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Aula 6 - Avaliação da aptidão cardiorrespiratória

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TEORIA E PRÁTICA DA AVALIAÇÃO MORFOFUNCIONAL 
Aula 6: Avaliação da aptidão cardiorrespiratória
Apresentação
Aprenderemos a realizar e a interpretar uma avaliação cardiorrespiratória, respeitando os procedimentos prévios ao teste,
adequando a seleção deste à necessidade do avaliado e aplicando corretamente a metodologia.
Relacionaremos a medida normativa da aptidão cardiorrespiratória, que é o consumo máximo de oxigênio (VO .), com
a prescrição do exercício aeróbico por meio de parâmetros como Frequência Cardíaca (FC) máxima e FC de reserva,
Medida de Equivalente metabólico (MET) e Escala de Percepção de Esforço (EPE).
2máx
Objetivos
Descrever os procedimentos necessários antes da realização de um teste cardiorrespiratório;
Explicar a diferença entre os testes máximos e submáximos, diretos e indiretos;
Interpretar os valores obtidos nos testes.
Aptidão cardiorrespiratória
A aptidão cardiorrespiratória é um componente da aptidão física relacionado à saúde que traduz a capacidade de realizar
exercícios dinâmicos com grandes grupos musculares em intensidade moderada a alta por períodos prolongados.
O VO2máx. é a medida normativa da aptidão cardiorrespiratória. Quando
elevado, relaciona-se com a boa forma física, porém, quando baixo, é
associado com maior risco de morte geral prematura.
A aptidão cardiorrespiratória pode ser medida de forma direta ou indireta, com protocolos máximos (> 90% frequência
cardíaca) ou submáximos, em laboratório ou em campo. Todos esses testes quanti�cam o consumo de oxigênio, e assim
podemos classi�car o nível de aptidão cardiorrespiratória do indivíduo.
O VO . pode ser absoluto ou relativo.2máx
Clique nos botões para ver as informações.
O VO absoluto é expresso em l/min ou ml/min e dever ser utilizado para atividades físicas que não envolvam a
sustentação do peso corporal.
VO absoluto2 
2
O VO relativo à massa corporal total é expresso em ml/kg/min. e é utilizado para estimar o custo energético de
atividades com sustentação da massa corporal. Com VO2 relativo é possível comparar a potência aeróbica entre pessoas
de diferentes pesos corporais.
VO relativo2 
2
Yazbek et al. (1998) e Weber e Janicki (1985) indicam alguns parâmetros gerais de saúde para a classi�cação VO . em
indivíduos adultos:
2máx
 Fonte: (YAZBEK et al., 1998).
 Fonte: (WEBER; JANICKI, 1985).
 Procedimentos pré-testes
 Clique no botão acima.
Para garantir a segurança do avaliado e a boa execução do teste de VO2 para obtenção do resultado, alguns
procedimentos são recomendados:
Anamnese completa;
PAR-Q+;
Estrati�cação de risco;
Observação às contraindicações para testes cardiorrespiratórios;
Preenchimento do termo de consentimento livre e esclarecido (consentimento informado);
Entrega de documento com as orientações para a realização do teste.
De forma geral, as orientações para o indivíduo realizar o teste cardiorrespiratório são (ACSM, 2018):
Evitar ingerir comida, álcool, cafeína ou fumar 3 horas antes do teste;
Evitar esforço signi�cativo ou exercício no dia da avaliação;
Vestir roupa que permita liberdade de movimento e calçar tênis;
Levar, se possível, um acompanhante, pois o teste poderá ser cansativo e o indivíduo talvez queira alguém que o
leve de volta para casa;
Levar uma lista com os medicamentos que utiliza;
Interromper medicação APENAS por solicitação médica.
Testes de campo versus laboratório
Os testes de campo são realizados em pistas, quadras e piscinas por meio de testes de corrida (ou nado) de forma contínua ou
intervalada com espaço demarcado e tempo cronometrado. Esse tipo de teste permite a avaliação de um número grande de
pessoas simultaneamente.
Já os testes realizados em laboratório necessitam de instrumentos especí�cos, os ergômetros (esteira rolante,
cicloergômetro/bicicleta e banco) que identi�cam a capacidade do indivíduo em gerar trabalho mecânico por unidade de
tempo.
 Comparação entre os ergômetros (banco, bicicleta e esteira) 
 
Legenda: PA – Pressão Arterial; 
FC – Frequência Cardíaca; 
ECG – Eletrocardiograma; 
VO máx – Consumo Máximo de Oxigênio. +, ++, +++ = do melhor para o pior. 
 
Fonte: (HESPANHA, 2004).
2
Testes máximos versus submáximos
Os testes máximos levam o indivíduo a um esforço máximo, ou seja, a frequência cardíaca ultrapassa 90% da frequência
cardíaca máxima e, por isso, permitem o diagnóstico médico de eventuais distúrbios coronarianos. Porém, esses testes
expõem o indivíduo a maiores riscos cardíacos e musculoesqueléticos. Não são recomendados para indivíduos sintomáticos
para doenças cardíacas, pulmonares, renais e metabólicas, caracterizados como risco alto na estrati�cação de risco (ACSM,
2014).
Saiba mais
Os testes submáximos oferecem menores riscos e geralmente requerem menor tempo para �nalização, favorecendo, assim, uma
melhor organização operacional da avaliação física. Além disso, podem ser utilizados para a maioria dos indivíduos que
apresentam uma estrati�cação de risco leve e moderada para doenças cardíacas. Quando comparados com os testes máximos,
não têm a mesma precisão, podendo superestimar ou subestimar o consumo de oxigênio, dependendo do protocolo utilizado e
do nível de aptidão física do avaliado (ACSM, 2014).
Por motivo de segurança, os testes máximos e submáximos poderão ser interrompidos antes que o indivíduo atinja o VO2máx.,
a fadiga voluntária ou o �nal do teste pode ser determinado por meio das variáveis tempo, FC máxima para idade, distância etc.
Veja quais são as recomendações para a interrupção de teste de esforço segundo o Colégio Americano de Medicina do Esporte
(2018):
Início de angina ou sintomas
semelhantes à angina;
Diminuição (≥10 mmHg) na PAS
com aumento de carga de
trabalho, ou �car abaixo do valor
obtido antes do teste;
Aumento excessivo da PA: PAS >
250 mmHg e ou PAD > 115
mmHg;
Falta de ar, sibilância (chiados no
peito), cãibras nas pernas ou
claudicação;
Sinais de perfusão fraca: Tontura,
confusão, ataxia, palidez,
cianose, náuseas, pele gelada e
úmida;
Sem resposta da FC com
incremento de carga;
Mudança do ritmo cardíaco
percebido por palpação ou
ausculta;
Solicitação de interrupção por
parte do cliente;
Manifestações físicas ou verbais
de fadiga grave;
Falha no equipamento do teste e
ou tênis desamarrado.
 Ergoespirometria. Fonte: (NASSAR, 2020).
Testes diretos versus indiretos
Os testes diretos medem diretamente o VO2máx. por meio
da análise de gases expirados (ergoespirometria) utilizando
um equipamento especí�co, por exemplo, Vo2 1000, Quark
CPET (K5) e recentemente o PNOÉ, ainda em processo de
validação. Assista ao vídeo indicado no Explore+.
Os testes indiretos estimam o VO2máx. por meio de
equações especí�cas que utilizam, como variável de
medida, a distância percorrida, o tempo e a frequência
cardíaca alcançada.
Agora conheceremos os protocolos comumente utilizados
para medir ou estimar o VO .2máx
Protocolo de campo máximo: Teste de 12 minutos de Cooper
Identi�ca a distância (metros) máxima percorrida em 12 minutos. Após a estimativa do VO . utilizando a equação
matemática a seguir, podemos classi�car a aptidão cardiorrespiratória de acordo com o sexo e a idade (QUEIROGA, 2005;
HESPANHA, 2004):
2máx
 Classificação da aptidão cardiorrespiratória: Teste de 12 minutos de Cooper 
Fonte: (HESPANHA, 2004, adaptada).
Protocolo de campo máximo: Teste de corrida/caminhada de 2400
metros de Cooper
Identi�ca o tempo gasto para percorrer 2400 m e classi�ca a aptidão aeróbia do indivíduo de acordo com a idade e o sexo.
 Classificação da aptidão aeróbia: Tempo gasto para percorrer 2400 metros 
Fonte: (HESPANHA, 2004).
Para esse teste, o consumo máximo de oxigênio pode ser estimado pela equação do American College of Sports Medicine
(HESPANHA, 2004):
Protocolo de campo máximo:
Teste de corrida vaivém (20
metros) – YOYO TEST
Esse teste é muito utilizado nas modalidades esportivas
competitivas, pois a metragem de 20 metros permite que
ele seja realizado dentro do ginásio, utilizando apenas a
lateral da quadra ecom vários indivíduos ao mesmo tempo.
Duarte e Duarte (2001) validaram o protocolo original de
Léger e Lambert (1982) em uma amostra composta de 42
adultos jovens, saudáveis e de ambos os sexos.
Na tabela a seguir podemos ver a velocidade de cada
estágio de 1 minuto, o tempo previsto para percorrer cada
20 metros e o número de voltas de cada estágio. Conforme
o indivíduo avança em relação aos estágios, a intensidade
do teste aumenta.
 (Fonte: DUARTE, 2001).
Após a identi�cação da velocidade em km/h podemos estimar o VO . pelas seguintes equações:
Indivíduos entre 6 e 18 anos:
2máx
y = 31,025 + 3,238 X – 3,248 A + 0,1536 AX
Indivíduos com 18 anos ou mais:
y = – 24,4 + 6,0 X
sendo y= V02 em ml/kg/min.; X = velocidade em km/h (no estágio atingido); A= idade em anos.
Protocolo de laboratório máximo: Esteira – Teste de Bruce
Protocolo progressivo utilizado para homens e mulheres saudáveis. O tempo de cada estágio é de 3 minutos, havendo
incremento de inclinação e velocidade conforme a tabela a seguir.
 Teste de Bruce Fonte: (QUEIROGA, 2005, adaptada).
O VO é determinado de acordo com as equações para sexo e nível de condicionamento, conforme o quadro a seguir.2máx
 Cálculo do VO a partir do Teste de Bruce Fonte: (QUEIROGA, 2005).2máx
Protocolo de laboratório máximo: Esteira – Protocolo de rampa
Permite a individualização do teste de esforço com aumento de carga ocorrendo de forma contínua. Nesse protocolo existe um
estágio inicial de carga baixa para aquecimento com duração entre 1 a 3 minutos e depois a carga é aumentada de forma
progressiva de acordo com a capacidade individual estimada previamente, com o objetivo de alcançar o VO2máx entre 8 a 12
minutos de teste (HESPANHA, 2004). Para esse protocolo, o VO2máx pode ser estimado a partir da equação:
Protocolo de laboratório máximo: Esteira – Protocolo de Ellestad
Incrementos de trabalho realizados em 8 estágios de acordo com a tabela a seguir e o VO calculado a partir da equação do
ACSM.
2máx
 – Protocolo de Ellestad Fonte: (HESPANHA, 2004).
 Cálculo do VO pela inclinação atingida2máx
Protocolo de laboratório máximo: Bicicleta – Protocolo de Balke
Teste escalonado sem intervalos que pode alcançar vários estágios para homens e mulheres. Em ambos os casos se inicia
com uma carga de 25 watts (0,5 kg) e ocorre aumento de carga em 25 watts a cada 2 minutos até a exaustão. A velocidade de
pedalada é constante a 60 rpm (rotações por minuto) equivalentes a 21,6 km/h. A carga �nal do teste é então utilizada na
equação para estimativa do VO2máx (QUEIROGA, 2005).
Protocolo de laboratório submáximo: Bicicleta – Protocolo de
Åstrand e Rhyming (1954)
Teste submáximo com utilização de carga única de trabalho para homens e mulheres. Após aquecimento, o avaliado pedala
durante 6 minutos em uma velocidade de 50-60 rpm. A carga é ajustada entre 100-150 watts para homens e 50-100 watts para
mulheres. A frequência cardíaca é aferida no 5º e 6º minuto e calculada a média (FC média). Esse valor deverá estar entre 120-
170 bpm e preferencialmente acima de 140 para jovens (HESPANHA, 2004; MONTEIRO; LOPES, 2009). Calcula-se então o VO2
de carga para poder calcular o VO em l.min. Nesse momento, o VO (l.min) deverá ser corrigido multiplicando pelo valor
tabelado.
Por exemplo, indivíduos abaixo de 25 e acima de 35 anos precisam utilizar o fator de correção para ajuste conforme o quadro a
seguir.
2máx 2máx
 Fator de correção do VO de acordo com a idade em anos Fonte: (ACSM, 2018)2máx
Agora podemos converter o VO de l.min. para ml.kg.min. pela fórmula:
VO . (ml.kg.min.) = 1000 x VO . (l. min) ÷ peso (kg)
2máx
2máx 2máx
Protocolo de laboratório submáximo: Banco – Protocolo de Katch e
McArdle (1984)
Constituído de carga única com banco de 40,6 cm de altura e duração de 3 minutos com frequência de passada determinada
por sexo. Após 5 segundos (e no máximo 20) de término de teste, a frequência cardíaca (FC) é aferida com o avaliado ainda de
pé e então calculado o VO2máx de acordo com as equações a seguir (ACSM, 2018).
 Cálculo do VO pela frequência cardíaca ao término do teste2máx
 Como controlar a intensidade do teste cardiorrespiratório
 Clique no botão acima.
A FC pode ser determinada pela técnica palpatória, por
meio da ausculta cardíaca com estetoscópio e ou com
monitores de pulso. Para o método de ausculta, o
diafragma do estetoscópio deve ser colocado à
esquerda do esterno logo acima do nível do mamilo.
Para melhor utilização do método, o tronco do avaliado
deverá estar estável.
Uma outra forma para controlar a intensidade é pela
Escala de percepção de esforço (EPE) ou Percepção
Subjetiva de Esforço (PSE). Foi desenvolvida por Gunnar
Borg (1974) para permitir ao indivíduo classi�car
subjetivamente as sensações durante o exercício,
levando em consideração o nível de aptidão, condições
ambientais e os níveis gerais de fadiga. A maioria dos
indivíduos alcança o limite subjetivo de fadiga com uma
EPE original de 18 a 19. Veja a escala a seguir. O
número 6 representa o repouso absoluto,
aproximadamente 60 bpm; e 20, o esforço máximo,
aproximadamente 200 bpm.
Posteriormente a escala foi adaptada e os valores passaram a variar de 0 a 10:
Agora que já sabemos como testar a aptidão cardiorrespiratória, aprenderemos a avaliar os resultados.
 Escala de Borg Original.
Classi�cação do VO . segundo valores tabelados
Conheça a aptidão cardiorrespiratória com base nos valores tabelados do VO2 máx. (ml/kg.min) segundo o American Heart
Association (AHA), 1972:
2 máx
 Aptidão cardiorrespiratória – VO2 máx. (ml/kg.min) Fonte: (HERDY; CAIXETA, 2016).
FAI – Dé�cit Aeróbico Funcional
É possível, a partir de equações, avaliar se o avaliado possui um dé�cit ou um superávit de capacidade aeróbia.
Para isso, utilizamos a equação proposta por Bruce (1992) para o cálculo do
VO previsto para a idade e, assim, para o cálculo do Dé�cit Aeróbio
Funcional (FAI).
2máx
 Cálculo do VO previsto para a idade em anos Fonte: (ROCHA; GUEDES JUNIOR, 2013).2máx
Quando o indivíduo apresentar valores percentuais NEGATIVOS, quer dizer que ele superou a expectativa do VO2máx previsto
para a idade. Quando apresentar valores POSITIVOS:
Entre 0% e 26%, não apresenta dé�cit signi�cativo;
Entre 27% e 40%, dé�cit funcional leve;
Entre 41% e 54%, dé�cit funcional moderado;
Entre 55% e 68%, dé�cit funcional importante, ou seja, nível de reabilitação;
≥ 69%, dé�cit funcional extremo.
MET (Equivalente Metabólico da Tarefa)
Um MET corresponde a aproximadamente 3,5 ml de O2 consumidos por kg de massa corporal por minuto, em condições de
repouso com o indivíduo sentado. É utilizado para determinar o gasto calórico de uma atividade física e compreender, após a
estimativa do VO2máx, a intensidade do treinamento cardiorrespiratório especí�ca do sujeito avaliado. O valor de MET é
calculado segundo a equação:
MET = VO2máx. ÷ 3,5
Agora que você compreendeu vários conceitos, vamos veri�car como podemos determinar a ZONA DE TREINAMENTO
AERÓBICO em função do condicionamento cardiorrespiratório do avaliado por meio de vários parâmetros, FC máxima, FC
reserva, MET e EPE (ACSM, 2018).
Exemplo
Você estimou o VO de um indivíduo por meio do teste submáximo de banco e obteve um VO = 30ml.kg.min. Esse
indivíduo tem 35 anos de idade, é assintomático para doenças cardíacas e apresentou uma FC de repouso de 65 bpm. O MET dele
foi calculado da seguinte forma: VO de 30 (ml.kg.min) ÷ 3,5 = 8,6 METs. Nesse caso, o indivíduo poderá treinar na intensidade
vigorosa, pois o MET dele é > 6.
2máx 2máx
2máx
Na prescrição do exercício aeróbico, devemos monitorar a FC utilizando monitores cardíacos, tão importantes no controle da
intensidade do exercício. Para isso, devemos ter em mãos os limites mínimos e máximos da Zona de Treinamento Aeróbico
(ZTA).
No exemplo, vimos que a intensidade poderá ser vigorosa, então agora vamos relembrar como calcular a ZTA por meio da FC
máxima e da FC de reserva.
FC máxima 
FC máxima = 220 – idade 
FC máxima = 220 – 35 
FCmáxima = 185 
ZTA limite mínimo = 185 x (77% ÷ 100) = 185 x 0,77 = 142 bpm 
ZTA limite máximo = 185 x (95% ÷ 100) = 185 x 0,95 = 178 bpm 
ZTA vigorosa = 142 a 178 bpm
FC reserva (FCR) Karvonen 
FCR = (FC máx. – FC repouso) x intensidade + FC repouso 
FCR = (185 – 65) x (60% ÷ 100) + 65 = 120 x 0,60 + 65 = 72 + 65 = 137 
FCR = (185 – 65) x (89% ÷ 100) + 65 = 120 x 0,89 + 65 = 107 + 65 = 172 
ZTA vigorosa = 137 a 172 bpm
Caso seu cliente não tenha monitores cardíacos, a intensidade do treinamento aeróbico poderá ser controlada por meio da
escala de percepção de esforço (EPE). Nesse caso, deverá estar superior a 14 para caracterizar o treinamento vigoroso.
Atividade
1. Para garantir a segurança do avaliado e a boa execução do teste para a obtenção do resultado, alguns procedimentos são
recomendados. Cite quais são eles:
2. Diferencie a aplicabilidade do teste máximo da aplicabilidade do teste submáximo.
3. Diferencie a aplicabilidade do teste direto da aplicabilidade do teste indireto.
4. Calcule o VO . em ml.kg.min. estimado por meio do teste submáximo do cicloergômetro de Astrand de uma mulher de 45
anos de idade com peso corporal = 66 kg. Variáveis medidas: Carga = 50 watts, frequência cardíaca no 5º minuto = 130 bpm e
6º minuto = 136 bpm.
2máx
 Fator de correção do VO de acordo com a idade em anos Fonte: (ACSM, 2018).2máx 
5. Calcule o VO . em ml.kg.min., o FAI, o MET e determine a intensidade recomendada para a prescrição do treinamento
cardiorrespiratório para uma mulher sadia de 40 anos de idade. Seguem as informações necessárias:
1. Teste submáximo do banco: Frequência cardíaca alcançada ao �nal do teste = 150 bpm.
2. Fórmula para estimativa do VO . em ml.kg.min. = 65,81 - (0,1847 x FC)
3. Fórmula para VO previsto para a idade em anos = 42,9 – (0,312 x idade)
4. FAI = ((VO previsto para a idade - VO . obtido no teste) ÷ VO previsto para a idade) x 100
2máx
2máx
2máx
2máx 2máx 2máx
Referências
ACSM. Manual do ACSM para teste de esforço e prescrição de exercício. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.
ACSM. Manual do ACSM para teste de esforço e prescrição de exercício. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018.
ANDRADE, L. J. et al. Avaliação da aptidão cardiorrespiratória em universitários do curso de Educação Física através do teste de
Ru�er. EF Deportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, v. 17, n. 178, mar. 2013. Disponível em: http://www.efdeportes.com/.
javascript:void(0);
NotasAcesso em: 22 jul. 2020.
DUARTE, M. F. S.; DUARTE, C. R. Validade do teste aeróbico de corrida de vai-e-vem de 20 metros. Rev. Bras. Ciên. e Mov.
Brasília, v. 9, n. 3, julho 2001.
ELLESTAD, M. H. Prova de esforço: princípios e aplicações práticas. 2. ed. Rio de Janeiro: Cultura Médica, 1984.
HERDY, A. H.; CAIXETA, A. Classi�cação nacional da aptidão cardiorrespiratória pelo consumo máximo de oxigênio. Arq Bras
Cardiol., v. 106, n. 5, p. 389-395, 2016.
HESPANHA, R. Medida e avaliação para o esporte e a saúde. Rio de Janeiro: Rubio, 2004.
HEYWARD, V. H. Avaliação física e prescrição de exercício: técnicas avançadas. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2004.
LÉGER, L. A.; LAMBERT, J. A. Maximal Multistage 20-m Shuttle Run Test to Predict VO2 max. Eur J Appl Physiol, v. 49, p. 1-12,
1982.
MONTEIRO, L. C.; LOPES, P. L. Avaliação física para atividades físicas. 2. ed. Jundiaí: Fontoura, 2009.
NSCA. Guia para avaliações do condicionamento físico. São Paulo: Manole, 2005.
QUEIROGA, M. R. Testes e medidas para avaliação da aptidão física relacionada à saúde em adultos. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2005.
ROCHA; A. C.; GUEDES JUNIOR, D. P. Avaliação física para treinamento personalizado, academias e esportes: uma
abordagem didática, prática e atual. São Paulo: Phorte, 2013.
RODRIGUES, A. N. et al. The association between cardiorespiratory �tness and cardiovascular risk in adolescents. J Pediatr, v.
83, n. 5, p. 429-435, 2007.
SOUZA, E. C. M. S. et al. Teste cardiopulmonar do exercício na prática clínica. Rev Bras Med Esporte, v. 6, n. 6, p. 249-254,
nov/dez, 2000.
WEBER, K.; JANICKI J. S. - Cardiopulmonary exercise testing for evaluation of chronic heart failure. Am J. Cardiol., v. 55, p. 22A-
31A, 1985.
YAZBEK et al. Ergoespirometria. Teste de esforço cardiopulmonar, metodologia e interpretação. Arq Bras Cardiol, v. 71, n. 5,
1998.
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