< 6 METs; FE entre 35 a 49%; Choque ou IC durante o IAM; Inabilidade de 
monitorização da PA; Incapacidade de seguir a prescrição de exercícios físicos; isquemia 
induzida por exercícios. 
Alto 
Risco 
FE=30%; Arritmia cardíaca durante o repouso; Manifestação ou intensificação da arritmia 
ventricular complexa ao esforço; Hipotensão ao esforço; IAM recente (6 meses), 
complicado por arritmia ventricular grave; Sobrevivente de parada cardíaca.

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